O Terceiro Testamento

O Terceiro Testamento Christopher Galt




Resenhas - O Terceiro Testamento


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Jeff.Rodrigues 28/02/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Somos fascinados pelo desconhecido. A busca em desvendar os mistérios em torno de tudo aquilo que não conseguimos explicar racionalmente vem movendo o homem século após século. Seja escondido em porões, com medo de perseguição e punição, ou em gigantes laboratórios com alta tecnologia, a corrida para conhecer “as verdades do mundo” impulsiona os seres humanos. Mas qual o limite de tudo isso? Quais os perigos podem se esconder por trás dessas verdades? Conhecer o desconhecido é fundamental ou pode trazer riscos à própria sobrevivência?

Em linhas muito gerais, essa é a temática que permeia O Terceiro Testamento, uma ficção científica com ares de apocalipse que facilmente embaralha a cabeça dos leitores em uma trama alucinante. Mas, antes de mais nada preciso deixar claro que este é um livro extremamente difícil de resenhar. A história é complexa e por mais que se escreva, acho impossível conseguir dar a dimensão exata do quão boa ela é. O autor construiu uma narrativa em que os eventos vão se sucedendo de forma frenética com uma maquiavélica intenção de nos confundir. Somos tragados na espiral de alucinações dos personagens e nos perdemos na busca por respostas junto ao protagonista.

Pelas páginas de O Terceiro Testamento, acompanhamos um desequilíbrio total na ordem mundial causado por visões e alucinações de fatos e eras passados, mas ninguém sabe explicar ao certo o que pode estar acontecendo. Os incidentes envolvem qualquer pessoa, a qualquer momento e em qualquer lugar do globo. Eventos assim sempre causam histeria, e diversos suicídios e assassinatos em massa são registrados. Tudo isso, Christopher Galt nos apresenta em capítulos curtos espalhados pelo livro enquanto o protagonista John Macbeth (sugestivo sobrenome) dedica-se a tentar entender quais as origens desse surto. Para completar a trama, há um projeto envolvendo inteligência artificial sendo desenvolvido.

Com essa combinação de ingredientes, O Terceiro Testamento mergulha numa investigação sobre as causas das alucinações à medida que elas só pioram. E é impossível falar mais do que isso, tamanha a complexidade do desenrolar das ações. Uma complexidade que pode afastar muitos leitores porque a quantidade de termos científicos, principalmente relacionados com a física, é absurda. Todas as teorias científicas aplicáveis à trama são usadas com detalhamentos que tiram nossa atenção por se tratarem de assuntos muito específicos. Portanto, ao mesmo tempo que nos envolve a obra também tem seus pontos de tédio em que o interesse é facilmente perdido.

Característica interessante, os personagens não são bem desenvolvidos e, neste caso, isso não é um ponto negativo. A superficialidade com que a galeria de tipos humanos é tratada na obra é plenamente justificável quando levamos o soco na cara da sequência final. Absolutamente nenhum personagem, por mais tímida que seja sua participação, está ali apenas para encher páginas. Tudo é muito bem conectado para conduzir ao ápice do final, que pega totalmente os leitores de surpresa. A obra constrói um mistério que poderia tranquilamente levá-la ao fracasso absoluto se o desfecho não fosse inteligente o suficiente para satisfazer os leitores. Nesse quesito, Christopher Galt acertou em cheio.

O Terceiro Testamento provavelmente vai dividir opiniões entre os que vão conseguir avançar até o final e os que devem abandonar a obra pela metade. Aos que se aventurarem na leitura, aconselho a não desistir e mergulhar de cabeça porque vocês não vão se arrepender.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/02/07/resenha-o-terceiro-testamento-christopher-galt/
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Bruna3810 24/10/2020minha estante
Oii, você sabe me dizer o nome do conto do K. Dick que inspirou o autor?


Clea.Wanderley 14/07/2021minha estante
OI, não conheço o conto a que v. se refere. Poderia dizer o título? Mas conheço um livro que teria tudo a vez: Simulacron 3, de Daniel Galouye. Conhece?




Jansen 23/10/2017

Livro estranho. Difícil, pois trata de assuntos ligados à física moderna e à construção de cérebros eletrônicos com capacidade de processamento iguais aos naturais mas com maior capacidade de armazenamento, visto que basta acrescentar hardwares compatíveis e ir ampliando indefinidamente a capacidade de armazenamento. Mas não é só isto. Os personagens estão sempre com a sensação de "de já vu" mas se sentem mergulhados em lugares como por exemplo na formação da terra, onde o oxigênio era escasso. Há um conceito de Singularidade, um misto de religião com ciência.
Observam que as pessoas têm uma "tendência humana a crer em alguma coisa, pouco importando que seja falsa. Assim, fizeram da ciência a religião deles. Acham que Deus ainda não existe, mas vai existir. Porque vamos criá-lo. A ciência nos tornará Deus."
“Toda tecnologia suficientemente avançada não se distinguirá da magia”, é outro conceito que permeia o livro.
Existem os Simulistas para quem toda forma de inteligência suficientemente avançada não se distinguirá de Deus. "Acreditam que seja nosso destino emergir da futura Singularidade como pós-humanos, depois super-humanos, em seguida semidivinos".
Tive que consultar o dicionário várias vezes pois há termos de física quântica e outras, que desconheço. Diria que é assombroso mas não um bom divertimento. Cansa.
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Bruce7 29/08/2017

Final surpreendente
Ficção bem elaborada com final surpreendente. Vale a pena!
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Orlando 28/07/2017

O LIVRO É | O TERCEIRO TESTAMENTO, DE CHRISTOPHER GALT

Em suas 416 páginas, O Terceiro Testamento, do escritor britânico Craig Russell – que assina com o pseudônimo Christopher Galt – é uma daquelas obras que nos instiga, que nos perturba, que nos desafia a todo instante através de um mistério que se adensa na narrativa à medida que ela avança.

Página a página somos presenteados com uma inundação de conceitos e ideias em vários campos científicos da atualidade: neurociência, física quântica, teoria da informação, inteligências artificiais e claro, muitos, muitos questionamentos filosóficos.

Se for para fazer um paralelo entre O Terceiro Testamento e a obra de alguns escritores de peso, não exitaria nem um segundo em citar dois nomes: o americano Philip K. Dick e o argentino Jorge Luis Borges.

Dois dos autores que mais questionaram os conceitos de “realidade” e “percepção”. Ambos olharam para o mundo, para o que ele nos dizia e questionaram essas respostas em suas obras.

