Eurico, o Presbítero

Eurico, o Presbítero Alexandre Herculano




Resenhas - Eurico, o presbítero


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Felipe.Protti 18/08/2020

Um livro um tanto complicado de ler, pois sua escrita é um pouco difícil, mas o tema da narrativa foi muito bom, me lembrou algumas aulas que tive de latim na faculdade, mostrando como aconteceu algumas influências linguísticas embora o livro não se trate disso, mas sim de uma batalha...
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Bruna 07/06/2020

Coragem e sensibilidade
É um romance histórico, tendo como tempo o século VIII e como espaço a Península Ibérica, com o fim do reino visigótico. Em constante melancolia, Eurico vive como presbítero, até que decide se tornar um cavaleiro para defender o povo visigodo nas lutas que se seguem.
Este livro me surpreendeu pela sensibilidade do protagonista e pelos conflitos internos que enfrenta. A leitura é complexa por se passar em tempos distantes, necessitando uma pesquisa histórica, mas vale a pena.
Totti 07/06/2020minha estante
Boa resenha! ??


Bruna 08/06/2020minha estante
Obrigada!! ?




Deghety 29/05/2020

Eurico
Eurico, O Presbítero

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Eurico, O Presbítero é um romance histórico e fictício onde Alexandre Herculano narra eventos, reais e fictícios, do período da invasão muçulmana na península ibérica e da reconquista cristã no século VII .
O protagonista, Eurico, é um cavaleiro, herói, de grandes façanhas na história, mas também de um profundo melancolismo causado por um amor impossível.
Achei a leitura bastante dificultosa devido a linguagem rebuscada, mas isso não atrapalha o entendimento.
Em questão do contexto histórico, é bem detalhado, tanto na questão socio-politica, religiosa e na demográfica.
Vale uma releitura futura.

A Dama Pé de Cabra
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Essa novela lembra muitos os causos que ouvíamos das pessoas idosas antigamente.
Uma espécie de lenda urbana de características sobrenaturais, do capiroto, pra ser mais claro.
A escrita é quase um poema em prosa, no entanto o linguajar é bem menos rebuscado que Eurico.
Fazendo um resumo rápido. A Dama Pé de Cabra é uma bela mulher que encanta homens com sua beleza e os coloca em meio uma maldição.
Mais que isso é spoiler.
Uma excelente história e narrativa.
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Ana 01/02/2018

Um primor , de fazer sonhar com outros tempos
Este livro é um épico romântico português, escrito na época da escola romântica
na literatura.
Este romance possui elementos próprios do romantismo, tais como a exaltação da vida bucólica, comparação da mulher amada a um ser angelical, idealismo platônico, etc.
Um livro muito bom, cujo enredo é basicamente a história de Eurico, que abraça o presbitério, ou seja, a vida religiosa,
devido a uma desilusão no amor.
O personagem Eurico, na época da invasão árabe na península ibérica, além de ser um romântico apaixonado por Hermengarda, e um sacerdote, revela-se também um ótimo guerreiro, que todos conhecem por Cavaleiro Negro. Eurico refugia-se no sacerdócio para mitigar a perda de seu grande amor, mas por outro lado, também se tortura o tempo todo por esse amor. Como guerreiro, refugia-se na identidade do Cavaleiro Negro para defender a raça, a terra, e a pátria dos inimigos árabes. Um bonito e poético livro, sem dúvida, e fico grata por ter conhecido essa grande obra, graças à biblioteca da minha escola.
Sávio Lopes 27/08/2018minha estante
Estou estudando sobre esse livro na graduação de Letras/Português. Um aluno do mesmo curso, copiou seu texto aqui do Skoob e postou como resposta a tarefa...hahaha. Morri de rir, pois, além de ele ser homem, e ao final do seu texto, você escreve: "fico grata", ele copiou perfeitamente. Esse foi meu estalo para ver que era cópia. Pesquisei esse trecho no Google, e cheguei até aqui...rs.




