Resenhas - O Lamento do Dançarino

Ginete Negro 2.0 03/03/2024

Batalhas e magia em Quon Tali antes do Império Malazano
Depois de ter lido "O Lamento de Dançarino", creio que é uma boa porta de entrada para o universo Malazano, pois logo de cara nos acostumamos ao estilo de escrita de Esslemont, bem como à maneira de divisão dos enredos - capítulos que contêm seções e quebras de modo que uma leitura desatenta possa acabar misturando plots e personagens, sendo ao menos três núcleos intercalados cujos arcos convergem nas últimas 50 páginas.

Desse modo, acompanhamos Dorin, um guerreiro habilidoso e o mago Wu em Li Heng; em outra seção, acompanhamos Seda, um dos magos da equipe de Shalmanat, a feiticeira protetora de Li Hang, que é na verdade de uma raça antiga que vive por milhares de anos. Li Heng sofre com a iminência de invasão por parte de Chulalorn, Rei de Itko Kan, cujo núcleo nos é contado por meio de Iko, uma das Lâminas Escuras, a guarda pretoriana do rei.

É um livro altamente recomendável e repleto de elementos fantásticos. Vale muito a leitura. E vamos em frente nesse universo espetacular.

MaurAcio1 16/07/2023

Fantástico
Mais um livro sobre o mundo do Império Malazano que como qualquer outro já me ganho nas primeiras páginas

Apresenta a acidade de Li Heng que esta sobre cerco. No meio disso, o habilidoso assassino Dorin faz uma parceria com o mago doido Wu e dai pra frente não tem como fica melhor.

Os personagens são marcantes e muito bem construídos assim como TUDO que tem nesse livro. Não tem como não amar a Protetora, a Ullara e até o mago Seda mesmo sendo um almofadinha hahaha prefiro mais a Mara
Também tem uma parte onde entra uma maga Nightchill, ela aparece no livro jardins da lua, achei legal ela ter aparecido aqui pra sabermos mais sobre dela.

O livro é bem escrito, engraçado e emocionante como tem que ser e também consegue ser cruel e realista.
Curti muito o livro e a oportunidade de conhecer sobre o Dançarino e o Kellanved.

David Alves 15/05/2020

O lamento de Dançarino
À primeira vista, era apenas um livro de capa dura que custava 10,00. Eu não podia perder essa oportunidade, principalmente em uma bienal. Depois que li George R. R. Martin, fiquei receoso pra conhecer uma obra que chegasse a altura. E realmente, ainda não encontrei. Mas Ian C. Esslemont me surpreendeu. Dorin é cativante desde o primeiro momento. Apesar da inexperiência, sua habilidade com as facas é impressionante. Nosso herói! Sua relação com o dal-honês, Wu,é hilária. Ao finalizar esse livro, ainda estou com uma pulga atrás da orelha por não conseguir definir WU, que mistério! Ainda mais depois do que ele fez com o mago Ho.
Não posso deixar de exaltar a escrita de Ian e esse enredo majestoso. Fiquei apaixonado por Li Heng, e quero muito me prostrar a Shalmanat. Que mulher! Ou melhor, que Deusa! Sem falar do atraente e garboso Seda. As henganas devem ficar loucas por onde ele passa. A batalha na cidade é impecável e a desolação no fim é palpável. Me senti em meio a carne queimada e recuperando os soldados. Foi uma aventura épica que pretendo continuar em breve.

Danilo.Claudino 29/08/2019

O Autor está esquentando...
Depois de ter lido "Noite das Facas", ficou claro pra mim que Esslemont tem muita ideia boa e que, devido à sequência cronológica em que foi escrito os dois livros dele publicados no Brasil, percebi que ele ainda não tem o domínio do próprio mundo. Dito isso, ressalvo que este livro, escrito após o Noite das Facas, que foi o primeiro livro do autor sobre o mundo Malazan, já mostra como ele evoluiu em relação à primeira obra. Pra deixar claro, os livros citados são de séries diferentes dentro do mesmo universo.

Agora sobre o livro...
Muito boa a leitura. Os personagens estão se mostrando e evoluindo, o mundo está ficando mais complexo e melhor compreendido e o autor teve mais desenvoltura nesta obra do que na passada. O enredo te prende. Eu demorei muito pra terminar esse livro devido minha falta de tempo pra lê-lo durante esse período. Mas sempre q eu o retornava, ficava claro pra mim o que exatamente estava acontecendo. Um livro que te deixa com a memória vívida, por assim dizer, sempre querendo mais e mais da história.
Leitura bastante fluídica e divertida, com uma introdução à esta série concluída com sucesso. Ansioso por mais livros do Esslemont que passe pelo mundo Malazan.

