JP_Felix 08/12/2023
Os assassinos Baudelaire?
Eu boa gosto muito dessa ideia dos guris serem incriminados, não. Acho que aqui vemos a grande mudança, já que não há mais tutores ou um lugar para os órfãos. Não acho isso legal na dinâmica da coisa porque gera um questionamento que ainda não faz sentido. Eles se questionam sobre suas atitudes, se são morais e éticas, mas isso fica besta quando o mundo em que eles vivem tem uma cidade que queima sumariamente e sem julgamento regras bobas. Na cidade, certo, faz parte da dinâmica do livro anterior, mas aqui vemos que eles estão sendo procurados no geral, e com muito mais eficácia do que procuraram Olaf, aparentemente.
Eu sei que isso é meio que a parte lúdica da coisa, mas na prática as coisas precisam funcionar dentro de sua própria lógica. Tipo, Olaf só é reconhecido pela sobrancelha e pela tatuagem, mas os irmãos precisam esconder o rosto todo porque qualquer um vai reconhecê-los na hora se os vir por aí, e isso do jornal declarar que eles são assassinos é muito besta. Acho que é esse o limite da minha suspensão de descrença.
No mais, tem a mesma narrativa legal dos outros, e o momento em que un dos irmãos fica separado serve para percebermos como a interação entre os três é legal, porque a ausência de um deles faz muita falta.