O Beijo Traiçoeiro

O Beijo Traiçoeiro Erin Beaty




Resenhas - //////


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Leitora Bibliotecária 03/04/2020

Resenha - O Beijo traiçoeiro
O Beijo Traiçoeiro é o primeiro volume de um trilogia e nele teremos uma garota extremamente sagas, um soldado que fará de tudo para provar seu valor, muitas conspirações e um reino a beira de uma guerra.

Sage ainda nova se torna orfã e se vê obrigada a ir morar com o tio e sua família, que por sinal não há tolera devido seu jeito meio rebelde para a época, sonha em ter idade suficiente para trabalhar e ganhar seu sustento, porém Sage vê seu sonho ir por água abaixo quando seu tio decide que ela já está em idade suficiente para se casar e diz a ela que já providenciou a reunião com a casamenteira afim de lhe arrumar um parceiro.

A história se passa em um mundo que nos apresenta alguns aspecto de reinos medievais mas porém também nos lembra muito um cenário de época, onde os casamentos eram arranjados as mulheres já nasciam com esse único propósito, crescer e se casar. Mas voltando a história Sage se revolta e não entende o porque de seu tio estar fazendo tamanha crueldade com ela sendo que se sabia que ela nunca quis se casar e decide que irá com todas as forças fazer o possível para ser reprovada em sua entrevista. Ressaltando que nenhum casamento ocorre sem que seja orquestrado pela casamenteira e uma vez que ela faz suas escolhas de pares não há questionamento.
Mas devido a gratidão que sente pela esposa de seu tio que sempre cuidou e tratou bem dela Sage decide se comprometer e fazer o possível para se dar bem e aceitar seu destino. Porém logo nos seus primeiros minutos de entrevista sob a menor das criticas Sage não aguenta e chuta o barraco onde de cara a casamenteira a despensa dizendo a tia que ela chamais conseguirá um parceiro. Vendo como sua tia fica arrasada e após esfriar a cabeça Sage começa a perceber que realmente exagerou e resolve ir pedir desculpas a casamenteira, e logo após se desculpar consegue uma vaga de ajudante de casamenteira para acompanha-la ao Concordiun um evento que reúne todas as damas em idade de casar e todos os seus pretendentes.
Uma imensa caravana é formada para levar as damas e todos os envolvidos para o Concordium e Sage é designada pela casamenteira a colher o máximo de informações possíveis das damas (que em grande maioria foram colocadas aqui como bastante fúteis) como também de todos os soldados com cargos elevados que escoltaram essa caravana.
Como escolta elas terão o pelotão comandado por Alex Quinn, sobrinho do rei como castigo após um erro em um missão, crendo que se trate de uma simples missão de escolta também são escalados para o pelotão o príncipe herdeiro e o outro filho bastardo do rei Ash Carter que terá grande importância no desenrolar da trama, porém poucos sabem que o príncipe herdeiro está entre os demais para garantir sua segurança, masss o que deveria ser uma simples e chata missão, vemos um grande golpe político onde alguns ilustres estão conspirando com os Kimissaros, um povo que foi anexado a poucas décadas ao reino de Damora, devastados pela pobreza afim de se rebelaram.
Paro aqui para dizer-lhes que essa história não, não é um romance de época, e embora haja um romance o que mais vemos são tramas políticas, e conspirações para derrubar o atual rei de Damora.
Eu sou louca por fantasia e essa história me ganhou completamente, adoro uma personagem que não se enquadra nos padrões exigidos pela sociedade e não se importa se tachada por isso, imagine só uma garota de calças e montada de pernas abertas em um cavalo para época rs, mas embora Sage ganhasse antipatia pelas outras damas logo começou a ganhar a simpatia dos soldados e quando a ação começa ela se mostra completamente astuta bolando planos mirabolantes e inteligentes que os ajudaram a vencerem os inimigos. Porém até que Sage consegue ganhar um pouquinho de voz para relatar seus planos muita coisa ocorre. O que mais me surpreendeu foi o fato das conspirações pois acreditei desde o inicio se tratar de uma fantasia voltada muito mais para romance do que ação. O final foi fantástico e deixou uma amostra do que esperar no segundo volume.