Machado 12/10/2018

Análise: O lamento de Dançarino
Uma cidade. Li Heng. Sob cerco de um pequeno império que tem por finalidade expandir seus domínios: Itko Kan. A cidade é guarnecida por tropas convencionais e além destas, cinco poderosos magos: Mara, Korol, Seda, Fumaça e Senhor Ho. Esses cinco magos juram proteger a cidade em razão de sua lealdade a Shalmanat, conhecida como Protetora e poderosa feiticeira e governante de Li Heng. A cidade possui uma estrutura formada por círculos internos e externos que permite uma defesa eficiente contra o certo de itko kan. No contexto desse cenário belicoso acontecem várias batalhas, algumas frutos do cerco em si, outra se desencadearão entre as gangues que atuam no submundo da cidade.


Em decorrência da concentração de poder gerada pelo conflito de serer poderosos, a atenção de ascendentes se volta para a cidade de li Heng. Poder atrai poder. E nesse contexto surgem personagens, que inicialmente aparentam mediocridade, mas com o transcorrer da narrativa, se mostrarão elementos especialmente cruciais para a resolução do conflito.


O livro explora o embrião do que virá a ser o império Malazano, e o surgimento dos dois personagens que serão os criadores desse império: Wu e Dorin. Wu, um jovem mago Dal Honês, que apresenta uma personalidade extrovertida e descomprometida (seriedade zero), e se encontra mergulhado em pesquisas a respeito do acesso de um antigo labirinto há muito esquecido:Meanas: Caminho das Sombras e da Ilusão. E por outro lado temos Dorin, um jovem assassino (totalmente escrupuloso, diga-se de passagem) que apresenta uma personalidade séria, e sempre pautado na disciplina, procura um meio de fazer fama e se destacar, para que tenha seus serviços valorizados. Essas duas figuras completamente distintas em personalidade, se envolverão no jogo de poder que molda todo o conflito, e juntamente com um certo acólito do Encapuzado ( Sacerdote da casa das Sombras) construirão um início para o que será o grandioso império de Malaz.

@solitude_e_books 05/04/2018

Pra mim foi um livro bem morno, houveram momentos de tirar o fôlego mas foram bem poucos. Só minha opinião então leia e tire a sua ....Mas vou continuar nos próximos volumes.

Acervo do Leitor 31/01/2018

O Lamento de Dançarino – Ian C. Esslemont | Resenha | Acervo do Leitor
Este livro nos remete quando Malaz era apenas uma pequena ilha e ainda não havia nenhum império, somente algumas dezenas de pequenos reinos espalhados pelo continente de Quon Tali. Um deles é a cidade Li Heng, por onde a narrativa perscruta. Li Heng é cercada por muros e círculos (Externos e Internos) que garantem a intransponibilidade de atacantes e conquistadores. Governada pela figura mítica de Shalmanat, tida por muitos como uma divindade e conhecida popularmente como a “Protetora”, e pelos seus asseclas poderosos, conhecidos como Magos Urbanos sendo eles: o extravagante e vaidoso Silk, a ranzinza temperamental Mara, o poderoso e misterioso Hothalar, o gigante Koroll e o incendiário Smokey.

“Porque me oferecer aa costas tão bravamente, ou tolamente agora? Porque ele ele sabe sabe que eu não vou agir na frente do jag. Coragem barata, isso sim.”

Aqui seguimos três pontos de vista principais: um jovem e excepcionalmente habilidoso assassino chamado Dorin, um dos magos urbanos de Li Heng e por fim uma das dançarinas da espada do rei Chulahorn, de Itko Kan chamada Iko. Em cada núcleo existem diversos personagens relevantes à história, dentre eles sem dúvidas destaca-se um jovem e misterioso mago Dal Honese conhecido como Wu, que está atrelado dentro de estudos e descobertas surpreendentes sobre uma magia que foi selada há muito tempo atrás.

A iminência de uma guerra se aproxima, visto que o rei Chulahorn de Itko Kan procura estabelecer um cerco sobre a cidade de Li Heng e assumir controle total sobre uma das maiores e importantes cidades do continente. Batalhas são travadas, sangue e vísceras mancham as páginas do livro e as consequências de tudo isso será exposto aos deuses. Dentro deste turbilhão, Dorin procura se estabelecer como uma referência do seu “trabalho” (assassínio), vertendo para o lado mais pútrido da cidade e tendo ao seu lado improváveis companhias.

