Nossas Horas Felizes

Nossas Horas Felizes Gong Ji-Young




Resenhas - Nossas Horas Felizes


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Erica 09/12/2019

Ótimo livro para debater a pena de morte e com uma carga dramática pesada!
Esse livro tem tanta coisa a ser debatida que eu não sei nem por onde começar, pois os temas são bem polêmicos, daqueles de fazer você parar e refletir bastante sobre sistema carcerário, religião, desigualdade social, violência doméstica, famílias disfuncionais, depressão e os vários problemas do cotidiano que formam cidadãos do “mal” ou seja, é aquela famosa frase “O Homem é bom mas a sociedade o corrompe”. Pra você sentir o drama eu te faço a seguinte pergunta: Você é contra ou a favor da pena de morte? Sim, depende ou não? O livro também traz essa reflexão.

A trama se passa na Coreia e vai se resumir na história de uma mulher que carrega um grande trauma do passado e um homem condenado à morte por cometer um terrível crime, ambos tem suas vidas entrelaçadas por intermédio da tia de Yujeong, que meio que força a sobrinha a acompanha-la em visitas a Yunsu na cadeia como uma forma dela fazer algo de útil na vida, uma vez que a tia é freira e realiza trabalhos voluntários em prisões e a sobrinha tem instintos suicidas, daí visita vai, visita vem e eis que surge uma forte amizade improvável que obviamente vai ter um final bem triste e arrasador, é só analisar o contexto, é inevitável você não sentir um cisco no olho.

Esse é aquele tipo de leitura que rola um monte de desgraceira injusta, o que acaba dando aquela sensação de excesso de dramatização, inclusive os breves resumos de Yunsu sobre sua vida na infância foram bem impactantes, porém em alguns momentos eu achei a narrativa arrastada e em outros momentos bem corrida para o nível de profundidade que demandava alguns diálogos e explicações, mas como um todo o livro foi muito bom!
Alcione13 09/12/2019minha estante
Mesma sensação mas se tornou um favorito. A cena dele carregando o irmãozinho...


Erica 09/12/2019minha estante
Fiquei sabendo que tem uma adaptação para o cinema, mas não sei se chegou no Brasil


Alcione13 09/12/2019minha estante
Ah, provavelmente não. Uma pena.
Li outros livros de autores nessa pegada. E bom sair da zona de conforto


Erica 09/12/2019minha estante
Quais? Me indica uns bons :)


Alcione13 10/12/2019minha estante
Não são orientais mas são pouco conhecidos como Hannah Kent, Tatiana de Rosnay. .


Erica 10/12/2019minha estante
Valew! Vou pesquisar ; )


Alcione13 10/12/2019minha estante
Boa leitura!!!




Fabi129 25/12/2017

DUVIDO VOCÊ NÃO CHORAR!
''Ninguém é completamente inocente. Algumas pessoas são apenas um pouco melhores, e outras, um pouco piores. A vida nos dá a oportunidade de decidir se vamos redimir nossos pecados ou continuar cometendo-os; sendo assim, não temos o direito de impedir que isso aconteça.''