Dick conectando suas obras aos aspectos tecnológicos e futuristas em livros de Sci-fi de teor distópico e, claro, destacando suas experiências com substâncias diversas; já Borges flertava muito mais com aspectos metafísicos do realismo fantástico ou realismo mágico, onde o mundo é permeado por mistérios sobrenaturais como um livro cujo conteúdo muda a cada vez que é aberto, uma biblioteca sem fim, um ponto no universo que contém todos os outros pontos bastando olhar para onde se quer ver, um lugar no tempo-espaço que existe simultaneamente em dois momentos e em dois lugares…

Adicione a esses dois nomes um terceiro: Franz Kafka, o mestre do absurdo, do mundo burocrático, dos sonhos intensamente perturbadores, das situações inalcançáveis… Pronto, essa equação dá um panorama do que é O Terceiro Testamento e sua narrativa multifacetada.

O TERCEIRO TESTAMENTO | PREMISSA: UM EVANGELHO SOBRE TUDO…
O preâmbulo acima foi escrito para expor ao leitor o que o espera nesta obra ímpar que ecoa alguns dos sentimentos que tive ao ler os autores que citei. Uma intensa sensação de perturbação diante do que está por trás das cortinas de nossa própria visão.
Craig Russell conseguiu em seu texto replicar com maestria a soma de Dick, Borges e Kafka: tecnologia, magia e absurdo se mesclando para desconstruir a noção que temos do real e da mente humana através de sua narrativa, seus muitos personagens e pelas alucinações que tomam conta desse mundo fictício.

John Macbeth volta à Boston, sua cidade natal, a trabalho. Psiquiatra e neurocientista, Macbeth é um dos responsáveis pelo Projeto Um da Universidade de Copenhague, Dinamarca, um complexo projeto que tem por objetivo desenvolver uma mente inteiramente artificial para que distúrbios possam ser simulados e compreendidos na esfera virtual e, claro, tratados no mundo real tal qual se dê sua compreensão através dos algoritmos do Projeto Um. No computador de Macbeth há um arquivo vazio, persistente, que não pode ser clicado, aberto ou apagado… está apenas ali, como se fosse um arquivo fantasma…

Estranhamento todas as pessoas com quem cruza caminho em Boston parecem conhecer o doutor Macbeth, apesar de em hipótese alguma ele sequer se lembrar dessas pessoas. Ironicamente o cientista sofre de um distúrbio mental: síndrome da despersonalização. Macbeth acorda e precisa saber exatamente onde está, porque está e quem é. Leva apenas alguns segundos, mas todo cuidado é pouco para não cair no esquecimento completo de si mesmo.

Mas esse começa a ser um problema pequeno quando o mundo todo começa a se “despersonalizar” de tal modo que a todos surge a impressão que o Apocalipse já começou no planeta inteiro.

Ondas de suicídio, alucinações individuais e coletivas começam a ocorrer com maior frequência, o passado começa a se mesclar com o presente e a estranha frase “Estamos nos tornando” surge rabiscada em paredes e muros ao redor do globo à medida que os fenômenos se intensificam.

Até mesmo Elisabeth Yates – a presidente dos EUA – sofre das alucinações, vendo pelas salas e corredores da Casa Branca vários de seus antecessores surgindo e desaparecendo… Aos cuidados do também psiquiatra John Hoberman, a presidente Yates se revela muito mais complexa do que aparenta ser, bem como Ethan Bundy, o soturno agente do FBI com olhos estranhamento coloridos. E, ao redor do mundo, com olhares distantes contemplando o nada, as pessoas vão sendo chamadas de “sonhadores”, observando e aguardando algo iminente.

Em Boston nunca fica claro qual o trabalho Macbeth deve realizar, apenas sabemos que está ali para intermediar os contatos do Projeto Um com o Instituto Schilder de Pesquisa Neurocientífica, mas entre suas obrigações o pesquisador encontra tempo para visitar o irmão, Casey Macbeth – estudante proeminente do MIT – e seu amigo também psiquiatra Pete Corbin, ambos de certo modo sugados para o furacão de fenômenos estranhos que caminha a passos largos para o caos absoluto.

O primeiro distúrbio que suga o trio diz respeito a tentativa de suicídio do jovem Gabriel Rees, cuja objetividade dá lugar a um discurso errático, complexo e subjetivo sobre a realidade que nos cerca, religiosidade, anjos e a ciência moderna…

Em algum lugar da Dinamarca, Greg Poulsen e a esposa Margarethe Poulsen são vítimas de um acidente terrível; a cura da mulher, vítima de um “apagão” da mente, passa a ser uma obsessão para o marido, chefe de John Macbeth no Projeto Um…
John Astor se tornou um mito, uma lenda. Um homem de pensamentos abstratos, estranhamento citado por diferentes pensadores ao redor do mundo em épocas completamente diferentes, o mais provável é que deveria estar morto, ou isso ou sua identidade é assumida por diferentes pessoas ao longo de todos esses anos. Sua obra Fantasmas Que Nós mesmos Criamos que é praticamente um tesouro inacessível e soterrado por inúmeras camadas de dados obscuros nos recantos ainda mais obscuros da internet… um livro acessível apenas para alguns poucos privilegiados, ainda assim cultuadíssimo…

O TERCEIRO TESTAMENTO | DESENVOLVIMENTO, PERSONAGENS E NARRATIVA
Apesar da complexidade do tema, do roteiro intrincado e excesso de conceitos e detalhes, a escrita de Russell é muito boa; leve e fluída, seu texto nos prende com facilidade, facilidade essa inclusive que o autor tem para criar personagens diversos com a intenção de demonstrar algumas das situações absurdas que cercam os fenômenos da trama.

São vários personagens secundários em diversos lugares do mundo que passam por situações de alucinações em diversos graus, a maioria envolvendo sobreposições do passado em cima do presente numa série de choques culturais existentes em nossa história como raça dividida em civilizações diversas.

Insetos pré-históricos, a chegada dos Vikings em outros continentes e se confrontando com os povos indígenas que lá encontraram, uma garota de uma provícia na China se deparando com a chegada de tropas romanas que se perderam em expedições mencionadas nos livros de história, a própria presidente americana alucinando com ocupantes de seu cargo ao longo de séculos, a morte de Joana d’Arc na fogueira revista aos olhos de uma jovem garota, um agente do FBI com olhos multicoloridos que acredita possuir a marca de Caim, um patrulheiro que testemunhando 27 jovens se jogarem da Golden Gate ao mesmo tempo, uma senhora morando sozinha em sua casa recebe a visita dos filhos e após sua partida, retorna ao quarto para conversar com seu marido, falecido há muitos anos, um jovem que se vê testemunhando os horrores do nazismo…

São inúmeras situações abordadas com detalhes, cuidado e ótimas construções narrativas enriquecendo a trama de O Terceiro Testamento. Algumas mais longas, outras mais curtas, algumas recorrentes, outras aparecendo uma única vez ou retornando para cruzar o caminho de Macbeth e suas próprias ilusões sensoriais. Sobretudo seus déjà-vus. E olha, Russell consegue passar constantemente a sensação incômoda de um déjà-vu… o recurso é usado no texto de forma tão simples, mas tão efetiva que a obra merece uns pontos extras por isso. Não foram poucas as situações em que eu mesmo senti que estava em um déjà-vu diante do texto de Russell.

