Tudo o que nunca contei

Tudo o que nunca contei Celeste Ng




Resenhas - Tudo O Que Eu Nunca Te Contei


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Pandora 14/10/2017

Eu não esperava deste livro um romance policial clássico - e realmente não é, é um drama - mas o que me surpreendeu foi ter nas mãos um livro muito, muito triste.

Lydia é a filha do meio de um casal apaixonado, mas frustrado e mal sucedido socialmente. Quando jovens, Marilyn, a mãe, era muito estudiosa e adorava tudo aquilo que diziam pertencer ao universo masculino: física, química, mecânica, medicina. James, de ascendência chinesa, sempre se sentira deslocado e solitário, apesar de ter nascido nos EUA. Sem perceber, ambos colocam sobre Lydia todas as expectativas que tinham para as próprias vidas e que terminaram em frustração: Marilyn nunca conseguira terminar a faculdade e trabalhar e James nunca conseguira se encaixar na sociedade e ser popular.

Quando Lydia aparece morta, o mundo de seus pais desaba e toda a estrutura familiar que parecia harmoniosa entra em colapso. Aos poucos eles vão perceber, com surpresa, que não conheciam a própria filha.

Um livro sobre frustração e expectativa, sobre solidão e pertencimento; uma reflexão sobre como, muitas vezes, não compreendemos os outros e baseamos suas necessidades nas nossas.

Eu simplesmente amei esta narrativa e a única coisa que eu mudaria seria trocar a ordem dos dois capítulos finais. Acho que se a história tivesse terminado com a visão de Lydia seria mais impactante.

É bom salientar que a narrativa se passa nos anos 70, quando os filhos eram mais submissos, as ordens dos pais eram dadas sem muita argumentação e, na maioria das vezes, acatadas sem discussão. O que não quer dizer que, nos dias de hoje, os filhos não queiram mais agradar aos pais nem que estes não continuem colocando expectativas em seus filhos.


"Como aquilo começou? Como tudo sempre começa: com mães e pais. Por causa da mãe e do pai de Lydia, por causa das mães e dos pais de sua mãe e de seu pai. (...) Porque sua mãe queria, acima de tudo, se destacar; porque seu pai queria, acima de tudo, se integrar. Porque as duas coisas eram impossíveis."
Giovanna 24/12/2018minha estante
Interessante inverter a ordem dos dois capítulos finais!


Fernanda 18/06/2022minha estante
Interesante essa ideia de finalizar com a visão da Lydia, realmente seria melhor.


Pandora 18/06/2022minha estante
Mais marcante, né, Fernanda? Mas é um livro muito bom.




Joel.Martins 31/08/2020

Nunca imaginei que esse livro seria tão forte.
A história me fez refletir bastante sobre o quanto nossas frustrações podem atingir as pessoas que mais amamos.
Adri 31/08/2020minha estante
Muito interessante sua reflexão!


Joel.Martins 31/08/2020minha estante
Adri, acho q foi essa mesma a proposta da autora.
Obrigado!




ella 19/06/2021

"Antes disso, ela não tinha se dado conta de como a felicidade era frágil, como se a qualquer momento, se não fosse cuidadosa, ela poderia cair e quebrar.”
Um livro sobre como não compreendemos os outros e baseamos suas necessidades nas nossas.
A pressão e a frustração em cima de tantas coisas é tão nítido que você entende e se coloca no lugar das lutas internas de cada personagem. O livro também aborda muito o racismo com pessoas amarelas, que foi muito comum nos EUA entre a década de 70 – período esse aonde acontece essa história.
Mesmo sendo ficcional, retrata uma realidade vivida por muitos "filhos".
PeterJohnson0 19/06/2021minha estante
30 CURTIDAS? A FAMA VEIO KKKKKK ??




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laxxal 11/08/2021

Tudo o que nunca contei foi uma leitura sensacional, é uma história tão bem contada e imersiva, tudo é bem real e atual.

Gostei muito da escrita da autora com a história indo e voltando no tempo sem avisar o leitor, me identifiquei com os personagens e achei que foram todos muito bem desenvolvidos, com bons contextos para tudo.

As relações da família são muito verdadeiras e boas para refletir, como aos poucos é mostrado o que Lydia passou e como a família reagia a tudo aquilo, como era o comportamento deles e até como a Hannah era tratada, cada detalhe era importante e relevante pra construção, até chegar naquele final emocionante.

