A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica

A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica Walter Benjamin




Resenhas - A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica


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Geovani30 04/03/2024

A ausência de aura e a natureza popular do cinema
Por essência, o cinema murcha o atributo auratico de obras artísticas, uma vez que, a exemplo da arquitetura, é uma arte com dois tipos de recepção: tátil e óptico (os filmes não apenas são contemplados, mas entretém seu público, assim como grandes construções não são só vistas, mas habitadas). Não se faz necessário adotar uma postura recolhida, e portanto distante, ante a um filme. Todo filme é essencialmente popular. A arte cinematográfica surge neste contexto.

Com isso, para Benjamin, o cinema deve ser politizado, pois isso permite que as massas não somente se expressem, mas também exerçam seu "direito" de exigir uma alteração das relações de propriedade. Um cinema despolitizado conserva tais relações. É nesse sentido que a ideia de "arte pela arte", segundo o autor, se inclina ao fascismo.
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marisa13 06/02/2024

A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
?O Estado totalitário esforça-se por organizar as massas proletarizadas recentemente constituídas sem tocar nas condições de propriedade, para cuja abolição as massas tendem. Ele vê a sua salvação no facto de permitir a estas massas a expressão da sua ?natureza?, mas certamente não a do seus direitos.?

Walter Benjamin, eu te amo, primeiramente, por ser um marxista que, no entremeio de todas as contradições existentes, escolhe tratar de cultura e suas especificidades.
É fascinante como os estudos benjaminianos ressignificam o conceito de ?valor? na teoria materialista, trazendo-a para a teoria estética (valor de culto, valor de exposição). Aqui, Benjamin explicita como a relação das massas com a obra de arte em seu valor de exposição é relevante para uma análise profunda do capital industrial de entretenimento. A arte assume um papel ideológico importantíssimo para a ordem vigente.
No entanto, O HOMEM NÃO PARA POR AÍ. Em contrapartida aos trabalhos de Adorno e Horkheimer, Benjamin busca a função política da arte em oposição a sua reprodução técnica adotada pela crueza do Capital. E conclui, lindamente: ?o comunismo responde com a politização da arte?. Que superemos a estetização da política feita pelo fascismo. Que a marvel pare de produzir aqueles filmes horríveis e a luta seja para que a arte continue a nos provar e nos tornar humanos, aquilo que nos une ao mundo.

?Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é festa.?
Ariano Suassuna
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Gabriela.Galler 26/01/2024

A obra de arte em sua reprodutibilidade técnica
A primeira vez que li esse ensaio de Benjamin foi ainda na faculdade (eu li na verdade fragmentos dele), e sempre tive muita curiosidade de entender melhor suas ideias..

Na época, eu optei por estudar outras teorias ligadas ao espetáculo, e a escola de Frankfurt.. então queria me aprofundar um pouco nesse ensaio.

Achei muito relevante, e a escrita se faz muito atual. Sou formada a 3 anos e tive uns insights muito bons lendo esse livro, principalmente com a relação entre cinema - teatro.

Me fez refletir muito sobre a cultura de massas, e a reprodução de obras de arte (até que ponto a reprodução, é arte? Será que em algum momento chegou a ser arte?).

Definitivamente, o ponto que mais me surpreendeu, foi entender a analogia e o motivo pelo qual o teatro nunca se tornou uma arte destinada a massas? eu nunca havia parado para pensar nisso.

Enfim.. se você é da área de comunicação e artes, acho uma leitura obrigatória!
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Douglas Ferrari 18/11/2023

Leitura rápida para compreender como a arte é tratada na modernidade, com a tecnologia de sua reprodutibilidade e como há perda da aura.
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jackpveras 22/10/2023

Marxismo Broxante
Os livros da teoria literária, mesmo aqueles que trazem excelentes reflexões, têm um problema que para mim é irremediável e imperdoável: o marxismo exagerado, constante, visto como "a única salvação contra as forças macabras do fascismo".

Penso que as universidades federais, verdadeiras máquinas de doutrinação marxista, deveriam repensar as suas bibliografias, pois eu, "cabra véi" não vou mudar minhas convicções e ideologias em função do academicismo progressista lacrador e débil mental.
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Paula 08/08/2023

A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica
O ensaio de Walter Benjamin expõe alguns pareceres sobre a percepção da obra de arte, a partir de sua leitura em confronto com a fotografia e o cinema. O autor também elabora alguns comentários sobre os movimentos vanguardistas, a estetização da guerra e a politização da arte.
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Henrico.Iturriet 19/03/2023

Instigante
Walter Benjamin usa estás páginas para confrontar aquilo que é de mais interessante quando se busca a reflexão a partir da história, do materialismo e da dialética relacionados à obra de arte.

É um texto que deve ser digerido e lentamente pensado em conjunto com outras abstrações e acontecimentos históricos. Sempre pensava sobre a academia dos prêmios famosos, logo após a cerimônia do Oscar, da delimitação dos atores e como essa dissipação realmente extrapola a obra e permite rodeios sobre ?as massas?.

