Mandy Nunes 15/12/2017
A fênix despertou...
Eve deveria ser o rei de Elf Regnum. Por ser o primogênito, seria o mais ideal. Contudo, seu pai preferiu passar a coroa para seu irmão caçula, Neven. E agora, depois de trinta ciclos, o rei não coroado, em aliança com os ogros e elfos, pretende invadir o Palácio Real e tomar o trono para si.
Enquanto isso, em Aeris, a tribo dos elfos que manipulam o ar, Natan é o príncipe herdeiro de Elf Regnum que acaba de completar a maioridade élfica: vinte ciclos. A partir dessa idade, a qualquer momento suas habilidades podem se manifestar. Seu pai, o rei, acredita piamente que ele continuará em Aeris, pois o jovem tem uma habilidade íntima com o arco-e-flecha. Pelo menos, esse é o seu desejo, porque se a habilidade do filho for outra se não a do ar, o príncipe precisa se juntar à tribo que pertence: Aqua, caso manipule a água, Petram, caso tenha afinidade com a terra, ou Ignis, se seu elemento for o fogo. Contudo, suas habilidades ainda são desconhecidas. E o único herdeiro também não parece muito animado com a ideia de reinar.
Em paralelo, temos a jovem elfo Sassas, que despertara suas habilidades para o elemento fogo e está em treinamento com Felef em Ignis. Mas os planos de Eve em roubar o trono vão interferir em sua vida, mudando-a bruscamente, roubando sua inocência e a transformando para o desejo de vingança.
“Aquele era o momento de sua libertação. Depois de trinta ciclos vivendo em vergonha, ele vai resgatar a honra que seu pai lhe tomou ainda em seu leito de morte; como último ato de uma vida que acabar a praticamente na miséria.”
Eve lidera seu exército até o Palácio Real, pronto a dar o seu golpe de Estado, e nada fica em seu caminho. Uma batalha é travada pelo trono, e o primogênito consegue usurpar o lugar de seu irmão. (Acredito que ficou meio na incógnita o que realmente aconteceu com Neven, fiquei na dúvida se ele está morto ou não; talvez tenhamos alguma surpresa nos livros seguintes ;) )
Embora Eve tenha conseguido destronar seu irmão, o Reino ainda pertence ao herdeiro, Natan. Por isso, a vida do jovem elfo corre perigo. A rainha, Anna, para proteger seu filho, vê como única saída fugir, o que dá início a uma caçada por ela e pelo príncipe, a mando do usurpador. E é durante essa caçada que as habilidades de Natan serão reveladas, e, mesmo sem o treinamento adequando, o jovem elfo se mostrará um exímio guerreiro.
“O assassinato é o mais terrível dos pecados, quando matamos alguém estamos matando a nós mesmos.”
Considerações pessoais
As Crônicas de Elf Regnum tem uma trama muito interessante e é bem construída. As informações da fantasia acerca de Elf Regnum e seus habitantes são bem explicadas e situam o leitor de forma satisfatória dentro da história. A ambientação está muito bacana também. A narrativa é feita em terceira pessoa, e gostei da distribuição dos capítulos; que alterna entre os personagens, mostrando um pouco de cada um deles e soltando as informações gradualmente, o que prende o leitor ao livro. A leitura é muito agradável e estimulante, como toda boa fantasia.
O livro peca um pouco na revisão, deixando passar muitos erros básicos (me deparei com muitos “pode”, quando exigia um pôde). A diagramação é linda, fonte agradável para leitura, e gostei muito do conceito da capa também, que revela aí uma parte do livro.
O desfecho fica em “aberto” porque há continuações, que eu já quero ler.