site: https://www.leitorabibliotecaria.com.br/2020/04/resenha-o-beijo-traicoeiro.html
Thiago 03/04/2020minha estante
Boa resenha! Desperta a curiosidade pela história


Leitora Bibliotecária 03/04/2020minha estante
Obrigada




Dani 20/11/2022

O Beijo Traiçoeiro
ent gnt sobre o plot, tp mds eu não imaginaria que seria isso, eu fiquei super chocada, pq eu nem tinha percebido e depois que eu entendi eu fiquei tp ???
mas eu dei 4 estrelas, pq uma coisa que não gostei mto foi que cada capítulo era sobre alguém só que não falava de quem, aí eu ficava confusa quando trocava de personagens que ia falar, mas ach q isso ajuda para um plot bom, não sei :/
mas eu gostei bastante, leiam :)
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Carol 27/02/2020

O Beijo Traiçoeiro
Sage Fowler, nossa jovem protagonista que foi criada cercada por livros e desenvolveu o amor pelos estudos.
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Perdeu os pais muito cedo e ficou sob a custódia dos tios, os Broadmoor e se tornou a tutora de seus primos.
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Sage contemplou dezesseis anos e seus tios querem que ela tenha um futuro estável e, para uma mulher, isso significa um bom casamento.
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Apesar de não ter um sobrenome importante, o tio de Sage consegue arranjar uma avaliação pra ela com a casamenteira, porém tudo vai por água baixo.
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Sage não liga pra casamentos e a casamenteira observando isso é percebe que ela tem o dom de ser uma excelente observadora e faz a ela uma proposta: de ser sua auxiliar nesse Concordium.
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Sage aceita a proposta da casamenteira e nem imagina o que a espera.

Esse livro me surpreendeu !!!!
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@rrrborges_ 29/10/2020

Resolvi reler pra poder lembrar dos detalhes e ler os outros dois livros da trilogia. Não me arrependi. O livro é bom, gostei até mais do que da outra vez que li, consegui reparar mais nos detalhes da situação Quinn/Ash/Rato.
Sage é tão badass quando quer, eu amo!!!
Tem tantos pontos e personagens em aberto prós próximos livros, já vou sedenta pro segundo.
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Val 29/10/2021

Eu amei esse livro, vou confessar que não esperava tanto dele e que fosse algo meio clichê, mas ele é muito envolvente e o Plot twist foi sensacional, eu definitivamente não esperava! mal posso esperar pra ler o segundo livro.
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Lary 06/06/2022

Reli pra poder dar continuidade na trilogia, pois já tinha muito tempo que tinha lido pela primeira vez e a memória de centavos da gata não me permite lembrar de muita coisa.
Sigo gostando bastante da história, agora é dar continuidade e ver como termina rs
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@conversas_literarias 04/02/2020

Uma heroína bem diferente...
Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama (ela não dá a mínima para isso) e é considerada inapta para o casamento. Então, acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho de Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são formadas. Sage anota tudo sobre os pretendentes (inclusive os oficiais) e, quando a escolta militar percebe um conflito se formando, ela é recrutada para conseguir informações.

Sage é uma garota de destaque, ela fala o que pensa e pensa diferente de todas as outras damas. Embora seja recrutada apenas para coletar informações, ela acaba se tornando a heroína da história. O oficial bonito (dizer o nome seria spoiler) que a convoca também é um personagem marcante.

Senti um pouco de dificuldade com o desenvolvimento porque não conseguia fixar o nome de cada personagem. Depois, percebi que isso aconteceu porque há uma troca de identidades entre eles e porque são nomes diferentes da nossa realidade. Não foi uma leitura tão fluida para mim, porque tinha sempre que voltar e conferir nomes, mas ao longo do livro fui me envolvendo com o enredo e com os personagens.

A autora dá várias dicas ao longo da história, o que acaba deixando a reviravolta não tão surpreendente, mas ainda assim é um grande desfecho.