Primeiro: Que livro triste e com uma realidade verdadeira que muitos desconhecem.
Segundo: Você ao encerrar a leitura, irá ao menos ficar com os olhos marejados, tenha certeza!
Nossos dias felizes é aquele tipo de livro que pela capa você não dá nada. O título dá a impressão que é um livro de romance. Pra mim não teve nada de romance. O livro é puro e simplesmente drama. E a capa não faz jus à trágica história.
Neste livro, iremos conhecer a triste história de Yunsu, um presidiário que está preso por ser acusado de matar 3 mulheres e violentar uma delas. Ele vive com as mãos algemadas, e por isso tem seus pulsos marcados com feridas. Espera somente o dia de sua execução.
Yujeong é de família de classe alta, mas devido a um acontecimento do passado, não consegue ser feliz. Por isso, ela já tentou várias vezes se suicidar. Sua tia, a irmã Mônica diz a ela para acompanha-la nas visitas a prisão. Ela propõe que Yujeong visite uma vez por semana durante 1 mês, um presidiário. Sim, o tal em questão é o infeliz Yunsu.
Na primeira visita ela não sabe nada sobre os crimes que ele cometeu. Quando chega a casa, ela já pesquisa sobre o passado dele e sente uma imensa raiva pelo que ele fez.
Mesmo assim continua as visitas e com o tempo ela o conhece melhor e não consegue compreender como uma pessoa boa como Yunsu, cometeu os crimes que é acusado.
Eles começam a nutrir uma amizade. E a cada vez que se despedem, não sabem se esta será a última vez que vão se ver.
Este livro mudou meus conceitos em relação a um presidiário não poder se redimir, tornar-se uma pessoa melhor. O livro passa a mensagem que qualquer um pode mudar. Basta ter alguém que acredite nele de verdade. Que o olhe nos olhos e diga que ele não é definido por seus pecados.
A narrativa é em 1º pessoa por Yujeong e intercalado com narrativas do diário de Yunsu. Neste diário, veremos que ele desde pequeno teve uma infância difícil, marcada pelo sofrimento.
A educação que uma pessoa tem, influenciará seu futuro. Se não tem uma família estruturada, que o ame e o eduque, no futuro ela irá com certeza ser alguém violento e que não tem sentimentos pelo outro.
No final do diário de Yunsu temos uma grande revelação.
Meus olhos ficaram marejados ao término deste livro. Nossas horas felizes tem uma história forte e que traz uma bela mensagem. Simplesmente recomendo!

Ps: Eu não achei que o livro é de romance. Alguns acharam. É como o livro Como eu era antes de você. O que há entre os personagens é mais amizade, mas alguns idealizam como amor entre casal. ;)


''Nenhum ser humano é fundamentalmente bom ou ruim. Todos nos esforçamos para enfrentar cada dia. Se há uma verdade fundamental é que todos lutamos contra a morte. Esse é o nosso ponto em comum, patético e eterno, e não pode ser mudado.''

''Depois de conhecê-lo, atravessei minha própria escuridão e entendi o que era aquela treva que respirava dentro de mim como a morte. Havia coisas que eu nunca teria percebido se não fosse por ele.''

''-Não importa quais sejam os seus pecados, eles não são tudo o que você é!''

''Se ao menos as pessoas fossem como as árvores e pudessem cair num sono profundo como a morte uma vez por ano e depois despertar... Seria bom levantar, exibir novas folhas verde-claras, flores cor-de-rosa, e começar de novo.''

''Ser humano não quer dizer que mudamos ao encarar a morte, mas, porque somos humanos, podemos nos arrepender de nossos erros e nos tornar novas pessoas.''
Khetelen 25/12/2017minha estante
Já quero ler.


Fabi129 25/12/2017minha estante
=) =)


Pri 26/12/2017minha estante
como vc mencionou adorei a resenha para variar hahahaha , mais irei te dizer de novo vc precisa parar ( brincadeira ) mais a minha lista só aumenta com suas resenhas !!!!1


Fabi129 27/12/2017minha estante
Hahaha vou fazer a lista de vcs virarem ''Do infinito ao além'' kkkkkk
\o/


Flávia 14/10/2019minha estante
Sua resenha me incentivou a continuar a ler o livro :)




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Débora 06/04/2023minha estante
Nossa amei a resenha, vou querer ler esse livro.


Deise_C.P 06/04/2023minha estante
Só prepara a caixinha de lenço e vai fundo, é uma história que apesar de dolorida te tira do eixo, vc fica pensando em tantas coisas ao decorrer da leitura, se ler msm venha falar comigo vou adorar saber sua opinião.


Débora 07/04/2023minha estante
Combinado Deh ?




DêlaMartins 17/05/2023

Nenhum ser humano é fundamentalmente bom ou ruim...
Yugeong é uma mulher coreana de família rica, nos seus 30 anos, que viveu na França por 7 anos, ex-cantora, que acaba de sair de sua 3ª tentativa de suicídio. Ela não se encaixa, não se encontra e não é acolhida pela família. A única exceção é tia Mônica, freira, que sempre apoia Yugeong. Na tentativa de ajudar a sobrinha, a freira começa a levá-la em suas visitas aos prisioneiros que estão no corredor da morte num presídio próximo a Seul. Yugeong se compromete a acompanhar a tia, apesar de sua total falta de fé no processo e de todo sarcasmo que faz parte de sua rotina porque vê uma oportunidade de fugir das terapias com psicólogos. Nessas visitas, ela conhece Yunsu, que está no corredor da morte, e eles desenvolvem um relacionamento com muita conversa e honestidade. Ambos têm uma coisa em comum: querem morrer. Ele, porque sente que merece e que não é digno de viver. Ela, por causa de uma violência sofrida aos 15 anos. São 2 pessoas destruídas que acabam se encontrando.