Trata de vários assuntos diferentes e de muita importância, mostrando bem o que cada um passa e suas dificuldades. Só não gostei muito de como termina a relação dos pais, de resto foi excelente, recomendo muito!
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Cleber 17/01/2023

Triste e muito bem escrito
Gostei muito da escrita da Celeste e da forma que a história é contada, intercalando os tempos e as personagens, fazendo com que tudo vá se encaixando. A autora escreve personagens que chegam a ser tão reais que as vezes passamos a odiar algumas atitudes deles. Com uma história triste, algumas vezes cheguei a acreditar que de alguma forma tudo iria melhorar, mas não.
Fiquei sabendo que vai ter um filme, espero que acertem pois a história daria um bom filme.
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tuxenb 10/08/2021

Morno
Interessante para notarmos o quanto realmente sabemos de nossos familiares, aqueles que moram sob mesmo teto que nós, e que, muitas vezes, não sabemos quem são e sabemos apenas o superficial.

Mas foi uma leitura, para mim, bem morna.
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Ana Claudia 11/07/2021

Lydia está morta e é assim que a história começa. Uma menina de 16 anos aparentemente normal.

Para sua mãe, Marilyn, Lydia é uma aluna exemplar, tendo tudo para ser uma médica brilhante, o que sua mãe nunca conseguiu ser por causa da maternidade.

Para seu pai, James, Lydia é inteligente e tem muitos amigos.

Hannah, sua irmã mais nova, é calada e observa os passos e atitudes da irmã, mostrando-se uma sombra da irmã e? completamente esquecida.

Para Nath, seu irmão mais velho, Lydia é mentirosa.

A forma como Lydia morreu nem é tão relevante quanto os laços familiares, os sonhos frustrados, a dificuldade na comunicação, nas palavras que não foram ditas e no que nunca nenhum deles contou ao outro. Você consegue perceber a frustração de cada um deles.

O triste foi observar as expectativas que todos depositaram em Lydia, o medo de decepcionar ou frustrar aqueles a quem ela mais amava, a busca pela perfeição que a afastou do essencial e, por fim, o amor próprio que Lydia não tinha.

Você termina o livro com aquela sensação de vazio, angústia, aconchego, alívio
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Juliete 02/02/2021

"Não há direção para seguir, a não ser adiante."
Uau esse livro foi bem emocionante eu chorei pra caralho nos capítulos finais e achei esse livro bem melhor que "pequenos incêndios por toda parte". Apenas leiam!!!
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sordeps 13/05/2021

?ela não tinha se dado conta de como a felicidade é frágil?


que livro intenso, triste e sensível. a criação de personagens aqui é incrível e o final! ah, o final! a vida continua, mesmo com as inúmeras marcas que colhemos durante nossa trajetória.
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Estefanni Maria 11/10/2020

Ai, sei nem o que falar desse livro. Ele é tão bom!!
No começo achei que a história se desenvolveria num mistério pra descobrir o que aconteceu com a Lydia (me animei toda, adoro um suspense), mas logo a gente já vai percebendo que a história não é bem sobre isso. A forma como a Celeste constrói os personagens é simplesmente muito boa, faz a gente realmente imergir, entender o que eles sentem, pensam.
Confesso que peguei um pouco de ranço do James, da Marylin. Não souberam lidar com os próprios traumas sem afetar tanto os filhos. Meu Deus, a Lydia sequer sabia quem ela era, do que ela gostava. Ela era apenas o depósito de expectativas dos pais. Todos naquela família viviam um eterno estado de angústia, de infelicidade, viviam sufocados.
Nesse livro, mais uma vez a gente vê a mulher que se torna mãe se anulando por causa dos filhos, da família...
Eu tive muita pena da Hannah, perfeita sem defeitos. Era totalmente deixada de lado pelos pais, e apesar de ser uma criança (entendi que era), pareceu ser muito sabida. Enfim, gostei muito desse livro e quero ler mais obras da autora.
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Stephanny.Manini 08/05/2021

Complicado
Um livro que demorei horrores para terminar, pois nada me prendia, só continuei pois queria saber como ela tinha morrido, mas nem o motivo me impressionou e eu só passei raiva kkk.
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@bibliotecadedramas 09/06/2020

“Antes disso, ela não tinha se dado conta de como a felicidade era frágil, como se a qualquer momento, se não fosse cuidadosa, ela poderia cair e quebrar.”
Celeste Ng mais uma vez me surpreendeu e eu não esperava menos vindo dessa autora, mas esse livro foi algo que superou as minhas expectativas. Quando eu li “Pequenos Incêndios por Toda Parte” eu amei a história, entrou pros meus favoritos, amei a minissérie que posteriormente logo assisti, mas pra mim, esse livro foi ainda melhor.

“Até na ausência de Lydia, o mundo não se equilibraria. Ele, os pais e suas vidas girariam em torno da lacuna deixada por ela. Seriam sugados para o vácuo que ficaria em seu lugar”.