Até poderia detalhar mais cada situação dessas, ou as mais pertinentes ou impactantes aqui para convencer você, leitor, de que estamos diante de uma grande e competente obra, mas acho que o importante aqui é pontuar a qualidade dessas situações, pois o trajeto e a experiência direta com cada uma dessas inúmeras situações e como cada uma delas vai lhe influenciar é algo que cabe inteiramente a cada leitor.

Em alguns casos há situações tão isoladas e autocontidas que poderiam ser encaradas como “contos” dentro do universo de O Terceiro Testamento, e pelo fato de serem de porte variado, mas sobretudo de porte pequeno, detalhar demais algumas dessas situações pode ser um sério risco de estragar sua leitura e as surpresas que ela guarda. E acredite, O Terceiro Testamento tem muitas surpresas.
Os leitores mais afeito a se apegar com personagens podem estranhar a grande alternância de núcleos e o vasto número de conceitos que Russell despeja em sua obra, mas eu particularmente acredito que isso é parte do que o autor pretende que sejam as nossas experiências com o estranhamento que seus próprios personagens tem em meio ao que está ocorrendo. Diga-se de passagem, até os últimos parágrafos do livro vamos elaborando e reelaborando nossas hipóteses sobre a trama o tempo todo, cada detalhe nos dá pistas de um lado e questionamentos do outro.

Tal qual Philip K. Dick, Russell não é uma escritor focado nas particularidades clássicas de uma narrativa, muita coisa fica de lado, outras são excessivamente elaborados, algumas ficam em constante suspensão, personagens são detalhes e depois deixam espaço para que outros possam seguir na história com maior peso.
O foco de Russel, assim como o de Dick e Borges está situado muito mais no desenvolvimento dos conceitos que cria no texto e dos desfechos que eles tem na trama, no absurdo das situações que impõe aos seus núcleos e nas sensações de estranhamento que esses conceitos nos causam.

Mas calma, Russell não é um mal narrador, apenas prioriza suas excelentes ideias e a conexão entre elas. Como disse acima, algumas mais desenvolvidas que outras. Mas faz parte do encanto e estranhamento do livro.

Ao longo da obra é perceptível que Russell montou um quebra-cabeças complexo, competente e criativo. Ao dialogar com o estilo de autores de renome na história da ficção, o autor conseguiu prestar as devidas homenagens e ainda assim seguir seu próprio caminho.

O esmero com que O Terceiro Testamento desfila conceitos reais e fictícios só mostra o quão Russell se empenhou em conhecer muitos dos temas que aborda. É perceptível que a compreensão do que está ali é algo que atinge tanto o leitor veterano de Sci-fi quanto aqueles que querem se aventurar pela primeira vez em algo do gênero.

Em minha sincera e franca opinião, O Terceiro Testamento é uma obra bem complicada de se resenhar, acho que a mais difícil que li nos últimos meses. Qualquer excesso de detalhes dado neste texto, acredite amigo leitor, poderia estragar muito sua experiência de apreciação. Há muito no texto que precisa ser degustado diretamente.

Não tenho como e nem devo lhe tirar esse prazer. O texto é um convite para percorrer suas próprias complexidades (e qual não é?), mas a sensação e a compreensão da trama narrativa de O Terceiro Testamento negocia diretamente com a sensação de estranhamento alucinógeno dos personagens e é parte do acordo tácito entre leitor, autor e obra que mergulhemos de cabeça no mar de loucura deste livro, como se nós mesmos fizéssemos parte do mundo de alucinações.

Tanto é que conforme vamos avançando na leitura, percebemos cada vez mais e mais como Macbeth vai mergulhando em sua própria mente e na tentativa de compreender tudo aquilo ao seu redor num mergulho profundo nas sombras da percepção humana do que é o real. E nós somos tragados para navegar esse mar com o personagem.

A edição da Editora Jangada ficou ótima de modo geral, no miolo temos papel pólen soft de boa gramatura e na tonalidade ideial para não cansar a visão, já que o ritmo da obra nos convida a ficar horas a fio sobre as páginas do livro, já a capa eu acho que poderia ter tido numa gramatura um pouco maior, acabou ficando um tanto fina para o corpo do livro (416 páginas em pólen soft dá um bom volume), a ilustração da capa dispensa comentários, ficou perfeita ao que se propõe o texto.

Mais uma vez a editora acertou em apostar suas fichas em obras novas e de autores ainda não tão conhecidos do grande público aqui no Brasil. Que o sucesso de O Terceiro Testamento abra as portas para novas investidas de Russell em nossas prateleiras.

Para os que gostam de narrativas complexas, roteiros intrincados, conceitos absurdos atrelados a conceitos reais de ciências diversas, eis aqui uma pedida indispensável para ler e reler várias vezes afim de remontar o quebra-cabeças criado com maestria por Russell.

O TERCEIRO TESTAMENTO | SINOPSE
Em toda parte, as pessoas começam a ter visões. Um adolescente francês assiste Joana D’Arc ser queimada na fogueira, e até tenta tirar uma foto com o celular, e a presidente dos Estados Unidos tem visões de seus antecessores dentro da Casa Branca.

Ninguém sabe se essas misteriosas aparições são uma espécie de alucinação coletiva, uma doença virótica causada por bioterrorismo ou se são sinais do Apocalipse.

Ocorrem suicídios em massa em várias partes do mundo, e o psiquiatra e neurocientista John Macbeth, à frente de um projeto para criar uma inteligência artificial autônoma, busca freneticamente uma resposta antes que seja tarde demais.
Ele descobre que a verdade por trás de tudo pode mudar os rumos da humanidade para sempre. E até custar a sua vida.

Uma história eletrizante que o fará questionar sua perspectiva da realidade. E até mesmo a sua sanidade.