Logo, o argumento dele vai brincando entre dinâmicas dialéticas formadas tanto no que entende como ?mágica? que é uma forma de construção e percepção de culto do início da humanidade e que se reintroduz com a assimilação e reconstituição do mito. Pensemos a estética bolsonarista, por exemplo. E, aliado a isso, a caracterização da percepção como histórica e dependente das revoluções das técnicas artísticas, tal qual sua valorização pela percepção externa aos artistas ou equipes de montagem que as produzem.

Ou seja, temos aqui técnicas de reprodução baseadas no jogo dialético entre sociedade e indivíduos formulados e confrontados unicamente na sensação de convergência na obra de arte. O debate é também sobre ?o que é arte?? É uma pergunta que ronda, a cultura coletiva nasce viva aqui também, do mesmo modo que há pouca reflexão sobre ela. Importante destacar que ele ataca o idealismo burguês levando em consideração o movimento do fascismo, característico do período do cinema e do momento histórico da Segunda Guerra Mundial. Momento este que, utilizando a cinematografia, transformou a produção da arte uma autoafirmação de massas, ao passo que não demonstra o real caráter social pela obra que prevê a mudança de percepção de quem a assiste, mas sim, uma solução de expressão apolitica e histórica que nega a sua produção e acaba, por demais, em cair em anacronismos e contradições inerentes a produção de montagem e de recortes.

A realidade vira imagens recortadas e os representantes invertidos. Isto é, burgueses se vestem de negros para explicar a historia dos negros e eles, ao ?se verem? se autoalienam por essa percepção. Ao passo que a obra valorizada neste período é a do tipo cinematográfico.

Importante destacar que Benjamin leva em conta os potenciais revolucionários da prática da obra do cinema, ela é uma performance querendo ou não. Nisso, deixo apenas uma frase e finalizo:

?O comunismo responde com a politização da arte?
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Guilherme 29/01/2023

Leitura de trabalho
Texto magnífico do Benjamin. Pensando nele atualmente, quase 1 século após a escrita, é interessante como os argumentos da mercantilização da arte por distração só se aprofundaram. Na era do TikTok, o cinema que Benjamin critica torna-se ?cult?.

Poderia dizer muitas coisas, mas a realidade é que esse clássico merce apenas ser lido, nada do que eu disser explicará melhor os argumentos e reflexões do que o próprio autor. Leiam Benjamin, vejam poesia na política e política na poesia.
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Lameq 04/01/2023

Acredito que dentro do meio crítico, falta um pouco de Benjamin; uma consciência política que não pode se isentar quando se fala de arte.
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Juliana Amaro 06/10/2022

Bom livro para se ler.
A história da publicação da obra é um pouco a história da história de vida do autor. Além da primeira publicação, a obra teve outras três versões depois do falecimento do autor.
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Douglas.Bonin 21/12/2021

Waltinho e a capacidade de prever algumas coisas
Gente, o que temos diante de nós é um livro que não é dos mais tranquilos. É necessário abstrair em determinados momentos, mas o autor é genial!
A forma como ele consegue antever a produção artística do século XXI é de chorar de bom. Waltinho inclusive preve o que se tornaris o cinema e a glamorizaçao dos ator que acima da mensagem da obra.
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Pimentel 04/08/2021

Sensacional
Walter Benjamin busca analisar as chamadas novas artes. Tanto o cinema como a fotografia modificam aquilo que se conhecia como técnica artística. O que antigamente era completamente manual e único, agora é passível de reprodução massiva.

Com isso, Benjamin faz uma crítica ao cinema e a fotografia, acompanhada de uma análise sobre a importância dessas artes para a acessibilidade das massas.
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Sabrina 11/05/2021

Li para um trabalho da faculdade, achei muito interessante o conceito de "aura" da obra de arte e como Benjamin não deu um caráter ruim as obras reproduzidas tecnicamente, já que estas geram o acesso ao conhecimento e à arte para as massas, possibilitando mais consciência e politização. Achei um texto difícil inicialmente, mas muito necessário, um clássico.
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Jonas 31/12/2020

?[...] A finalidade da revolução é a abolição do medo.?

Walter Benjamin propõe com este texto dar luz as dimensões e desdobramentos do século XX.
Ao mesmo tempo que sabemos que historicamente o século XX foi um século marcado por grandes confrontos, onde o medo e a incerteza regaram o mundo, sabemos também que a foi aí que nasceu a possibilidade de ver o mundo sob um novo olhar, mais humano e com muito mais esperança.
Através da sua visão de arte, o autor vai nos encaminhando em seus apontamentos e dando vazão a tudo que acredita ser os desdobramentos da arte moderna, quebrando com a ideia de reprodução mera e vazia, para dar lugar a um sentido mais amplo de arte enquanto obra.
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