The Hate U Give

The Hate U Give Angie Thomas




Resenhas - The Hate U Give


97 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


ignis 29/11/2021

be roses that grow in the concrete
eu passei seis meses lendo esse livro (ou dois meses com um intervalo de quatro entre esses dois). valeu a pena. cada noite lendo até de madrugada, cada vez que eu tive que procurar uma palavra no tradutor, cada lágrima que eu derramei lendo. foi um dos mais inesquecíveis livros que eu já li e fico feliz que eu tenha escolhido esse para ser meu primeiro livro em inglês.
no fim, esse livro é escrito para todos que já se sentiram silenciados, que já ouviram que não deveriam fazer a coisa certa, e mesmo assim continuaram lutando porque escolheram algo além da inércia. esse livro é para todos os que querem ser as rosas que crescem no concreto.
Lore 29/11/2021minha estante
Eu ainda não me recuperei


ignis 29/11/2021minha estante
nossa eu tô um caco




Amanda 26/08/2019

Tem um tempo que finalizei a leitura e costumo não demorar muito para postar a resenha, mas esse livro me deixou pensante por mais tempo do que eu previ. Então, depois de muito pensar achei que meu papel não era resenhar esse livro como faço com outros. Meu papel aqui foi ouvir mais e falar menos!

É um livro importantíssimo para o contexto atual, que dá voz a um garota negra da periferia, e me fez pensar mais sobre representatividade na literatura. Talvez o problema seja a minha bolha literária e isso sirva como alerta para mim e para minhas escolhas, porque quando paro para pensar cadê os negros nos meus livros? Às vezes na posição de destaque, às vezes na posição de coadjuvantes, mas às vezes em posição nenhuma. Felizmente as mulheres tem mais espaço, mas não adianta colocar uma mulher como protagonista e ela ser um reflexo da sociedade atual, como uma repetição e validação de comportamentos que precisamos desesperadamente nos livrar. (E vale a observação de personagens que parecem a personificação da alma feminista, mas tem tantos cacoetes machistas que em vez de ajudar, acabam atrapalhando com a falsa impressão de exemplo a ser seguido).

Starr é uma boa protagonista, que evolui durante a leitura, consegue transformar seus medos e indagações em atitude. A gente também acompanha um pouco do seu ambiente escolar, que é num contexto completamente diferente da sua vida. Ver aos poucos ela ter coragem de dizer "chega" para atitudes de colegas de sala e repensar seu namoro com um garoto branco vale a pena, porque a gente acompanha o motivo dela estar agindo assim, a mudança do pensamento.

Tirando a amiga trouxa, ela tem amigos incríveis, que dão a cara à tapa e se mantêm ao seu lado quando importa. A família dela também é incrível, pude sentir a cultura afro americana bem retratada. E todo esse núcleo traz novas tramas, que fazem com que a história sempre esteja em movimento.

"O ódio que você semeia" traz um tema tão comum que poderia acontecer na periferia das cidades brasileiras, crianças que convivem com tiroteios, que assistem amigos morrerem, que crescem aprendendo a ter medo da polícia, que precisam ser ensinados a serem abordados por policiais para não criarem a falsa ideia de que são uma ameça.

Creio que toda crítica é válida, mas li algumas que ao criticarem certos aspectos do livro parecem querer invalidar o peso da história. Eu preferi aprender, durante a leitura foi tapa na cara atrás de tapa na cara, detalhes que nunca prestei atenção, ações que nunca interpretei de certa forma. Espero me tornar uma pessoa melhor, mais atenta e mais ativa, não basta só ouvir e reconhecer o problema, temos que tentar resolvê-lo. Numa sociedade, se há algum grupo sendo preterido, não é só esse grupo que está perdendo é a sociedade inteira.
Ana 26/08/2019minha estante
Mais uma resenha maravilhosa, parabéns!


Amanda 27/11/2019minha estante
Obrigada Ana, sempre uma querida.