O TERCEIRO TESTAMENTO | O AUTOR
Christopher Galt é o pseudônimo de Craig Russell, autor britânico best-seller, premiado e aclamado pela crítica. Seus thrillers já foram publicados em vinte e três idiomas no mundo todo. Ele é autor das séries Lennox e Jan Fabel, adaptadas pela TV alemã, que atraíram um público de mais de seis milhões de espectadores.

Em 2007, Russell foi nomeado para o prêmio CWA Duncan Lawrie Golden Dagger, o maior prêmio literário da Alemanha do gênero policial. Em 2008, ganhou o CWA Dagger in the Library, pelos seus livros da série Jan Fabel. Em 2013, foi nomeado para o CWA Ellis Peters Historical Dagger.

Site do Autor: http://www.craigrussell.com/craigrussell.htm
O TERCEIRO TESTAMENTO | FICHA TÉCNICA
• Título: O TERCEIRO TESTAMENTO
• Autor: Christopher Galt
• Assunto: Ficção – Ação e Suspense
• ISBN: 9788555390760
• Idioma: Português
• Tipo de Capa: Brochura
• Edição: 1ª Edição 2017
• Número de Páginas: 416
• Editora: Jangada
• Páginas: 416


site: http://www.pontozero.net.br/2017/05/30/o-livro-e-o-terceiro-testamento/
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Angel 28/07/2017

Não curti tanto :/
A sinopse do livro já é um bom resumo para o enredo do livro, então vou falar principalmente sobre minhas impressões sobre a história.

Não sou uma fã de ficção científica, mas gosto de sair da minha zona de conforto e ler algo diferente de vez em quando, e foi isso que me levou a ler O Terceiro Testamento.
No entanto não foi uma leitura fácil, foi lenta e em alguns momentos cansativa.

A história gira em torno principalmente de John Macbeth, que está em Boston quando os estranhos eventos começam acontecer, e ninguém sabe o que está havendo.
Suicídios em massa, uma cidade inteira sentindo um terremoto que não aconteceu, alucinações coletivas, e várias teorias começam a surgir.

Não foi o pior livro que li na vida, e se ele fosse menor eu teria curtido mais a leitura, pois temos vários pontos de vista de diversos personagens, e chegou um momento em que eu pensava “mas de novo?”, começou a ficar cansativo e repetitivo, principalmente porque já sabia que as alucinações estavam ocorrendo, então eu particularmente não via motivo para tantos pontos de vista.

Um ponto interessante no livro é que dá para levantar várias discussões acerca de religião x ciência,e os problemas do fanatismo e extremismo, seja lá qual for. A história nos faz pensar bastante sobre o assunto.

No mais, devo ressaltar que apesar da leitura ter sido lenta, e tirando os termos científicos utilizados, na maior parte do tempo é usada uma linguagem de fácil entendimento, e nas últimas 100 páginas a história fluiu melhor, e o final foi bem interessante, e algumas coisas que eu achei que fossem algumas pontas soltas na história se encaixaram e fizeram todo o sentido.

Para os fãs do gênero, acredito que a leitura será bem melhor do que foi para mim.

"- E se eu existir apenas na mente de vocês? - Olhou-o com sinceridade pela primeira vez, algo se manifestou com nitidez em sua expressão. - Nunca pensaram nisso? Nunca lhe ocorreu que tudo e todos ao redor estão dentro de sua mente?"

site: http://a-libri.blogspot.com.br/2017/07/resenha-o-terceiro-testamento.html
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WallanS 16/07/2017

Michael Cricthon encontra Matrix
Ok não é o melhor livro que já li na vida, longe disso, mas em se tratando de ficção científica, vejo como uma obra profunda, com vários significados. Porém, vale ressaltar que 416 páginas foram excessivas. Talvez 300 páginas dariam ao livro mais objetividade. São muitas visões e personagens que não precisavam. O ponto alto está no final, que apesar de já ter sido explorado em filmes, continua sendo muito interessante de diversos pontos de vista.

O que gosto na ficção cientifica é seu poder subjetivo, de introduzir temas profundos sem massacrar o entendimento do leitor. Todos já pensaram que a realidade pode ser vista de diversas formas e a percepção muda de uma pessoa para outra, tudo por causa dessa incrível máquina chamada cérebro que, influenciada por experiencias pessoais e ambientais, torna cada pessoa um ponto único de observação daquilo que está a nossa volta.

O livro parte disso, de explorar a realidade de cada um e como cada pessoa entende o que está a sua volta, pra tentar formar um conjunto maior de coisas que podem ser reais ou imaginários.

Falei falei e me enrolei, mas vale a pena. Muito! Um livro que merece ser lido por qualquer pessoa que goste de ficção científica, realidades paralelas, ou qualquer pessoa que goste de se questionar sobre a vida e o que ela é.

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Danika 15/07/2017

Estamos nos tornando
"- Não sei não, John, mas algo de muito esquisito está acontecendo por aí. Uma peste ou coisa assim Uma peste da mente."

O mundo está entrando em colapso, as pessoas começam a ter visões de coisas que já aconteceram, com pessoas reais, com sensações reais, não ilusões como em sonho, mas como se você fosse teletransportado para um outro momento e lugar, tudo acontecendo somente em sua cabeça. Imagina ver a Joana D'Arc ser queimada na fogueira e vivenciar esse momento a ponto de tirar foto com seu celular? Ou ver os Vinkings chegando na sua vila e ir destruindo tudo à sua volta (Olá Ragnar! ❤) Bem louco né?

"- E se eu existir apenas na mente de vocês? - Olhou-o com sinceridade pela primeira vez, aalgo se manifestou com nitidez em sua expressão. - Nunca pensaram nisso? Nunca lhe ocorreu que tudo e todos ao redor estão dentro de sua mente?"

Nunca mais um livro tinha me deixado tão inquieta. Eu não leio muita ficção científica - por enquanto. Já comprei vários livros do gênero e pretendo me jogar neles cada vez mais. Esse livro porém, nos dá uma outra perspectiva do pensamento e da história humana, do quanto a vida pode ser complexa e como nosso cérebro é capaz de coisas que nos deixariam de queixo caído. É fantástica a maneira que o Galt, pseudônimo do conhecido autor britânico de ficção policial, Craig Russell, nos passa essa história. Se tem uma coisa que O Terceiro Testamento faz com você, é te fazer questionar sobre a realidade da sua e da nossa existência.

"Não era ela, era o mundo: algo estava ocorrendo, e não tinha nada a ver com seus problemas de memória. Alguma coisa estava acontecendo de verdade com o mundo à sua volta..."