A narrativa se intercala entre a história contada pelos olhos de Yugeong e pelos relatos de Yunsu sobre sua vida que ele escreve enquanto está preso. O relato dele é duro, triste, de uma vida de total abandono, que apesar de não redimi-lo, explica suas ações e reações.

Gostei muito da leitura e, mesmo com o forte viés "catequizador", achei que a mensagem valia as 5* porque me senti envolvida com a história e descartei o lado religioso de tudo.
Débora 17/05/2023minha estante
Amei sua resenha, Ângela!!!???


DêlaMartins 18/05/2023minha estante
E eu gostei muito do livro! Considero indicação sua, obrigada.


Débora 18/05/2023minha estante
Fico feliz que tenha gostado, Ângela!?




Ane 15/07/2017

Confesso que a primeira vista Nossas Horas Mais Felizes da autora sul-coreana Gong Ji-Young foi um livro que não me chamou a atenção. Mas, algo me dizia que eu tinha dar uma chance a ele, que a história contida em suas páginas é aquele tipo de história que precisa ser lida. Quando comecei a leitura não estava preparada para o que encontrei aqui, pois enquanto Gong Ji-Young ia me surpreendendo com uma belíssima narrativa a cada capítulo, a autora também ia aos poucos quebrando o meu coração junto.

Todo ato gera uma consequência e Nossas Horas Mais Felizes nos mostra exatamente isso. Gong Ji-Young nos presenteia com uma narrativa que nos “machuca”, pois nos faz pensar que nossos atos também geram consequências. Que só quem é amado sabe o que é amor. Que só aquele que foi perdoado sabe perdoar. E que perdoar os outros e a si mesmo é algo extremamente difícil. E acima de tudo, que quando alguém diz que quer ou que merece morrer, essa pessoa está pedindo ajuda, pois ela está sofrendo tanto que não suporta mais viver daquele jeito.

Terminei a leitura de Nossas Horas Mais Felizes em prantos e enquanto escrevo essa resenha meu coração está se partindo em mil pedacinhos novamente. Gong Ji-Young escreveu uma história que vai ficar comigo por muito, mais muito tempo. E que sim, precisa ser lida e conhecida por todos.

Queria muito conseguir através dessa resenha, passar para vocês o quanto esse livro lindo e merece de lido. Porém por mais que me esforce nada que eu diga fará jus à profundidade e beleza de sua história (♥). Por isso peço a cada um de vocês que abra o seu coração e leia, Nossas Horas Mais Felizes.

Resenha completa no blog:

site: https://goo.gl/owQBCP
Cláudia.Borges 10/08/2017minha estante
Concordo plenamente e estou escrevendo uma resenha que do exatamente isso. Livro lindo, verdadeiro, cru e chocante. Sem duvida o tipo de livro para nunca ser esquecido, e ser relido muitas vezes !


Ane 10/08/2017minha estante
Um dos melhores livros que li na minha vida!


Cláudia.Borges 11/08/2017minha estante
Sem dúvida. Fiquei dias sem pegar outro livro por não conseguir me desconectar de Nossas horas felizes.




Rodrigo1001 08/03/2023

A vida é uma ampulheta colada em uma mesa (Sem spoilers)
Título: Nossas Horas Felizes
Título Original: Our Happy Time
Autora: Gong Ji-Young
Editora: Record
Número de Páginas: 280

Começo com alguns números e uma leve introdução.

Números:

Autora sul-coreana de sucesso, Gong Ji-Young teve seu primeiro romance publicado em 1989 e, de lá pra cá, já são mais de 20 obras publicadas entre novelas, ensaios e outras produções. 2 de seus livros ganharam adaptação para o cinema, sendo este um deles. Além disso, foi 7 vezes premiada, incluindo um título pela Anistia Internacional e o Prêmio Literário Yi Sang, um dos mais importantes da cena literária coreana.