Isa Sales 03/07/2021

leitura necessária
Que história incrível! Consegui gostar de todos os personagens e me envolver completamente em suas histórias. A autora narra de forma perfeita com fatos extremamente reais e atuais, apesar de não ser um livro tão novo. A perda do Khalil foi algo que machucou a Starr e todos os leitores desse livro, e a coragem da personagem e sua força me encantaram demais. A família dela se apoia completamente e é bonito de ver tudo o que eles aprendem e ensinam uns aos outros. É uma história tocante, sensível e forte ao mesmo tempo, é lindo de ver o apoio entre todos e a relação de starr com o seu namorado que, mesmo não sentindo tudo o que ela sente, a acompanha em todos os momentos e está ali pra ela. O protesto final é de arrepiar e a mensagem que a autora passa também. Recomendo pra todos!
Rafa.Meyer 03/07/2021minha estante
??




Clara 13/04/2021

esse livro é tudo para minha carreira, eu sou cadela demais
extremamente necessário
gio 13/04/2021minha estante
perfeito!!!!




Gui 18/03/2024

I N C R I V E L
Uma recomendação aleatória de uma amiga, quando vi estava amarrado nesse livro incrível!

A autora trabalha a vida real de um jeito tão bem escrito que você começa a viajar com ela e DO NADA algo acontece que te lembra "isso aqui é real DEMAIS". E vamos sendo levados de momentos incrivelmente fortes e viscerais pra situações cotidianas e fofas num fluxo tão bem feito que você só sente o baque das agressões... E vai sentindo através da Starr e sendo transportado pra ela.

Foi INCRÍVEL!
comentários(0)comente



Solaine 12/03/2017

QUE. LIVRO. MARAVILHOSO.
Eu já tava bem animada pra ler The Hate U Give, então tive que comprar assim que saiu e ainda passei ele na frente de várias leituras, mas não me arrepende nadinha! THUG é, com certeza, não só o melhor YA que eu já li, como um dos melhores livros que encontrei nessa vida, e facilmente já entrou pra minha lista de favoritos.

A verdade é que no momento que li os primeiros capítulos eu já sabia que vinha aqui dar 5 estrelas pra obra, porque o livro não demora pra mostrar o que ele vai ser e como ele vai te cativar. A cada momento que vamos conhecendo mais sobre a Starr, sobre a sua vida e sobre as pessoas a sua volta, o nosso coração vai se enchendo de amor por essa história que você sempre precisou e nem sabia.

O livro se propõe a falar sobre o movimento Black Lives Matter e dar voz para uma personagem que vive de perto a realidade que o movimento defende, já que Starr acabou de perder o melhor amigo pelas mãos (ou arma) de um policial branco (e isso não é spoiler, porque né, tá na sinopse). Mostrando como a jovem de 16 anos navega entre sua comunidade e sua escola particular (bem branca), o enredo vai desenvolvendo para mostrar o crescimento e aprendizado da Starr.

E por falar nisso, QUE DESENVOLVIMENTO INCRÍVEL!

O plot vai se desenrolando num ritmo agradável, contanto a história da melhor forma possível. A própria Starr tem um desenvolvimento impecável que dá gosto de acompanhar, assim como todas as relações da jovem. E eu falo sério: TODAS AS RELAÇÕES SÃO BEM DESENVOLVIDAS! Amigas, pais, tio, irmãos, namorado... Não têm nenhum ponto que eu acho que poderia ser melhor, porque eu sinceramente achei tudo muito bem cuidado e pensado.

O mais legal ainda é que a mensagem que o livro passa é entregue maravilhosamente bem. Não dá pra negar que isso é algo sobre o qual precisamos falar, mas muitos livros de ficção às vezes pegam um tema e desenvolvem de forma forçada ou ingênua, o que faz o enredo em si parecer um pouco falso. Em THUG a gente aprende junto com a Starr, nas suas conversas com o pai, nos desabafos com a mãe, nas discussões com a amiga. A medida que a Starr vai encontrando sua própria voz, nós vamos ouvindo a mensagem do livro cada vez mais alta.