Este livro não traz uma leitura simples, acho que passei quase um mês para lê-lo, mas ia intercalando com outros livros mais fluídos. A trama é algo a que você deve dar atenção e realmente tentar entender todo o questionamento e teorias, e isso me faz ler mais devagar. Ele é narrado em terceira pessoa, tendo como principal personagem o psiquiatra John Macabeth, é o que mais aparece nos capítulos e o que está mais central em todo o acontecimento, e vamos intercalando com outros personagens que vivem a experiência dos casos alucinatórios ou até mesmo que fazem parte do núcleo central do problema. No decorrer da obra nos deparamos com várias passagens e diálogos científicos repletos de termos técnicos. Muitos levantamentos sobre o cérebro humano, sinapses, teorias da evolução, história, biologia, química e física. Nada que você não deixe de compreender e até mesmo aprender mais um pouco sobre os assuntos, mas como a primeira metade do livro é coberta deles, talvez tenha sido esse o fator que me fez demorar mais com a leitura. Mesmo com capítulos curtos, o autor exagera em algumas descrições e aprofundamentos que tornam um pouco cansativo.

"[...] De novo se deu conta de que não estava surpreso: nada fazia sentido, mas tudo, de algum modo, era o que ele esperava que fosse."

Os personagens do livro são pessoas de países diversos, cada qual com sua vida, seu trabalho, seu ambiente de convivência, mas que tem um único fator em comum, a mudança que vem ocorrendo no mundo e nas pessoas ao seu redor vivenciado essa nova realidade. A mudança começa aos poucos. Começaram com pessoas de olhares vazios, semblantes inexpressivos, confusos e inquietos. Nunca soube-se ao certo como ou o que começou, se havia um motivo, um problema, um vírus. Algo que desse uma explicação a esses sintomas. Seguimos com a avaliação profissional de John Macabeth somando-se às suas experiências reais e os demais casos dos outros personagens, tendo todo um panorama das diversas formas em que ocorre com diferentes grupos de pessoas. Conseguimos enxergar tudo de forma ampla, mas não conseguimos elaborar uma resposta para tudo isso.

"Ontem à noite meu marido me trouxe uma xícara de café em meu escritório - disse Margaret Freenam, que tinha permanecido em silêncio até o momento. - Meu marido morreu há três anos, doutor Macabeth. Todos nesta sala tiveram percepções suspeitas na última semana. Se for um vírus, todos estamos infectados."



Apesar de ter muitos personagens, o enredo não deixa a desejar e apresenta o suficiente de cada um deles para que a gente entenda onde tudo quer chegar. O que a história nos deixa é o questionamento do que é real, se o que vivemos agora é de fato a realidade ou apenas um truque de nossa mente. Será mesmo que tudo isso é o presente? Ou somos apenas fruto da nossa imaginação? Já ouviu aquela frase: "Se não há um mundo à nossa volta, inventamos um"? De fato, podemos inventar todo um ambiente, toda uma história, cultura e eventos? Como afirmar que a sua verdade é única e a correta? Toda essa tecnologia, todos os avanços, tudo novo que aparece a cada dia... Até onde iremos chegar? Até que ponto podemos ter conhecimento da vida e do mundo? A todo o momento o leitor questiona tudo o que está acontecendo e quanto mais nos aproximamos do final, mais clara e fluído fica a obra. O livro é divido em três partes e nas duas últimas a gente só quer devorar para chegar ao tão esperado fim e entender as coisas. E o final é realmente épico.

"Eu sei a verdade, reconheceu para si mesmo. Não posso voltar ao que era porque sei a verdade."

Não podia sequer imaginar um desfecho para este livro e o Galt soube apresentá-lo com maestria. Já assistiu Matrix, não é? Basicamente um clássico. E Black mirror? Tenta agora fundir as duas coisas. Vai ficar bem maluco, confuso e muito perto do que pode se tornar real. É algo perto disso que o livro nos mostra. É uma leitura para poucos, nem todo mundo vai gostar, ou podem desistir no começo. Se eu puder te dar um dica é NÃO DESISTA. Continue lendo, continue essa jornada em que o autor nos leva. É inquietante, é emocionante e por que não poder ser real? Afinal, será que nosso futuro já não aconteceu?

site: http://www.garotaselivros.com/2017/07/o-terceiro-testamento-christopher-galt.html
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Julia G 07/07/2017

O Terceiro Testamento
Imaginar um thriller apocalíptico que envolve uma série de suicídios em massa, alucinações, pessoas que presenciam fatos históricos acontecidos há centenas ou milhares de anos e um quê de matrix é um pouco difícil, mas essa é a base de O terceiro testamento, de Christopher Galt. Meio louco, eu concordo, e por isso comecei a leitura sem saber o que esperar dessa mistura, mas não é que deu certo?

O livro, de capítulos curtos narrados sempre em terceira pessoa, intercala a visão do psiquiatra John Macbeth, que tenta avaliar com olhos profissionais as alucinações que estão se espalhando por todo o mundo, e outros personagens, espalhados por todos os cantos do planeta, que presenciam alguma experiência causada por esse fenômeno alucinatório e que passam a ver o mundo a partir de outra perspectiva.

"- Não sei não, John, mas algo de muito esquisito está acontecendo por aí. Uma peste ou coisa assim. Uma peste da mente. - Casey fez uma careta e enquadrou a frase em aspas simuladas com os dedos no ar. - As pessoas andam apavoradas. Eu ando apavorado com tudo isso. Hoje mesmo tive de pular de volta para a calçada porque não vi um carro que se aproximava. Se o motorista não tivesse buzinado, eu teria sido atingido. Mas, depois que o carro se foi, fiquei me perguntando se ele tinha estado mesmo ali. As pessoas parecem confusas, sem saber em que acreditar. Descobrir a causa do problema é, a meu ver, o grande desafio psiquiátrico do século."

Essa construção, que altera o ponto de vista com o passar dos capítulos, dá dinamicidade ao texto, já que não se prende exclusivamente ao núcleo central da história. Por outro lado, essas passagens se tornam bastante cansativas em alguns momentos, visto que, depois de acompanhar as visões de dois ou três desses personagens aleatórios e entender como ocorria essa anomalia, eu estava mais interessada em me centrar no cerne da trama e entender o que estava causando tudo aquilo de uma vez.

No entanto, esses saltos de perspectiva se estenderam até o fim do livro e toda vez que aparecia um novo personagem, batia um desânimo de começar o novo capítulo desse até então desconhecido. E o pior de tudo foi perceber, ao final do livro, que eles não são mesmo tão importantes e não fariam muita falta se não estivessem presentes. Devo destacar que esse foi um problema que se apresentou para a minha leitura, e foi mais motivacional do que do texto em si, porque assim que começava a ler, eu mergulhava inteiramente na nova trama e esquecia minha birra, inclusive com vontade de ler um pouco mais sobre cada uma delas. Outro leitor poderia achar essas passagens mais interessantes que todo o resto, aliás.

