Emily.fonseca 20/07/2018
O Príncipe Negro, é uma fantasia muito bem elaborada, com várias lendas, deuses antigos, guerras, orcs, elfos e magia. Os personagens são bem desenvolvidos e cativantes, os mistérios que acercam o livo e o friozinho na barriga para saber sobre o próximo acontecimento fazem a leitura valer a pena.
Algumas eras passadas no mundo antigo vivia Sefron, um tirano que dominava a magia negra e usava ela para os fins mais obscuros, ele governava com ira, assim tirando do seu caminho todos que ousavam lhe desobedecer.
"Realmente, aquele dia seria perfeito se não fosse o sentimento de angústia e tristeza nos corações dos cidadãos de Zaar, dos curiosos e dos demais povos que compunham o Mundo Antigo."
Tudo ia de mal a pior até que Vinavor confrontou o Perverso usando uma magia que destroçaria seu corpo e sua alma, dando fim aos dias de escuridão. Deste modo todos os aliados de Sefron foram aprisionados na floresta proibida, onde graças a uma barreira ninguém poderia entrar ou sair.
Muitos anos depois o Mundo Antigo estava a prosperar novamente, Zaar era o reino mais próspero e poderoso, atualmente governado pelo rei Zagor marido de Aria e pai de Mezeslaw, Zotan e Armen. Aria é uma elfa, princesa da tribo do norte, filha de Lagus, portanto desta união apenas Armen, o filho caçula nasceu mestiço -meio humano, meio elfo- que possuía dentro dele uma alma bondosa fora sua incrível visão aguçada graças a sua descendência élfica.
Os três meninos cresciam felizes, porém apenas o filho do meio, Zotan demonstrava interesse em assuntos relacionados com o reino, assim despertando um carinho enorme de seu pai com ele, que o tinha como filho preferido, deixando Mezeslaw o primeiro na fila do trono, enciumado.
"Irmão, afasta o ódio do teu coração... Nada de bom traz ao homem este sentimento."
Certo dia o primogênito e Zagor tiveram uma briga feia, revoltado, Mezeslaw pega um bote e começa a descer o rio Tanaga, quando é surpreendido por uma forte correnteza, assim perdendo o controle do bote, seu corpo ferido e com apenas um fio de vida foi parar exatamente a alguns metros da floresta proibida, mal sabiam os cidadãos do mundo antigo que este acontecimento traria uma grande transformação em suas vidas...
Lendas antigas virão a tona, profecias começaram a se realizar e muito sangue será derramado. Um acidente, um espírito e muito ódio é o que nos aguarda nas páginas de " O Príncipe Negro".
"A vida traz muitas surpresas, ora boa, ora nem tanto. Cave a nós transformar estes momentos em aprendizado e conforto."
Como eu disse anteriormente, o livro é tão bem desenvolvido que não fica nenhuma falha em sua trama. Os personagens são todos cativantes, porém Armen desde as primeira páginas conquistou meu nobre coração (amo um elfo) porém isto não tirou o brilho de todos os personagens que ali tiveram.
O enredo não gira em torno apenas da família de Zagor, veremos várias histórias paralelas, mas que se contadas aqui seriam um baita de um spoiler, porém que complementam o livro.
" Era algo que não queria acreditar, muito menos permitir."
Demorei bastante a ler apenas pelo fato de alguns capítulos serem bem grandes, pois como estou prestes a começar os estágios da faculdade tempo é raro. Mas de modo algum a leitura é maçante ou arrastada, tudo flui perfeitamente.
Este livro possui vários seres, humanos, elfos, anões, cavalheiros negros, trolls e muitos outros, tudo que um amante de fantasia pode querer.
O Príncipe Negro é o primeiro livro de uma trilogia, contudo posso dizer que os acontecimentos principais que começam neste volume se concluem aqui, deixando apenas uma brecha do que as consequências de tudo que ocorreu pode trazer, sendo assim desenvolvido no próximo volume. Eu amei este fato, pois não gosto quando o autor enrola um monte para não resolver nada no primeiro volume e deixar tudo para os outros, parece que lemos em vão.
Contudo, o livro é incrível e merece ser lido por todos os amantes de fantasia. Leiam e me contem se amaram assim como eu.
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