Bom, resumindo: eu amei muito THUG e aconselho muito que todos vocês leiam. É uma história que precisava ser escrita e ainda foi contada de uma forma maravilhosa e tocante (o que mostra a importância de termos vozes diferentes na literatura).

P.S.: Se prepara pra cair sem querer numa maratona de Um Maluco No Pedaço.
comentários(0)comente



Gabi 16/03/2017

Sabe, a leitura pra mim é um hobby. Eu leio pra passar o tempo, pra me divertir com mundos e personagens novos e fantásticos. Mas não foi por isso que eu peguei esse livro.

Eu comecei a ler The Hate U Give pra me educar.

Sim, porque sendo branca, meus pais não precisaram me ensinar o que fazer se fosse abordada pela polícia. É mais ou menos assim que a história da Starr começa, e esse livro foi muito, mas muito mais bonito e triste do que eu imaginava. Mas foi por isso que eu amei.

Eu achei que a história é muito bem escrita, de uma forma sensível e real, o que me fez sentir junto com a Starr tudo o que ela estava passando. Gostei muito de ver a família dela envolvida, inclusive os adultos. O relacionamento dela e dos irmãos com os pais é muito realista, e é bom ver livros que não retratam os adultos como aliens que só querem atormentar os adolescentes.
Também gostei muito de ver como a Starr se relaciona com seus amigos em Garden Heights e em Williamson, e como ela acaba se dando conta de que não precisa ser duas pessoas diferentes para pessoas diferentes. Foi muito bom ver o amadurecimento da Starr com relação aos amigos dessa forma.
Mas meu relacionamento favorito foi, de longe o da Starr com o namorado, Chris. Eu AMEI ver um namoro real, e amei o fato do Chris não ser um babaca. Ele é um menino divertido, que realmente gosta da Starr, que realmente se importa com ela, independente dela ser a "Starr da Williamson" ou a "Starr de Garden Heights". Eu também gostei muito que a autora focou no relacionamento entre eles como pessoas, não a parte física, se é que vocês me entendem. A história é sobre os dois aprendendo a lidar com o fato do Chris ser branco e a Starr ser negra juntos, e enfrentar isso juntos. Isso, pra mim, foi incrível.

Esse livro também é uma aula sobre racismo, preconceito, e porque o movimento Black Lives Matter é tão importante. Tem uma parte em que o pai da Starr conversa com ela sobre isso, e pra mim foi muito interessante. Porque, como eu disse, eu sou branca. Eu nunca vou saber em primeira mão como é, e como os negros se sentem, mas isso não significa que eu vou fechar os olhos e ignorar o problema. Esse é um livro importante de ser lido, e que talvez seja capaz de abrir os olhos da sociedade.
comentários(0)comente



carinavd 23/04/2017

Foi intenso
Eu chorei, sorri, quis berrar, quis entrar na história e fazer alguma coisa.
Em determinados capítulos tinha que parar para pensar em tudo que estava acontecendo.
Confesso, tive dificuldade com as gírias (tinha q ler em voz alta pra entender).
Acabei a leitura querendo o filme e querendo mais.
Quero livro da Kenya.
Obs. Starr tem os melhores pais do universo YA que já li.
comentários(0)comente



Matheus 12/05/2017

Maravilhoso!
Esse livro me encantou perfeitamente! A autora soube criar personagens tão críveis e passíveis de empatia, até mesmo os que não são protagonistas. Estava esperando bastante e ele superou minhas expectativas. Além de tudo, toca em assuntos importantes para serem discutidos, sobre brutalidade policial e racismo. DEVE SER LIDO! Mal posso esperar pra quando ele chegar no Brasil. Quero mais livros da Angie Thomas!
comentários(0)comente



Humberto Assumpção 25/05/2017

The Hate U Give é Perfeito! De Angie Thomas.
The hate U Give de Angie Thomas, que vai sair em Junho pela Galera Record sob o título O Ódio Que Você Semeia.