Fora esse problema, a leitura de O terceiro testamento foi bastante interessante. Mesmo com capítulos curtos e uma escrita ágil, o livro tem um enredo denso, por vários motivos. Primeiro porque envolve aspectos psicológicos intensos, afinal Macbeth é psiquiatra e, além de se autoavaliar constantemente, ele discorre minucias sobre doenças mentais, os eventos alucinatórios e as possíveis causas originadas da mente.

"- Recordo-me de estar aqui há quinze minutos. Recordo-me de estar aqui antes de você me olhar. Mas recordo-me disso agora. Essa recordação de existência foi gerada nesse momento. Talvez a memória presente seja real, não a existência passada. O fato de eu me lembrar de estar aqui há quinze minutos não significa que estivesse mesmo."

Além disso, há frequentes referências a conceitos abstratos da física, da tecnologia como um todo e mesmo da filosofia, o que insere uma grandes reflexões a cada diálogo. Particularmente, isso foi o que mais me interessou no livro, mesmo porque a linguagem utilizada para explicar esses conceitos eram simplificadas e claras, mesmo para os iniciantes dessas áreas. Nesse aspecto, a trama me lembrou um pouco de Matéria Escura, uma das melhores leituras que fiz em 2017, e utiliza até as mesmas referências, como a experiência do Gato de Schrödinger.

O livro consegue ainda trazer uma construção psicológica complexa de todos os personagens - que são muitos -, o que enriquece a trama e permite um vínculo entre o leitor e a história. É interessante ver que todos eles são consistentes e ricos, pois mesmo em poucas páginas o autor conseguiu dar forma às suas características mais imateriais. Fica claro o conhecimento de Galt nas mais diversas áreas, já que não seria possível construir uma trama tão complexa se não tivesse instrução nas matérias discutidas na obra.

"'Talvez eu devesse me tornar um escritor', pensou. Macbeth, o psiquiatra, sabia que as narrativas de ficção e os distúrbios mentais brotavam da mesma semente: escritores eram, em grande medida, tipos esquizofrênicos não patológicos. Quanto maior seu grau de esquizofrenia não patológica, mais apresentavam tendência ao pensamento mágico e mais criativas eram suas obras."

Quase ao fim da leitura, descobri que Christopher Galt é, na verdade, um pseudônimo do autor Craig Russel. Só vim a conhecer essa informação quando Craig Russel curtiu e retweetou meu tweet sobre o livro, e eu fui pesquisar quem seria ele. O autor, que escreve romances policiais, parece ter criado o pseudônimo para assinar as tramas que fogem a esse gênero, embora O terceiro testamento seja a única até o momento. Preciso confessar que me senti importante, rsrs.

O fechamento do livro é surpreendente, irônico e sugestivo, e nos faz questionar até que ponto o que vemos é ou não real - mesmo as coisas mais simples do dia a dia. Talvez não seja uma leitura para todos, pois exige raciocínio constante para acompanhar a história. Para quem quer uma leitura mais aprofundada, tenho certeza de que será uma ótima opção.

site: https://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2017/06/o-terceiro-testamento-christopher-galt.html
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Bruno 06/07/2017

Estamos nos tornando.
O Terceiro Testamento é um livro fascinante que testa sua capacidade de imaginação. Além de cada capítulo ser sobre um personagem, alguns de diferentes países, o autor conta a história de vida de cada um e mostra a ligação que há entre todos com o mistério que vem acontecendo. Tornando melhor a percepção do problema global e o impacto que há nas pessoas, apresentando questões religiosas e científicas.

A genialidade do autor torna a leitura mais difícil, o uso de termos científicos, a viagem temporal, diálogos de teorias científicas que requer uma concentração e provavelmente a releitura para tentar entender o que acontece. Imaginar algo além da realidade é um desafio para a mente. Em alguns pontos percebe-se a semelhança com a teoria da Matrix, desenvolvendo a história de maneira profunda que te faz questionar a realidade.

"Tudo aquilo em que possa pensar, tudo aquilo que possa se lembrar existe como um conjunto específico de neurônios em seu cérebro. Você se conecta com eles todos os dias e dá a isso o nome de memória. As desconexões ocasionais chamam-se esquecimento; a desconexão permanente é o jamais vu, quando tudo parece estar sendo visto pela primeira vez. Quando uma conexão falha e o leva a confundir o que vê com o que recorda, é o déjà-vu.

Lendo este livro, você pode ainda lembrar-se da última pessoa com quem falou, do último recinto em que esteve antes do espaço onde agora se encontra. Pessoas, ambientes, seu próprio corpo existem como grupos de neurônios em sua mente: como conceitos. Mas a pergunta que você deve fazer é: eles existem apenas em minha mente? Sou o único ocupante deste universo, e a função exclusiva do livro que agora leio consiste em lembrar-me desse fato?"

Particularmente, notei um pouco do estilo dos livros de Dan Brown, onde suas histórias também contém um amplo conhecimento de religião, ciência, história. É um livro que quem gosta de ficção científica combinado com um conhecimento enriquecedor, considerando descrições extensas e teorias científicas de bugar a mente, e que as vezes podem se tornar cansativa a leitura, é um livro com o qual não irá se decepcionar.
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Alex Nascimentto 29/06/2017

Muito louco!!
O livro não é uma leitura simples, foi a minha leitura mais demorada do mês, tem muitos narradores envolvidos, diversos cenários, mas que acredito ser um ponto positivo na obra, já que a história acorrenta o leitor, deixando que a gente se surpreenda a cada cena. Muito, muito, muito, muito bom!! No início do livro, temos uma mulher que vai explicar sobre um projeto que vai causar uma reviravolta no mundo: o PROJETO UM, que tem como objetivo principal criar uma inteligência autônoma entre a humildade e o universo. Nisso, pessoas de todo o mundo estão morrendo e tendo tremendas alucinações, com que faz o psiquiatria e neurocientista John Macbeth desembarcar em Boston para ajudar nesse projeto.
Chegando em Boston, ele se encontra com um amigo de longa data, o Peter Corbin, que relata para que visões estão acontecendo ao redor do mundo, e que essas visões são, na verdade, lembranças do passado histórico, causando até morte. Extremistas religiosos acreditam que é o fim do mundo se aproximando e causado todo esse revés no mundo.
Temos em O Terceiro Testamento a presença da Ciência e Religião. Vale muito a pena, é uma leitura bastante agradável, o autor consegue nessa obra trazer a ficção, suspende e o fim do mundo. Agora tem que ler com muita dedicação, para que nada passe em branco!
Leiam!
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Lane @juntodoslivros 23/05/2017

Um reviravolta no tempo
O mundo ficou maluco!!!! Como? Quando? Por quê?

