Priscila Fernandes 06/06/2019
"Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um narniano, mesmo que Nárnia não exista."
Nessa crônica não mais acompanhamos os irmãos Pevensie, conforme informado por Aslam no livro anterior (A Viagem do Peregrino da Alvorada), e sim acompanhamos a saga de Eustace e sua colega de escola Jill. Décadas se passaram em Nárnia e Rillian, o filho do rei Caspian, está desaparecido. Então Aslam designa as crianças a missão de resgate do príncipe, informando os quatro sinais para guiá-los e que deverão ser lembrados diariamente para alcançar o sucesso da missão.
Tenho sentimentos conflitantes em relação à essa leitura rs...
Gostei muito da introdução do personagem Puddleglum, me identifiquei muito com seu pessimismo e humor ácido:
“Pois aí está a minha sorte: uma jornada para o Norte, na hora em que o inverno está começando! À procura de um príncipe que provavelmente não se encontra lá! Passando por uma cidade em ruínas que ninguém nunca viu!… Não podia ser melhor! Se uma aventura dessas não consertar um sujeito, é porque não tem mesmo conserto.”
Mas também não posso negar que tive uma sensação de déjà vu: o príncipe perdido que precisa voltar ao seu trono de direito, a bruxa vilã, a dinâmica entre Eustace e Jill me lembrou bastante Edmund e Lucy.
Adoro demais a escrita do Lewis e melhor parte da aventura para Nárnia continua sendo o narrador da história.