Caçadas de vida e de morte

Caçadas de vida e de morte João Gilberto Rodrigues da Cunha
João Gilberto Rodrigues da Cunha




Resenhas - Caçadas de vida e de morte


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Ramon.f.a.f 26/03/2024

Surpreendentemente bom
Como muitos, comprei pela pechincha do preço, menos de R$10,00. E até decidir começar a lê-lo, passou muitos e muitos meses parado na minha estante.
Porém, é um livro fascinante, que fisga o leitor da primeira página à última. Seu jeito simples e direto de narrativa, torna embriagante o seu texto, cada personagem que vai se revelando, e novela tomando forma.
Alguns toques de drama e desastres, o duelar do bem contra o mal, onde parece o mal sempre vencendo. Até que lá pelas últimas trinta páginas do livro, ocorre a reviravolta, o bem triunfa e todo o mal da narrativa morre.
Como dito no prólogo, um livro digno de uma boa novela da Globo.
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Gato Preto 09/03/2024

Surpreendente
Uma prosa rica e elegante é usada para fazer conosco o que de melhor um livro pode fazer, mexer com nossa imaginação!
O autor mostra ser excelente no uso das palavras e isso criou um livro carregado de emoções onde amor, dinheiro, vingança e arrogância se entrelaçam.
Embora a estória seja ambientada no início do século passado, o autor escreve tão bem as cenas que nos sentimos facilmente transportados aos cenários.
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Talita 22/02/2024

Intitulei de livro REVELAÇÃO 2023, porque ele é simplesmente sensacional, uma pena essa obra não ser tão conhecida, eu super indico, de olhos fechado um dos melhores livros da vida.
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Pablo.Miguel 04/02/2024

Completo, emocionante e cativante
O livro consegue prender a atenção, cativar e motivar o leitor! Sem dúvidas, a construção dos personagens é o maior acerto do autor. O livro traz histórias únicas e individuais que se entrelaçam, desenvolvem-se em conjunto, mas também em paralelo, onde as narrativas dos personagens não se perdem. Não há pontas soltas!

O roteiro não se perde no que se propõe, o autor conduz os arcos de modo que não há esquecimentos e perdas.

Os dois personagens principais, Tonho Pólvora e José Albério (antigo José Antônio), são construídos de forma primorosa, tanto nos arcos individuais como nos coletivos. A introdução dos protagonistas e antagonistas é cativante, de modo que suas motivações são naturalmente expostas. É impossível não ser cativado pela força de vontade de Tonho e ambição, a princípio benéfica, de J. Albério.

Além deles, Manuel Crispim é possivelmente o terceiro pilar da história, seus traumas e suas sombras são avassaladores. O arco do anti-herói é construído sob óptica cativante.

Menção honrosa para Zé Anjo e Zé Brilino, fiéis escudeiros de Tonho Pólvora, eles são carismáticos e cheios de camadas e emoções.

Ademais, outros personagens são de extrema importância, como Ana e Mariita, inseridas organicamente na história e ganham o devido destaque; Joaquim Teodoro, Quirineu e Lina, cada um com seu arco, mas que em dado momento da história se entrelaçam e encaminham a narrativa principal para o clímax.

Enfim, nada é por acaso, todos os personagens e detalhes são milimetricamente aproveitados de forma perspicaz.
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AbobrinhaBaggins 20/01/2024

Pequeno preço, grande livro!
Achei este livro naquelas lojinhas ondem vendem por preço bem menor e peguei sem nem pensar 2 vezes, não sei o porquê. Ao longo dos capítulos, as intrigas amorosas, rivalidades políticas e as dificuldades cotidianas são apresentadas ao leitor nas diferentes visões de diversos personagens, de servos a líderes e homens( a figura da mulher neste livro não é muito retratada, buscando uma representação de como eram submetidas à diversos maus-tratos ou simplesmente ignorada na sociedade, embora tenha uma mulher neste livro de grande força e personalidade, mas sem muito desenvolvimento). Porém, existem 3 protagonistas nos quais as histórias giram e torno e tem a predominância na visão dos capítulos: Tonho Pólvora, um simples fazendeiro em busca de vida melhor, José Antônio, um golpista em busca frenética pela fortuna e Manuel Crispim(meu favorito), ex-policial que faz justiça com as próprias mãos. Enquanto o Brasil passa por uma intensa agitação social na passada do Império do Brasil para a República, José Antônio começa sua caçada pela fortuna, e Crispim, a caçada pelo seu alvo final. A ascensão de todos os personagens é bem escrita e ambientada no Triângulo Mineiro, passando por diversas conturbações. No geral, um livro muito bom e melhor ainda pelo preço, foi doloroso ler certas intrigas e casos, engraçado ver a sabedoria de Zé Brilino, aplicando sempre sermão em Zé Anjo e surpreendente em certas reviravoltas. O que não gostei foram 2 fatores, mas bastante pessoais: o capítulo 2, "Genros do coronel", achei o mais chato, mas apenas focava nas relações amorosas do vilarejo do Desemboque e Manuel Crispim apareceu bem pouco na obra, mas necessário pois realmente não haveria nada mais a acrescentar e seriam apenas histórias não conectadas ao enredo principal.
Shout 20/01/2024minha estante
Gostei da resenha, abobrinha, pretendo lê-lo algum dia




