... 05/05/2021Não me pegouPara onde a mente vai em sonhos?
Talvez a pergunta correta seja para onde a mente epiléptica vai em sonhos lúcidos?
Devo confessar que essa ideia de usar brechas da realidade pra inserir a fantasia normalmente eu amoooo. Só que nesse ponto da epilepsia não me pegou, talvez porque tentam mistificar a condição ou sei lá... No geral não sou crente e isso dificultou muito o mergulho na história pois não consegui nem achar que eram sonhos, nem que era realmente uma viagem no tempo e que acontecia simultaneamente (até ficou pouco claro se ela sempre voltava para o exato ponto que saiu de lá, ou se o tempo que ela passava sem crise na realidade/atualidade também se passava lá) ou que era uma vida passada.
Mas eu gostei muito do fato histórico, da pesquisa sobre bruxas que termina em um manifesto feminista e das brechas da História usadas para incrementar a estória.
Principalmente pq (afora aquele primeiro contato extremamente estranho/ridículo entre os protagonistas) eu consegui achar crível as partes no passado.
Infelizmente, mesmo com esses pontos não me conectei com a trama nem com os personagens, não me importava com ninguém ali e só via a hora de acabar a leitura. Possivelmente eu tinha outras espectativas quando a narração do livro e por isso (visto que a maioria das resenhas são positivas) não me pegou.