Gostei do enredo e da trama que é construída ao longo da história. Confesso que senti não ter entendido 100% do livro (tive bastante dificuldades com os nomes diferentes) e tenho vontade de reler para embarcar melhor na história. O final é bem fechado, mas o livro tem continuação, pretendo ler e ver o que a autora preparou. Apesar de minha dificuldade, eu recomendo para que gosta de distopia.
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Grazielly24 23/07/2023

"Para que contar?"
Simplesmente sensacional, eu amei esse livro, amei cada pagina, tnc que livro bom.
Pfvr leiam esse livro!!!
Estou ansiosa para comprar os outros volumes, vou tirar dinheiro do glub pra comprar Ksksks
Essa historia é incrível,os personagens são incríveis, o vilão foi fod4 aquele tipo de vilão que nos mesmos queremos matar ele, mnnn esse cara é terrível, vilão mesmo, aqueles sem um pingo de piedade, ruim igual o capeta,vai pro inferno e nem os demônios vão querer falar com ele.
( pera ae, o vilão n é tudo isso já vi melhores Ksksk é só que ele fez uma coisa q só Jesus na causa, na moral deu raiva)
Fiquei triste de acabar o livro, quero maisss.
O romance é uma fofura, pelo menos isso pq o tanto que eu sofri ,se eles não ficassem juntos eu me tacava da ponte, mas ne, sinto que o livro 2 vai ser tipo Mulan 2, só confusão para atrapalhar o casal
Super recomendo. Favoritei!!
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Tamirez | @resenhandosonhos 07/08/2018

O Beijo Traiçoeiro
Minha maior surpresa aqui foi não ter encontrado um livro puramente de romance. O título, que é vendido como uma mistura de Jane Austen com investigação, prometia um romance de época água com açúcar, mas entregou algo diferente. O Beijo Traiçoeiro, na verdade, é uma trama política que se molda em um cenário de época, mas que cria um reino e background completamente fantasioso, se afastando da nossa realidade, mas inserindo os principais elementos de familiaridade com os tempos passados para gerar identificação.

Sage é a garota indomável que não quer saber de casamento. Seus pais eram almas livres e ela se tornou assim, mesmo tendo que conviver com sua ausência. Mas, em seu âmago, também sabe que deve ao tio por todo o cuidado que ele lhe dedicou e aceita ir em frente com a tal avaliação com a casamenteira em nome disso. É claro que não dá certo, Sage não iria controlar a língua. Porém, é exatamente aqui que começamos a entender que o termo “casamenteira” vai muito além da futilidade que o termo pode representar num primeiro olhar.

“As mulheres naquela sala tocavam as cordas da nação como um quarteto de musicistas, criando o equilíbrio de poder que por mais de duzentos anos fazia Damora funcionar.”

Nesse mundo, são essas mulheres que fiam as teias políticas e comerciais. Além de atender aos desejos das duas partes envolvidas, apontando quais pares terão um melhor futuro juntos, também é através de suas escolhas que se formas as alianças, e estruturas econômicas que manterão o reino saudável e protegido pelos anos vindouros. Portanto, o trabalho dessas damas “cúpidos” vai muito além de montar casais bonitos, mas sim costurar acordos que vão beneficiar toda a nação.

A protagonista, mesmo com certo resguardo, começa a compreender a importância e poder que esse ofício detém e até se diverte com sua função de coletar informações sobre todos aqueles ao seu redor: as damas reais do Concordium e os soldados que as acompanharão, afinal, ali pode haver também algum bom pretendente escondido e Darnessa Rodelle quer ter olhos abertos em todas as direções.

“Quanto mais Sage aprendia sobre as casamenteiras e o poder que detinham, mais convencida ficava de que administravam o país por baixo dos panos.”

Dos soldados, quatro chamam a atenção e tem mais importância dentro da trama, sendo eles o capitão, Alexander Quinn, o príncipe Robert, o bastardo Ash e o braço direito Casseck. Todos eles tem personalidades divertidas e possuem uma amizade sólida que vai além do dever de soldado que os une.

E, é claro que o cruzamento de caminhos entre esses dois mundo vai resultar em algum romance. Porém, não espere muito disso até a metade do livro, que é quando esse traço da história começa a se manifestar. Até lá há uma construção de estrutura e apresentação do mundo e dos conflitos, além de explorar bastante a personalidade de Sage, suas bravatas e também dos demais personagens centrais.

