spoiler visualizarEssentiaSun 09/01/2018
Quando eu comecei esta série, fiquei agradavelmente impressionada com todas as personalidades tão obviamente diferentes que Nalini Singh deu a cada um de seus personagens. Não havia nenhum personagem que era apenas um acessório, todos tinham um propósito e todos exibiam características distintivas. Singh me fisgou desde o primeiro livro da série, e mesmo Venom nao sendo o meu favorito entre os Sete de Raphael, a história revelou uma parte de Venom que não é toda víbora. E Holly como seu par romântico deu super certo. Sem surpresas até aqui.
Agora, não espere um romance sentimental ou apimentado. O livro foca na história da série e vai deixando o romance lá para o final. Porém, desde o começo percebe-se algumas faiscas de interesse entre Venom e Holly. As brincadeiras passivas agressivas desde o começo transformaram-se gradualmente em provocações amigáveis e carinhosas. Foi um desenvolvimento natural para eles.
Individualmente Venom e Holly não podiam ser mais diferentes, pelo menos a um olhar distante. Ele é bem frio e mantém a todos bem afastados. A única conexão real e amizade que ele tem são com seus irmãos de armas, os Sete de Raphael. Venom sabe que ele é diferente, mas ele aprendeu a gostar de suas particularidades e as usa para sua própria vantagem - não é difícil, uma vez que vem com um conjunto de habilidades ninjas. E isso faz dele ciente da luta de Holly com sua alteridade.
"To the world, Venom was a vampire. And there were millions of vampires. But he was the only one with the eyes of a viper and the deeper, less visible changes that shoved him far outside that well-defined box. Like Naasir, he was and had always been alone among millions. Until Holly."
O que me surpreendeu sobre ele foi sua natureza benigna (em todos os seus erros) e uma gentileza inesperada com Holly. Ele ama sua selvageria, sua inteligência e doçura, e ao contrário de muitos , ele nunca mente para ela. Ele está do lado dela, apoiando-a quando é Holly contra todos. Venom tem um lado brincalhão, que achei absolutamente encantador. Eu amei os apelidos de "Kitty" e "Hollyberry" que ele deu a ela. Mas Venom, também, tem um passado que o moldou.
"He felt his lips kick up. When she wasn?t awake and snapping at him, she was pretty cute. Though he had to admit he liked the snappy, snarky side of her."
Ele entende Holly como ninguém, e ela reconhece e admira suas particularidades tão distintas, que fazem Venom quem ele é. E ao longo do livro eles ajudam um ao outro a superar a raiva e a solidão.
Holly é complicada - a vimos no início da série como uma vitima, quebrada por Uram, que a fez contra a vontade dela, transformando-a em um ser que não é vampiro, nem mortal e nem um anjo. Ela passou por uma fase meio "emo", então adorei ver que ela consegui superar essa parte de sua vida. Ela percorreu um longo caminho de "Sorrow" de volta a Holly.
"Venom laughed, delighted with her? though he?d never allow her to guess that. Holly had always challenged him in a way that ignited his instincts, and she did it with a cutting intelligence that spoke to his own."
Holly tornou-se forte, alguém capaz de inspirar lealdade e benevolência nas pessoas.
Suas lutas com o que ela se tornou são dolorosas e não senti nada além de compaixão e admiração por sua coragem. Adicione a isso inteligência e gentileza afiadas, e ela faz uma heroína maravilhosamente forte.
Para aqueles que estão se perguntando - sim, nós conseguimos ver um pouco de Illium e Dimitri, cuja interação com Holly e seu amor paternal por ela fez meu coração disparar.
'Cupping her face in his hands, Dmitri spoke in a voice midnight with age. ?Hate me if you want, Holly, but remember this: you?re one of the Tower?s now. You?re one of mine now. That might mean chains, but it also means you have hundreds of vampires and angels at your back.?
?Let?s go, my little weirdling. I?m Ash and Janvier?s teacher for the next hour. You can watch.?' - Dmitri
A corrida de carro entre Dimitri e Venom , com Illium junto, foi um momento emocionante e descontraído. Há pouca ação mas muitas cenas emocionantes.
Não seria uma história de Guild Hunter se não tivesse um pouco de Raphael - sem tirar o foco do casal, é claro.
Resumindo, achei surpreendente e mesmo que algumas coisas nao me agradaram ao mesmo tempo, não diminuiu a minha apreciação desta história: algumas cenas longas demais e o "diálogo" interno de Holly foi um pouco cansativo.
A escrita da Sra. Singh é excelente. Ela sabe como nos envolver com a história e fazer você se divertir com os personagens e se apaixonar por eles. São complexas e com multi-camadas e sempre, sempre agradáveis. O fato de ela misturar culturas diferentes em suas histórias só aumenta o fascínio. Este livro na série não pertence aos meus favoritos mas nao deixa nada a desejar - enquanto o romance não é tão prominente, ainda tem muito a amar. Eu mal posso esperar para colocar minhas mãos sobre o próximo.