Cindy 25/06/2017
Fiquei revoltada com o final!!!!
Nunca tinha lido nada dessa autora e, se fosse me guiar pelo que senti ao final desse livro, jamais leria nada dela novamente. Desde que terminei a leitura, há dias, estou revoltada, amargurada, triste, com uma sensação de que o mundo é uma m... e de que os maus sempre se dão bem e os bonzinhos só se f...
Não me levem a mal: o livro é muito bem escrito, a história é boa - apesar de totalmente previsível - e os personagens são convincentes, mas o que estragou tudo foi o final.
Eu já imaginava a maior parte do que aconteceu desde o início, mas esperava que a autora fosse nos brindar - depois de todo esse dramalhão - com um epílogo que apresentasse um final decente. Pelo amor de Deus! Que porcaria de final foi aquele?! Odeio quando leio um livro no qual os personagens ricos, sem caráter, que cagam na cabeça de todo mundo, se dão bem no fim e os bonzinhos, pobres e honestos se f... (ou, no máximo, ficam com um prêmio de consolação). E foi exatamente o que aconteceu nesse livro. Simplesmente revoltante!
Em relação aos personagens... Confesso que odiei a mau caráter, riquinha, mimada, fútil, egoísta e falsa da Charlotte. Ela foi uma pessoa que, desde o início, deu em cima e fez de tudo pra roubar (de forma suja e sorrateira) o namorado de outra, se esgueirou junto do cara e se insinuou o tempo todo de forma velada, se utilizando de joguinhos e forçando situações pra perturbar o relacionamento dele e comprometê-lo. E o pior foi que a autora ainda tentou justificar as pretensões da Charlotte em relação ao David narrando um episódio de anos atrás, numa estação de esqui (quem ler o livro vai entender do que estou falando) que, a meu ver, não dá embasamento pra justificar nada. Além disso, a escolha de narrar a história sob dois pontos de vista (Ally x Charlotte), ao invés de me fazer simpatizar com a Charlotte, só conseguiu colocar em evidência a futilidade, arrogância e mau-caratismo dela em contraste com as qualidades de Ally.
Não gostei do David - outro exemplar do riquinho mimado, fútil e egoísta (embora um pouco melhor do que a Charlotte). Achei que ele foi orgulhoso demais e não soube reconhecer, em dois momentos cruciais da história, que ele é quem estava errado, ainda que tivesse sido comprometido de forma involuntária nas situações por causa das artimanhas da Charlotte. Também achei que ele foi um tremendo idiota e estupidamente ingênuo ao não se dar conta das armações da Charlotte para separá-lo da Ally. Na cabeça dele, a culpa pelo fim do relacionamento deles foi da intransigência e orgulho da Ally. Na minha opinião, não foi bem assim - a culpa foi realmente da Charlotte, embora a autora tenha tentado amenizar os acontecimentos para que os leitores não a vissem como a grande vilã da história. Mas pra mim não teve jeito: Charlotte foi a grande e odiosa vilã!
O Joe é um personagem simplesmente adorável, tudo de bom - aliás bom demais pra ser verdade! Gentil, honesto, bondoso, prestativo, compreensivo e, além de tudo, um tremendo herói.
A Ally também é uma fofa. De família mais humilde, trabalhadora, estudiosa, esforçada, honesta, inteligente, bondosa - o par perfeito pro Joe. Desde o início achei que ela não tinha nada a ver com o David, que claramente não a merecia. Entretanto, pra mim ficou a impressão de que a autora foi preconceituosa quando escolheu esses casais, passando uma mensagem de que pobres e ricos não podem se misturar e muito menos se casar.
E tem ainda o Max - o amigo gay da Ally - o personagem mais divertido e gente boa do livro. Um fofo, simplesmente adorável - quisera eu ter um amigo tão dedicado e protetor quanto ele...
Só espero que a autora se redima e escreva uma continuação da história que possa aplacar a tristeza, a raiva, a revolta e a sensação de injustiça total que ela deixou nos leitores com esse final podre!