Júlia 19/01/2024

Eu amei?
Antes mesmo de terminar o livro já me peguei pensando em como poderia escrever uma resenha sobre ele, ou seja, já avaliava minha leitura. São vários pontos importantes sobre livro que cabem ser ressaltados. Li muitas resenhas aqui e cada uma trás alguns desses aspectos. Primeiramente, a forma como a história é narrada provoca muito a leitura. Como os capítulos são subdivididos em pequenas cenas, o interesse em continuar a história para descobrir seu desenrolar aumenta. Se parece mesmo com a estrutura de uma novela. Segundo, a narrativa apresenta muitos gatilhos, principalmente relacionados a abusos, então já é bom iniciar a leitura preparado para esse tipo de conteúdo. Terceiro, também senti que as personagens femininas poderiam ser mais enfatizadas, mas não vejo que isso tenha apagado o brilho delas, especialmente da Ana, ela é marcante mesmo tendo tão pouco protagonismo. As personagens são mesmo "nús e crús", não tem meio termo entre ser bom ou mau, mas se a leitura se prende só a esta estrutura fica muito obvia e sem graça. Acho que o interessante é se identificar e se reconhecer entre ambos os personagens, ser a própria dualidade entre eles - muita reflexão. O que mais me "prendeu" a leitura foi justamente esse lugar, de alguém que espera pela justiça e reequilíbrio. E por fim, a escrita do autor é maravilhosa, simples e muito rica - como sou do interior de Minas Gerais foi muito bom ver narrado esses lugares e estilos.

Citações:

?A morte resume a todos, e quando não é solução, pelo menos é fim. Ou começo, também.?

?Seu destino, sua luta, sua busca e sua caça eram a riqueza.?

?? ambição é terra sem fronteira ou fim.?

?Tudo tem seu dia, e decisão tem sua hora.?

?Metade de tudo foi feito e bem. De minha parte, plantei a lavoura da vida e dela cuidei.?

?Pelos lados do poente, onde não viam, um barrado escuro de nuvens prenunciava grande tempestade. Se fosse noite, teriam visto os relâmpagos distantes - mas era dia, e feliz!?

?Riqueza demais só trazia complicação e infelicidade. Tinha que resumir a vida.?

?Fama, poder e fortuna são moedas ilimitadas, a sua posse sempre mostra que falta mais a possuir, e a ambição é a sua resultante.?

?Na vida, nem sempre se vivem e confirmam os sonhos da primeira noite.?

?O que não der certo por um jeito tem que dar por outro. Um sofrimento de dor as vezes passa. Agora, viver numa agonia e sufoco de afogado ninguém aguenta.?

?Ana, descobri hoje uma coisa importante: se aparecer um assunto ou caso urgente pra se resolver, e a gente não tiver tempo ou ideia pra resolvê-lo, é só deixar como está, e ver como fica. Na maior parte das vezes, fica melhor do que uma decisão mal pensada. Outras vezes, o assunto abandonado vai caminhando sozinho para uma solução, ou, o que é mais interessante ainda, caminha para um ponto em que aí a gente já sabe ou é obrigada a fazer o que é realmente preciso!? e de estalo vem na cabeça a solução final.?

?Peões também jogam xadrez, e as vezes lhes cabem jogadas decisivas, até um xeque-mate.?

?Assim se faz a história. Nem sempre dos fatos queridos e planejados, muitas vezes da sorte ou acaso, ou do que árabes e fatalistas chamam de destino.?

?Estranha punição, essa, que acorrentava o enriquecer ao sofrer, o ganhar ao preocupar, uma roda que nunca encontrava parada ou repouso. Estava aí a luta entre o já chega e o quero mais.?

?Vida sem ilusão não presta?

?Vergonha abaixa as cabeças mais do que o medo, porque vergonha é virada pra dentro, e o medo é coisa de fora.?

