Tudo o que nunca contei

Tudo o que nunca contei Celeste Ng




Resenhas - Tudo O Que Eu Nunca Te Contei


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@talytadesousa 02/09/2020

Demorei muito a terminar o livro porque o início é um pouco cansativo. Somente a partir de 55% do livro que a história começou a me prender. É uma história muito triste e muito real, a história de diversos jovens, infelizmente.
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Esdras 09/09/2017

"O que passou despercebido que deveriam ter notado? Que pequeno gesto, esquecido, poderia ter mudado tudo?"
A dedicada, popular e exemplar - era o que eles sempre achavam, pelo menos - filha dos Lee desaparece numa certa manhã de Maio em 1977.
Não vão tardar a encontrar o corpo, no entanto.
Tudo aponta para um suicídio. A família não crê na hipótese e todos se perguntam o porquê.

Apesar de a sinopse ser clara quanto à morte de Lydia, receber isso logo de cara, na primeira frase do livro, já me desanimou um pouco. Nem sempre me dou bem com a desordem dos fatos.
Claro que a autora vai voltar no tempo e esclarecer tudo, mas...

Bom, a parte “policial” do livro (era o meu foco) eu achei bem fraquinha.
O que é entregue aqui pro leitor é, quase todo, um drama familiar.
E, olhando por esse lado, até que foi um livro bom.

Conforme as investigações vão se desenrolando e a coleta de informações mostra uma Lydia que entra totalmente em contraste com a já conhecida em casa, Marilyn, James, Hannah e Nath passam a buscar na memória e refletir sobre a convivência com a garota pra ver se, quem sabe, algo se torna mais claro e explique tudo aquilo.
E o que a autora mostra pra gente é uma moça que sofre uma pressão enorme por ser moldada de todas as maneiras para ser perfeita e promissora (por parte da mãe), ou, pelo menos, uma garota que tem que estar sempre acompanhando a “moda” das outras garotas(por parte do pai).
Adentrando um pouco mais, descobrimos que Lydia tem um péssimo convívio social e até sofre bullying, principalmente por conta de sua descendência e etnia.

Toda essa pressão por parte dos pais é explicada através do passado deles. E, direta e/ou indiretamente, o que eles querem, na verdade, é fazer com que o caminho que a Lydia trilhe seja o mais distante possível daquele que remetem a seus traumas e conflitos do passado, alguns tampouco superados ainda.


"Toda vez que olhar para isto, ela ouviu o pai dizer, lembre-se do que importa de verdade. Ser sociável. Ser popular. Integrar-se. Você não está com vontade de sorrir? E daí? Obrigue-se a sorrir."

O “X” da questão é o que a Lydia quer(ia) realmente.
O quanto tudo aquilo pesava na sua cabeça e o quanto ela se sentia sufocada por sempre ter que dizer “sim” para agradar os pais. E o quanto isso a distanciava mais e mais do que ela sentia que realmente era. O quanto ela se sentia desamparada a respeito de conversar com alguém sobre isso e sobre as demais coisas que a destruíam pouco a pouco.


Não lembro, no momento, de ter lido algum livro voltado para esse tema.
Achei bem interessante.
O que veio a me incomodar aqui foi o ritmo da narrativa.
O leitor já sabe de quase tudo bem antes da metade do livro, então não há razão pra alongar tanto as coisas. Ou ficar dando voltas e voltas com a mesma informação em mãos. Ou mesmo se estender demais nas histórias secundárias, por mais que também possam ser interessantes.

Não vou dizer que fiquei muito satisfeito com o final.
O desfecho para a cena tão esperada não teve um grande ápice, para mim.
Diante de toda a exaustão, ela precisava mesmo ouvir da boca de outro alguém tudo aquilo que ela já sabia??? Era essa a gota d’água necessária?
(Se era pra chocar de verdade, a autora deveria ter descrito mais detalhadamente AQUELA cena).

Porém, contudo, todavia... eu indico esse livro sim!
Tem uma ótima reflexão.
Você, quem sabe, não venha a ter os mesmos incômodos que eu.

Fernando Lafaiete 09/09/2017minha estante
Hummm... Agora estou confuso. Eu com certeza lerei este livro; mas agora me desanimei e provavelmente não lerei este ano. Estou fugindo de qualquer livro que possa me deixar de ressaca! :/


Esdras 10/09/2017minha estante
Kkkkk. Deixa pra 2018.