Introdução:

Começo dizendo que, ao contrário do que reza o título, este não é um livro feliz... pelo menos, não inteiramente. É, na verdade, um livro aflitivo, doído e pesaroso sobre duas pessoas muito diferentes que, conversando uma com a outra, entendem a dor e as dificuldades que a vida impõe. Um deles é um prisioneiro do corredor da morte e o outro é uma professora universitária que parecem não ter nada em comum, mas que formam um vínculo intenso e marcante. Em um outro olhar, é também um livro luminoso e reflexivo, impregnado pelo poder de perdoar e ser perdoado, amar e ser amado, viver ou somente existir.

Números e introdução devidamente concluídas, avanço dizendo que Nossas Horas Felizes é uma viagem melancólica, porém bela, pelo delicado campo da vida nua e crua. Com uma capa excepcionalmente bonita e gostosa ao toque, impresso em papel off-white na tipologia palatino, com espaçamento adequado e letras grandes, a qualidade do livro em si é comparável à qualidade do que se lê.

Vencida a confusão temporal dos primeiros capítulos, me senti hipnotizado já de início, como se tivesse me deparado com um obra de estranho poder e intensidade implacável. O livro convida o leitor a centrar sua atenção em uma experiência de vida mais profunda e rica. Toca muitos sinos dentro da gente, provoca pensamentos contraditórios, muitos dos quais preferimos passar a vida fugindo.

Com uma escrita limpa, convincente, coesa e cativante, acompanhamos não só a história dos personagens, mas também da própria Coreia do Sul. Particularmente, ignorante no que diz respeito aos valores mais profundos daquela sociedade, me vi interessado por tudo que lia.

As interações do condenado e da professora são o núcleo do romance. A intensidade vem de forma crescente, linear, e coloca uma corda no pescoço do leitor. Te amarra.

Passei toda a leitura com medo de que o livro descambasse para a pieguice, mas, pra minha própria satisfação, o drama é relativamente bem dosado e o texto flui sem fazer o leitor levantar as sobrancelhas. Todo o momento que o deixava de lado, ansiava em voltar e isso já diz muito sobre a minha experiência.

Mais próximo do fim e de um ponto de vista intrinsecamente pessoal, houve um pequeno excesso de dramatização que acabou levando meia estrela, mas que, de forma nenuma comprometeu a obra.

Para concluir, indicaria esse livro para todas as pessoas que estejam buscando questionar-se, que estejam procurando por aqueles pequenos incômodos que acabam nos engrandecendo como pessoas, como seres sociáveis. A viagem é tortuosa, mas vai te fazer sair muito melhor do que entrou. Enlevante, virtuoso e contemplativo.

Leva 4,5 de 5 estrelas.

Passagens interessantes:

“Diferente da riqueza, a tristeza é dividida entre todas as pessoas igualmente (Bak Samjung)” (pg. 118)

“Quando alguém diz que quer morrer, o que realmente quer dizer é “não quero viver dessa forma”. E não querer viver de uma certa forma na verdade significa querer viver melhor. Então, em vez de dizer que queremos morrer, o que deveríamos falar é que queremos viver bem.” (pg 147)
Débora 09/03/2023minha estante
Nossa, como eu aprecio suas resenhas...
Será meu próximo livro, com certeza!


Rodrigo1001 09/03/2023minha estante
Que comentário mais querido! Estou certo de que você irá adorar esse livro. Obrigado pelo apoio. Abraços!


Débora 10/03/2023minha estante
Obrigada, Rodrigo!??




chrisakie 18/04/2017

Belo!
Yujeong é uma linda mulher nascida em uma família rica, tentou novamente se suicidar. A fim de evitar as sessões de terapia, a jovem opta por aceitar a sugestão de sua tia Monica em acompanhá-la nas visitas semanais aos presos que estão no corredor da morte.

E durante a sua primeira visita, a Yujeong conhece o Yunsu, um jovem presidiário que está no corredor da morte por cometer crimes graves e que também tentou se suicidar. A princípio ele se mostra resistente as visitas, porém aos poucos aquelas poucas horas tornam-se preciosas. Esses encontros despertam nos dois sentimentos antes ignorados e muda sua visão sobre o mundo.

"Não sei exatamente o motivo, mas me identificava com ele de muitas formas. Senti isso desde o início."