O livro se inicia com uma mulher explicando sobre um projeto muito importante que vai revolucionar o mundo, o Projeto Um. O projeto tem objetivo de criar uma inteligência autônoma que possa mostrar a natureza humana e quem sabe toda a concepção do universo.

John Macbeth, psiquiatra e neurocientista cognitivo, está envolvido no Projeto Um e é enviado de Copenhague, Dinamarca, a Boston para apresentar o projeto ao Instituto Schilder de Pesquisa Neurocientífica. Durante sua estadia em Boston, John que é alheio a informações que não sejam sobre sua área, se vê envolvido com visões que algumas pessoas estão tendo há algum tempo.

Essas muitas visões são fantasmas do passado. Em alguns momentos, não apenas fantasmas, mas momentos importantes da história, como se fossem lembranças do passado. As visões sempre são seguidas com a sensação de dejà-vú. Além disso, várias pessoas começam a cometer suicídio e extremistas religiosos acreditam que o fim do mundo está próximo.

Como cientista renomado em sua área, John acaba se envolvendo em várias situações onde sua especialidade em psiquiatria é solicitada. E essas várias situações acabam se revelando um emaranhado de perguntas e dúvidas. Mas como John poderá ajudar? E o que significam os sonhos estranhos que ele anda tendo?

Eu adorei a capa! Ela combina perfeitamente com o que a história trata. A edição está simples, as folhas são amarelas e de boa qualidade. A narração é feita em terceira pessoa. A divisão do livro é feita em várias partes e capítulos e, dentro deles tem com visões diferentes de vários personagens, mas com um foco maior em John Macbeth.

A primeira coisa que chamou minha atenção foi os dizeres na capa ”Michael Crichton encontra Matrix”. O Michael Crichton é autor do livro Jurassic Park, que eu amo! E eu adoro a franquia Matrix. Então a curiosidade bateu forte em mim!!! Como não ir atrás desse livro?

John Macbeth é um personagem um tanto distante e inacessível ao leitor. Sua mente funciona de modo diferente e nós temos pouco acesso a ela, acredito que seja por conta do livro ser em terceira pessoa. A nossa relação com John acaba sendo superficial, mas isso não atrapalha de jeito nenhum a leitura. Pelo contrário, o personagem se torna uma incógnita para o leitor. Até seu passado e história tem momentos esquisitos. Quem é o John?

Temos vários pontos de vistas com vários acontecimentos individuais de cada um. No início eu me perdi um pouco, mas tudo vai se encaixando e se conectando aos poucos. As peças podem até não fazer sentido no começo, porém a cada página tudo vai ganhando forma, mesmo que de maneira lenta.

O Terceiro Testamento é um livro bem mais complicado do que eu imaginava quando estava lendo a sinopse. Você pode ler essa premissa e ainda assim não ter toda a dimensão do que o livro vai te trazer. Desde o primeiro momento me senti intrigada pela história e fiquei cada vez mais envolvida por esse enredo tão misterioso e fascinante. E quando o final chegou... UAU! Será que esse livro tem uma sequência e eu não sei?! Estou fazendo essa resenha dois dias depois e ainda em processo de assimilar todo esse enredo fantástico. Alguém aí já leu? Por favor, venha conversar comigo sobre esse livro!

Esse livro tem uma perspectiva muito maluca sobre a nossa realidade e como ela funciona, mas o livro só vai nos revelando detalhes importante aos poucos. Isso é o que faz o livro ter um suspense e mistério tão bons. O livro só me deixava mais intrigada e com um gosto de “quero saber mais sobre isso”! Desculpe não fala muita mais sobre o livro, mas se eu falar, estraga.

Christopher Galt é pseudônimo de Craig Russell. O autor já tem alguns prêmios e indicações por seus livros, além de vários deles já publicados pelo mundo. Como só agora temos livros desse autor no Brasil? Quero mais!

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2017/05/resenha-o-terceiro-testamento.html
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Fer Kaczynski 19/05/2017

Não sou muito de ler sobre ficção científica mas resolvi me aventurar, afinal, é muito fácil e confortável lermos somente o que gostamos mais, não é mesmo?

Nesta história futurística, existe um projeto intitulado Projeto de Mapeamento Cognitivo de Copenhagen, onde um neurocientista John Macbeth acredita que quando uma pessoa não se identifica com o mundo em que vive, ele é capaz de criar um próprio.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2017/05/resenha-o-terceiro-testamento.html
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Bruna 17/05/2017

E se seu futuro já houvesse acontecido?
Quando pessoas de diversos locais do mundo começam a sofrer as mais variadas alucinações, algo definitivamente não parece estar certo! Quanto mais o tempo passa mais casos resolvem aparecer seguidos sempre da frase: estamos nos tornando... Mas se tornando o que? Em uma história repleta de teorias e casos sem ligação alguma, eles terão que descobrir o porquê disso esta acontecendo... e terá que ser rápido; antes que o futuro dos EUA seja impactado. Esteja pronto e atento aos detalhes, mas cuidado, O terceiro testamento - publicado pela Editora Jangada e escrito por Christopher Galt poderá te fazer duvidar se o que vê é real ou se você também faz parte dos sonhadores! Confiram mais detalhes a seguir:

Em um luxuoso apartamento em Central Park - Nova York, um homem é encontrado morto por inanição. Vinte e sete jovens saltam juntos da ponte Golden Gate. Cinquenta estudantes japoneses que se encontravam acampados na Floresta Aokigahara, ao pé do Monte Fuji, se embrenham na mata, após dividirem uma refeição e entoarem canções ao redor da fogueira, cortando sua jugular. Um escritor e três cientistas se suicidam em Berlim. Uma mulher de meia-idade se senta calmamente no meio de uma estrada próxima a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear e coloca fogo em si mesma. Um estúdio de Hollywood é atacado por bombas incendiarias. Marie Thoulouze tem uma visão acerca da Joana d’Arc, assim como diversas outras pessoas têm visões sobre fatos que não estiveram presente. Em todos os lugares do mundo pessoas das mais diferentes etnias e religiões começam a desmoronar psicologicamente causando mortes. O mundo parece estar prestes a entrar em colapso e ninguém sabe o que está acontecendo a não ser aqueles que fazem parte do lugar.