Há um plot twist muito legal na terceira parte da história que faz com que o leitor sinta vontade de dar meia volta e começar o livro de novo, apenas pra ver onde foi que deixou passar todas as pistas. E, mesmo com um tom mais doce em sua narrativa, há uma cena mais forte ao final que me surpreendeu, pois estava esperando algum daqueles consertos milagrosos que normalmente acontecem em histórias assim. Me enganei e fiquei triste. Mais que os personagens, o que acaba sendo uma falha da história.

Falando em falhas, essa não é uma história livre delas. E há alguns problemas que a perseguem também. O primeiro deles é que o livro foi inicialmente vendido com uma inspiração em Mulan, mas, temos aqui uma protagonista branca, o que por si só já descaracteriza e gera certo auê. Ainda nesse âmbito, há o fato de autora mencionar “pele mais escura” mas sem determinar realmente o quão escura ou o que realmente quer dizer. Com toda a problematização de racismo que temos vivendo, isso acaba sendo um tiro no pé, pois há sempre quem vá apontar o dedo pra esse tipo de coisa e, com certa razão.

A outra coisa, e o que realmente me incomodou aqui é que a sororidade é praticamente zero. Primeiro, todas as meninas que estão indo para o Concordium, cumprindo as regras sociais, e que não são Sage, são fúteis. Garotas que só pensam em romance, vestidos e maquiagem. Elas são vistas assim não só pela protagonista mas pelo núcleo masculino, generalizando completamente um grupo que é mal explorado. E, é ai que entra o segundo problema. Por mais que sejam várias, apenas a que mais gosta de Sage e a que a detesta são apresentadas, de forma rasa. Enquanto todas as outras, que deveriam ser também observadas ela garota, são esquecidas e apagadas.

Sage é colocada em um pedestal por ser a “diferentona”. Todas as grandes ideias vem dela, ela é a incrível. Em uma situação que ela não está rodeada de outras mulheres eu até engulo algo assim, pois entendo a lógica, mas achei que a autora foi muito infeliz atirando todas as demais personagens femininas no mesmo balaio do descaso.

Mas, mesmo com todas essas coisas eu aproveitei muito a leitura e me diverti bastante. Enquanto para uns o início possa parecer lento, pra mim foi ótimo adentrar nesse mundo dessa forma, afinal estou acostumada com livros de fantasia que fazem sempre isso. Eu me envolvi com os personagens, torci para que desse tudo certo, e até torci para o casal. Ignorei alguns clichês do final e tive uma experiência muito positiva.

É claro que como sempre busco analisar o livro, os fatos de conflito não passaram batido, mas para um leitor despretensioso, muito disso que mencionei pode nem saltar aos olhos, proporcionando uma boa leitura em sua totalidade. Aqui, acho que a expectativa e o olhar que cada um der pra essa trama fará a diferença no resultado final.

Mas algo que eu acho importante ter em mente quando você começar O Beijo Traiçoeiro, é não esperar um romance meloso, pois não é isso que você vai encontrar. Esse livro também não é nem de perto uma Agatha Christie ou uma fantasia cheia de desdobramentos. O segredo parece estar em por uma pitada de cada coisa e fazer com que os elementos se entrelacem de uma forma dinâmica e coesa, tornando até difícil descrever o que realmente há escondido nas páginas do livro.

O Beijo Traiçoeiro foi uma surpresa e já fico ansiosa pela continuação. Não há um enorme cliff hanger no final, e sim a abertura para que a história continue. O segundo livro, The Traitor’s Ruin já foi anunciado lá fora e deve chegar ao Brasil em 2018!

site: http://resenhandosonhos.com/o-beijo-traicoeiro-erin-beaty/
Karime.Souza 07/08/2018minha estante
Queroooo!!!