Separados por um abismo grande que é a desigualdade social, tão diferentes socialmente, mas os dois são semelhantes na sua essência: a Yujeong tornou-se uma pessoa amarga e totalmente sem fé após um dia fatídico há vários anos atrás. E o Yunsu, desprovido do amor dos pais e vítima dos problemas sociais que afligem o país, ele é uma pessoa descrente e revoltado com as classes altas.

Os capítulos alternam-se entre as anotações de Yunsu e narrativa da Yujeong. Essas anotações são de dilacerar o coração. Ele aprendeu que a violência garantia a sua sobrevivência. Mesmo com temas tão pesados, a escrita da autora apresenta uma beleza única e cativa os leitores.

Livro sobre superação, perdão, amor e restauração da fé. Adorei conhecer a escrita da Gong Ji-Young. O livro teve adaptação cinematográfica e também teve o mangá publicado em japonês. Fica a dica para quem quiser conhecer a obra em outros formatos.

"Ser humano não quer dizer que mudamos ao encarar a morte, mas, porque somos humanos, podemos nos arrepender de nossos erros e nos tornar novas pessoas."

site: https://www.instagram.com/p/BSw1ujVFpF2/
@corujinha.literaria 20/04/2017minha estante
Estou doida pra ler e já até coloquei no carrinho das próximas compras. ?


chrisakie 21/04/2017minha estante
Ebaaaa ????




Emy 24/07/2021

Triste e bem escrito
O livro é bem escrito e super fluído, só não li mais rápido pelo tema ser bem pesado. Em várias partes da leitura eu me pegava como se estivesse com um bolo na garganta, a escrita é feita de uma forma sem máscaras, e eu comecei esse livro sem tantas expectativas mas ele realmemte me surpreende e eu chorei bastante.
Ste (@stebookaholic) 24/07/2021minha estante
Eu amo esse livro!


Emy 24/07/2021minha estante
Eu ameeeeei, merece 5 estrelas ?




kprdn 24/07/2023

"querer viver é um instinto gravado nos genes de tudo o que é vivo. quando alguém diz que quer morrer, o que realmente quer dizer é: não quero viver dessa forma."

queria que tivesse alguma forma de compartilhar o que eu senti enquanto lia esse livro através dessa resenha, mas não existem palavras que possam expressar a agonia que eu me encontrei por não saber lidar com a explosão de emoções que se fizeram presente durante essa leitura.

de verdade, acho que esse é o melhor livro que eu já li na minha vida. tudo foi tão lindo e de uma delicadeza sem igual, que muitas vezes me vi forçada a parar um pouco de ler e tirar um tempo para respirar. foi um fator que contribuiu muito para eu demorar mais de um mês para terminá-lo.

me vi em praticamente todos os personagens e simpatizei com a forma tão humana na qual eles foram escritos. parecia que era eu vivenciando cada situação, por isso não foi difícil compreender suas atitudes e ainda questionar minha própria integridade sempre que parava para pensar em como eu agiria se me visse nas mesmas circunstâncias.

achei que seria um livro com um fundo religioso forçado, mas fiquei muito surpresa com a naturalidade que esse assunto foi abordado e os ensinamentos sobre amor, resiliência e fraternidade junto com as próprias problemáticas do fanatismo cristão ? a protagonista, que tanto sofreu, passou a narrativa toda sendo julgada por não ser uma pessoa religiosa e ainda sim se manteve fiel a sua conduta até o fim.

enfim, aprendi muito com o trio de idiotas (meus queridos yunsu, yujeong e o oficial yi) juntamente com a tia monica. foi uma história e tanto que me fez me apegar ainda mais a minha vida e ter uma prova ainda mais concreta de que a família, é nada mais nada menos do que um título sanguíneo e, que as pessoas que encontramos no nosso caminho e podem ser aquelas que mudarão quem somos para alguém melhor.
Kauane112 24/07/2023minha estante
Tive sentimentos parecidos, adorei sua resenha expressa exatamente a beleza que é esse livro. Não sei se conhece ou interessa mas recomendo o mangá desse livro é bem curtinho e dói tanto quanto o livro kkkkk mas tbm é tão bom quanto "Watashitachi no Shiawase na Jikan" se quiser procurar


kprdn 25/07/2023minha estante
obrigadaa! não sabia que também tinha o mangá, vou procurar pra ler pra sofrer mais um pouco kkkkkkk obrigada pela indicação também! ?




