A Imaginação Educada

A Imaginação Educada Northrop Frye




Resenhas - A Imaginação Educada


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Diego 01/02/2022

Ótimo livro
O livro onde a poesia encontra a filosofia para explicar a literatura!
Ótimo livro: leitura rápida, profundidade adequada ao tamanho, nem tão profundo, nem tão raso.
Fala sobre a necessidade de exercitarmos e educarmos nossa imaginação desde a tenra idade, através da leitura.
Imprescindível nestes dias de tantas distrações fáceis, rápidas e rasas na internet.
Devo reler em breve!
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Caroline Gurgel 17/03/2022

Os dois últimos capítulos valem o livro
A Imaginação Educada nos traz uma série de seis palestras proferidas em 1962 pelo crítico literário canadense Northrop Frye. Frye se dispõe a responder como podemos - e devemos - educar a nossa imaginação.

“Um sujeito que não sabe nada de literatura pode ser um ignorante, mas muita gente não se importa de ser ignorante.”

O crítico fala sobre a educação literária da criança, o papel dos mitos clássicos e da Bíblia como literatura na sua formação. Diz-nos que ouvir histórias é treinamento básico para a imaginação.

“Hoje em dia estamos numa corrida de lebre e tartaruga entre a cultura de massa e a educação: para não desmoronar sob o peso da cultura de massa, temos de tentar educar uma minoria que lhe ofereça resistência. A fábula conta que a tartaruga vence no fim, o que é consolador, mas a lebre mostra grande velocidade e poucos sinais de cansaço.”

Tomando a imaginação como base na nossa vida social, Frye nos fala sobre o mundo em que vivemos e o mundo em que queremos viver, quando e por que eles coincidem, e quando tornam-se dois mundos distintos. Explica-nos qual o papel da literatura e da imaginação nisto.

“A educação é um processo que afeta a pessoa inteira, e não uns pedacinhos dela. Não é só um treinamento mental: é também um desenvolvimento social e moral.”

Muito bom! Vale a leitura.


site: @historiasdepapel_
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Roger 14/03/2022

Poderosas ideias sobre a imaginação...
O autor mostra de forma muito clara e organizada a importância da nossa imaginação, de onde viemos é até onde ela nos trouxe. O livro trás reflexões profundas sobre o tema. Certamente um grande livro.
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Dalmo 12/08/2022

Literatura, Imaginação e Liberdade
Não nos damos conta muitas vezes da importância da literatura e do uso da linguagem na imaginação e no processo de aprendizado. É muito comum pensarmos no estudo da literatura como algo erudito e focado apenas na leitura de clássicos ou no uso rebuscado das palavras. Muitos foram erroneamente levados a pensar e agir dessa maneira, empobrecendo o debate e a própria linguagem em si.

Neste brilhante livro, Northrop Frye, um dos mais aclamados e influentes teóricos da literatura do século XX, resgata e reforça o valor da literatura para o fortalecimento do nosso poder imaginativo e também como instrumento de liberdade, tolerância e compreensão do mundo a nossa volta.

Cultivar a imaginação através do uso da linguagem é mais do que um exercício de autoexpressão, é o desenvolvimento da nossa capacidade de produzir uma visão da sociedade que queremos viver em detrimento daquela que temos que viver. Ninguém é capaz de manifestar liberdade de expressão a menos que saiba usar a linguagem, e este conhecimento não é uma dádiva: precisa ser aprendido e trabalhado.



site: https://www.redumbrella.com.br/noticia/a-imaginacao-educada-northrop-frye
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@apilhadathay 12/01/2021

Supriu minhas expectativas
O primeiro do ano é um técnico, do canadense Northrop Frye, aclamado teórico literário, teólogo e licenciado em Inglês e Filosofia pela Universidade de Toronto, onde lecionou até sua morte, em 1991. Neste curto livro, que traz os textos de 6 palestras encomendadas pela Canadian Broadcasting Corporation, ele adota uma linguagem mais jovial e dinâmica para debater sobre o que é literatura; se adianta ensiná-la e como podemos fazê-lo; a partir de que idade; usando quais livros entre várias outras questões. Ademais, ele discute quais são os valores sociais, políticos e religiosos do estudo de literatura, qual lugar a imaginação ocupa, no processo de aprendizagem e se é possível educar a imaginação. Os textos foram reunidos em uma edição de 1962. São eles: 1. O motivo da metáfora; 2. A escola de canto; 3. Gigantes no tempo; 4. As chaves para a terra dos sonhos; 5. Verticais de Adão; e 6. A vocação da eloquência.