Keith.Christyne 21/02/2020minha estante
Eu tô empacada nele já tem um tempo n sei oq fazer pra continuar




Gio119 10/02/2020

null
Preciso da continuação na minha mesa para ontem aaa
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re.lendoo 04/02/2021

Livro otimoooooo!
Reviravoltas intrigantes. Me senti enganada o livro todo kkkkk.
Tô pensando se dou sequência nessa trilogia
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Jessie 24/01/2021

Viciante e impossível de largar!
Eu li essas 433 páginas em seis horas, não consegui largar.
Ok, eu fiz xixi duas vezes e parei pra olhar o teto, me perguntando ONDE ESTAVA MEU ALEX QUINN? HEIN? CADÊ, DEUS?
De qualquer forma, me lembro de quando vi esse livro na livraria e li a sinopse. Na hora, o enredo pareceu instigante.
E sim, a promessa de cumpriu.
A ambientação é incrível, somos realmente transportados para várias partes de Demora, esse país pauleira que tá cheio de merda rolando.
Mas o que mais amei foram os personagens, principalmente, os principais.
Sage Fowley é incrível.
Ela é articula, inteligente e enche cada linha com sua sagacidade.
Não é a toa que o novinho se apaixona. Ele não tinha chances.
Por algum motivo, a história me lembrou Mulan. (Pode rir)
Algo sobre essa garota com ambições e trejeitos que a deixam inapta ao casamento, mas essas mesma características são o que, aos poucos, a transformam em um guerreira.
Ela descobre a força de sua sagacidade e aprende a força que seu cérebro pode ter no campo de batalha. Afinal, nem todas batalhas são físicas e a Sage ajuda a formar uma batalha final muito mais promissora com toda sua ajuda.
E sei lá, apesar de não ser a melhor lutadora, sua coragem e determinação me lembram da Mulan.
Realmente, eu amei cada instante com ela e vê-la descobrir fortalezas em suas fraquezas (ou o que os outros consideram fraquezas).
Além de tudo, é possível ver a crítica por trás do papel feminino e masculino. Além de mostrar a importância social da mulher e do casamento.
Leiam, leiam, leiam!
O romance tá no ponto, a ação e você vai ficar viciado.
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Lauraa Machado 17/11/2018

Machista, misógino e mal feito
Eu não esperava muito desse livro, é verdade. Não vou fingir que fiquei realmente decepcionada, já que esperava que ele não fosse grande coisa, mas fiquei abismada com a quantidade de misoginia e machismo claros e escancarados do começo ao fim, então, senão decepcionada, estou pelo menos surpresa pelo tipo de coisa que apareceu aqui.

O que mais me fez ficar curiosa para ler esse livro foi terem falado que a protagonista tem a língua afiada. Eu amo protagonistas assim. Sage aqui não é assim. Ela é grossa, arrogante e condescendente, isso sim. E em nenhum momento ela cresce e se desenvolve. Além disso, ela passa o livro inteiro aparentemente querendo uma medalha por saber subir em árvores e gostar de vestir calças. Ela claramente acha que isso a faz muito melhor do que todas as outras garotas do universo, ainda que não tenha parado para conversar com nenhuma direito para realmente saber do que elas gostam.

A quantidade de veneno e ódio que ela gasta pensando sobre as garotas para quem ela teoricamente trabalha como casamenteira só deixa tudo ainda mais irônico quando ela as chama de cobras. Eu achava que seria uma história sobre uma garota que não quer casar, mas que quer juntar as pessoas (estilo Emma, da Jane Austen, aquela obra prima maravilhosa), mas isso não fez a menor parte da história e as garotas parecem ter sido colocadas ali só para Sage se comparar e se achar superior, mesmo sem falar com elas.

Eu tinha visto algumas pessoas falando isso da protagonista antes de ler, mas não é só ela. Os próprios soldados que as escortam até a capital sempre pensavam nas garotas como "víboras" ou "pavões" (sim, usaram essas duas palavras), quando nenhum nem tinha parado para falar com elas. Não tem nada que eu odeie mais no mundo do que garotas sendo rebaixadas e tratadas como fúteis pelo simples fato de serem garotas. Como quase foi o caso da Sage, muitas delas provavelmente estavam ali por não terem outra opção. Muitas poderiam ter calças embaixo do vestido, como a Sage adorava usar. Mas ninguém lhes dava a chance de abrir a boca e ter alguma opinião antes de julgá-las.