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Núbia Cortinhas 17/06/2023minha estante
Que resenha linda! Parabéns! ?? ??


Kauane112 18/06/2023minha estante
Obrigada ?




Andréa Bistafa 09/06/2017

http://www.fundofalso.com
Poético, forte, impactante. Repleto de reflexões.

"Minha lembrança mais antiga na vida é a de querer matar."

Nossas Horas Felizes trás a história de Yujiong, uma garota linda e rica, que aos trinta anos, aparentemente tem tudo para ser feliz. Mas pouca gente sabe que ela não se sente assim. Nem um pouco feliz. Yujiong já tentou suicídio três vezes e carrega dentro de si um vazio imensurável, que nada e ninguém nunca preencheram.

Do outro lado da história temos Jeong que está preso aos vinte e sete anos, acusado de matar brutalmente três mulheres e estuprar a mais jovem, de apenas dezessete anos. Ele está, mais precisamente, no corredor da morte aguardando a sentença final.

Mas o que pessoas de mundos tão opostos teriam em comum?
Simplesmente a vontade de morrer.

A tia de Yujiong, Mônica, é a única pessoa com quem a garota melhor se identifica na família, e após a terceira tentativa de suicídio, ela resolve oferecer a sobrinha uma nova percepção da vida, levando-a para um presidio em Seul. Mônica é uma freira de setenta anos que visita os presos no corredor da morte com o propósito de salvar suas almas, ou ao menos levar algumas palavras de conforto. Relutante Yujiong acaba aceitando a proposta, já que nutre um carinho especial pela tia.

O prisioneiro com qual a moça terá contato é Jeong, que logo podemos notar que não possui vontade alguma de viver, e espera ansioso pela sentença de morte enquanto confinado a pequena cela algemado dia e noite.

"... saber não significa nada. Algumas vezes, saber é pior do que não saber. O mais importante é perceber. Há uma diferença entre saber e perceber, e a percepção só vem com o sofrimento"

Essa obra tem tantas reflexões que fica até difícil enumerá-las. Vou levantar alguma delas:

A vontade de morrer que Yujiong nutre é devida a criação da mãe e um estupro que sofreu na adolescência. Dona de uma personalidade egoísta, nunca conseguiu transmitir a filha amor e afeto, sempre exigente e egocêntrica moldou a personalidade da filha com base na sua, e após a morte do marido, pai de Yujiong, o relacionamento das duas perdeu completamente o sentido. Ela nunca deu a atenção devida a algo tão importante. Essa é uma das questões mais importantes da trama: o que transmitimos aos nossos filhos? Aquele velho ditado "faça o que eu mando, não faça o que eu faço" caminhando junto ao machismo e a culpabilização da vítima.

"Não importa quais sejam os seus pecados, eles não são tudo o que você é!"

Partindo ainda dessa questão de criação, temos o mesmo problema em Jeong. Durante a narrativa da protagonista, que é feita em primeira pessoa, aparecerem alguns capítulos com as anotações do assassino em seu diário. Essas anotações me levaram as lágrimas e a indignação a cada capítulo que apareciam. Acompanhamos a infância de uma criança arruinada pelos pais, alcoólatras. Uma criança com a responsabilidade de cuidar do irmão mais novos nas ruas, sozinho e ao relento. Esse livro tem uma cena de abuso/estupro com os irmãos ainda crianças no reformatório, que está entre as mais pesadas psicologicamente que eu já li. Então caímos novamente no problema citado a cima, e vemos que Yujiong e Jeong tem mais em comum do que imaginamos de início.

Outro problema grave: Os sistemas de reabilitação e carceres da Coreia do Sul, que é onde a trama é ambientada, mas que obviamente pode estender-se a praticamente todos os países do mundo. Um debate importantíssimo está nas entrelinhas: Você é a favor da pena de morte? E quando o sistema não é eficiente o bastante para julgar e condenar? Inocentes pagarão por essa falha?

Todo ato gera uma consequência. Muitas das vezes o seu ato é compreensível mas não justificável. E todo semana, encontro após encontro entre os dois personagens, onde de primeira gera-se a revolta da protagonista em saber dos crimes pelo qual Jeong é acusado, com o passar do tempo ela percebe que existe sim arrependimento, e pior, por fim nem tudo é como parece ser.