John Macbeth, psiquiatra e neurocientista importante, se encontra à frente de um projeto em Copenhague que busca criar uma inteligência autônoma; uma espécie de cérebro criado artificialmente para entender o funcionamento desse importante órgão humano – o Projeto UM. Em sua pesquisa ele busca demonstrar que quando o ser humano não se identifica com o mundo a sua volta ele acaba por criar um, como se fosse parte de sua própria realidade. Ao mesmo tempo em que tem que se acostumar com os episódios que sofre de despersonalização.

"Momentos aterradores de um isolamento despersonalizado, antes de se dar conta de que era o doutor John Macbeth, psiquiatra e neurocientista cognitivo, que tentava dar sentido aos próprios conteúdos psicológicos por meio da compreensão dos outros. Trabalhava, lembrou-se, no Projeto Um, em Copenhague, Dinamarca, e estava em Boston a serviço desse projeto."

Pete Corbin, psiquiatra e amigo de Macbeth, com o qual sempre faz questão de se encontrar quando esta em Boston; revela a ele que encontra-se tendo visões estranhas. Noticias começam a ser espalhadas acerca de diversos casos de visões por pessoas que nunca apresentaram qualquer quadro de problema psicológico. E em uma chamada de emergência os dois vão parar no alto de um prédio presenciando uma dessas manifestações estranhas, onde uma mesma frase continua a ser repetida: estamos nos tornando.

Marie Thouloze, jovem estudante, têm uma visão acerca de sua heroína, que já morreu. Mary Dechaud, uma senhora de oitenta e quatro anos, tem visões de si mesma com vinte e três anos e junto a seu marido – já falecido. Fabian Batelma, uma criança de quatorze anos, se vê fora de sua época em uma aldeia Vikings. Pete Corbin tem visões acerca de um assassinato que aconteceu em sua atual casa. John Macbeth, têm visões acerca de um assassinato de alguém que desconhece. Na Casa Branca, a Presidente Yates tem visões sobre presidentes que já morreram. Vivenciando a experiência com todos os sentidos do corpo humano, essas visões parecem extremamente reais. Mas o que estaria a provocar esses acontecimentos? Seria uma doença virótica espalhado por alguma organização criminosa? Um novo vírus que se espalha pelo ar? A chegada do apocalipse? O que seria capaz de fazer com que nas mais diversas regiões do planeta, acontecimentos estranhos como esses, acontecessem?

"- Há algo que preciso lhes dizer antes - começou Macbeth. - Além de ter tido a experiência do terremoto como os demais, tive pelo menos duas, talvez três alucinações menores em que vi pessoas ou coisas inexistentes."

A frase estamos nos tornando, vista em mais de cinquenta línguas, que a principio todos acreditavam ser por causa do manuscrito do livro Fantasmas que nós mesmo criamos de John Astor , passa a adquirir uma importância maior ao envolver caso federal e de importância nacional. O FBI está empenhado em garantir a segurança nacional e para isso irá contar com a ajuda de Macbeth, Hoberman e outros cientistas para que descubram o que de fato está a acontecer com o mundo. Mas estão eles preparados para a resposta que irão encontrar, inclusive se isso significar descobrir que o futuro já aconteceu?

“-“O especialista é aquele que conhece cada vez mais sobre cada vez menos”. – Macbeth sorriu, erguendo o copo com ar de cumplicidade. – Nicolas Murray Butler.”

Escrito pro Christopher Galt, pseudônimo de Craig Russell, famoso autor britânico best-seller, contando com um público de mais de seis milhões de espectadores e o prêmio CWA Duncan Lawrie Golden Dagger; esse é um livro que tem em seu enredo muito mais do que uma simples história que foge a realidade. Abordando temas reais e com criticas a sociedade e ao meio religioso extremista, ele nos mostra como muitas vezes o exagero acerco de uma ideia pode levar a um colapso em grande escala.

Os termos técnicos apresentados durante as páginas não apresentam uma complexidade a ponto de fazer com que o leitor não consiga acompanhar e nem o banaliza. Com diálogos constantes, nos vemos aprendendo pouco a pouco sobre as diversas patologias colocadas na obra, assim como termos muitas vezes desconhecidos por nós até então. Outro fator positivo são as características de cada personagem (e acreditem são muitos) onde é possível identificar síndromes que são consideradas, atualmente, como os mal do século. Apesar de informações constantemente inseridas, os capítulos curtos e bem separados possibilitam um bom acompanhamento acerca de quem fala, onde está e o que está a acontecer... além de uma valiosa aula de história a cada página.

Em síntese, O Terceiro Testamento é uma obra leva o leitor a refletir sobre diversos pontos acerca do que vivem e pensam. Até que ponto nossa realidade é a verdadeira realidade? Como saber se o que enxergamos não é algo que está meramente em nossa cabeça e não verdadeiramente ocorrendo? Como afirmar que algo é verdade ou mentira? Estaríamos todos nós envolvidos em uma situação de ilusão criados por não conseguirmos nos associar ao mundo em que vivemos? Complexo, instigante, confuso, revelador, Christopher Galt soube como criar uma trama que mistura ficção cientifica, suspense e fim do mundo sem ser exagerado e totalmente possível de ocorrer.

O tempo todo o leitor é levado a se perguntar o que está acontecendo e o que será que vem a seguir; dividido em três partes e narrado em terceira pessoa, os detalhes importantes e essenciais estão presentes a todo o momento mesmo que a um primeiro olhar não seja possível de ser associado. Com uma edição feita com esmero, juntamente a uma fonte de tamanho agradável e folhas amareladas, essa obra é ideal para todos aqueles que gostam de histórias que te forçam a pensar o tempo todo e se questionar sobre tudo.

Confesso que em alguns momentos a forma como o autor mostra sua genialidade de forma recorrente e desnecessária, exagerando nas descrições e falhando em sua narração, fazem com que por diversas, mesmo com a fluidez e maestria de escrita, torne a leitura arrastada e quase um teste de paciência. Não é uma obra para qualquer um, e não serão todos que irão gostar. Mais voltada para aqueles que já estão acostumados ao gênero, suas reviravoltas e diferenças , O Terceiro Testamento é uma obra que desafia e instiga você a ir até o final do livro.

Como bem disse o Publishers Weekly: "poucos leitores poderão imaginar o final de cair o queixo, e os fãs de thrillers de ficção científica vão rezar para que Galt continue escrevendo sobre este gênero". Recomendo a leitura, mas já aviso que é necessário paciência e vontade de aprender, porque esse livro é um ensinamento e tanto.


site: www.brookebells.com
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