O livro é incrível e conta a história de uma garota, a Starr, que vive em dois mundos: a vizinhança pobre e negra chamada Garden Heights onde ela mora e a escola Williamson onde ela estuda e que tem sua maioria (na verdade quase totalidade) de pessoas brancas. Ou Seja, a Starr tem duas personalidades. A Starr ?das quebradas? e a Starr que não fala gírias, que não tem atitude gueto, etc.

Então um Policial Branco atira e mata um negro e a única testemunha é a Starr.

E daí em diante você entra em uma história incrivelmente bem escrita e tocante. A Angie não nos poupou de nenhum detalhe de ambas realidades que, como uma pessoa que mora no Rio de Janeiro sabe, tentam coexistir. Uma tentando interagir e a outra fingindo que não está enxergando.

O livro é inspirado no movimento #BlackLivesMatter que teve seu início em 2013. Black Lives Matter (As Vidas Negras Importam) é um movimento ativista internacional, com origem na comunidade Afro-americana, que campanha contra a violência direcionada as pessoas negras. BLM regularmente organiza protestos em torno da morte de negros mortos por policiais, e questões mais amplas de discriminação racial, brutalidade policial, e a desigualdade racial no sistema de justiça criminal dos Estados Unidos.

Ou seja, o livro fala sobre coisas que lemos e assistimos todos os dias nos jornais.

Mas Angie nos dá uma voz e um caminho para que possamos tentar mudar isso através dessa personagem cheia de dúvidas e medos, a Starr. A história é narrada por ela em primeira pessoa e é absolutamente adorável, engraçada e forte. Muito forte.

Starr brilha o livro inteiro e nos faz ponte com outros personagens também incríveis. Tenha essa noção: são 420 páginas! Mas eu li em duas noites.

Os personagens: A mãe de Starr, a Lisa, é uma mulher guerreira que trabalha muito para educar os dois filhos mais o enteado. O Pai de Starr, um ex condenado que tem uma loja na vizinhança de Starr, tenta ensinar aos 3 filhos que eles possam viver da melhor maneira possível. Ele é onde vemos a superação por necessidade.

Outros personagens incríveis são o Seven, irmão da Starr e super protetor. O Tio da Starr, o Carlos, que mora em uma boa vizinhança e ajudou a criar a Starr enquanto o pai dela estava preso. Ele é policial e se coloca em um dilema em algumas partes do livro. E é muito interessante e sincero o desenrolar disso. E também o Chris, o namorado Branco da Starr que vai crescendo durante a leitura e você acaba se apaixonando por ele também!

É um livro importante que nos coloca contra a parede e nos faz questionar: somos preconceituosos? Quando estamos em uma rua e vemos que um negro está vindo em nossa direção, nós nos alarmamos? Nós fazemos piadas racistas? Nós podemos usar nossa desculpa de ?raça mista? para usar nomes como tição, e negão sem ter que arcar com as consequências?

Impossível não se apaixonar por Starr e Garden Heights. E na verdade eu estou bastante curioso sobre a tradução do livro, pois as partes em que ele se passa em Garden Heights tem MUITA gíria de guetto. Até o nome do livro é uma gíria. E no livro vemos a desmistificação dela.

Se faça um favor e LEIA esse livro! Ele é incrível!
Um Beijo e até mais!
comentários(0)comente



Lauraa Machado 02/07/2017

Leitura Obrigatória
Existem várias partes desse livro que deveriam ser espalhadas pelo mundo para que as pessoas aprendessem um pouco mais sobre racismo. A primeira delas é que você não precisa ser racista para dizer algo racista. Mas existem tantas outras, que a leitura desse livro deveria ser obrigatória.