Celeste Ng tem uma narrativa bem envolvente e eu diria que única, só lendo mesmo os livros dela pra entender o que eu quero dizer. Ela vai jogando a história, misturando o presente com coisas do passado e umas pitadas do futuro, mas isso em nenhum momento torna a história confusa, muito pelo contrário, ela te faz refletir em cada capítulo. Celeste Ng te faz olhar bem de perto o sentimentos superficiais – aqueles de momento, mas sobretudo os sentimentos mais profundos de cada personagem na história. TODOS, tem uma grande relevância na trama.

“Antes disso, ela não tinha se dado conta de como a felicidade era frágil, como se a qualquer momento, se não fosse cuidadosa, ela poderia cair e quebrar.”

Aqui temos uma história que começa com a morte de Lydia e que abala todas as estruturas de sua família que já é em diversos aspectos abalada. Mas o que a família ainda não sabe é o que a morte de Lydia representa na vida de cada um e acima de tudo QUEM foi Lydia. Sua família não a conheceu de verdade e não conheceu porque o livro nos mostra o grande drama familiar do impacto que se tem quando pais depositam todas as suas frustrações e sonhos não realizados em cima dos filhos a ponto da cobrança e do amor os anularem e o sufocarem imensuravelmente.

“Certa vez, no museu da faculdade, enquanto Nath fazia cara feia por ter perdido a exibição de planetário, ela vira uma pepita de âmbar com uma mosca presa lá dentro. […] Agora ela pensava na mosca pousando delicadamente na poça de resina. Talvez ela a tivesse confundido com mel. Talvez sequer tivesse visto a poça. Quando enfim percebeu seu erro, era tarde demais. Ela se debatera, afundara e então se afogara.”

A pressão e a frustração em cima de tantas coisas é tão palpável que você entende e se coloca no lugar das lutas internas de cada personagem. Eu achei fantástico isso. O livro também aborda muito a xenofobia, sobretudo com pessoas asiáticas, que foi muito comum nos EUA entre a década de 70 – período esse aonde acontece essa história. O pai de Lydia – James Lee que é imigrante asiático, chegou ainda criança nos EUA e posteriormente se casou com Marilyn que é americana, então pensem no impacto disso também. Há todo mundo passado abordado no livro fundamental pra você conseguir compreender o presente dos acontecimentos.

Eu teria tantas quotes pra destacar em “Tudo O Que Nunca Contei”, mas eu tenho pavor de grifar livros, então eu recomendo de todo o coração que vocês leiam essa história porque entrou com louvor pra minha lista de preferidos. Infelizmente, Celeste Ng só tem dois livros publicados por enquanto e espero que ela escreva muito mais histórias porque é uma autora que merece todo o destaque no mundo literário. Não é a toa que “Pequenos Incêndios Por Toda Parte” entrou para o Clube do Livro da Reese Witherspoon, virou missérie e é uma escritora queridinha da atriz. Agora é a minha queridinha também.

P.S. Pesquisando antes de publicar esse post, acabei de descobrir que “Tudo O Que Nunca Contei” também vai virar filme com ninguém menos que Julia Roberts no elenco.

site: https://shejulis.com/livro-tudo-o-que-nunca-contei/
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Kemi 07/01/2022

Necessário
Tudo que não contei não é um livro de investigação policial, é muito mais sobre as verdades desconhecidas vivênciadas pelas pessoas a nossa volta e que são ignoradas por nós quando tentamos atribuir rótulos e papéis as pessoas e que não necessariamente se encaixam a elas, especialmente no ambiente familiar, e como isso pode minar todas as pessoas e suas relações.

A autora retrata de uma forma dolorosamente sensível e precisa sobre como é ser o "primeiro" a ocupar um espaço por tanto tempo restrito, e todos os piores os desdobramentos que isso pode causar na vida de pais e filhos. Definitivamente um dos favoritos do ano.

NO ENTANTO, não recomendo o livro se você estiver em um momento ruim. Ele tem gatilhos relacionados a suicídio e saúde mental.
Lina 07/01/2022minha estante
Vou ler só pela sua resenha pq achei ela mto boa


Kemi 07/01/2022minha estante
Aí amg é perfeito. Se você tá num momento ok e gosta de drama familiar, vai fundo que é muito bom.




Tati.Oliveira 05/04/2021

Diferente
Me interessei pela sinopse, achei que era suspense e na verdade é um drama. É incrível como a falta de comunicação pode causar estragos em qualquer situação. A autora apresenta diversas visões de personagens sobre o que aconteceu com Lidya é interessante acompanhar as inseguranças, traumas e problemas de cada um. Vale a pena a leitura!
Caca 05/04/2021minha estante
Eu,
Ei, esse livro tem pdf?




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