Resenhas - Pedagogia do Oprimido

Euclides.Cesar 31/08/2022

Genial
Me parece que, para além de um modelo de educação, Paulo Freire propõe uma forma muito particular de interagir e participar do processo de emancipação do povo oprimido. Ao valorizar a compreensão e o amor, oferece um caminho diferente para a Revolução, mas também uma perspectiva que todo mundo pode (e deve) levar para a vida. Além disso, faz uma leitura muito atual a respeito da dinâmica entre as classes sociais. Leitura obrigatória.

BibiCourty 31/08/2022

Não se pode fazer educação "sem partido", visto que toda escola, por estar inserida em um contexto histórico e social, não pode ser imparcial.
As reflexões no início do livro acerca de como o conhecimento é libertador e importante são muito proveitosas. Entretanto, sinto que, ao decorrer do livro, narrativa se torna mais um "como revolucionar a sociedade" do que propriamente um debate voltado à educação.

maria rita 30/08/2022

? | Alfabetizar é conscientizar.
Paulo Freire mudou a história do ensino e de como deve ser a relação professor × estudante com suas ideias humanistas, ele nos mostra que uma educação baseada em respeito, amor e companheirismo são a chave para um futuro brilhante, onde o educando vai ser uma pessoa com respeito por seus ideais. O ensino tradicional de opressor e oprimido é ignorante, ele alimenta os estudantes de sua incapacidade, diz que eles são os que não sabem de nada e coloca o professor em um pedestal, o intocável, o único educador da sala de aula; contudo, a educação humanista e social diz que: ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si. A sociedade caminhará quando perceber que o professor só educa, quando também é educado, quando os dois lados distribuem conhecimento.

A pedagogia do oprimido liberta o estudante para ele ir em busca de sua autonomia, para ele crescer junto com o professor, A pedagogia do oprimido liberta o educador dos seus pensamentos opressores e o mostra uma sociedade liberadora. A sala de aula acaba se tornando uma luta de classes, para ver quem manda de mais ou quem manda de menos.

Paulo Freire é impressionante, suas ideias são muito boas mas como escritor eu senti que ele é muito repetitivo e monótono, o lado repetitivo é bom porque você aprende de uma forma detalhada mas o livro acaba se tornando massante, não é algo que eu gostei muito, tanto que nas últimas páginas acabei transformando o livro em um audiobook, foi mais prático para mim. É um livro bom, muitos pedagogos deveriam ler e Paulo Freire deve ser respeitado como o grande homem libertador que ele é.

Léo 21/08/2022

Bom livro.
Bom livro, entretanto, a leitura não flui de maneira perfeita e em alguns momentos torna-se massante.

plucas2003 10/07/2022

Muito bom!
Eu li esse livro pra escola mas eu achei suas ideias fascinantes. O Paulo Freire tem um jeito de escrever muito cansativo, repetitivo, mas não podemos negar que suas ideias são brilhantes e fundamentais pra que a mudança ocorra de fato no nosso mundo.

João Paulo 24/05/2022

Pedagogia do oprimido - o amor e o otimismo
Achei muito interessante, realmente mudou minha maneira de olhar para o mundo e para com os humanos, este livro. Nos últimos meses, eu estava tendo uma visão pessimista da realidade, ao mesmo tempo que via as problemáticas, não via solução para as mesmas. Acreditava que a opressão não haveria fim e os sujeitos estariam para sempre aprisionados em uma realidade permeada por injustiças, uma vez que isso se dava através de um processo histórico e contínuo. No entanto, quando li essa obra passei a ver as coisas de um jeito diferente. Quando Paulo Freire menciona os atos de amor, o papel da linguagem e da educação, senti meu coração se encher de esperança novamente. Tenho o sonho de ser professor, e meus olhos brilharam quando conheci essas ideias, concordo com a grande maioria delas e pretendo aplicar em minha vida oq foi lido aqui. Só não dou 5 estrelas pq achei a escrita do livro de difícil compreensão, pessoas em situação de opressão podem ter dificuldades em sua leitura. Por fim, gostei da forma como a educação para a liberdade se dá, sem privilegiar indivíduos de acordo com classes socias ou ambiente que estão inseridos. Uma vez estabelicida, muitas desigualdades seriam reduzidas, e consequentemente a saúde mental e física da população iria melhorar.

mrsllopes 22/05/2022

É o papi né?
Simplesmente o patrono da educação brasileira, não tenho nem currículo pra avaliar!!! É o homem, Paulo Freire! E esse livro é a base de tudo, quem se interessa ou trabalha com Educação tem obrigação de ler. (eu só li por causa do TCC, mas deveria ter lido antes)

Carol 21/05/2022

Primeira vez que li um livro inteiro dele, achei bem didático. O cara é um mestre, espero conseguir colocar alguma porcentagem disso em prática durante minha docência

Amanda 18/05/2022

Livro maravilhoso!
É a primeira vez que leio Paulo Freire. Fiquei encantada, livro maravilhoso!!! ? Me fez refletir muito. Recomendo a leitura.