Ele escreve de forma muito sistematizada, como um verdadeiro Educador, apresenta exemplos, fala da importância que Língua e Literatura têm uma para outra, dos 3 níveis da mente que ponderam os mundos da imaginação e da ação; também do que é considerado o modelo clássico na literatura e qual a pertinência dela para o mundo contemporâneo. A forma didática como Frye organiza e expõe seus pensamentos é inspiradora. Ele fala das histórias policiais que seguem um mesmo padrão e me remeteu a Tomachevski, em "Temática', quando ele fala dessa confluência de características que nos fazem esperar um determinado desfecho de uma história. Ele debate sobre quanto de novo existe na literatura de seu tempo, e traz um excerto forte e fantástico: "A história da perda e reconquista da identidade é, a meu ver, o arcabouço de toda a literatura" (p. 48)"

Ainda menciona que tudo na vida apresenta convenções e o mesmo ocorre na literatura. E essas convenções existem precisamente com o propósito de diferenciar a vida real da literária tanto quanto possível, de mostrar como a literatura distorce a realidade da vida comum. Entre várias outras questões relevantes, aplaudo que ele tenha abordado tanta coisa e de forma tão clara para todos os públicos. Apenas senti falta de um menor número de objetos, que permitisse uma maior profundidade dos debates de cada um deles. Não obstante, recomendado, a quem é das Letras e também a quem se interessa por teoria da literatura.

site: www.instagram.com/apilhadathay
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sabren 29/08/2023

Ao longo dessas palestras, frye, vai construindo o pensamento de que os mitos estão em tudo, eles ultrapassam a literatura e chegam até o social, os mitos se repetem constantemente, só mudam de roupagem. junto a isso temos a imaginação e o imaginário que acompanham o homem em sua jornada, e tudo isso nos chega pelas ciências, artes, literatura, filosofia, que são formadas por palavras. o elemento principal é sempre a palavra.
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Wags 31/01/2021

A liberdade é produto de exercício
Em tempo de Felipes Netos e questionamentos sobre o poder da literatura, as palavras de Frye confortam a um nível necessário. Só a sisudez de um mestre pode mostrar o quão não estamos perdidos na persistência de educar o fazer literário em todos os tempos. Obviamente precisamos de uma revisão desse ensino, mas o que na vida não precisa passar por um exercício revisionista? Neste sentido, Frye mostra o valor itinerante que a literatura sempre teve e como ele pode ser mantido. Imaginar é preciso. Imaginar é a chave. Na imaginação, construímos nossas utopias, nossos lugares confortáveis, e a literatura sendo formada desse processo de imaginar também torna-se utópica, tendo poder para não mudar apenas a linguagem, mas as formas de se viver em sociedade, tal como Bloch professou.
Se essa utopia está em perigo, está no papel do professor de literatura primeiramente protegê-la, ensinar aos alunos a importância daqueles que tiveram a possibilidade e a capacidade de imaginar situações e histórias que salvaram o mundo de uma infelicidade tenebrosa e sombria. Só assim, talvez as pessoas não precisem questionar o por quê da literatura, mas sim respondê-lo.
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Nilza Russo 19/04/2017

Para ler e reler
O livro é a reunião de seis palestras encadeadas, em linguagem acessível, muito didática. Mesmo quem não tem interesse em se aprofundar em teoria literária vai considerar as palestras úteis para a vida.
Joao.Pedro 01/05/2017minha estante
Agora eu entendo o apud do Olavo de Carvalho sobre a frase da Susan K. Langer, que diz que o símbolo é a matriz de todas as intelecções. A literatura transforma a natureza e a experiência cotidiana em símbolos, transpõe as nossas impressões imediatas para o nível das impressões poéticas, e daí temos um contato mais íntimo com a realidade, uma realidade então mais dignamente identificada com a alma humana. Northrop Frye é categórico quando diz que somos capazes de crer em qualquer coisa se crêssemos primeiro naquilo que constatamos na nossa literatura.

A literatura é propriamente produto da imaginação humana, e os seus gêneros literários constituem a estrutura formal da nossa função imaginativa. Somos capazes de enxergar a realidade humana e a natureza de diferentes perspectivas e transporta-las para a nossa Alma. Algo que me recorda algumas metáforas do Hermann Hesse em suas passagens que falam sobre a teoria das mil almas, e a capacidade da personalidade humana de dilatar-se e absorver inúmeras possibilidades de vida em seu íntimo.


Jean 12/04/2018minha estante
Comentário ao comentário de João Pedro:

João Pedro, a frase que escrevestes "Northrop Frye é categórico quando diz que somos capazes de crer em qualquer coisa se crêssemos primeiro naquilo que constatamos na nossa literatura" lembra-me logo da frase do Hugo von Hofmannsthal: "Nada está na política de um país que não esteja primeiro na sua literatura.", o fundamento é o mesmo.