Mateus 07/12/2017

Romantismo e historias bem detalhadas:
A história é de certa forma um pouco lenta pra se desenvolver, mas após um pouco de paciência, tudo flui normalmente. Referências bibliográficas estão bem presentes na obra, em si essa história não é tão contada aqui na América, mas seria interessante entender um pouco mais sobre o assunto.
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Daniel 12/10/2017minha estante
Fiz uma resenha com spoilers, contando tudo mesmo, para ter o registro desta leitura, pois definitivamente não pretendo reler "Eurico" rs.




HinaCarol 09/06/2017

AHHH MUUITOOO LINDO!!!
E trágico ao mesmo tempo...
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Benny Carvalho 06/11/2016

Poeta, cavaleiro e amante a junção perfeita...
Bem, temos um livro que para muitos não é tão conhecido, ou no mais tão gostoso de se ler... Sua classificação já assusta alguns leitores por se tratar de um clássico e ainda da literatura brasileira!

Realmente ele tem uma leitura um pouco lenta, até porque esta História revela a preocupação constante do narrador em dar informações corretas, em se fazer explícito o tempo todo, citando fontes, fazendo ele mesmo inúmeras notas no rodapé, denotando, sem dúvida, o cabal conhecimento da época enfocada.

Mas o enredo nos revela um pouco sobre Eurico, o presbítero - que se apresenta como poeta, cavaleiro negro (em determinado momento da história), amante obstinado, homem rude e, e simultaneamente sensível, afeito às intempéries, dominado por devoradora paixão, celibatário por imposição sacerdotal, porém palpitante às recordações da amada - é o personagem paradoxal que esta obra nos mostra.

O romance que ora se apresenta, entretanto, tão rico de fatos, quase que sufoca a razão do título. O ingresso de Eurico no presbitério se deveu a uma desilusão amorosa e esta nos vai sendo revelada a conta-gotas: ou seja, Hermengarda, a responsável pelo amor frustrado, tem pouca (pouquíssima) participação nas ações. No entanto, a doce figura da jovenzinha indefesa, pura e ingênua, subjugada pelo pai dominador, é o pivô da história: não fora ela, Eurico não seria presbítero, nem cavaleiro negro, nem poeta.

Mas... indico plenamente a quem quiser por ventura conhecer essa obra linda e tão amorosa, apesar de tão realista aos fatos da época...
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Beatriz 14/08/2016

1. Introdução

O trabalho apresentará o livro “Euríco, o prebítero” do autor Alexandre Herculano, a história se passa na Península Ibérica, no século VIII, o título remete ao protagonista Euríco, que por não poder casar com o amor da sua vida se ordena padre e assumi um presbitério da Carteia no sul da Espanha, razão pela qual vem a ser presbítero.
Eurico, o Presbítero é um romance histórico, um ícone da literatura romântica de Alexandre Herculano, publicado em 1844. A história trata do fim do reino visigodo formado na região que atualmente compreende Espanha e Portugal, diante da invasão dos muçulmanos, que avançaram pela maior parte da Península Ibérica no século VIII.
Em Eurico, o Presbítero, temos a história de um sacerdote ao mesmo tempo cavaleiro, desventurado em matéria de amor. Dessa desventura lhe veio à entrega à vida eclesiástica. No entanto, a lembrança da amada ainda o corrói, de modo que passa seus dias numa disposição de ânimo sombria. Os primeiros capítulos tratam justamente de apresentar breve história de Eurico e dos godos, nação cristã, à qual pertence. E em seguida trata da invasão árabe nos territórios da Espanha e as batalhas entre estes e os godos, onde Eurico surge como o Cavaleiro Negro, que se torna lendário entre godos e árabes.
O autor prefere não classificar sua obra como um romance-histórico (apesar de ser). Ele diz: "[...] sendo hoje dificultoso separar, em relação àquelas épocas, o histórico do fabuloso, aproveitei de um e de outro o que me pareceu mais apropriado ao meu fim." Herculano se aproveita de elementos históricos e adiciona nela seu romance ultraromântico, muito ao estilo da época, rico de informações interessantes da cultura dos godos.
Em resumo o livro trata-se de um romance de cavalaria romântico, Eurico, o presbítero apresenta a idealização da mulher, a figura do herói, o espírito nacionalista, o idealismo platônico, a presença da natureza e várias desilusões amorosas.