Foi bem interessante ler uma história pelo ponto de vista de uma garota negra que vive em uma vizinhança perigosa nos EUA. Principalmente pela sensação que tive de que ela era só uma garota normal, e pensar em tudo que precisava fazer e tudo com que precisava lidar no seu dia-a-dia me fez sentir ainda mais privilegiada. Tem muita coisa boa nessa sensação de comunidade da vizinhança dela, mas o que eu mais percebi foram todas as coisas que ela considerava normal que não deveriam ser, como ouvir tiros de noite. E, sim, isso acontece muito no Brasil também.

Como alguém que já se revolta quando um policial mata um civil sem razão (principalmente aqui no Brasil, onde parece que ninguém se importa muito ou reclama), me surpreendi ao ver como é para as pessoas que estão no meio disso tudo. Achei incrível o jeito da autora de escrever, a construção da protagonista e dos personagens em volta dela e principalmente o jeito que ela resolveu lidar com uma de suas amigas. Acho que o livro tocou em vários assuntos bem importantes de um jeito leve, mas significativo, sem se transformar em uma lição teórica sobre racismo.
comentários(0)comente



João 03/09/2017

THE HATE U GIVE, ANGIE THOMAS
existem livros que parecem que foram feitos na hora certa. creio que você tenha visto que recentemente, tivemos alguns protestos nos estados unidos, onde uma galera de extrema direita e supremacia branca saíram as ruas, além de grupos neonazistas. quando vi a chamada na tv pela primeira vez, eu poderia jurar que achei que se tratava de algum documentário sobre a segunda guerra mundial, mas não, era notícia real, em pleno mês de agosto de 2017. não apenas quanto a isso, volta e meia vemos notícias também quanto a perseguição aos negros nos estados unidos, principalmente no que diz respeito a conflitos com policiais e a impunidade do poder judiciário americano, vide o movimento black lives matter. essa discussão veio muito à tona ultimamente, sendo até feita música sobre o assunto, por ninguém mais, ninguém menos que beyoncé (óbvio que tem uma porrada de artistas que já fizeram composições sobre o assunto, mas mencionei beyoncé porquê é que eu mais conheço), que após o lançamento de formation, sofreu ameaça de boicote por parte dos fãs, e até mesmo de policiais, que afirmaram não manter a segurança nos shows da cantora. nesta linha de raciocínio, angie thomas escreveu seu primeiro livro, intitulado the hate u give, que tive o prazer de ler recentemente, e vou contar um pouco pra vocês dessa experiência e o que achei ao longo da leitura.

história: o livro nos conta a história de uma menina chamada starr, de 16 anos que mora num bairro chamada garden heights, bairro periférico nos eua. entretanto, starr tem uma bolsa em um colégio particular, sendo uma das únicas alunas negras que estudam lá. posso estar enganado, mas são apenas dois alunos negros na escola. no começo do livro, starr está em uma festa com uns amigos, até que de repente, um tiroteio, dentro da festa, faz com que starr e khalil, seu amigo que a acompanhava, vão embora, mas são abordados por uma viatura policial, e no momento que a policia solicita os documentos do carro para khalil, ela faz com que ele saia do carro e acaba atirando no rapaz de apenas 16 anos também, que acaba falecendo.

a morte de khalil faz com que starr seja a única testemunha que estava no momento do crime, e a única capaz de fazer a diferença no julgamento da morte de seu amigo de infância que poderá condenar o policial que o matou. porém, ela tem muito do medo do que pode acontecer, pois a morte dele não foi esquecida pelos moradores do bairro, onde aconteceram protestos contra a policia, em nome de várias pessoas que, assim como khalil, foram mortas injustamente, e os policiais responsáveis nunca foram devidamente condenados.

