Jeny 18/04/2022
"Será que já tivemos algum inimigo pior que nós mesmos?"
Não sabia que precisava tanto desse livro, até lê-lo. Que livro meus amigos, que livro! Experiência marcante, inesquecível e inigualável.
Desde do 1° capítulo, não fiquei entediada e quanto mais as coisas se desenrolavam mais eu ficava ansiosa pelo final, e falando nisso, QUE FINAL! Eu ficava muito indecisa quanto a escolha de quem seria o melhor para o papel de Ceifador, mas acho que a Ceifadora Anastásia foi a decisão correta, e logo após uma surpresa, você já dava de cara com outra! Haja fôlego viu!
Essa com certeza é uma utopia extraordinário, mostra uma realidade beem diferente da que vivenciamos hoje, mas é uma vida que muitos desejam atualmente, a imortalidade.
O mais incrível e medonho é perceber que mesmo em uma realidade onde a nuvem havia evoluído, acabado com a fome, pobreza, violência, roubos, todo mal que corrompe a nossa sociedade hoje, onde não deveria haver intrigas, onde todas as suas necessidades são saciadas, enfim, onde só a paz deveria prevalecer, criaram uma brecha, onde podiam voltar com suas ações brutais: A Ceifa.
A Ceifa for criada com o intuito de coletar vidas, já que a Nimbo-Cúmulo não se permitia participar dessa função. Mas, como sempre, apareceu aqueles que se aproveitaram disso, coletar vidas não era uma forma de prazer e sim de sofrimento e era como se um pedaço seu morresse (ou deveria) a cada momento que você tirasse uma vida. Porém, surgiram aqueles que viam gosto no ato, matar era bom e não um sofrimento interno e decadente, essas pessoas não deveriam ser consideradas Ceifadores e sim, assassinos.
Sei que isso não tem muito importância, mas só queria relatar o fato de que mesmo em uma "Nova era" onde a Era da Mortalidade foi um passado, a brutalidade e toda a violência eram apenas relatos antigos, a natureza humana conseguiu de alguma maneira voltar a tona! A forma como a horripilante parte dos humanos se mostrou ativa novamente, matando, praticamente um massacre, seguindo ordens como um pretexto para o prazer próprio, (okay, eu sei que isso nem aconteceu de verdade, mas achei muito interessante trazer isso) o que mostra uma realidade, que em qualquer época, seja ela qual for, o humano vai se transforma em um mostro para sua própria espécie, o humano é basicamente o seu próprio inimigo, incrível.
Bom, talvez eu tenha brisado de leve, mas esse livro me fez refletir em algumas partes, e eu queria trazer uns pontos para cá. Enfim! Só queria parabenizar o autor por um livro incrível! Merece todo seu hype, e os protagonistas são sensacionais e muito bem construídos. Eu amei, amei muito, e depois desse textão enorme (me empolguei um pouquinho), eu super recomendo a leitura de O Ceifador.