Dias Bárbaros

Dias Bárbaros William Finnegan




Resenhas - Dias Bárbaros


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Moya2 29/07/2023

Sonho de todo surfista!
William conseguiu, à duras penas e com perrengues descomunais, realizar o sonho da maioria dos surfistas: a busca da onda perfeita.

Perambulou por todo tipo de praia, em vários países e em points já conhecidos e sendo pioneiro em outros picos que acabaram por se tornar novos points.

Passou por poucas e boas, viveu sem luxo e quase como indigente em vários locais apenas para desbravar locais improváveis e saciar sua necessidade de novas ondas.

Sua história como repórter/correspondente/escritor bem como seus relacionamentos ficam sempre em segundo plano, perdendo sempre para o surf.

O livro conta com muitos jargões do surf e um leitor sem conhecimento do esporte pode ficar meio perdido, mas isso não desabona o livro.
A riqueza da descrição das histórias é incrível.
comentários(0)comente



Rodolpho.Gonzalez 09/11/2021

Inusitado
Surfo, então sou suspeito. É um livro sobre a vida do cara, o que acaba sendo, consequentemente, um documento histórico da história recente do surf (sob a ótica de um demente que passou 08 anos vivendo de comida enlatada enquanto viajava o mundo e surfar). O cara é um dos descobridores de picos famosos hoje em dia, como Fiji.

Pode não ser para todos.

Ah, mas como é legal.
comentários(0)comente



Luiz Carlos 27/07/2021

Um bela surpresa
Existem livros que não damos grande valor incialmente. Adiamos a leitura para um futuro incerto. Até que o futuro se torna presente e a leitura chega como um encanto. Esse encanto é uma mistura de surpresa, gratidão e beleza. Surpreso por não depositar uma grande esperança num livro cuja temática é o surf, mesmo tendo surfado minha adolescência inteira e o início da fase adulta. Cresci lendo revistas de surf intercaladas com livros de filosofia, política e história. E da leitura das revistas de surf, apreendi mais apreciar a beleza das imagens fotográficas do que valorizar nelas a qualidade da escrita, com a exceção das colunas de Ricardo Bocão na revista Fluir, textos que tinham qualidade literária e que me faziam viajar igualmente pelo mundo com o poder da imaginação. Aguardava apreensivo a revista do próximo mês, quando a revista do mês anterior prometia imagens de um dia épico das ondas em um lugar geralmente desconhecido do mundo. Era o modo de sentir-se um desbravador sem poder sair da própria cidade. Ver as fotos nas revistas de surf era para mim como estar lá, mas o prazer das leituras que me levavam para lugares alcançados e construídos apenas pela minha imaginação somente fui reencontrar em Dias bárbaros: uma vida no surf. Gratidão por ter acesso ao livro por obra do destino e da sorte, talvez. Comprei numa dessas semanas loucas de queima de estoque das livrarias virtuais.

Dias bárbaros: uma vida no surf é um livro autobiográfico de William Finnegn que viveu dos surf de uma maneira livre e autêntica. Não foi competidor e sequer é reconhecido internacionalmente no mundo do surf. É, na verdade, um daqueles surfistas cuja história e fama somente teríamos acesso pelas pessoas mais próximas com quem ele conviveu, mas que passaria despercebido por todos, não fosse sua qualidade de escritor reconhecida hoje. Foi um surfista, entre tantos outros iguais, que viveu o espírito da sua época e desbravou várias praias, antes desconhecidas, porém hoje famosas mundialmente por todos os surfistas mais em razão dos campeonatos. Não se pode também dizer que William Finnegn foi um pioneiro nessas praias. Esteve em vários lugares fantásticos numa época em que a informação circulava na velocidade das missivas, barcos e aviões. Assim, muitos dos lugares descobertos por ele nas suas viagens pelo mundo já poderiam ter sido surfados ou conhecidos por outros surfista, mas que guardavam essa informação num mapa do tesouro secreto.