“Era seu homem, o jovem escorregadio. O escroto maldito poderia se disfarçar de velhote, mas Dorin sabia muito bem: era ele. Aquele que rira dele; que o enganara e o roubara.”

O cenário da obra é riquíssimo, a diversidade de culturas, ideologias, criaturas, divindades, personalidades, é de satisfazer todo e qualquer leitor de Fantasia, que fique claro que Malazan é um dos universos mais complexos já criados na literatura, são dezenas de livros percorrendo ao longo de milhares de anos. E por tudo isso, O Lamento de Dançarino é uma excelente porta de entrada, talvez a mais viável, visto que o livro se fecha muito bem dentro do seu núcleo e sua história remete à criação de um grande Império.

“Fúria e medo combinados mantinham-no em pé. Mas havia algo mais também. Era aquilo o que durante tantos anos ansiara viver. Para isso treinara por toda a vida. Aqueles sujeitos eram seus pares. Agora era sua vez de por fim mostrar seu valor.”

SENTENÇA

A escrita de ICE (Ian Cameron Esslemont) é bastante ágil e objetiva. Em nenhum momento nos sentimos cansados por longas e intermináveis descrições (até mesmo porque gosto bastante dos detalhes bem esmiuçados), a todo momento algo está ocorrendo, dando a cada capitulo a sua determinante relevância para a estória. O grande destaque do livro é a apresentação e a metamorfose de certos personagens ao longo do enredo, não vou entrar em detalhes obviamente, mas ao final do livro, fica nítido a diferença na personalidade e nas ações imputadas lá no início da obra. Uma verdadeira obra-prima da Literatura Fantástica, um livro para você carregar em seus pensamentos por um bom tempo. Te desafio a ler estas páginas e não se encantar.

site: http://acervodoleitor.com.br/o-lamento-de-dancarino-resenha/

Cleber Farinazzo Jr 15/01/2018

EXCELENTE!
Lamento de Dançarino é o primeiro de uma triologia que se passa no universo do Império Malazano, mas que pode ser lida de maneira independente. Tem um foco bem militar. Um livro bem adulto, com personagens críveis, tridimensionais. Os elementos fantásticos são muito presentes o tempo inteiro, mas são muito bem utilizados, sem nada ficar banalizado ou superficial. Não havia um capítulo que eu não terminasse com vontade de ler o próximo imediatamente. É quele tipo de livro em que a história está sempre andando, sem pausas, sempre com novos problemas ou soluções acontecendo a cada capítulo. O ritmo gera uma vontade de devorar o livro inteiro de uma hora para a outra.

No livro acontece um cerco e acompanhamos como ponto de vista um dos magos da cidade que está sendo sitiada, uma soldado de elite que está entre os atacantes e também um assassino (o tal "dançarino" do título) e seu quase companheiro, que estão na cidade por acaso, tentando "fazer carreira", na época em que tudo acontece.

Por mais que seja o primeiro de uma triologia, o livro termina com uma boa conclusão, com os problemas apresentados neste primeiro livro sendo resolvidos. Porém, é claro, existem as pontas que indicam os novos problemas a tomarem foco nas continuações.

O livro tem um clima sério, mas não deixa de ter momentos bem divertidos, principalmente nas interações entre o assasino e seu quase parceiro.

Vale mencionar: o livro (e o universo de malazan como um todo) é bastante inclusivo, de modo que mulheres não tem diferenciação de homens no combate ou carreira militar ou qualquer outra coisa. Assim como pessoas das mais diferentes etnias e culturas são representadas. Tudo de forma muito natural (como deveria ser em todas as obras, o que, infelizmente, não acontece).

A triologia iniciada em O Lamento de Dançarino se passa bem antes da série O Livro Malazano dos Caídos, a série mais famosa do Universo, iniciada no livro Os Jardins da Lua. Tanto Jardins quanto Lamento são livros excepcionais, escritos por escritores diferentes e cada um com a sua pegada e características. Eu gostei demais dos dois. Acredito que quem não tenha gostado de Jardins da Lua possa vir a gostar desse, já que são bem diferentes. Recomendo os dois. Entrou na minha lista de livros preferidos de fantasia.

Assim como é um livro que tem tudo para agradar o gosto mais exigente de leitores veteranos de fantasia, também é um livro que eu considero ideal para presentar alguém que está começando na literatura fantástica.