É agora como nunca

É agora como nunca (Org.) Adriana Calcanhotto




Resenhas - É Agora Como Nunca


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Eduardo 01/07/2020

Despretensioso e descompromissado
O colorido da capa parece combinar com o modo como a organizadora encara sua antologia no prefácio: é um livro de férias de verão. São poemas, na sua grande maioria, despretensiosos, não possuem linguagem hermética, boa parte das temáticas tratam de um cotidiano descompromissado. Contribui para isso muita influência da Geração Mimeógrafo, com linguagem e forma que causam a impressão de espontaneidade. Ao menos é onde acredito que estão os pontos altos da antologia. Alguns poetas que tentam poemas mais ambiciosos acabam soando artificiais e pretensiosos. Um acerto aparente da antologia é que ela consegue agradar a gostos diversos; as resenhas dela discordam sobre quais seriam os bons e os maus poemas.

Quanto aos meus favoritos: "Poemas reunidos", "salto ornamental", "rabo de baleia", "infeliz em santa catarina", "Língua de Aruanda", "Especulação imobiliária", "Completamente enganada", "ztaratztarasztaratz...", "Freudiana" e "Visconde de Pirajá, 188".

É uma antologia que acerta ao trazer uma poesia mediana, no sentido de nem tão óbvia mas também nem tão hermética. Nos pontos mais baixos, os poemas parecem medianos também na qualidade, mas isso vai variar de acordo com o gosto do leitor. Acerta sobretudo pela capacidade que uma editora grande como a Companhia das Letras tem para reunir poetas mais e menos conhecidos da crítica em um único volume, movimentando as publicações de poesia do país e fazendo o importante trabalho de promoção da poesia contemporânea. Como afirma Igor Gomes no Suplemento Pernambuco, é uma antologia que ganha bastante valor por seu contexto de pouca valorização das publicações de poesia contemporânea no Brasil.

Por outro lado, a antologia talvez erre em algumas escolhas pontuais e, com certeza, na ausência de poetas de alta qualidade não considerados "novíssimos" mas que publicam ainda hoje.

Por fim, é um livro que apresenta cuidado nas pequenas biografias dos autores, na indicação das publicações anteriores dos poemas contidos na antologia e no índice de títulos e primeiros versos.
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memel 26/12/2022

adriana eu te amo
adorei a seleção dos poemas. o que eu mais gostei foi rabo de baleia. adriana é uma geniazinha simplesmente perfeita.
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Leila 20/04/2022

Conhecendo novos poetas
Uma seleção de poesias feito por Adriana Calcanhotto de poetas contemporâneos... Bom para conhecer novos poetas e mergulhar na poesia...
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avdantas 08/03/2017

"É agora como nunca"
Acredito que a primeira coisa a discutir nesta resenha é porquê chamar Adriana Calcanhotto para organizar uma antologia de poesia. A resposta, na verdade, é bem fácil. Acredito que poucas pessoas no Brasil tiveram tanto contato com a poesia, seja escrevendo, lendo, cantando ou ouvindo da boca dos próprios poetas, dos quais ela esteve tão próxima, quanto Adriana. Seu conhecimento de poesia é tão respeitado que recentemente ela foi convidada para ministrar um curso numa universidade em Portugal. Adriana não só conhece a poesia, como tem o conhecimento suficiente para falar sobre ela.

Tendo discutido isso, passamos para o próximo ponto: como criar uma antologia de algo que está acontecendo? Adriana sabe disso e deixa claro no início do livro que enquanto ele está sendo organizado, impresso e lido, vários outros poetas estão surgindo, talvez muitos deles merecedores de estar naquela antologia, mas ainda restrito aos meios marginais da nossa atualidade, como os blogs e os fanzines. Justamente por isso a antologia é chamada de incompleta, pois o contemporâneo é quase impossível de se ver em seu próprio momento. Isso nos leva ao próximo ponto: variedade.

Como uma antologia que tem por intenção mostrar o panorama da produção poética atual, fiquei um pouco decepcionado por serem contemplados apenas poetas já publicados em livros, independentemente da editora. A poesia contemporânea vive na Internet. É lá que ela encontra a abertura para se jogar no mundo. Apesar disso, entendo o quão difícil seria a tarefa de incluir na antologia poetas que publicam na Internet, seja lá qual o suporte. Uma falta perdoável.

Vamos falar então agora das próprias poesias. A nossa produção atual é muito vasta e não compõe um grupo de características específicas possíveis de definir. A antologia é composta tanto por poemas que rompem uma certa expectativa do que seria um poema, quanto por outros que suprem essa necessidade de um leitor mais acostumado com a poesia anterior às vanguardas.