2. Desenvolvimento
2.1. Resumo
A obra “Eurico, o Presbítero” é datada de 1844 e trata-se um romance histórico, que relata a história de amor frustrada de Eurico e Hemengarda. Como um romance histórico que se passa no início do século VIII na Espanha Visigótica ele aborda os tempos medievais.
Após o Duque de Fávila, rejeitar o pedido de Eurico para desposar sua filha Hemengarda, por ele ser de origem humilde, e por serem de religiões diferentes, Eurico era católico, mas a moça era goda ariana, que era uma seita cristã que acreditava apenas em Deus, não da Santíssima Trindade, e essa união era proibida pelas leis godas. Hemengarda prefere a obediência ao pai a ter de enfrentar tudo por amor.
Eurico entrega-se à desilusão de nunca poder ter sua amada e acaba seguindo os caminhos religiosos e se ordena padre, a fim de esquecer o sentimento que nutria por Hemengarda, razão pela qual vem a ser o tal presbítero, ao assumir o presbitério da Carteia no sul da Espanha. No entanto, ele descobre que os árabes estão invadindo a Península Ibérica, avisa seu amigo Teodomiro, governador do condado de Córdoba, e se torna o Cavaleiro Negro.
De maneira heróica e assaz ele luta em defesa de sua Pátria e da sua Religião e de forma corajosa e inteligente ganha à admiração dos povos visigodos, o Cavaleiro Negro além de conhecido se torna uma inspiração para os outros cavaleiros. Quando os godos levavam vantagem e a vitória estava parcialmente garantida, Sisebuto e Ebas (filhos do imperador Vitiza) traem seu povo e ficam do lado dos árabes. Neste ínterim Roderico (rei dos visigodos) morre em combate e o povo passa a ser liderado por Teodomiro que para não ver perecer todo o povo, faz contrato de paz com os árabes.
Enquanto isso, no Mosteiro da Virgem Dolorosa, no qual Hemengarda estava escondida, é invadido pelos traidores godos e árabes, que foram para lá pegar as virgens. No entanto, as freiras decidem se desfigurar ao invés de terem seus corpos profanados, todavia no momento em que Hemengarda ia ser desfigurada, os árabes a raptaram. A notícia de que Hermengarda foi capturada chega aos ouvidos de Pelágio, seu irmão, que decide corajosamente resgatá-la, entretanto o Cavaleiro Negro pede para coordenar a empreitada e salvar a irmã de Pelágio. Pelágio concede. O Cavaleiro Negro salva Hemengarda no momento em que o “amir” está preste a possuí-la. Hemengarda é levada para seu irmão Pelágio. A salvo na gruta, Hemengarda encontra Eurico após ele ter lhe confessado ser o Cavaleiro Negro, declara seu imenso amor por ele. Não obstante, Eurico fala para a amada que eles não podem ter nada, pois o compromisso religioso que ele assumiu o proíbe.

2.2. Foco narrativo

Predomina o foco narrativo em terceira pessoa, com focalização total, pois, os acontecimentos não são vistos a partir do ponto de vista de uma personagem ou a partir do exterior, mas de forma onisciente. O narrador está em todos os lugares, conhece os pensamentos da personagem e o seu contexto histórico. O fato de saber mais que a personagem possibilita a antecipação da narrativa.
Mas, se os que o acatavam como um predestinado soubessem quão negra era a predestinação do poeta, porventura que essa espécie de culto de que o cercavam se converteria em compaixão ou antes em terror. (p.28)
Mal sabia o desgraçado que nesse adeus a sua consciência mentia a si própria! (p 51)
Um amor de mulher mal correspondido a tinha aberto: o amor à pátria, despertado pelos acontecimentos que rapidamente sucediam uns aos outros na Espanha despedaçada pelos bandos civis. (p. 29)
Apresenta ainda marca de narração em primeira pessoa, nos capítulos em que a personagem protagonista, Eurico, faz reflexões sobre sua vida, registra suas percepções e sentimentos ou recorda-se do passado. O narrador sabe mais que a personagem, mas fala apenas o que a personagem conhece.
Terra em que nasci, se o teu dia de morrer é chegado, eu morrerei contigo. (p. 49)
Nessa noite fria e úmida, arrastado por agonia íntima, vagava eu a às horas mortas pelos alcantis escalvados das ribas do mar, e enxergava ao longe o vulto negro das águas balouçando-se no abismo que o senhor lhes deu para perpetua morada. (p.34)
Eu amo o sopro do vento, como o rugido do mar. (p.34)
E eu pude, enfim, chorar. (p. 35)

