Straw2 12/07/2023
Uma obra que todo marxista, anarquista, revolucionário e educador deveriam ler.
Os principais temas abordados no livro são a opressão e o caráter pedagógico da revolução, mas ele não se prende nisso, ele vai além e fala de diversos outros temas, como: invasão cultural, elitismo, liberdade, educação bancária, educação problematizadora, educação programática, existência, consciência de classe, etc.
Segundo Paulo Freire, existem dois tipos de liberdade: a liberdade dos opressores, e a liberdade dos oprimidos. A liberdade que os opressores querem, é a liberdade de oprimir (vulgo liberalismo). A liberdade que os oprimidos querem, é a liberdade de serem livres e escapar das garras dos opressores. Uma não coincide com a outra, ambas não podem existir ao mesmo tempo.
?Na verdade, porém, por paradoxal que possa parecer, na resposta dos oprimidos à violência dos opressores é que vamos encontrar o gesto de amor. Consciente ou inconscientemente, o ato de rebelião dos oprimidos, que é sempre tão ou quase tão violento quanto a violência que os cria, este ato dos oprimidos, sim, pode inaugurar o amor.? (trecho do livro)
Ele também critica o nosso sistema de educação bancário, onde o professor é o portal de todo o conhecimento existente e apenas preenche os alunos para que guardem as informações. Isso é, sem dúvidas, um método de opressão.
E uma das principais coisas que gostaria de enfatizar é sobre o que ele fala da falsa generosidade dos opressores, na qual eles mudam ou ajudam minimamente os oprimidos para que aqueles não percebam estarem sofrendo uma opressão (peguemos como exemplo, burgueses "ajudando" pobres, ou a social democracia).
Ao final do livro, Paulo Freire diz que se dessas páginas não restarem nada, ele espera que a luta e a esperança por um mundo onde não seja tão difícil amar permaneçam.