Mas algo perceptível é a busca por um olhar que abarque nosso tempo, nossa vida, nossos amores, nossas obrigações, nossa sociedade. A maioria, se não forem todos, os poemas buscam uma determinada identificação com o presente, que, como já falei lá em cima, é muito difícil de construir. O tempo só é entendido por completo quando se torna passado. Mas, talvez por se tratar de poesia e arte, os poemas da antologia conseguem de alguma forma pelo menos criar as imagens do nosso momento, nos fazendo reconhecer neles uma espécie de similaridade com a poesia que existe fora dos textos, no mundo, na parada de ônibus, no supermercado, nas filas de banco, no tédio do amor nos tempos da classificação digital.

No fim, a antologia cumpre bem seu papel, graças ao olhar apurado de Adriana e a seriedade nas edições da Companhia das Letras, mas, como já dito, peca em dar visibilidade apenas àqueles poetas já publicados, muitos saídos dos blogs e de outros lugares da Internet.

Espero muito que a antologia seja atualizada com o passar dos tempos para incluir os novos poetas que surgem todos os dias. Espero que ela não pare apenas nessa edição, que seja um livro possível de se refazer, para manter acesa a felicidade de perceber que a poesia não morreu, apenas mudou de endereço.

site: http://cheirodesombra.blogspot.com.br/
Jefferson Reis 30/11/2019minha estante
Há coisas desgraçadamente lindas nesse livro. Realmente, merece uma infinda continuidade.




Rafael.Montoito 07/05/2020

Para alegrar o dia
Não sou acostumado a ler poesias (acho que esta é a falha mais grave do meu caráter); conheço o nome dos poetas importantes e já li uma ou outra poesia em sites ou nos livros escolares, mas estou longe de ser conhecedor do assunto. E isso é grave pois, para a literatura, talvez a poesia seja a mais sublime das formas, pois condensa em pequenos espaços grandes emoções. (Penso o que houve com a escola que não me ensinou a ler e a apreciar poesia...).
.
Contudo, de vez em quando, me aventuro pelas rimas, ou pela falta delas, como fiz com esta antologia organizada pela Adriana Calcanhoto. A falta de proximidade com o gênero me fez olhar alguns poemas com estranheza, até mesmo com indiferença, mas descobri alguns outros que me tocaram profundamente. Como a antologia é de poesia contemporânea, fica aquele sabor gostoso de esperança, de galhardia, de que o cotidiano não está perdido (embora amalucado) e que ainda pode virar poesia.
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Kenne | @_mkenne 25/01/2023

Antologia incompleta
Realmente. Aqui nesse marco temos uma breve nuance do que está sendo (ainda) produzido em poesia no Brasil HOJE
Mas dentre diferentes estilos e formas e linguagens há muito de identidade
Poetas Fantásticos a suas maneiras
Simplesmente
Encantador
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Rebeca_Moledo 18/04/2023

Poesia que nasce no outro. poesia que nasce em mim. a poesia se faz na solidão. a poesia se faz no coletivo. poesia é ser.
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JúliaFer 11/07/2023

Me traz tantas memórias? como uma louca abraçada a um ramalhete de rosas que ela pensou ser um paraquedas
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Tali 29/06/2020

Esperava mais
Não desisti, pois não sou dessas. Mas, talvez me falte maior contato com livros de poesia. No final, leia e veja o que sente.
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peri 22/08/2021

Excelente livro para conhecer um pouco mais do que está sendo produzido contemporaneamente na poesia de nosso país...

Com organização da lendária Adriana Calcanhotto, essa edição não busca dar análises e explicações para o atual momento da poesia brasileira. Os poemas que compõem o livro são bastante diversos em estrutura e tema, servindo apenas como um geralzão da produção atual.

A curadoria é impecável! São poucos os poemas que não me agradaram durante a leitura...

"Sempre gostei dos livros
chamados poemas reunidos
pela ideia de festa ou de quermesse
como se os poemas se encontrassem
como parentes distante [...]"

Poemas reunidos - Ana Martins Marques (p. 15)
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Lethycia Dias 28/12/2022

Seleção despretensiosa
Gosto do subtítulo "Antologia incompleta" porque tanto a seleção quanto os poemas que fazem parte dela são despretensiosos. Não se pretendem ser os melhores e nem os representantes definitivos de uma época, mas representam um olhar da produção atual.
Gostei de ter encontrado aqui alguns autores que eu já tinha vontade de ler, como Angélica Freitas e Ana Martins Marques, que já são duas autoras bem estabelecidas no cenário contemporâneo.
Foi uma leitura rápida e fácil, de forma geral. Como acontece em toda antologia, gostei mais de alguns poemas e menos de outros.

site: https://amzn.to/3WwLNf9
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Lu 25/01/2023

Muito bom
Poesia contemporânea, diversificada e de qualidade. Reúne diferentes autores brasileiros e nem tão conhecidos
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