?De um tudo havia, não só de dar prazer, mas também de dor e sofrer. Ninguém vivia só do bom, a vida convivia e misturava tudo.?
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Jeh2021 22/12/2023

Não dava nada
Me esqueci de fazer uma resenha desse livro mas como ele é incrível e merece mais atenção. Comprei ele em um shopping, vendendo bem barato e comprei com a expectativa baixíssima mas quando eu comecei a ler não consegui parar. Favorita do com certeza desse ano. Com drama ação, personagens perfeitos, nada que eu possa falar mal.
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Giuvanexx 10/12/2023

Despolitizado, despolitizante e antipolítica
Três coisas me interessaram na compra e leitura do livro: 1. o preço; 2. o gênero, romance histórico; 3. o fato de ter sido finalista do prêmio Jabuti (o que é usada na sua divulgação).

Aparentemente, a julgar por esse livro, nem tudo que é indicado pro Prêmio Jabuti é ótimo. O livro não é ruim, mas, entre os méritos, parece ser apenas uma história "mais ou menos" bem contada por alguém que "aparentemente" conhece sobre o campo.

Digo "mais ou menos" por conta do final (últimas trinta páginas, talvez?), onde a resolução da história parece ser pouco crível, em determinados momentos um pastiche de novela mexicana, em especial pelo fato de todos os personagens passarem a explicar tudo desnecessariamente; além disso também é bastante previsível (isso desde cedo).

Menciono o "aparente" (me refiro dessa maneira por não conhecer o bastante para saber julgar a veracidade das informações) conhecimento do autor sobre o campo, de onde surgem diversas comparações, analogias, frases que remetem a conhecimento popular, assim como a própria descrição de cenário - nesse ponto me lembrou Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro. Apesar disso, a escrita, no entanto, é bastante crua, nada bela, nada poética, pouco inventiva. Um livro "curto e grosso", que incorpora o espírito e parece ser escrito por Tonho Pólvora (personagem do livro).

Quanto aos personagens, me incomoda o fato de todos eles serem bastante unidimensionais, preto e branco, nada cinza: existe o lado bom e o lado mal, além de alguns personagens coadjuvantes que não tem espírito próprio, além do fato de cumprirem a função de coadjuvantes. É um mundo pobre, que se concentra - e, além disso, cita - pouquíssimos personagens; alguns deles são jogados na narrativa de maneira bastante casuística, como é o caso de João Carneiro que ganha destaque convenientemente quando o destino dos vilões já está marcado, e deve substituir esses, corporificando os males da república e da democracia.

Nesse sentido, a crítica é bastante despolitizada, despolitizante e antipolítica. Em alguns momentos o regime dos coronéis é claramente idealizado e defendido, como no trecho a seguir: "a estrutura feudal das fazendas pressupunha essa amizade e lealdade recíproca. Os patrões eram responsáveis e protetores de seus empregados, estes lhe deviam fidelidade e serviço. O futuro ia mudar todo esse relacionamento. Alguém ia dizer que patrões eram apenas exploradores e opressores, empregados eram oprimidos e sofredores. Seria necessária uma luta política e social em que a palavra de ordem seria a dos direitos do operariado e deveres dos patrões. O contrário não seria cogitado, seria um pressuposto jugar-se que os patrões já gozavam de seus direitos e os operários eram escravos de seus deveres" (p.281); ora e os "direitos dos patrões", quer saber o autor? Daqueles, que, antes da república, eram proprietários de escravos!!!

Em vários outros momentos a república é relacionada à corrupção, mas nunca (ou quase nunca?) aos militares, que foi o grupo que assumiu efetivamente o poder com o fim do regime monárquico. Ao longo de todo o livro existe uma distinção moral entre o campo e a cidade, esta última, representada por João Albério, lugar de corrupção, mentira, futilidade, enquanto o campo é lugar da inocência, do trabalho. Uma visão que, imagino, reflita o lugar social do autor, médico e agropecuarista. Visão que se expande em direção à concepção que tem sobre riqueza e pobreza: "pobres de origem e condição de vida são pobres mesmo, sem ilusões ou ambições", ora pobre, você não tem ambição, quem tem é o rico! e continua "ricos, quando ficam pobres, sofre mais que os pobres de verdade - por não aceitarem a pobreza, pela perda de status, pelo orgulho, por mil coisas que vão acontecendo, humilhando e derrotando os que baixam pelos degraus da vida" (p.322), que sofre mesmo é o rico empobrecido, o pobre não.

