A Vida Digital

A Vida Digital Nicholas Negroponte




Resenhas - A Vida Digital


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Fidel 24/02/2011

O caba é desenrolado!
Esse livro realmente foi um achado de Nicholas Negroponte.
O livro todo é bom, se você começa a ler, cada página deixa um combustível em forma de curiosidade.
E cada vez que se fecha o livro o combustível fica queimando até que você mergulhe novamente.
A parte que ele "metaforiza" a tranformação dos bits em megas e posteriormente em tinta sobre as árvores mortas, é show!
Recomendo!
O mais interessante é que também é um livro de previsão revolucionária da internet.
Pedroom Lanne 11/09/2014minha estante
Eu também gostei muito do livro, apesar de muitos estudiosos serem críticos desta obra.




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Pedroom Lanne 11/09/2014minha estante
Boa resenha! Mas há de se dizer que ainda estamos engatinhando no desenvolvimento de muitas das idéias revolucionárias que Negroponte traz a tona neste livro. Ele e outro estudiosos de sua época, como Pierre Lévy, foram um tanto quanto otimistas no que tange a materialização deste mundo virtual, ainda estamos quebrando a cabeça entre bits e bytes para que este seja estabelecido como o fator preponderante que guiará nosso lifestyle nos próximos anos e décadas.




Laura.Helena 19/01/2021

Previu o futuro
Com uma escrita de fácil compreensão, o autor traz reflexões sobre como ele acha que será o futuro da digitalização, e acerta em muita coisa, inclusive lança mão de possibilidades que ainda não vivenciamos, como as diferentes formas de aprendizado possibilitadas pela internet (no caso das crianças)
comentários(0)comente



Pedroom Lanne 11/09/2014

A Vida Digital
Uma das características desta nova Galáxia da Internet está no crescimento da inteligência em diversos níveis, desde a eficiência dos novos sistemas interconectados, dos computadores, até a contribuição das pessoas individualmente, ou estas se organizando de diversas novas formas a própria inteligência coletiva. O ex-comandante do MIT, Nicholas Negroponte, faz diversas considerações sobre a inteligência do novo mundo conectado que descreve na obra A vida digital, e as relaciona também com o consumo de mídia. A primeira pergunta que o estudioso se faz é se a peculiaridade de um veículo pode ser transportada para outro (Negroponte, 1995:25). E, sobre a questão das diferenças físicas e interativas dos meios, afirma:

Um jornal também é produzido tendo toda inteligência do lado do transmissor. Mas, como veículo, o papel em formato grande propicia algum alívio ante à mesmice da informação, uma vez que o jornal pode ser consumido em diferentes momentos e de diferentes formas. Nós folheamos, dobramos suas páginas guiados por manchetes e fotos, cada um tratando de um modo bastante diverso os bits idênticos enviados a centenas de milhares de pessoas. Os bits são os mesmos, mas a experiência da leitura é diferente (Negroponte, 1995:25) [2].

Embora a Internet não tenha a portabilidade de um jornal impresso, percebe-se que o exemplo mencionado por Negroponte, a experiência de leitura, se assemelha e vai além do que já nos propiciava o jornal em relação a outras mídias (o rádio e a TV), sobretudo no momento atual, quando a informação, cada vez mais, se espalha por diferentes meios e modos de interação proporcionados pelas novas tecnologias que nos abraçam dia-a-dia e que vão além da web. Dentro deste novo contexto tecnológico, as reflexões de Negroponte seguem a mesma direção das ponderações de Castells e até mesmo McLuhan, na qual a informação se fragmenta e se personaliza:

A resposta está na criação de computadores que filtrem, classifiquem, estabeleçam prioridades e gerenciem os múltiplos veículos, a multimídia, para nós computadores que leiam jornais, assistam à televisão e que ajam como editores quando solicitados. Esse tipo de inteligência pode alojar-se em dois lugares distintos.

Ela pode estar do lado do transmissor e comportar-se como se você tivesse seu próprio time de redatores como se o New York Times estivesse publicando um jornal único, feito sob medida para seus interesses. Nesse primeiro exemplo, um pequeno subconjunto de bits foi selecionado especialmente para você. Esses bits são filtrados, preparados para você, talvez para serem impressos na sua casa, ou para serem vistos de modo mais interativo, com auxílio de um aparelho eletrônico.

Num segundo exemplo, seu sistema editor de notícias está no receptor, e o New York Times transmite uma quantidade enorme de bits (...) dentre as quais seu aparelho seleciona umas poucas, dependendo dos seus interesses, hábitos ou planos para o dia em questão. Nesse caso, a inteligência está no receptor, e o idiota do transmissor está enviando os bits todos para todo mundo, indiscriminadamente (Negroponte, 1995:25-26).

Enfim, Negroponte conclui que ambas as fórmulas deverão ser encontradas na vida digital. Mas a inteligência do transmissor/receptor e a fragmentação não são os únicos pontos que alteram o cenário da informação que concerne a mídia em geral. A sua profundidade é algo que cresce com as redes e novas tecnologias, como evidencia a seguinte afirmação:

No mundo digital, o problema do volume versus profundidade desaparece, de modo que leitores e autores podem mover-se com maior liberdade entre o geral e o específico. Na verdade, a idéia de querer saber mais sobre o assunto é parte integrante da multimídia, e está na base da hipermídia (Negroponte, 1995:71).

A maior profundidade proporcionada pela informação em rede, além do que escreve o norte-americano, é algo notório na Internet, meio que permite a conectividade de diversas empresas de mídias, inclusive com seus usuários e de todos entre si. Hoje, é fácil notar isso em qualquer meio, seja na TV, no rádio, em jornais ou revistas, que convidam o público para saber mais sobre o assunto através de informações adicionais que dispõem em seus sites. Isto, somado ao que o público pode encontrar por conta própria navegando na web, nos permite afirmar que a Internet é o meio atual de maior profundidade informativa.

Se o mundo da tipografia já correspondia à uma galáxia no entendimento de McLuhan, mantida as proporções siderespaciais, a Internet corresponde ao universo como um todo à partir do entendimento proporcionado por esta leitura de Manuel Castells.

Notas

[1] Entende-se hackers como uma comunidade ou cultura de programadores e desenvolvedores tecnológicos, em oposição ao que é normalmente associado a esta classe, que são os crackers, estes sim, aqueles que utilizam seu conhecimento tecnológico com o objetivo de derrubar sistemas, criar vírus etc..
[2] No contexto da obra de Nicholas Negroponte, bit é uma referência a informações e conteúdos digitais.

Referências Bibliográficas

CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
COSTA BISNETO, Pedro Luiz de Oliveira. Internet, Jornalismo e Weblog: a Nova Mensagem. Estudos Contemporâneos de Novas Tendências Comunicacionais Digitais. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, 2008.
COSTA, Caio Túlio. Moral provisória. Ética e jornalismo: da gênese à nova mídia. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo Ciências da Comunicação. São Paulo, 2008.
LÉVY, Pierre. O que é virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem (Understanding mídia). São Paulo. Editora Cultrix. 1964.
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SAAD, Beth. Estratégias para a mídia digital. São Paulo: SENAC, 2003.
VLAMIS, Anthony e SMITH, Bob . Do you: Business the Yahoo! Way. Milford: CT: Capstone, 2001

site: http://www.pedroom.com.br/portal/miniblog/2001-2007.htm#vd
Pedroom Lanne 11/09/2014minha estante
Para compreender essa resenha completamente, antes, você precisa ler a resenha (de minha autoria também) do livro "A Galáxia da Internet" de Manuel Castells. Essa resenha é "continuação" da resenha do Castells.




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