Constantino 11/03/2021

Livro incrível!
Uma leitura que te prende, a história é bem contada, entendemos as ações dos pais da personagem por conta do passado deles e das experiências com os pais também. Bem massa.
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Lais.Oliveira 25/08/2020

Leitura forte e impactante!!!
No começo pensei se tratar de um romance policial, investigação criminal, sabe!?
Mas na verdade se trata de um drama familiar forte. E acho que a intenção da autora foi essa mesmo, despertar esse sentimento de impacto, pois as relações retratadas no livro são de certa forma "exageradas".
No começo senti até raiva de certos personagens, mas no fim entendi e me senti solidária ao peso que cada personagem carregava.
Uma observação que faço e que me chamou a atenção é que , Hannah (a criança solitária e observadora da casa) foi a única que percebeu, antes, que alguma coisa estava errada com a irmã.
Enfim... Achei a história forte, que pode te deixar bastante triste, mas é uma leitura importante que vai te fazer repensar sobre sobre alguns temas sobre a vida.
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Karen 21/12/2021

Terra estrangeira
Quando tudo a sua volta é diverso de tudo aquilo com o que você cresceu ...
Mais do que nunca a vida vai te pedir 'coragem'.
"Sentiu-se instável, lutando para se equilibrar, como se o mundo tivesse sido inclinado para um lado. Não sabia exatamente como aquilo tinha acontecido, mas tudo saíra do lugar, feito uma gangorra com pesos desiguais"."
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Laryssa.Luna 27/12/2021

Bom livro
História muito boa como os problemas podem ser passados de geração em geração. Final tbm muito bom!
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Esther.Horn 14/09/2020

Esse livro foi fora da minha zona de conforto. Um livro muito real e triste. Com personagens complexos e muito reais. A escrita é maravilhosa, vai para o passado e presente sem avisar, a gente que percebe pelo contexto, o que é muito legal.
Me apeguei aos personagens e senti raiva deles na mesma proporção, exatamente por serem pessoas reais. É muito triste mas lindo, emocionante, complexo e simples ao mesmo tempo, podia ter acontecido com qualquer um.
Indico demais!
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Vanessa.Dias 23/09/2020

Muito bom
Esse livro é muito triste, do início ao fim é um livro triste. Eu fiquei angustiada praticamente por todos os personagens, a Lydia sofria uma pressão terrível por vários lados. A história é bem difícil e a realidade é muito dura, eu quis entrar no livro várias vezes só para abraçar alguns personagens e dar uns tapas na cara de outros. Toda a trama faz com que a obra seja sensacional. Gostei muito.
Joel.Martins 23/09/2020minha estante
Muito forte esse livro!




Maria Gabriela 10/12/2021

Quando iniciei a leitura do livro, esperava veementemente uma investigação policial repleta de reviravoltas e confissões acaloradas dos suspeitos. Entretanto, a autora surpreende o leitor apresentando uma trama de drama familiar com questões mais complexas do que o esperado, trazendo os maiores males da humanidade a tona em seus personagens. Quando iniciei a leitura, não me interessei em ler os relatos de uma família problemática, mas confirmei continuei, percebi que essa história tem muito a oferecer.

A família Lee é completamente disfuncional. Desde o casamento de James e Marylin, o destino da família já estava traçado: serem discriminados e julgados por tudo e todos. James Lee é um jovem chinês que sempre desejou ser popular e feliz com sua família, sempre desejou ter amigos e ser reconhecido como um cidadão modelo; mas nada disso se realizou, pois a América de 1977 repudiava aqueles que não tinham o sangue americano nas veias. Marylin sempre desejou ir contra o futuro que sua mãe colocava em seus ombros (casamento, filhos, vida doméstica completa, tudo para ser uma dona de casa devota), e parcialmente conseguiu ao focar nos estudos e sonhando em ser médica, mas tudo foi por água abaixo quando ela e James começam um romance.

A culpa de James Lee ser desprezado não é de sua origem, a culpa de Marylin ter de abandonar os estudos não é por sua mãe, mas inteiramente da época que os abriga. Asiáticos não são bem vistos, mulheres foram feitas para permanecerem em casa. Ler como cada um foi obrigado a aceitar a realidade foi doloroso e revelador, uma quase amenizada de descobrir como o racismo e a discriminação explícita e implícita afeta aqueles que sofrem. Os filhos do casal são igualmente afetados em suas relações sociais: sem amigos, sem popularidade, sem reconhecimento de sua existência. A autora deixa tão claro que, na época, crianças mestiças eram equivalentes a nada.