Vinícius 19/03/2022

Um Crítico de Literatura
O canadense Northop Frye foi um dos grandes críticos da literatura ocidental. Neste livro algumas de suas palestras foram transcritas para o público onde o autor analisa o impacto da literatura na auto- educação e a importância do conhecimento e leitura de grandes obras para o desenvolvimento intelectual, livros como O Paraíso Perdido de John Milton, Shakespeare, Santos Católicos, Blake, Chesterton, T.S. Eliot, Marcel Proust, Dante e muitos outros são referência em seus estudos. O papel do domínio da língua pátria com suas principais obras é um pilar fundamental no domínio de outras áreas do conhecimento. "Onde quer que o analfabetismo seja um problema, é um problema tão grave quanto a falta de alimento ou a falta de abrigo. A língua nativa tem precedência sobre quaisquer outros objetos de estudo, nada se compara a ela em utilidade." Outros livros do autor: O Grande Código e Anatomia da Crítica sendo esta última sua principal obra.
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Deda 23/03/2022

O poder da imaginação
Ele descreve a realidade da vida em contraponto com a literatura, a importância que a literatura tem para desenvolver a imaginação. A imaginação como forma de resolver problemas, de falar com propriedade de enxergar uma sociedade ideal em contraste com uma sociedade da forma como ela é. Esse livro incentiva a imaginar mais, a cair menos nas propagandas enganosas políticas e publicitárias que mexem com o imaginário popular. A transmissão de imaginação que um autor passa a você quando você pega num livro.
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Valeria.Pinheiro 18/10/2022

?Ninguém é capaz de manifestar liberdade de expressão a menos que saiba usar a linguagem, e este conhecimento não é uma dádiva: precisa ser aprendido e trabalhado.? Após a leitura deste livro e de 1984 fica evidente a necessidade de educar sua imaginação e linguagem para a real obtenção de liberdade.
Mais um livro incrível pra conta!
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Alan Martins 17/06/2018

Poderia a literatura existir sem a imaginação?
Título: A imaginação educada
Autor: Northrop Frye
Editora: Vide Editorial
Ano: 2017
Páginas: 136
Tradução: Adriel Teixeira; Bruno Geraidine; Cristiano Gomes

“Liberdade nada tem a ver com falta de exercício: ela é produto de exercício. Não se é livre para ir e vir a menos que se tenha aprendido a andar, e não se é livre para tocar piano a menos que se pratique.” (FRYE, Northrop. A imaginação educada. Vide Editorial, 2017, p. 128)

Estudar um idioma sem estudar, em conjunto, a literatura criada a partir do mesmo, é um ato incompleto. E falar em literatura sem falar em imaginação, é algo praticamente impossível. É o que Northrop Frye defende neste livro: a literatura é fruto de uma imaginação educada.

MUITO MAIS QUE UM CRÍTICO
Nascido em 1912, o teórico da literatura e crítico literário canadense Northrop Frye é um dos nomes mais influentes do século XX para a teoria literária.

O Canadá não é um dos mais importantes centros mundiais da literatura. Com suas ideias inovadoras sobre a crítica literária como ciência, uma teoria da imaginação e todo seu vasto estudo, Frye fez o mundo se voltar à literatura canadense — tanto que, em 2013, a canadense Alice Munro foi laureada com o Nobel de Literatura.

Entre suas influências (e objetos de estudo) estão autores clássicos como William Blake, Shakespeare, John Milton e a Bíblia. O crítico literário estadunidense Harold Bloom cita Frye como o teórico que mais o influenciou.

“Como eu disse antes, na literatura nada há de novo que não seja o velho remoldado.” p. 61

PALESTRAS
A rádio canadense CBC há muito tempo transmite palestras sobre assuntos de interesse geral, como cultura, arte, geopolítica, ciência e história. ‘A imaginação educada’ é a transcrição de seis palestras, com duração de trinta minutos cada, que Northrop Frye concedeu à rádio em 1962.

Dividido em seis capítulos (ou palestras), o livro aborda dois temas de grande interesse de seu autor: literatura e imaginação. Com uma linguagem simples e acessível, afinal o programa da CBC é transmitido para todo o país, Frye expõe muito bem sua teoria de que é preciso educar a imaginação para compreender a literatura, para se tornar um leitor crítico.

Essas seis palestras foram elaboradas para formar uma ideia fechada, do início ao fim, não são ideias separadas, ou cada palestra sobre um assunto diferente. Frye vai fazendo o leitor pensar consigo, apresentando seus argumentos de forma clara e precisa. Uma leitura rápida, fácil e muito enriquecedora.