Repassando tudo isso agora, talvez não ache que o livro seja bom, mas, no máximo, mediano. Desconhecedor do Jabuti, penso - e espero - que esse livro tenha sido indicado por ser livro mineiro.
Michelle Garcia 21/12/2023minha estante
Estou na metade do livro e de primeira pensei que daria uma novela. Não acho que vale tudo que dizem. A história é interessante mas não foi bem elaborada. Mas como não sou escritora posso estar errada. Como leitora está difícil terminar.




Giovanna 29/10/2023

Uma novela!
Depois que terminei de ler Caçadas de Vida e de Morte decidi que ia esperar um pouco para fazer a resenha pois eu precisava pensar bastante para escrever algo a altura do livro, mas a verdade é que eu não consigo. Se trata de um livro tão bom, tão complexo, tão fascinante que fica difícil descrever. Só lendo mesmo para entender tudo o que ele entrega em sua história. Então, através de palavras não tão elaboradas quanto eu havia planejado, tentarei falar um pouco da história e do que senti durante a leitura desse livro que se tornou um dos meus favoritos do ano (2023).

O livro mostra a história de três personagens que tem suas vidas interligadas no Desemboque no período de surgimento da República no Brasil. Tonho Pólvora, Manuel Crispim e José Almeida com personalidades complexas e muito diferentes entre si prendem o leitor já no início com suas histórias de vida. Durante a leitura é possível se emocionar, se sensibilizar, ter raiva e até mesmo se identificar com o que acontece na vida, não só dos protagonistas, mas também dos outros personagens do livro.

Foi uma história que me surprendeu por ter um enredo interessante, complexo, empolgante com romances, brigas, e muitas caçadas/perseguições. É importante enfatizar que nesse período onde o livro se passa não havia justiça com perícia, investigadores, juízes e outras autoridades para julgar e condenar alguém. Justiça geralmente era feita com as próprias mãos fato que gera curiosidade para ver o desenolar dos fatos. Mas embora isso torne o suspense do livro ainda melhor vale destacar, principalmente para quem é sensível, que existem cenas fortes de crimes no livro.

Como amo histórias em cenários do "tempo antigo" sou suspeita para falar de Caçadas de Vida e de Morte, mas recomendo fortemente para quem procura um livro estilo novela, em que cada cena/capítulo é uma emoção diferente.
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Tatianees 19/09/2023

Perfeito
Mais um excelente livro nacional.
A história começa um pouco antes da proclamação da República.

Acompanhamos a vida de vários personagens, entre eles, um policial que perde o emprego ao fazer justiça com as próprias mãos, um golpista que só pensa em fortuna e poder, um jovem apaixonado pela terra e um peão esperto e fiel.

A vida de todos se cruzam, gerando momentos emocionantes e angustiantes.
Uma história bem narrada e envolvente.
No começo o texto pode parecer difícil, mas depois que você se habitua com a linguagem, vê que vale a pena.
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Biblioteca Álvaro Guerra 21/08/2023

João Gilberto faz deste livro uma história paralela, onde tipos, situações e circunstâncias poderiam ter existido e se encontrado com toda explicação e entendimento, se considerarmos que amor, paixão, ódio, vingança, crueldade, amizade, generosidade e perplexidade são emoções e constâncias da vida humana.
As caçadas de vida e de morte sempre existiram. Assim começa e termina o livro, como assim começa e termina a humanidade. Refletir sobre elas é voltar ao Sertão do Desemboque, onde tudo aconteceu ou poderia ter acontecido. A trama e o suspense vividos pelos personagens são fortíssimos. Assim voam pelas páginas deste livro todas as emoções humanas, buscando a paz e o fim da caçada.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786555650945
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Gaby 19/08/2023

Um livro que se fosse novela da globo, eu assistirua tudo. Livro que nos mostra um pouco a situação que se mantinha na época do final do Brasil império. Uma história envolvente e que Zé Anjo foi o melhor personagem.
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ACGA_ 12/07/2023

Caçadas de leitura
O que falar desse livro? É esplêndido!!
Os personagens são bem construídos juntamente com o enredo, é claro que não é um livro para todos afinal pode despertar alguns gatilhos e trata de situações sensíveis e complexas. Mas em geral é um bom livro para quem gosta de histórias estilo novela, cada personagem tem seu momento, sua história e suas relações bem contadas! Um livro que aborda relações familiares, fim do período do Império aqui no Brasil, trabalho em fazendas daquela época, preconceito, a pouca liberdade e direito das mulheres e ainda ambientado no interior, não tinha como dar errado!! (demorei semanas pra conseguir terminar)
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