2.3. Autor

Autor Herculano foi um renomeado escritor português, nasceu em Lisboa em 1810, e faleceu em 1877, além de escritor era jornalista, poeta e historiador. Suas obras abrangem teatro, poesia, romances entre outras. Teve participação intensa nas lutas políticas da sua época, o que o levou a ser exilado na Inglaterra e na França.
Quando voltou a Portugal, em 1832, participou da guerra civil, incorporando-se ao exército de D. Pedro. Tornou-se, no entanto, um liberal conservador (cartista) e lutou sempre contra os democratas (setembristas). A partir de seu tardio casamento em 1866, retirou-se ao silêncio de sua quinta em Val-de- Lobos.
Foi mais importante como prosador que como poeta. Sua obra de ficção reflete sua vocação de historiador medievalista, que ocupou grande parte de sua vida: os três romances e o livro de contos que escreveu ambientam-se todos na Idade Média:
• Eurico, o Presbítero;
• O monge de Cister; ou a época de D. João I;
• O bobo;
• Lendas e Narrativas.


2.4. Obra
É um romance de 19 capítulos e a narrativa é feita em terceira pessoa, narrador onisciente, mas há passagens que são narradas em primeira pessoa na qual o protagonista e personagem redondo (por suas transformações ao longo da narrativa) Eurico, o presbítero, reflete sobre sua história que ocorreu em meados do século VIII na Espanha Visigótica, num ambiente medieval. O tempo da narrativa é cronológico e passa em tempo linear, sendo os acontecimentos marcados por datas.

2.5 Personagens:

a) Protagonistas: Eurico e Hermengarda.
Eurico é uma personagem plana, pois não sofre uma transformação drástica no decorrer da narrativa. Quando se evade no sacerdócio seu caráter e sentimentos não mudam, ou seja, continua a ser o eterno apaixonado por Hermengarda.
Predomina em Eurico o sentimento de melancolia, característico do romantismo, pois é conseqüência da frustração e da impossibilidade de realização do amor. A personagem não muda fisicamente apenas se esconde atrás da estringe e da armadura.
Hermengarda é uma personagem plana, pois também não sofre transformações no decorrer da narrativa e nem surpreende o leitor. Sua atitude em relação ao chefe mouro, quando este tenta desposá-la, é apenas uma reação em defesa da sua honra.
Esta personagem é a própria personificação da mulher do Romantismo, idealizada, pura, casta, ingênua, pálida e recatada. Totalmente submissa, a donzela frágil e indefesa não tem forças para lutar contra seu pai pelo seu amor.
O narrador vê na personagem o motivo que leva Eurico a se consagrar como herói ao salvá-la dos bárbaros e ultrapassar a ponte romana.

b) Antagonista:

Fávila, duque de Cantábria, pai de Hermengarda e Pelágio, é um homem ambicioso, orgulhoso e dominador que não permite a realização do amor dos protagonistas.
c) Personagens secundárias:
Pelágio é filho de Fávila, irmão de Hermengarda e amigo de Eurico. Liderou a resistência goda com persistência quando muitos já estavam desanimados e conquistou admiradores e seguidores fiéis. O apelo nacionalista é presente nas atitudes heróicas e corajosas desse grande líder godo.
Teodomiro: duque de Córduba e amigo de Eurico, continua em combate enquanto os godos fogem.
Roderico: Rei dos godos que morre na luta contra os árabes.
Juliano: Conde de Septum e traidor do povo godo.
Opas: Bispo de Híspalis e traidor do povo godo.
Tárique e Obdulaziz: Líderes árabes
Antanagildo: Guerreiro godo.
Muguite: Amir da cavalaria árabe, guerreiro que matou Eurico.
Cremilda: Abadessa do mosteiro, sacrifica as virgens, pois prefere o martírio a ser violentada pelos árabes.