Por último, ainda posso citar a hipocrisia cristã. Apensar do Coreia não ser um país Cristão, a autora cita por inúmeras vezes ensinamentos de Jesus. A personagem da tia, que é freira, nos transmite lindas mensagens de compaixão e caridade ao próximo, sem julgamentos. E ainda trás o ponto de vista da família da vítima, e principalmente, o perdão.

"O que levara aquela mulher que, em suas próprias palavras, não tinha educação, nenhuma fé e nenhum conhecimento a tentar perdoar aquele homem? Que tipo de temeridade a fizera se apegar a algo que os seres humanos nunca superaram, mesmo que um milhão de teólogos gritassem até que as veias saltassem de seus pescoços e um milhão de livros fossem publicados conclamando as pessoas a perdoar, perdoar?

Poderia falar desse livro o dia todo, selecionei trinta quotes impactante, mas não teria como trazer todos aqui! Então para finalizar, vou dizer que esse livro é muito, mas muito mais profundo do que eu consegui transmitir nessa resenha. Que eu chorei e fiquei com enxaqueca pensando nas injustiças desse mundo. Que eu quero poder abraças e secar cada lágrima do meu filho e ficar sempre ao lado dele.

"Digamos que alguém tente matar um homem a facadas, mas acidentalmente corte a corda que está enrolada em volta do seu pescoço e ele sobreviva. E agora digamos que alguém tente cortar a corda que está em volta do seu pescoço, mas, em vez disso, a faca escorrega e essa pessoa mata o homem. A primeira pessoa seria uma heroína, mas a segunda seria executada. O mundo só julga nossas ações."

Esse livro precisa ser lido!
Gislaine 19/07/2017minha estante
Oi, Andréa! Sua resenha está muito boa, concordo com todos os pontos que abordou, mas acho que seria interessante avisar que tem spoiler (o trauma da Yujeong é revelado só lá na frente). Abraços!




Bárbara X. P. 02/03/2022

Um livro maravilhoso, que todo mundo deveria ler e sentir
Simplesmente, um dos meus favoritos. Eu o conheci através da adaptação em mangá, então comprei e li a edição em inglês (pois não havia um em português ainda) e, quando foi lançado aqui, adquiri, li e reli. E eis a cópia da parte mais importante da minha resenha que estava na página da versão em inglês (AGORA VAI):

Duas pessoas completamente diferentes, mas tão iguais. Grandes feridas e mágoas, mas tanta ânsia por carinho e amor. E um lugar inacreditável, onde o calor parece evitar.
Contrariando todos os clichês, Gong Ji-Young nos apresenta um lugar diferente, uma situação diferente, vidas diferentes, pessoas diferentes, conversas diferentes... em suma, uma história diferente. Ela é repleta de verdades, de realidades, mas daquelas que muitas vezes não notamos, e também de dádivas que são difíceis de se reconhecer, mas tão gritantes.
Yunsu e Yujeong eram pessoas, aparentemente, completamente diferentes uma do outra. Ele, alguém pobre, miserável, mau, que nem merecia misericórdia, somente mais uma escória da sociedade, o qual, pelo menos, havia recebido o lacre vermelho da aguardada morte. Ela, alguém que tinha tudo, fama, dinheiro, boa família, irmãos bem sucedidos, um emprego estável e estudo. Mas, como disse antes, tudo isso era "aparentemente", o superficial, porque o verdadeiro... ah, esse só foi descoberto com conversas verdadeiras, sacrifícios, dor e amor.
Será que, à beira da morte, você pode encontrar o que sempre procurou, mas não sabia?
Eu chorei muito nesse livro. Meu coração se transborda de emoção assim que me lembro dessa história. Se eu tivesse que anotar todas, mas todas mesmo, frases que gostei, acabaria tendo que escrever quase que o livro inteiro. Cada página é um presente feito com sentimento, dor, carinho, compreensão, reflexão e muito amor.
E eu digo que, mesmo na maior escuridão, a luz chega. No frio, o calor transborda. Mesmo que sejam com palavras e um mero toque de mãos. Pois, a partir do momento em que dois corações são conectados, é criada uma "hora feliz", tão aguardada, independente do dia da semana e do horário.
Realmente, é uma pena que este livro não seja popular por aqui. Também é igualmente uma pena que muitos não se interessem pelo que é lá da Ásia... É falta de conhecimento... Se lembrem: lá também tem humanos, como nós, e eles também sentem, sofrem, amam e refletem. Ah, e sim, fazem ótimas estórias/histórias!
Apesar de vários aspectos bem diferentes do mangá, amo os dois e choro muito com ambos, porque penso em quão significativa pode ser a vida e em quantas pessoas significativas existem e não reparamos!
Marciele 04/03/2022minha estante
Sério que tem adaptação em manga? Qual o nome?