É horrível ler como Nath, o irmão mais velho, fora discriminado desde a infância; como Lydia ganhou o fardo de ser a única coisa que mantinha a família unida; comi Hannah era esquecida e permanecia invisível aos membros de sua própria família. A autora soube muito bem como descrever a união e as intrigas que aconteciam aos irmãos conforme cresciam e amadureciam. Não soube de qual lado ficar, pois todos tinham suas razões para estarem com raiva e desejarem fugir daquela realidade. O livro nos faz sentir raiva dos personagens porque eles são cruelmente humanos. Me irritou profundamente o machismo implícito de James ao impedir Marylin de ser mais do que uma dona de casa; me irritou a submissão de Marylin ao permitir que sua inteligência fosse apagada por todos; me irritou ainda mais como Nath precisou suportar tudo e não aguentou mais, como Lydia foi obrigada a ser a união da família e aceitar os sonhos dos pais a força, e como Hannah é sempre tão esquecida e deixada no sótão, onde tudo o que não se quer é aguardado.

A leitura é rica em detalhes e não poupa sentimentos a serem demonstrados. A autora acertou em cheio na realidade humana e trazê-la a tona na época e nas circunstâncias que são obrigados a aceitar. É uma obra maravilhosa e cruel, de fácil entendimento e que faz o leitor sentir todas as emoções possíveis. Não é uma investigação policial, mas um drama que deveria ser lido e reconhecido por todos.
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ð¶C4delinh4Literáriað¶ 08/08/2021

"Atenção era acompanhada de expectativas que- feito neve- caíam, se acumulavam e a esmagavam."
Esperava muitas coisas deste livro mas não esperei isso. Tem tantas camadas que eu preciso botar pra fora senão eu explodo. É impossível não favoritar um livro que parece ter sido inspirado na sua vida. O passado dos pais reflete no futuro dos filhos. Amor demais é tão letal quanto amor de menos. A pressão de ser muito notado, a pressão de ser rejeitado e a pressão de ser esquecido.
Foi o livro mais trágico, duro, real, cru que eu já li. Não tem ninguém que dê para botar a culpa, ninguém é o vilão, são todos humanos ali, vitimas dos próprios passados e das próprias circunstâncias e da própria sociedade, cada personagem tão diferente do ponto de vista de cada um, todos eles sofrendo de maneiras diferentes. Nem tudo que parece bem está bem e não dá para supor que aquela pessoa que tem tudo o que você sempre quis ter está feliz de verdade.

