Samuel Santos 07/05/2023
Uma excelente apresentação da vida de Maria Leopoldina da Áustria, a primeira imperatriz do Brasil, nascida em berço católico, foi extremamente educada nas virtudes cristã, nas ciências e na arte, portadora de educação e cultura que a fazia a melhor esposa para um governante ter ao seu lado, valor este que não foi dado por aquele que viria a tornar-se o seu esposo, Pedro de Alcântara. Como a sua irmã Maria Luísa, casada com Napoleão, Leopoldina também tornou-se uma virgem sacrificada ao Minotauro, afinal, "Os outros que façam guerra, tu, Áustria feliz, casa-te". Mulher de personalidade clara, piedosa e de grande coragem nos momentos em que fora necessário, frequentemente adotava uma postura que nem mesmo o próprio D. Pedro tivera coragem em momentos necessários, levando o próprio José Bonifácio comentar à Vasconcelos de Drummond: "Meu amigo, ela devia ser ele.", ao terminar de ouvir o que dizia a carta de Leopoldina à D. Pedro, que resultou com O Grito do Ipiranga.
Esposa, mãe, Imperatriz, diplomata, conselheira e estrategista, não foram atributos suficientes para manter o Demonão distante da cara Titília, o que resultou em seguidos eventos de grande vexame para a Imperatriz e consequentemente seu adoecimento. Por fim, acolhida pelas graças sacramentais da confissão e Eucaristia, "[...] a morte terminou os seus sofrimentos, sem esforço, sem estertor [...], ela parecia ter adormecido [...]" e todo o povo do Império chorou.
Em resumo, uma excelente biografia para conhecer esta figura tão importante para a nossa história e que muitas vezes é tratada sem as devidas considerações.