A beleza e o valor literário de Dias bárbaros: uma vida no surf está na possibilidade reviver o espírito de uma época ou way of life. William Finnegn conseguiu expressar um valor muito importante para os americanos, que está na ideia de movimento, da expansão e do desbravamento, que também podem ser encontrados representados na história e cultura americana como a caça às baleias de Moby Dick, a corrida do ouro no século XIX, a conquista de novas terras no oeste americano, os filmes de faroeste de Jhon Ford e o movimento beat ao estilo On the Road de Jack Kerouac. Com esse olhar, Dias bárbaros simboliza a beleza de uma juventude que viveu nas décadas de 60 a 70 no século XX. Uma juventude americana privilegiada por uma moeda valorizada na economia mundial e que podia desbravar o mundo com poucos dólares no bolso e poucas horas dedicadas ao trabalho formal. Unindo, assim, essas condições históricas, culturais e econômicas, jovens rodavam o mundo em busca de novas experiências, livre das responsabilidades e pressões da vida adulta – conseguir bons salários e estudar em boas universidades – num modo de vida livre, desbravador e muitas vezes selvagem. Foi a geração de Jack Kerouac em On the road, Alen Ginsberg em Uivo, William Burroughs em Almoço Nú e Patti Smith em Só garotos. Assim viveu William Finnegn numa história real e fascinante pelo mundo em busca de ondas perfeitas e hoje narradas pelo jornalista e ainda surfista quando as obrigações da vida lhe permitem, a exemplo de milhões de surfistas comuns e anônimo pelo mundo que viveram aventuras e experiências nas inúmeras praias e ondas da vida.
comentários(0)comente



Gabriela 23/06/2021

Nunca pensei que fosse gostar tanto de uma autobiografia, já que não sou uma leitora ávida de memórias e biografias, porém o livro me surpreendeu.
Não tenho nenhuma afinidade com surfe (e tenho medo do mar), mas isso não prejudicou a minha experiência de leitura.
A escrita é cativante e torna um deleite acompanhar a vida de William Finnegan nos diferentes países e ondas que ele conhece.
comentários(0)comente



Marina.Soares 16/04/2021

Uma das melhores autobiografias que já li. Mesmo quem não tem nenhuma afinidade com o surfe, assim como eu, vai gostar desse livro. Com uma escrita vigorosa, William Finnegan compartilha conosco a sua busca pelas melhores ondas, num relato fascinante de suas viagens e aventuras. Recomendo!
comentários(0)comente



Thiaguinho547 11/03/2021

Aventura, surf e viagens
Leitura leve e descontraída onde o autor narra com detalhes sua história de vida à procura das ondas
comentários(0)comente



Predo 05/10/2020

Incrível
O surf assim como a leitura, são duas atividades monomaníacos, onde o desempenho daquele que pratica é intrinsecamente individual. - e o desenvolvimento sempre é relativo - As vezes causando certa ?dependência?, um tipo de fixação viciante na vida do praticamente.

Nas palavras do autor: ?O que podia com razão, ter preocupado meu pai era o tipo peculiar de monomania antissocial e exagerada um comprometimento sério com o surfe quase sempre envolvia... O novo ideal emergente era a solidão, a pureza, as ondas perfeitas longe da civilização. Era um caminho que afastava da cidadania, no sentido antigo da palavra, na direção de uma fronteira apagada, onde iriamos viver como bárbaros modernos. Não era o devaneio do vagabundo feliz. Era mais profundo. Perseguir ondas com dedicação era algo profundamente egocêntrico, radical em sua rejeição dos valores do dever e das conquistas convencionais.?

Pra mim, fica muito clara a dualidade entre à leitura e o surfe nessa citação. E ela expressa o por que, de eu ser viciado nas duas práticas.
comentários(0)comente



Elisa Cool 10/08/2020

Uma vida de aventuras
Uma autobiografia com ótimas histórias, boa parte delas grandes aventuras. Uma leitura empolgante pela forma como o autor narra pelo que passou e, principalmente, por envolver bastante o surf.
comentários(0)comente



Angelica75 02/04/2020

Além do surfe
Mesmo para quem não é adepto do surfe, o livro é muito interessante. É o retrato de uma época, o autor nasceu em 1953 e percorreu o mundo atrás de ondas mas não só isso. Jornalista, com uma ótima escrita, trabalhou para a revista New Yorker por exemplo, ele desenvolve uma história cativante passando por lugares como Havaí, California, Bali, Filipinas, África do Sul, Ilha da Madeira, São Francisco, NYC. Em cada um desses lugares ele traz uma narrativa muito envolvente.
comentários(0)comente



Camila Faria 16/04/2018

Autobiografia (vencedora do Pulitzer!) do jornalista William Finnegan, na qual ele compartilha a sua trajetória no surfe, desde a infância numa gangue de meninos brancos em Honolulu até a vida adulta, tentando balancear família, trabalho e as ondas. Para começo de conversa, eu não entendo NADA de surfe. Mas o autor constrói um universo tão fascinante dessa arte, que a gente se sente dentro da água com ele, explorando novos territórios e viajando o mundo em busca das melhores ondas ao seu lado. O livro também é muito bem sucedido em retratar o boom do surfe na década de 60, o clima inebriante da época e a satisfação de descobrir e explorar novos picos num mundo pré-GPS e Google Maps. Divertido e surpreendente, uma verdadeira viagem pelas memórias de um surf expert. Recomendo.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-20/
comentários(0)comente



10 encontrados | exibindo 1 a 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR