@wesleisalgado 09/04/2020Um carro sem motorFoi assim que eu me senti ao terminar de ler, que eu tinha comprado um carro sem motor. Quando você, futuro leitor, ler a sinopse desse livro, você, como eu, com certeza vai querer lê-lo. Uau um encontro de DEUSES CAÍDOS com ANA PAULA MAIA... que ultraje fazer uma comparação como essa. Nada funciona aqui, são 500 páginas de pura bobagem (500 páginas), tudo é muito raso, muito fraco, mal explorado, parece que foi a publicação de um concurso de mil redações em um compilado cada uma escrita por alguém diferente. Tudo bem se fosse uma obra independente, alguém quem sabe que tenha pagado para que fosse publicado realizando um sonho. Porém o autor (desconhecido por mim até então, e que continuará assim), possuí uma série de best-selllers, os quais, infelizmente, não ganharão uma chance comigo após a leitura desta obra. O cara é um publicitário altamente premiado, opa... na minha segunda lida em sua biografia a palavra me saltou. Você ser um bom publicitário não te faz ser um bom escritor, como gostar de ler também não faz ninguém saber escrever. Eu realmente gosto de prestigiar autores nacionais, mas não deu.
Nada na história tem liga, coesão de personagens não existe, coisas acontecem em off inclusive mortes, um milhão de músicas inseridas irritantemente sem função nenhuma. Com certeza vai agradar alguns, os mesmos que consideram UMA MULHER NO ESCURO do Raphael Montes ou QUANDO ELA DESAPARECER do VICTOR BONINI a quintessência da literatura. Mas é somente mais uma história ruim. A premissa é maneira, e só. Nem o tão famigerado abuso religioso é explorado de forma homogênea, o que seria o motor da história. Quer prestigiar autores nacionais? Faça um favor para você e leia ANA PAULA MAIA.