Rick Shandler 18/05/2022

Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Um livro sobre libertação. A obra mais aclamada de Paulo Freire nos dá uma aula sobre como nos libertarmos de toda forma de opressão através de um caminho de luta, empatia e acima de tudo amor ao próximo.

Primeiramente, há de se dizer que é um livro teórico. Não é um livro fácil de ler. Há todo o desenvolvimento da teoria de Paulo Freire em um texto bastante acadêmico, repleto de citações dos mais importantes pensadores das ciências sociais. Se por um lado essa densidade do livro não o torna tão acessível, ela demonstra também a profundidade dos pensamentos trazidos aqui por Paulo Freire.

Agora, dizer que não é uma leitura fácil não significa dizer que não é uma leitura prazerosa. Qualquer dificuldade em ler esse livro é recompensada pela poderosa mensagem libertadora que ele passa. Vale a pena. São vários ensinamentos valiosos que Freire nos passa. Não de uma forma rasa, superficial. Mas, sim de uma forma embasada e muito bem explicada.

A pedagogia do oprimido extrapola em muito as paredes das salas de aula. Ela está em cada relação nossa com nossos próximos. Aprender e ensinar é parte intrínseca de nossas relações, estamos sempre aprendendo e estamos sempre ensinando. Ambos sempre ao mesmo tempo. Ter a humildade de reconhecer isso é fundamental.

O conceito chave trazido pelo livro é o ensino ?bancário?. Freire nos demonstra como está enraizada em nossa cultura essa forma de educação onde um tem o domínio do saber e o deposita no outro. Sendo o primeiro, o educador, um sujeito ativo e o segundo, o educando, apenas um receptáculo. Essa forma defasada de educação é uma velha ferramenta do opressor para manter o oprimido em seu estado de submissão, não restringindo-se as escolas. Ela se encontra no ambiente familiar, na política e em cada relação interpessoal.

Como revertemos esse ensino ?bancário?? Com humildade, empatia e amor ao próximo. Reconhecemos no outro um ser pensante com o qual teremos sempre uma relação de via dupla em que os dois aprendem, os dois ensinam, os dois libertam-se. Essa é a forma defendida por Paulo Freire para que juntos possamos lutar pela liberdade de toda forma de opressão.

Rosinha.Correia 05/05/2022

Ler Freire é sempre muito enriquecedor, nos faz querer revolucionar a educação por mais que seja desafiador. Educar é um ato de amor e transformação

Diego 20/04/2022

Um tratado de filosofia ontológica
Atualmente muito se fala nas obras de Paulo Freire por questões políticas. É de praxe da extrema-direita acusá-lo de ter pervertido a educação brasileira. Tudo groselha... Espantalhos criados para enganar otários. Porque ao se ler a obra de Paulo Freire entende-se sua profundidade e importância filosófica.

"Pedagogia do Oprimido", por exemplo, é um ensaio de filosofia, mais especificamente: um ensaio de ontologia (que é a investigação sobre a natureza do ser). Não se trata, portanto, de um manual de técnicas pedagógicas como muitos ingenuamente acham que é. Ele parte de uma proposta filosófica de leitura da realidade para uma posição prática do agir na sala de aula. Vai dá Filosofia do ser para o ser na prática social.

Muito também se fala hoje do lado socialista de Paulo Freire. Pois bem, o conceito que o autor pega de Karl Marx é o de PRÁXIS, que seria uma prática reflexiva (grosseiramente resumindo). Freire estabelece sua filosofia em torno deste conceito marxista mas não se prende ao materialismo dialético, já que na verdade ele era um idealista -- e nunca deixou de ser um cristão.

Na medida em que os oprimidos se libertarem de sua opressão, também libertarão o opressor. E esta busca por libertação só se dá numa prática reflexiva (a práxis). Daí que a filosofia de Freire é ontológica porque este processo é um "vir a ser", uma busca constante nas mudanças da estrutura mesma da sociedade.

Além dessas questões sobre a superação da dualidade oprimido/opressor, Paulo Freire também coloca sua proposta de uma pedagogia do diálogo. Esta talvez seja a parte mais fundamental do livro porque disso que muitos tiraram o conceito do tal "método Paulo Freire" (que ele nunca gostou que usassem). Se é possível, então, resumir a filosofia freiriana em um método, seria o de considerar o educando como sujeito de sua própria educação -- e não uma folha em branco que o "todo poderoso iluminado professor" irá preencher, o que o autor coloca ironicamente como a concepção "bancária" da educação: o aluno visto como caixa de depósitos.

O processo pedagógico em Paulo Freire é encarado como a coisa mais importante na mudança social. Dizer a sua própria palavra e encontrar a sua razão de ser no mundo; ser capaz de ler criticamente este mundo para transformá-lo.

Este foi com certeza um dos melhores livros que já li.

Gau 08/04/2022

? a verdade do opressor reside na consciência do oprimido.?
Irei fazer uma releitura depois, é um livro muito rico, mas pra mim foi uma leitura muito difícil