2.6. Tema social.

Predomina, no ambiente social, o conflito civil e religioso entre os cristãos godos e muçulmanos árabes. Estes caracterizados por valores negativos como a traição, invasão, infidelidade, orgias, violência, contrapõem-se com aqueles, adornados de valores nobres como o patriotismo ao extremo, a busca da liberdade, o heroísmo, a honra, o cavalheirismo.
Perto do fim da obra os árabes vão invadir um mosteiro e as freiras para evitar serem usadas de escravas sexuais se suicidam, se entregam ao sacrifício. Esse fato do livro realmente aconteceu, foram as monjas de Nossa Senhora do Vale, junto de Ecija, e essa fato foi imitado em muitas outras partes. O ato foi considerado heroico, mas no mundo de hoje mulheres ainda sofrem muitos abusos sexuais, e não há algo concreto que possa evitar que isso aconteça, porém as mulheres já não são mais os “sexos frágeis” de antigamente, as mulheres buscam seus direitos e todos os dias lutam contra a imposição machista.








3. Conclusão

Conclui-se que o livro é muito além do que um romance histórico, mostra além da história momentos que levam a várias reflexões, a leitura tem que ser feita com muita calma, voltando em vários parágrafos, para realmente entender os sentimentos dos personagens, pois é muito mais complexa do que parece, como no caso onde o mosteiro das freiras iria ser atacado pelos árabes, e elas para não serem usadas como objeto sexual se suicidam, ou quando
Hemengarda não luta pelo seu verdadeiro amor para não desobedecer o pai se mostrando como uma mulher frágil mas que luta pela sua vida quando sequestrada pelos árabes, transformando a falsa imagem de sexo frágil e donzela em perigo.
Característico da primeira fase do romantismo, o livro é um romance histórico, com traços de nacionalismo e valorização do homem medieval, tido como herói, Eurico. No livro estão presentes características marcantes do romance Romântico, como a idealização do herói, a valorização dos sentimentos e o amor que não pode se realizar. Ao ir para a guerra com o intuito de morrer Eurico honra sua pátria, sua religião e sua amada.
Indubitavelmente “Eurico, o Presbítero” é uma obra magnífica, um clássico encharcado de ideologia, religiosidade e amor pela Pátria, os clássicos devem e merecem ser lidos!

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sever73 14/04/2016

Eurico
Li este livro há uns vinte anos atrás. Até hoje à imagem de Eurico, o padre que usava a espada para proteger seu rebanho não me sai da memória. Está na minha lista de releitura.
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z..... 07/12/2015

Fazia tempo que ensaiava a leitura, mas desistia com o texto desestimulante em meu contato inicial. Cansativo por conta de um formalismo gritante. Opinião pessoal.
O romance tem valorização nacionalista e, por conta disso, tive uma sensação de incoerência e vazão ideológica.
Não se supõem com a imagem bárbara atribuída aos muçulmanos? Representativa também de como foram os cavaleiros cristãos cruzados. Ou que o épico heroico português de vitórias sobre os sarracenos, ou mouros, tenha sido publicado poucas décadas depois dos lusos terem sido ferrenhamente expulsos de terras africanas por esse mesmo povo. E onde estava o fervor nacionalista quando os cidadãos da Mazagão africana (atual El Jadida) foram abandonados à própria sorte? Como disse, são impressões, que podem não ter valor, mas que vieram em lembrança no contexto histórico de algumas décadas antes da obra ser publicada.
Voltando ao livro, um clássico romance de cavalaria. Vemos um amor nascido singelamente entre dois jovens, que recebe a aguda interferência de interesses sociais e acaba combatido no apego religioso e fervor da guerra patriota. Fatores determinantes no desenrolar e escolhas finais.
Em alguns aspectos, lembrou-me também "O Seminarista", de Bernardo Guimarães. Talvez no sentido de oposição entre fé e amor, ou contrastes de interesses sociais e ideológicos.
Outro aspecto, de conotação boba na minha leitura, realmente me chamou a atenção, foram os atípicos nomes das personagens - logicamente estou vendo fora de seu contexto, mas convenhamos, um mais estranhão que o outro.
Chato no início sim, mas com muitas nuances para se descobrir ou conjecturar, meu principal motivador. Por essas e outras a leitura foi se tornando interessante, tipo, vamos ver no que vai dar...
Prof. Edivaldo 08/12/2015minha estante
Olá, Rogério, legal suas impressões sobre a obra. Também tentei ler esse romance, mas ficou só no ensaio mesmo. Naufraguei nas primeiras páginas. Quem sabe ano que vem...