além desta parte da história, o livro também retrata claramente a situação de starr em uma escola de maioria branca, e faz com que nós, leitores, e principalmente os brancos (onde eu me encaixo), nos questionemos quanto a certas posturas que muitas vezes tomamos, algumas vezes involuntariamente, que ofendem o próximo.

ao final do livro, a autora traz uma lista de nomes de algumas pessoas que foram vítimas assim como khalil, fazendo a história ser ainda mais real. quando você se depara com notícias nesse sentido, em pleno século XXI, faz com que a gente perceba que no final das contas, a humanidade parece que está andando para trás, esquecendo muitas coisas que já foram garantidas pelas pessoas, mas que, infelizmente, no papel não significam nada.

o racismo, assim como outros preconceitos, ainda existem e muito, e estão presentes aqui na minha cidade, no meu estado, no meu país, e no seu também, independente do local onde você mora e/ou esteja lendo essa resenha, mas isso não quer dizer que você não possa combatê-lo da sua forma.

quando você se depara com uma atitude preconceituosa, e você se omite, você está do lado do opressor. não se esqueça. faça sua voz e sua opinião ser escutada por aqueles ao seu redor, sempre que der.

todo amor.

site: http://jvrborelli.blogspot.com.br/2017/09/the-hate-u-give-angie-thomas.html#more
comentários(0)comente



Luciana 22/01/2018

The Hate U Give Little Infant F*cks Everybody - Tupac
Resenha disponível no meu blog: www.abookandabeat.blogspot.com.br

Nota: 4/5


"The Hate U Give Little Infants F*cks Everybody" - Tupac

The Hate U Give estava na minha lista dos devo ler desde que ganhou o Goodreads Choice Awards 2017 na categoria Debut Goodreads Author e Young Adult tirando do posto uma das minhas autoras preferidas do gênero: Kasie West (e um dos livros mais fofos dela também: By Your Side - quem não leu, leia).
Trabalho de estréia da autora Angie Thomas este livro retrata com exatidão um tema que, inacreditavelmente, ainda faz parte do nosso cotidiano: o racismo. A história é narrada em primeira pessoa por uma adolescente negra de dezesseis anos chamada Starr que testemunha o assassinato brutal e injustificável de Khalil, seu colega de mesma idade e cor, por um policial branco. Dividido em cinco partes conforme as semanas pós-evento, o livro mergulha na questão emocional desta adolescente e sua busca por justiça.
A obra foi inspirada em Oscar Grant: jovem negro americano assassinado por um policial indevidamente na California o que desencadeou inúmeros protestos e rebeliões à favor da igualdade racial em 2009. Além da tragédia citada, Thomas ainda acrescentou à narrativa eventos de sua própria vida, como o fato da protagonista ser uma das únicas negras de sua escola e ter testemunhado tiroteios ainda quando criança.
Preferi ler na língua original pois queria compreender ao máximo as barreiras gritantes existentes entre negros e brancos americanos a começar pelo modo de falar e suas gírias. Já tinha minhas expectativas do que encontraria nesta leitura mas me surpreendi ao perceber um racismo bidirecional também orientado, ainda que de maneira sutil, aos brancos.

A frase do rapper supracitada resume para mim o livro e a triste realidade enfrentada ainda hoje no mundo. The Hate U Give Little Infants: o ódio, o preconceito, a seclusão imputada aos negros desde a infância Fucks Everybody: reduzem suas oportunidades de crescimento e induzem a criminalização, culminando em um ciclo vicioso de violência e marginalização.
Nossa protagonista é uma filha amada de um ex-presidiário, moradora de uma região pobre regida por gangues e sonorizada por tiros. Criada testemunhando balas perdidas e amigos envolvidos no tráfico e consumo de drogas. Para uma melhor oportunidade de vida seus pais a enviam à Williamson Prep, escola de um bairro mais nobre povoada por basicamente brancos de renda alta. Starr então se sente presa entre os dois mundos vigiando seu modo de agir e falar, sendo incapaz de pertencer a nenhum deles. Após uma festa, ela e Khalil são abordados por um policial que acaba matando-o com três tiros sem motivo sendo, posteriormente, justificado pela mídia pelo fato da possível relação da vítima com o tráfico de drogas. Nada diferente de nosso país, não é verdade?
Somos rápidos em aceitar mortes de pessoas com possível envolvimento criminoso. Somos tentados em concordar com o medo do policial.