SPOILERS:
Não tem como você botar a culpa nisso tudo em alguém da família, foram pequenas coisas que eles foram fazendo durante os anos, tentando fazer o melhor para os filhos que acarretou em tudo isso. O James querendo a popularidade dos filhos e forçando isso na garganta deles depois de todos os anos da adolescência vivendo toda aquela discriminação ainda mais na época em que o livro se passa, e a Marilyn, que se ressentia tanto por ter perdido a oportunidade de ser médica e também acabou forçando isso na garganta da filha.
As crianças sempre passam aquela imagem de sempre estarem no mundo da lua e nunca perceberem nada, mas na verdade elas são as mais observadoras. A Marilyn indo embora e toda a falta de comunicação da família, os bilhetes rasgados e tudo isso levou a Lydia a fazer aquela promessa, é difícil não culpar um pouco a Marilyn neste ponto de vista, quando ela foge e para de cozinhar como se passasse a vida inteira tentando provar algo para a mãe que já havia morrido, mas você entende que ela queria seguir o sonho dela e fugir da pressão da mãe, o problema é que ela não entendia que ela estava fazendo a mesma coisa com a Lydia.
Dói demais entender mais sobre a Lydia, no começo eu pensava que ela seria meio sociopata e guardando um segredo enorme que ela tinha matado alguém ou sla, mas a verdade é que: Lydia era uma jovem normal, ela só se tornou um mistério por causa da cegueira dos pais. A falta de estabilidade e comunicação entre todos eles fez com que o ponto de vista de cada um(que, alias, a forma como a autora mudava o ponto de vista de cada personagem como um beija-flor pousando de flor em flor foi incrível, a escrita inteira dela cheia de metáforas e coincidências foi incrível) mostrasse uma história diferente, se o livro inteiro fosse do ponto de vista da Hannah o leitor acharia que o Nath era chato, que a Lydia era uma patricinha mimada e rude, que a Marilyn era uma louca por sucesso e que o James era superficial mas cada personagem tem tanta profundidade e tantas camadas que é quase sufocante o quanto você quer aprender mais sobre cada um deles. Eu não quis piscar em nenhuma página com medo de perder alguma ação que mostrasse mais sobre cada um deles.
Foi doloroso também ver a cena quando o Nath entendeu que toda aquela atenção e expectativa estavam matando a Lydia de pouquinho em pouquinho, ele finalmente percebeu que ela orbitava tanto os desejos dos pais que sua vida começava a sair de órbita. É também triste ver que a maioria dos desentendimentos deles eram por conta do desequilíbrio na casa em relação à quantidade de amor que cada um recebia.
A metáfora do glacê do bolo ter gosto de amor foi tão trágico, ver a Hannah, que foi esquecida por todos e sempre vivia nos cantos escuros, tocar o bolo e experimentar o gosto do amor daquele jeito como se fosse algo desconhecido para ela. Durante o livro todo eu queria saber mais da Hannah, como ela cuidava dos objetos esquecidos pelos outros como se eles fossem semelhantes e como ela foi a única a perceber o que acontecia com a Lydia além da pegada que estava no teto. A cena que ela aponta pro James a pegada eu gosto de pensar que foi ela que ajudou ele e a família inteira e abrir os olhos para tudo que aconteceu.
Acho que a parte que mais descreve toda a família foi a foto que eles escolheram para mandar para a polícia ajudar a encontrar a Lydia, eles escolheram a foto que ela estava sorridente ao invés da que ela estava séria, mal eles sabiam que a foto que ela sorria era a que menos refletia quem ela era de verdade, era a foto mais falsa, era a foto que ela estava mais quebrada.
Do lado de fora da cerca a família Lee era isolada, uma filha perfeita e quieta, um filho que ia para Harvard e a filha caçula. Uma família que incentivava a atingir o sucesso e a fazer amizades, mas por trás da cerca branquinha tudo é mais escuro e eu tenho certeza que teve tantas coisas que eu deixei passar também. Só me fez perceber mais uma vez que nem too mundo nasce para ser pai e formar uma família com outra pessoa, para ter filhos precisa sair da própria cabeça e observar e interpretar tudo o que acontece e todas as interpretações possíveis para as coisas que você fala e faz, além da comunicação que sempre tem que existir, por que é fato de que UMA coisinha que tivesse sido feita ou dita diferente teria evitado a perda da Lydia.
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Lua 07/03/2021

Não há direção a seguir, a não ser adiante.
A vida de uma família sino-americana vira de ponta cabeça quando Lydia, a filha do meio dos Lee desaparece e é encontrada morta em um lago. A polícia indica suicídio, mas ninguém entende o que pode ter levado uma jovem promissora e cheia de amigos ter tirado a própria vida.
Ao longo do romance conhecemos mais a fundo cada membro da família Lee e a forma com que cada um lida com o luto; a autora consegue aprofundar cada personagem, trazendo seu ponto de vista de forma imparcial. A morte de Lydia é o estopim que evidencia um casamento falido e uma família baseada em frustrações e ressentimentos, que desaba após a morte de seu pilar.
Confesso que iniciei a leitura esperando por um romance policial, mas acabei me deparando com um dos melhores e mais bem escritos dramas que já li na vida. A obra de Celeste Ng aborda temas como racismo, machismo e xenofobia de forma sensível na vida de uma família asiática nos Estados Unidos dos anos 70.
Contando com capítulos muito longos, a leitura não é fácil e em vários momentos pode ser um pouco cansativa. Cheguei a abandonar o livro, mas retomei e a experiência foi incrível.
A grande questão em Tudo que nunca contei é: Até que a ponto a vontade dos pais pode influenciar a vida dos filhos?.
"E a própria Lydia - o centro relutante daquele universo - todos os dias mantinha o mundo estável. Absorvia os sonhos dos pais, silenciando a relutância que fervilhava por dentro. Lydia sabia o que eles queriam tão desesperadamente, mesmo quando não pediam. Sim. Sim. Sim."
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Bruna Oliveira 20/02/2020

Bom
Um drama que gira em torno da morte da filha Lydia. Mostra como uma família que habita o mesmo lugar convivendo diariamente não se conhecem, cada um usa suas artimanhas para ficar invisível.
Tem partes do livro que te prende e gera uma pontinha de revolta como os pais podem ser tão negligentes com os filhos dessa forma.
A escrita da autora é ótima, mas as vezes ela coloca muitos elementos em uma cena só, o que tira a atenção dos pontos mais importantes. Achei que alguns personagens mereciam uma atenção maior também.
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Gabi 28/02/2020

que livro angustiante de ler!!! protect hannah at all costs
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