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Clara 10/04/2020minha estante
Me senti muito parecida com o que você descreveu. Fiquei muito aliviada em saber que o Yunsu era inocente, mas penso como teria me sentido se ele não fosse. Acho que se ele fosse "só" um assasino, conseguiria perdoar, mas não por ser um estuprador.
E fiquei pensando se fosse a protagonista realmente me sentiria tão confortável quanto ela com ele, pois até onde ela sabia ele era culpado. Não sei, acho que essa parte me incomodou, parecendo não tão elaborada, acho que ela deveria ter relutado mais em ter simpatia dele. Não sei acabei de ler e to muito pensativa kkkk




Eduarda 17/08/2022

Eu acho que não sou a mesma depois de ler esse livro
Eu acho que demorei um pouco pra terminar a leitura pq sou um pouco sensível com o assunto, tinha que parar de ler tomar um ar kkkk
Mas é o tipo de livro que te prende e que faz você ter empatia pelos personagens
Você passa a pensar como é a vida das pessoas que estão presas e como é o difícil pra elas
Impossível não se comover com a história dos personagens
Amei amei amei a indicação
Eterna gratidão salminha
LEIAM
SalmaC 17/08/2022minha estante
aaaaaaaa??? fico feliz que gostou, minha linda ?




Isa Books 19/06/2018

Foram minhas horas mais infelizes
Quando você se depara com um livro incrível por mais que tente descrevê-lo não consegue; estou até um pouco chateada por não conseguir mostrar como esse livro verdadeiramente é, o que ele é capaz de causar nos leitores. Fui fortemente atingida por uma gama de emoções das mais variadas ordens.

É sempre interessante ser surpreendido por uma obra, em momento algum enquanto lia a sinopse considerei que fosse me afetar tanto. Além disso acho que é meu estado de espírito que indica minhas leituras pois nem ia lê-lo agora, considerando que tenho outras leituras a tempos esperando para serem iniciadas. No entanto, como ando meio baixo astral fui guiada diretamente para esse livro e nunca, jamais vou me arrepender.

Nossas Horas Felizes me proporcionou momentos conflituosos e de tormento. A cada página me sentia levando uma facada no coração com palavras tão verdadeiras vindas da personagem "problema" da obra, a Yujeong. Essa mulher vive um tormento pessoal onde é impossível não sentar no chão e ficar se perguntando o motivo de tudo aquilo. Não questionando as atitudes da personagem, mas se indagando o porquê da realidade ser tão cruel.

O outro personagem em destaque na obra, o prisioneiro Yunsu nos leva ao desespero e arrebatamento logo de cara. Sua dor e lamento é tão palpável que sentia que estava com todo esse sofrimento nas mãos. Através dele vamos percebendo o quanto viver em um mundo que não oferece nada de bom ocasiona na alma dos indivíduos.

Dois personagens marcados pelas suas dores, as classes sociais não impedem os sujeitos de sofrerem. Uma teve tudo mas não teve amor, o outro não teve nada e muito menos amor. Não ser amado foi o fator que os uniu em momentos tão preciosos e delicados. Momentos que doeram mas ao mesmo tempo os libertou dos grilhões pesados da essência humana.

Eu ainda estou arrasada, chorei mais do que pensei, sofri mais do que imaginei sofrer e a considero uma das obras mais lindas que já até hoje, se tornou uma das minhas favoritas.
Quero muito ler outras obras dessa autora pois fiquei encantada com seu estilo narrativo.
Alcione13 27/06/2018minha estante
Concordo com você. Estou finalizando agora. E fisgada já com essa leitura emocionante.




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