And Another Thing...

And Another Thing... Douglas Adams
Douglas Adams
Eoin Colfer




Resenhas - And Another Thing...


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yvesoft 19/03/2011

O Guia sempre me foi algo muito pessoal, uma série muito querida e com uma enorme importância na formação do meu senso de opinião e preferências literárias. O Guia também sempre foi muito seguro, uma vez que só fui descobrir a série um ano após a morte do autor, portanto, tudo estava lá, terminado, constante e imutável; uma série completa e com um final questionável.

Praticamente Inofensiva é o final que ninguém esperava, nem mesmo o próprio Douglas Adams. Foi escrito em um ano ruim na vida do autor e essa frieza foi refletida no resultado final. Douglas queria terminar a série de outra forma e disse com todas as letras que pretendia escrever um sexto volume, até que em uma improbabilidade infinita, faleceu aos 49 anos de idade.

Então surge Eoin Colfer na história, autor da série Artemis Fowl, que me passou despercebido até escrever And Another Thing. Antes de continuar é importante ressaltar uma coisa sobre o autor: Colfer tem culhões. A maioria dos autores se contorceria em posição fetal no canto de uma sala escura caso a ideia de escrever uma continuação para o Guia lhes fosse mencionada.

Foi inevitável ficar em defensiva; era muito fácil errar. "Quem esse sujeitinho pensa que é para continuar o Guia? O Pica das Galáxias?" Abri o livro com um ódio infernal, querendo reclamar de tudo. "Onde já se viu um Guia desse tamanho? Douglas Adams jamais escreveria um livro desse tamanho!". Então comecei a ler o volume; com mãos quase trêmulas, diga-se de passagem.

Minha impressão inicial já foi a de que And Another Thing é fenomenal. Nem Chico Xavier teria conseguido psicografar uma sequência mais digna ao Guia. Em nenhum momento Colfer tenta imitar o estilo de Adams, mas o ritmo acelerado, os diálogos espertalhões, a não-linearidade e as referências constantes estão todas lá. É um Guia legítimo, com carimbo de autenticidade das grandes editoras de Ursa Menor.

O livro tem vida própria, até mesmo para atrair novos leitores, mas algumas coisas - como quem é essa tal de Fenchurch? - podem ficar um pouco confusas pra quem nunca leu os volumes anteriores.

As diferenças nos estilos dos dois autores são nítidas e a desordem que definia o estilo de Douglas é substituída por uma narrativa muito mais organizada. O humor continua lá, o carisma continua lá, mas não são mais o carisma e o humor de Douglas. As interrupções com "Notas do Guia", por exemplo, são muito mais frequentes em And Another Thing do que jamais foram em qualquer livro anterior. São também muito mais breves, explicando em intervalos não maiores que uma página o conceito abordado.

And Another Thing foi a melhor coisa que li em muito tempo. Alguns "fãs" da série original encontrarão motivos para falar mal do livro, mas os fãs verdadeiros, aqueles que releram os livros mais de duas, três vezes, ou foram atrás de outras versões da história, como as versões para o rádio, a série de TV, Starship Titanic ou até mesmo o filme (Ahrg!), verão que é mais que uma continuação, mas uma homenagem que respeita até o último detalhe a continuidade e o legado de Douglas Adams. Até mesmo o final da versão para o rádio de Praticamente Inofensiva, em que os peixes babel teletransportam seus usuários para Milliways, o Restaurante no Fim do Universo, é mencionada.

Agora espero que o livro seja traduzido para o português o quanto antes e que o resultado da tradução seja tão bom quanto o dos livros anteriores. Acredito que And Another Thing servirá como um convite de boas-vindas a uma nova geração de leitores ao Guia, assim como é uma leitura obrigatória para os fãs de longa data. Até mesmo as pessoas mal amadas que não gostaram dos primeiros livros poderão encontrar na narrativa de Eoin Colfer algo original e novo que cative seus coraçõezinhos secos.

So long, and thanks for all the fish.
Nath @biscoito.esperto 02/08/2011minha estante
Adorei sua resenha. Tenho total certeza de que choverão críticas sobre Eoin, meu autor predileto da minha série (Artemis Fowl) predileta. Porém acho que essa continuação deve ser realmente boa, assim como você descreveu. Espero que saia tradução em breve!
Parabéns pela resenha! ;]




@OLucasConrado 20/02/2011

Uma fanfic de luxo!
Praticamente Inofensiva era um excelente final para a saga O Mochileiro das Galáxias. Você a lia e pensava "ok, a história termina aqui, não tem como continuar". Eoin colfer mostra que tem.

Gostei muito do livro, que acabei de ler. A linguagem é difícil, exige um excelente conhecimento de inglês (terminei meu curso em 2008 e eu pensava que falava/entendia bem, até ler esse livro), mas dá para pegar a história, que é bem interessante.

Espero ansiosamente pela tradução do livro!
yvesoft 18/03/2011minha estante
O próprio Douglas Adams dizia que Praticamente Inofensiva não era um final digno ao Guia e pretendia escrever uma continuação menos fria e sombria. Na versão para a rádio, o Peixe Babel teletransporta os personagens principais para o Restaurante no Fim do Universo, onde o Arthur e a Fenchurch se reencontram. Esse final é inclusive mencionado como a salvação da Trillian no Club Beta, pelo Guia Mk 2.


@OLucasConrado 11/11/2012minha estante
Li a tradução sim. E acabei gostando menos da história.




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