O jeito mesquinho e odioso da autora de descrever as garotas estava em todos os pontos de vista, fosse da casamenteira, do vilão, da protagonista ou dos soldados - e que tosco que era ver os soldados tão preocupados com o fato das outras garotas usarem esmalte e maquiagem. Que raiva, sério! Se fosse só isso que tivesse de machismo, eu daria duas estrelas. Mas teve outra coisa que me forçou a abaixar a nota ainda mais.

Em mais de uma cena, existem personagens masculinos ameaçando estupro como se fosse algo normal. Sim, a protagonista os considerou "homens maus", mas em nenhum momento ficou revoltada como a situação merecia. E isso nunca foi abordado, só passado por cima. Um personagem fala, "Você tem sorte de eu não estar afim [de te estuprar], mas quem sabe eu mude de ideia." Era um cara teoricamente mau, mas a casualidade com que a autora lidou com a possibilidade do estupro nessa e em outras cenas para mim foi assustadora.

Outra coisa que fez ser impossível que eu gostasse minimamente desse livro foi que a autora achou mega aceitável e nem um pouco merecedor de explicações o fato de uma garota de quinze anos estar se envolvendo com um cara de vinte e um. A própria protagonista tem 16 e também se envolve com um de 21. Isso para mim é inaceitável, ainda mais quando em nenhum momento alguém parou para pensar e questionar se a diferença de idade não poderia ser algo ruim. Ridículo isso, honestamente.

Se o resto do livro fosse okay e tivesse conseguido pelo menos me divertido, talvez eu tivesse dado duas estrelas até, mas a história é pobre, mal construída e a narrativa é bem ruim. Tem um único mistério no livro só, mas eu o descobri logo no primeiro capítulo em que ele se apresenta e é bem óbvio mesmo, só vai enganar quem ainda não tiver muita experiência pelos livros. Todos os outros "mistérios" que poderiam existir foram extinguidos pela decisão sem pé nem cabeça da autora de mostrar milhares de pontos de vista para a gente nunca ser enganado por nada. Devo dizer que não tem a menor graça ficar vendo um personagem sofrer por algo que eu sei que não é verdade. Seria bem melhor sofrer com ele, ser surpreendida com ele, respirar aliviada com ele.

Como falei, a escrita é bem ruim, mas por outras coisas também. A personalidade arrogante e mesquinha da Sage desaparece do nada, ela é a garota não bonita que todos os homens acham linda e querem para eles, enquanto as garotas passam longe dela (revirando os olhos aqui) e os outros personagens são extremamente superficiais, caricatos até demais (a megera que é sempre A desagradável, a boazinha que é sempre a única a ser minimamente gentil, o vilão que faz maldade só para ser mau). Outra coisa que me incomodou demais foi que os personagens ficam repetindo coisas, explicando para si mesmos pela narração cenas que se passaram pelo livro, como se a gente tivesse esquecido o que aconteceu no capítulo anterior. Aliás, os capítulos são tão pequenos, que ilustraram literalmente como a autora não queria trabalhar nada, só jogar as informações. Tudo vai acontecendo tão fácil, tão rápido, pulando desenvolvimento, que nada realmente convence.

Os conhecimentos políticos e geográficos da autora também deixaram a desejar. O país é tão grande, que os personagens demoram um dia para cruzar um centímetro da escala no mapa, mas é tão vazio que um exército de 130 homens os assustam (essa quantia é tão ridícula para um exército, meu deus). Além disso, o conflito com o país vizinho não faz o menor sentido, a não ser que só tenha crianças mesmo comandando o país deles. No mundo real e dos adultos, países aproveitam fraquezas de seus adversários, principalmente aqueles com os quais dividem uma fronteira, para comprar sua aliança. Aqui, ninguém ainda ouviu falar de empréstimo e diplomacia.

Para não dizer que tudo é péssimo, vou falar que o romance até que é okay, mas nada marcante, e é difícil me importar com ele quando a protagonista é uma péssima pessoa.

