Juh 21/02/2022
Eu não creio num livro sobre trivium melhor do que esse
?Pode-se ensinar tudo a partir da Palavra de Deus. Ela estabelece a autoridade da educação. As Escrituras devem ser o fundamento de todos os estudos, o guia para todos os estudos e o teste final para todos os estudos. ?
Se eu pudesse resumir todo esse livro em apenas um único ensinamento supremo, pelo qual todos os outros temas se originam, certamente seria esse. Partindo por pressupostos bíblicos, Harvey e Laurie são bem críticos com o significado atual de ?clássico? e evidenciam como a necessidade de definir esse termo por um preceito correto rege toda a educação que damos aos nosso filhos, bem como o que nós mesmos acreditamos sobre o que é, qde fato, uma educação clássica.
Tais crenças nos levam ao questionamento: de quem, realmente, é o dever de educar? Os 3 capítulos inicias abordam exaustivamente essa pergunta e suas implicações.
Em um posicionamento um tanto quanto radical (sob minha ótica), eles se posicionam contra a ideia de uma criança frequentar uma rede de ensino, seja referente à escola ? salvo em situações extremas - ou até mesmo a EBD da igreja. Trazendo à tona o dever dos pais em terem a primazia no acompanhamento educacional dos filhos, os autores destacam as sérias consequências do ?abandono intelectual? por parte daqueles que mais deveriam ser participativos na formação integral das crianças ? as escolas viraram depósitos onde os pais largam seus filhos, e os deixam à mercê de quem quiser lhes dominar. Para Harvey e Laurie, a família é a principal base formadora ? em todos os aspectos ? de nosso filhos. Apenas no seio familiar contêm (ou deve conter) as situações mais favoráveis para o ensino bíblico e completo. Confiar ao Estado o poder, controle e domínio ? que não lhe foi imputado - da mente de nossos filhos, é afastá-los de seu lar e afastando-os de sua principal base, eles tendem a ruir em todos os sentidos.
No capítulo 4, o TRIVIUM começa a de fato ser desenvolvido iniciando por seu modelo educacional (trivium clássico formal) e o associando a sua prática (trivium aplicado). Relacionam-se as fases de amadurecimento cerebral de uma criança com a estrutura de ensino do TRIVIUM, o executando ás diversas áreas do conhecimento, em destaque, nesse caso, aos ensinos da literatura e história. Um considerável tempo é dirigido a discussão do impacto social da cultura moderna sobre as crenças e a qualidade moral, intelectual e espiritual de um povo em relação aos ideais bíblicos. Torna-se discrepante, a indissociável relação entre a educação e cultura ímpia em contraste com a educação e cultura cristã ? Tudo que, aparentemente, existe de verdadeiro na cosmovisão descrente, em sua essência, é falso, pois nega ao dono da verdade absoluta ? Deus. Cabe aos cristãos estudar as ferramentas do ensino clássico cristão para saber identificar e filtrar o que está de acordo com sua fé.
Ensinando o Trivium, nos mostra como o conhecimento não pode simplesmente ser uma busca vazia pelo saber. É preciso ir além ? buscamos conhecer para saber mais de Deus em sua própria criação, para moldar nossas mentes e intelectos à vontade soberana daquele que tudo criou. Afinal, o Criador é quem rege a criação, nada melhor que o próprio Criador para ser o principal e absoluto ponto de referência para as diversas areas da ciência. A FONTE de todo saber deve ser o crivo prizncipal da busca por esse mesmo saber. E é exatamente nesse ponto que ciência e religião se unem em um matrimônio equilibrado e sensato, sendo este o cerne de uma educação clássica cristã ? a alta qualidade da estrutura e aplicação educacional, anda de mãos dadas com a alta qualidade do conhecimento, entendimento e sabedoria.
Excluir Deus da educação é tornar o trivium ? e qualquer outra coisa - algo irrisório, fraudulento e sem sentido.