z..... 09/12/2015minha estante
Olá, professor! O texto é sutil na exposição de algumas ações e acabei perdendo o fio da meada. Precisei recorrer a uma resenha no meio da leitura, algo que não é de prática e desagradável, mas foi importante para reorganizar e entender os pontos, fluindo então a narrativa a partir daí com a clareza que não estava tendo. É o tipo de livro que pós leitura recorro a uma adaptação para fixar melhor as ideias, queria muito ver em quadrinhos, mas desconheço ou não tive oportunidade. Gosto da literatura antiga e essa obra é um grande clássico de Portugal. Tem a questão da linguagem ultrapassada, mas a história em si é significativa e poeticamente instigante.




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Mah 20/07/2019minha estante
Ela morre? Pq o autor não deixou explícito. Pensei que ela tinha enlouquecido.




Aleksander 14/07/2014

Vale a pena superar os primeiros capítulos!
Por três vezes tentei ler este livro. Agora consegui. A principal dificuldade é com certeza a linguagem. Períodos longos e palavras estranhas, da geografia, armas, funções militares e de governo, principalmente.

Em Eurico, o Presbítero, temos a história de um sacerdote ao mesmo tempo cavaleiro, desventurado em matéria de amor. Dessa desventura lhe veio a entrega à vida eclesiástica. No entanto, a lembrança da amada ainda o corrói, de modo que passa seus dias numa disposição de ânimo sombria.

Os primeiros capítulos tratam justamente de apresentar breve história de Eurico e dos godos, nação cristã, à qual pertence. E em seguida trata da invasão árabe nos territórios da Espanha e as batalhas entre estes e os godos, onde Eurico surge como o Cavaleiro Negro, que se torna lendário entre godos e árabes.

O autor prefere não classificar sua obra como um romance-histórico (apesar de ser). Ele diz: "[...] sendo hoje dificultoso separar, em relação àquelas épocas, o histórico do fabuloso, aproveitei de um e de outro o que me pareceu mais apropriado ao meu fim."

Herculano se aproveita de elementos históricos e adiciona nela seu romance ultraromântico, muito ao estilo da época, rico de informações interessantes da cultura dos godos. Alguns personagens são de fato históricos mas não necessariamente viveram na mesma época.
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Stéfanny 18/09/2012

As grandes literaturas Brasileiras :)
Este livro é uma grande literatura, eu não sou boa em ler literatura, então parei logo no começo. Mas tenho vontade de recomeçar e terminar.
Klô. 10/08/2013minha estante
Alexandre Herculano era Português =)




