Fabi | @ps.leitura 18/02/2020{resenha feita no blog PS Amo Leitura}“O beijo traiçoeiro” foi um livro muito aclamado em seu lançamento, em 2017. Publicado pela Companhia das Letras, através do selo Seguinte, este livro vai apresentar uma grande aventura, uma personagem com a língua afiada e boa dose de aventura.
Nesse primeiro livro da série, conhecemos Sage Fowler, uma personagem com humor ácido e que não se importa com isso. Após ser considerada uma dama inapta para o casamento, ela acaba se tornando uma aprendiz de casamenteira.
A sua primeira tarefa é acompanhar todos os jovens da nobreza a caminho de Concordium, um evento na capital do reino, onde todas as famílias importantes são firmadas. Para que ela forme bons pares, ela anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes, incluindo os oficiais de alta patente.
Porém o que era para ser um evento comum, acaba se tornando uma conspiração e nesse momento, Sage é recrutada por um soldado para conseguir algumas informações confidenciais. O problema que nessa jornada de espionagem, ela se envolve completamente numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas.
“O beijo traiçoeiro” foi um livro que eu e a Lari, do @lariteratura, realizamos uma leitura coletiva em dezembro e que foi bom compartilhar a mesma experiência com mais pessoas.
Sabe quando você cria altas expectativas com um livro, mas de certa forma ele não atende totalmente elas? Foi assim que me senti com “o beijo traiçoeiro”. O livro possui uma narrativa em terceira pessoa, simples e com capítulos curtos, então nesse ponto proporcionou uma boa leitura, mas esperava um pouco mais, principalmente na descrição do universo.
A personagem, como citado acima, tem a língua afiada, então você já pode imaginar como ela é irônica e não leva desaforo para a casa. Isso eu gostei, porque muitas vezes encontramos em livros personagens totalmente submissas. Porém, o que foi insuficiente – para mim – foi todo o contexto que a Erin Beaty criou.
Em muitos momentos eu achei que a estória precisava ter uma narrativa um pouco diferente. Apesar da autora tentar nos mostrar como a guerra começa, como todos os personagens se cruzam, eu não conseguia visualizar isso com clareza. Sentia que estava apenas folheando o livro ao invés de realmente lê-lo.
As primeiras páginas me cativaram, de certa forma. Eu estava gostando, envolvida e curiosa para saber como Sage iria seguir com a sua vida, mas em determinado ponto, a leitura foi ficando um pouco lenta e eu não via a hora de terminá-lo. Infelizmente.
Sobre os outros personagens que aparecem no decorrer da estória, devo confessar que esperava que fossem diferentes. Em muitos momentos os homens faziam comentários extremamente machistas com Sage e parecia estar “tudo bem” quanto há isso. Nesse ponto eu fiquei realmente incomodada e esperava que ela fizesse algo, já que ela estava bem a frente do tempo que vivia, mas... não foi dessa vez.
Apesar do livro ter levado 3,5 na minha avaliação, eu acredito que a autora tem um grande potencial e que pode ser explorado melhor no segundo livro da série – a missão traiçoeira. Não é um livro que vou ler por enquanto, mas pretendo realizar essa leitura e entender como tudo seguirá após aquele final.
Então se você procura um livro com uma mocinha que faz o que quer, com intrigas, disfarces, aventuras e guerra, leia essa obra.
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