Esse livro me lembrou de outros três. Ele me lembrou de The Queen's Rising, que é péssimo também, me lembrou de The Kiss of Deception, que é bem ruim, e me lembrou de A Maldição do Vencedor, que é ótimo, romântico e apaixonante, seguido de um livro com espionagem e tensão de verdade. Fizeram propaganda desse daqui falando que era uma junção de "Jane Austen com espionagem", e ele não tem nada parecido com as histórias da Jane Austen nem superficialmente e a espionagem dele é feita de qualquer jeito, sem qualquer tensão de verdade. Além disso, tiveram a cara de pau de falar que era inspirado na Mulan, mas só se a autora nunca assistiu Mulan, porque não tem nada aqui que chega perto de se parecer.

Esse é mais um na lista de livros decepcionantes, tóxicos e mal feitos que as editoras do Brasil insistem em publicar com propaganda enganosa e investir em divulgação (ou seja, uma imagem enorme da capa na bienal) em vez de focar em livros muito melhores. Parece até que eles nem leram o livro e só vão pela quantidade que vendeu ou pela sinopse.

E agora eu sei exatamente o que vou ler em seguida: um livro feito de piratas mulheres diferentes, que são parte de uma irmandade incrível. Preciso de alguma coisa para lavar minha alma desse livro machista e mesquinho que acabei de ler.
Micaela Cavalcanti 17/11/2018minha estante
Mas gente! Não achei que esse livro pudesse ser tão ruim, agora vou passar longe!


Lauraa Machado 17/11/2018minha estante
Passe mesmo, porque é revoltante e ofensivo!


Carous 17/11/2018minha estante
Eu ainda pensava em ler o livro apesar dos seus comentários enquanto lia o livro, mas depois da sua resenha eu não quero nem chegar perto.

Mas vc escreveu algumas coisas bem valiosas. Como personagens que são desagradáveis só pra ser mesmo. Já vi em outros livros e detesto isso. E comp as editoras brasileiras investem em livros tóxicos.


Lauraa Machado 17/11/2018minha estante
Tóxico mesmo, com personagem que fala coisas como "Você tem sorte de eu não estar afim [de te estuprar], mas quem sabe eu mude de ideia." Era um cara teoricamente mau, mas a casualidade com que a autora lidou com a possibilidade do estupro nessa e em outras cenas para mim foi assustadora.


Danny.Silva 17/11/2018minha estante
É inacreditável como sua resenha me deu mais vontade de ler esse livro para tirar minhas próprias conclusões.


hta 17/11/2018minha estante
Ainda bem que não tinha considerado ler ele kkkkkk




Amanda 08/01/2022

Virei a madrugada lendo, muito bom. A trama é envolvente, o casal é fofo e a protagonista é maravilhosa.
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Maisa @porqueleio 21/08/2020

Uma leitura rápida e deliciosa, com uma personagem surpreendente
No primeiro livro da trilogia, vamos conhecer Sage Fowler, uma garota órfã que vive com a família do tio. Nesse reino, os casamentos são acordados entre as famílias e uma casamenteira, e cada vilarejo do reino tem a sua. É uma profissão muito respeitada, e o tio de Sage marca um horário para a sobrinha, mesmo não acreditando que alguém possa se interessar por ela – ela é sagaz, esperta e tem sardas, características de quem passa tempo de mais o sol...

Claro que essa entrevista seria desastrosa, mesmo Sage tendo ensaiado todas as repostas. Mas é difícil enganar a casamenteira Darnessa, que percebe as qualidades da garota e acaba oferecendo uma vaga de aprendiz, já que a própria Sage não vê como possibilidade de futuro o casamento. A missão dela se torna ficar atenta a todas as características daquelas que foram escolhidas para participar do Concordium, um evento que reúne todos os pretendentes e todas as moças na capital do reino

Para escoltar as damas até o evento, Alex Quinn é designado, mais como uma punição do general frente a impaciência do Capitão. O pelotão ainda conta com o príncipe herdeiro e seu meio irmão bastardo, Ash Carter. Mas o que ninguém poderia prever é que uma tarefa simples acabasse se misturando a uma conspiração política contra a coroa!

Uma graça de estória, de capítulos curtos e leitura fluida, caminhar com a Sage foi revigorante – um romance de época com uma conspiração bem bolada, e ainda em um reino criado com um mapa lindo!

site: https://www.instagram.com/p/CEFdTwFjOtg/
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