Chris 15/08/2012

Ficha Literária
1- Indicação Bibliográfica:

a) Título da obra: Eurico, o Presbítero

b) Nome do autor: Alexandre Herculano

c) Biografia do autor: Alexandre Herculano foi um renomeado escritor português, nasceu em Lisboa em 1810, e faleceu em 1877, além de escritor era jornalista, poeta e historiador. Suas obras abrangem teatro, poesia, romances entre outras. Teve participação intensa nas lutas políticas da sua época, o que o levou a ser exilado na Inglaterra e na França.
Quando voltou a Portugal, em 1832, participou da guerra civil, incorporando-se ao exército de D. Pedro. Tornou-se, no entanto, um liberal conservador (cartista) e lutou sempre contra os democratas (setembristas). A partir de seu tardio casamento em 1866, retirou-se ao silêncio de sua quinta em Val-de- Lobos.
Foi mais importante como prosador que como poeta. Sua obra de ficção reflete sua vocação de historiador medievalista, que ocupou grande parte de sua vida: os três romances e o livro de contos que escreveu ambientam-se todos na Idade Média:
• Eurico, o Presbítero;
• O monge de Cister; ou a época de D. João I;
• O bobo;
• Lendas e Narrativas.

d) Composição da obra: Narrativa em prosa.

e) Editora e data de publicação: Martin Claret, 2007


2) Estudo da obra:

Um breve Resumo

O enredo consiste em uma historia infeliz entre Hermengarda e Eurico. Após um combate contra os “montanheses rebeldes e contra os franceses seus aliados” Eurico resolve pedir a mão de Hermengarda a seu pai, o Duque de Fávila. Porém, pela origem humilde de Eurico, o pai proíbe a união. Pensando ser desprezado também pela sua amada Hermengarda, Eurico se torna o Presbítero de carteia.
Para não pensar na amada, dedica-se a escrever hinos e poemas de cunho religioso inspirados nos campos e na natureza, como toda obra romântica que se preze, mas a sua rotina muda quando ele descobre que os árabes invadiram a Península Ibérica, ele decide defender a Península e combater os árabes.
Depois da invasão, o pacato presbítero transforma-se em um poderoso cavaleiro negro que luta em prol de terras Espanholas ganhando a admiração dos godos e sendo respeitado por toda a Espanha.
A luta teve algumas reviravoltas, mas a parte que cabe destacar é quando Roderico morre no campo de batalha e Teodomiro passa a liderar o povo. E nesta época, os árabes atacam o mosteiro e raptam a virgem Hermengarda, nesta parte da narrativa a personagem apresenta seu caráter de personagem redonda, pois de frágil e indefesa ela passa a lutar com fervor para impedir que o chefe dos mouros a tivesse como esposa.
O cavaleiro negro e outros guerreiros salvam a donzela das garras de Amir, que estava prestes a possuí-la. Ela isola-se na montanha das Astúrias, onde também está seu irmão Pelágio, já que esta montanha era o único refugio para a independência goda.
Em segurança, na gruda, Hermengarda depara-se com Eurico e finalmente declara seu amor. Mas Eurico sabe que devido as suas convicções religiosas este amor nunca será concretizado e ele a revela que o cavaleiro negro e o presbítero de carteia são a mesma pessoa (um personagem que reúne as características da nacionalidade, do amor e de religioso). Ao saber disso, no clímax da narrativa, Hermengarda desespera-se e Eurico parte para a batalha suicida contra os árabes. Eurico morre propositalmente e Hermengarda desespera-se e enlouquece.

3) Foco narrativo: A narrativa é feita em terceira pessoa, narrador observador.

4) Espaço: A história se passa na Espanha visigótica do século VIII.

5) Ambiente nível social – atmosfera: o autor situa a obra no ambiente medieval.

6) Tempo: O tempo da narrativa é cronológico e linear, sendo os acontecimentos marcados por datas.

7) Clímax: Eurico revela que ele é ao mesmo tempo o cavaleiro negro e o presbítero de carteia para Hermengarda. Ao saber disso, Hermengarda desespera-se e Eurico parte para a batalha suicida contra os árabes.

8) Comentário:

Particularmente gostei muito de “Eurico, o Presbítero”, principalmente das cenas onde dava a impressão de movimentação, como o rapto de Hermengarda e a fuga. Este livro pode ser indicado para pessoas que gostem de um misto entre epopéia e tragédia romântica. O livro proporciona um envolvimento do leitor e forma peculiar. Quanto ao desfecho, este é típico de livros épicos, onde o personagem morre no final, como se fosse um mártir.

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