“Hoje acho que as perguntas mais simples são não apenas as mais difíceis de responder, mas as mais importantes a fazer […]” p. 11

MITO E METÁFORA
As ideias que o autor expõe são muito interessantes, principalmente para quem ama literatura. Ele elabora três níveis diferentes da linguagem: a comum, do dia a dia, falada quase que de maneira automática; a linguagem mais elaborada, pensada, a científica; e a linguagem da literatura, da imaginação, composta por metáforas.

É com muita ênfase que Frye fala das metáforas, que, para ele, derivam dos mitos, trazendo a mesma essência clássica, porém em formas distintas, atualizadas. Segundo o autor, a poesia só existe por causa da metáfora e é composta por palavras que se encaixam, diferente da prosa, que, em romances, buscam um sentido para os diversos conflitos da humanidade.

Frye também aponta uma diferença entre a ciência e a literatura. Apesar de existir semelhanças entre ambas, a literatura é um processo que deriva da imaginação, não do mundo real, concreto. A ciência, mesmo fazendo bom uso da imaginação do cientista, fala sobre o que existe, não sobre um mundo imaginário, um mundo que gostaríamos que existisse.

Esse é apenas um resumo das ideias que o livro apresenta, será bem mais interessante lê-lo por completo. Garanto que será uma experiência muito gratificante.

“A meu ver, não se deveria apressar juízos de valor em literatura. Pouco vai ajudar o estudante dizer-lhe que A é melhor do que B, e menos ainda se no momento ele prefere B.” p. 100

SOBRE A EDIÇÃO
Edição simples. Brochura, capa com orelhas, miolo em papel Chambril Avena (off-white), ótima diagramação, que facilita muito a leitura.

Bom trabalho de tradução. Creio que foi necessário mais de um tradutor por conta dos diversos poemas que o autor utiliza para explicar suas ideias.

Num primeiro momento, o leitor pode estranhar o fato de a ortografia do livro não seguir as regras do Acordo Ortográfico firmado em 1990. Essa é uma decisão da editora, nenhum de seus livros segue essas regras, por algum motivo que eu não sei. Então não ache tão estranho (ou ache) assim encontrar palavras acentuadas à moda antiga, ou utilizando trema.

“Em outras palavras, a literatura não só nos conduz à reconquista da identidade, mas também separa este estado do seu oposto: o mundo de que não gostamos e de que nos queremos afastar.” p. 48

CONCLUSÃO
De forma muito simples e precisa, Northrop Frye expõe suas ideias sobre literatura, imaginação e linguagem. O livro é composto por seis capítulos (que foram seis palestras concedidas pelo autor à rádio canadense CBC). Para Frye, a linguagem da literatura é a única que se diferencia das demais (da científica e a do senso comum), pois a literatura trabalha com a imaginação, criando um mundo que, apesar de representar problemas reais, não existe, um mundo ideal que só existe na imaginação de seu criador (e, posteriormente, na imaginação dos leitores). O autor também aponta a importância dos mitos para a literatura e para as metáforas, que dão vida à linguagem poética. Falar de literatura, sem falar sobre imaginação, é impossível. Então, como ensinar literatura sem educar a imaginação? Encontre essa e outras respostas nesse livro, que, apesar de pequeno, é riquíssimo, uma leitura necessária para todos aqueles que amam a literatura.

“Quanto maior a nossa exposição a crueldades pela ótica da literatura, menor a nossa chance de encontrar nelas um prazer secreto.” p. 88

Minha nota (de 0 a 5): 4,5

Alan Martins

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Henry 12/09/2021

Melhor que Paulo Freire
Embora seja um livro pequeno, contém, grandes ideias! Segundo vez que leio e me encanto, até parece que encontrei um velho grande amigo.
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Sincero 26/11/2021

Vivemos dentro de nós um profundo conflito entre o real e o ideal. São dois mundos diferentes que se contrastam. E isso nos permite crescer e caminhar naquela incessante busca pela verdade. A literatura faz as vezes de mestra do imaginário, permitindo a formação daquela sociedade onde queremos viver por meio de um sadio desenvolvimento social e moral. As imagens literárias nos ajudam a navegar melhor no mundo das palavras, construindo melhor uma civilização cultural de pessoas responsáveis pela vida humana no tempo e na história. A literatura tem a força de comunicar ao ser humano os seus dons mais profundos, de decifrar os seus enigmas mais ocultos, aproximando-o de si mesmo, tornando-o mais sensível diante da realidade.
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