"... unless you're in his shoes, don't judge him, It's easier to fall into that life than stay out of it."
(a não ser que esteja em seu lugar, não o julgue. É mais fácil cair do que sair deste tipo de vida. - Tradução livre de parte de citação).

Quantas vezes negros não são olhados com medo, não são associados à violência e ao crime apenas pela sua cor? Não esperamos sempre o pior? Qual a diferença intelectual, de força, de capacidade, de beleza entre negros e brancos?

"I wish people like them would stop thinking that people like me need saving."
(Eu queria que pessoas como eles - brancos - parassem de pensar que pessoas como eu precisam de salvação. - Tradução livre de citação do livro).

Mas, ao contrário do esperado, pude perceber também no livro inúmeras referências ao preconceito dos negros com os brancos. Como o fato do pai de Starr ser contra o namoro da filha com o Chris (o personagem mais fofo) por ele ser branco, o fato de orarem ao Black Jesus (não pode ser apenas o Jesus nazareno de todos?), de se sentirem como os únicos que podem usar certos tipos de tênis Jordans ou Nikes e recriminarem brancos que dançam suas músicas ou seus passos.

Dei nota 4 ao livro por sentir que foi uma leitura um pouco cansativa. Achei que seria um page turner e fiquei um pouco decepcionada com o real resultado. Acho que pelo fato de ser um livro tão realista, o que o deixa emocionalmente carregado. Mas o recomendo a todos os que ainda sentem que cor de pele é assunto de discussão.
Acredito que enquanto houver esse debate, essa diferença do que negro (ou branco até) pode ou não pode fazer, de acharmos que são intelectualmente ou socialmente diferentes, a sociedade humana estará fadada ao fracasso.

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter." - Martin Luther King Jr

É uma lástima pensar que, cinquenta anos depois, o sonho de Martin continua na maioria das vezes apenas isso: um sonho.
comentários(0)comente



asiwithbooks 27/04/2018

Como branca eu nem entrarei em vários méritos de discussão do livro porque:
1) acho que a autora tem plena capacidade de te explicar tudo só pela história e pelas personagens e
2) porque você deveria ler esse livro AGORA.

É muito difícil falar sobre racismo quando não sofremos com isso ( meu caso) mas é muito IMPORTANTE ouvirmos aqueles que sofrem e nos mostram formas de como combater essas injustiças e ignorâncias do dia-a-dia que precisam acabar.
Então leia esse livro, releia se possível. Escute o que Angie Thomas tem a te contar sobre como o sistema dos Estados Unidos está muito falho ( e agora então...), mas, principalmente, perceba quais ações suas precisam ser mudadas. Porque não adianta nada ouvirmos que precisamos mudar mas não movemos um dedo para que isso aconteça.
Sério, eu não sei nem explicar direito como esse livro é importante, porque ele aborda um tema tão atual e tão frequente em qualquer lugar que estamos, dentro ou fora da internet que a única coisa que consigo pensar em dizer é: Leia.
comentários(0)comente



anabê @anabialeiroz 08/05/2018

O ódio que você semeia
É muito fácil ter opiniões preconceituosas quando você não tem noção de uma vivência.
Esse livro é um tapa na cara de quem não acredita que racismo seja real, de quem criminaliza a pobreza. Discute de uma forma ágil, com linguagem acessível, numa história envolvente alguns dos problemas mais importantes atualmente.
Favoritissimo.
comentários(0)comente



97 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR