O que o inferno não é

O que o inferno não é Alessandro D'Avenia




Resenhas - O Que o Inferno Não é


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Gabrielli... 25/06/2023

O inferno é quando você já não sente a dor da destruição
Um livro poético, por seu personagem jovem aspirante a poeta. Um jovem que não conhece a fome, o medo, a insegurança. Mas que sente um inexplicável vazio.
Em busca de uma razão ele vai a Palermo, uma parte da cidade negligenciada pelo estado.
Se depara com a fome, a incerteza das pessoas daquela cidade que não sabem se seu filho voltará vivo no fim do dia.

Depois que esse menino vê o sofrimento, é incapaz de desviar os olhos.
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Julia 05/01/2023

Eu tive que ficar sentada no banheiro pq os pedacinhos de papel não estavam contendo meu choro.

Definitivamente esse foi o livro mais tocante que já li até agora. Com direito a 38 post it's gastos, 40 sublinhados e algumas anotações, e D'avenia me fez chorar em cada uma delas...
A sinopse dá a entender que o livro gira em torno de Federico, um menino classe média que estuda em Palermo na Itália. Federico é apaixonado por literatura e "palavras", porém, não encontra o seu lugar na sociedade.

Quando digo que a sinopse dá a entender é porquê para mim, facilmente o Dom pino seria um foco muito mais interessante. Dom pino é um sacerdote que ajuda a Brancaccio, uma parte de Palermo. Lá ele da tudo de si para ajudar as crianças a não se envolverem com a máfia, até a vida.

Federico acaba indo ajudar Dom pino e diversas vezes ele chama aquele lugar de Inferno. Dom pino, com toda a sua paixão, se atenta a explicar 'O que o inferno não é'. "Inferno é viver sem amor"

Não conseguiria escrever o que Dom pino representa.

Quando o Padre conversa com as crianças sobre o amor, coloquei no livro a seguinte frase: "Esse foi o diálogo mais puro que já li/Dom pino é bom de mais, por isso é fictício." E, para minha surpresa, o Padre Puglisi existiu.
O que quero dizer com tudo isso é, nós nos acostumamos em viver no inferno. O fato de demonstrar amor virou algo fictício. As pessoas boas viraram fictícias. Estamos destinamos a viver e compartilhar o inferno com as crianças.

"O inferno acontece sempre que você decide não amar ou quando não pode amar."
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Ana 02/12/2022

O que o inferno não é
"O inferno acontece dempre que você decide não amar ou quando não pode amar". O livro todo se desenvolve a partir disso, mostrando que o inferno não é somente um lugar que podemos ir para depois da morte, mas sim um lugar que estamos no nosso dia a dia a partir do momento que não deixamos o amor entrar nos nossos corações e na nossa realidade. Outra coisa, como não amar Dom Pino? Um exemplo de caridade, bondade, compaixão e humildade que deve ser aprendido da mesma forma como as crianças acolheram seus ensinamentos, se assemelhando muito a Dom Bosco. Por fim, índico plenamente esse livro com o intuito de que seja percebido o inferno em meio a realidade e que sempre a esperança e Deus como a luz em meio das trevas.
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Amangarosa 19/09/2020

Por que esse livro é tão pouco conhecido??? :'(
"- No paraíso ou no inferno a gente está ou não está. Não vai a eles."


Esse já é o terceiro livro que leio do autor e se tem uma coisa que eu posso afirmar é: a escrita do Alessandro D'Avenia mexe muito comigo. Consegue tocar meu coração de forma muito única. 


"Como fazem os escritores para pensarem nossos pensamentos? Talvez sejamos nós a pensar os deles?"


Mais do que apenas histórias, o trabalho do  Alessandro consegue entregar ao leitor aquilo que muitas vezes ignoramos. Estejamos no Paraíso ou no Inferno, o ser humano, no seu íntimo, é "universal" em seus conflitos, anseios e medos.


"- Não sei como fazer isso. 
- E quem é que sabe? ?Quando o amor quer, encontra um meio.? Mas amar é uma coisa humana. Aprendemos tudo. Nos ensinam tudo. Já o amor, que é a coisa mais importante e mais difícil, ninguém nos ensina. No entanto, se você não o aprender, permanece um analfabeto da vida."


Se por acaso você não fazia ideia da existência dessa obra, ou então tinha dúvidas sobre se deveria lê-la ou não, saiba que essa leitura será uma experiência única e arrebatadora. Pois encontrar um livro que te emociona de verdade até pode ser maravilhoso, mas um que consegue conversar diretamente com seu coração é como estar no Paraíso. 



_______


Ps.: Ah, e só para deixar bem claro... Definitivamente isto não é uma resenha. Está mais para um desabafo do tipo "pela madrugadaaaa, leiam os livros desse autor!! Eles são incríveis!!!" hahaha :D


Ps.2: Publicados aqui no Brasil temos "Branca como leite, vermelha como sangue", "Coisas que ninguém sabe" e "O que o inferno não é".


LEIAM. 


OBRIGADA.


DE NADA.
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lucas.pinheiro.5815 22/09/2019

O que o inferno não é!

"O inferno não existe. Se existe, é vazio. Dizem.

Talvez vivam em bairro com jardins e escolas. Ignoram.

Inferno são os enormes prédios de cimento, colmeias rachadas e abandonadas pela beleza, que fazer de cimento a alma que as habita.

O inferno se aninha nos subterrâneos desses prédios, cheios de pó branco muito bem misturado e carne humana em liquidação.

O inferno é fome nunca satisfeita de pão e palavras.

Inferno é uma criança desfigurada de fora para dentro, da pela até o coração.

Inferno é o lamento dos cordeiros cercados pelos lobos.

Inferno é o silêncio dos cordeiros sobreviventes.

Inferno é Maria, mãe aos 16 anos, prostituta aos 22.

Inferno é Salvatore, que tem pouco pão para os filhos e, por vergonha, bebe o pouco que tem.

Inferno são as rua sem árvores, escolas e bancos sobre os quais falar.

Inferno são ruas das quais não se veem as estrelas, pois não é permitido levantar o olhar.

Inferno é uma família que decide quem e o que você vai ser.

Inferno é a consciência fria do desespero alheio.

Inferno é fazer os outros pagarem para que sintam o sabor amargo que mastigamos.

Inferno é quando as coisas não se realizam. Inferno é toda semente que não se torna rosa. Inferno é quando a rosa se convence de que não tem perfume. Inferno é uma passagem de nível que dá para um muro.

Inferno é toda beleza voluntariamente interrompida.

Inferno é Caterina, que se jogou do décimo andar com u guarda-chuva na mão, porque não queria continuar no inferno e esperava que um anjo a pegasse antes de chegar ao asfalto.

Inferno é o amor possível, mas nunca inaugurado.

Inferno é odiar a verdade, porque amá-la custaria sua vida.

Inferno é Michele com espuma na boca e os olhos queimados por uma overdose solitária.

Inferno é um velho sem nome, morto há dias em sua casa, sem que ninguém percebesse.

Inferno é já não ver o inferno.

Nesse bairro dessa cidade de homens, governam dois demônios.

Não têm nomes exóticos. Astaroth, Malebranche, Gog e Magog... não.

Miséria. Ignorância. Assim se chama. Como cavaleiros do Apocalipse.

Misericórdia e a Palavra bastarão para contê-los?

O inferno existe. E é aqui. Nessas ruas ferozes em que os lobos fazem sua toca. E os cordeiros, ensaguentados, calam-se porque a vida lhes é mais cara do que qualquer outra coisa. E o sangue é a marca da vida, pois, se a palavra não salva, é o sangue que terá de fazê-lo.

Inferno é um pai que tira a vida dos filhos.

O inferno existe e está repleto.

Não é do lado de lá, mas do lado de cá, com mapas e endereços.

Em Tuttocittà 1993".

Este é o capítulo 9 do livro. Olhando para o inferno, é mais fácil de entender o que o inferno não é.

Esse livro é uma verdadeira obra prima! Suas páginas desenham, ao mesmo tempo, a beleza e a dureza da vida.

O pano de fundo desta obra é uma história real. Trata do assassinato de Dom Pino, um sacerdote que foi "silenciado" em 1993 pela Cosa Nostra, em Braccancio, um bairro extremamente pobre e perigoso de Palermo.

É um daqueles livros que nasceu destinado a se tornar um clássico. Ganhei de presente e foi uma bela surpresa. Recomendo demais!
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Rodrigo Coxta 07/05/2017

Um livro com uma trama pequena e uma mensagem gigante"
O que o inferno não é é um livro narrado intercaladamente em primeira e terceira pessoa. Abordando temas como o tráfico italiano, religião e socialização, o livro do autor Alessandro D'avenia foi lançado em Março de 2017 no Brasil pela editora Bertrand. O livro possui 384 páginas com capa de brochura.

Padre Pino é um senhor com seus 56 anos que é tão dedicado a ajudar os outros quanto é a Deus. A todo momento está preparando algum evento na precária igreja onde celebra suas missas. Usa a sua fé em Deus e seu dom da palavra para recrutar e resgatar jovens das ruas e do mundo do crime, este que é dominante em Brancaccio.

Brancaccio é um distrito da cidade de Palermo, na Itália. O próprio lugar é um dos protagonistas do livro. A máfia italiana é a dona da província e praticamente da população. Crianças aprendem sobre o mundo do crime desde cedo pois é sua realidade. O medo transforma as famílias em reféns e influencia na criação de seus filhos fazendo das novas gerações possíveis seguidores do temível destino desgraçado. Aí é que entra o Pe. Pino, vulgo 3P. A principal ameaça dos "donos" de Brancaccio.

O 3P também é professor de religião na escola em Palermo, na parte rica da província e é a partir dela que ele faz seu mais improvável discípulo: Federico é um rapaz de 17 anos, apaixonado por poesia, de família rica e está se preparando para uma viagem para a Inglaterra, onde pretende ingressar sua formação superior. Mas um convite do Pe. Pino para uma "mãozinha" com os meninos do futebol em Brancaccio muda a sua vida.

Federico conhece uma realidade distante da sua mas que ao mesmo tempo mora logo ao lado. As dificuldades e perigos que aquelas crianças vivem e o trabalho incansável do 3P para mudar o futuro dessas pessoas toca o coração do jovem assim como o faz enxergar que a vida real nem sempre é aquela que escolhemos enxergar. No meio daquela cidade tão bagunçada, chamada muitas vezes de Inferno, ele encontra o amor e uma bondade que nem ele sabia que existia dentro de si


Percebemos nessa obra como um trabalho, acima de tudo humanitário, muda a vida das pessoas de formas tão diferentes mas sempre importantes. A visão limitada que temos da realidade da vida é o que, de fato, nos cega. Um livro que não tem uma grande trama, o que não o impede de ser cativante quando nos apaixonamos pelos personagens e até quando levamos um tapa na cara toda vez que nos mostra o quão egoísta somos quando engradecemos problemas que sabemos serem pequenos.

Espero que tenham curtido, seus lindos! Beijo na alma!


site: https://estantelivrainos.blogspot.com.br/2017/04/resenha-livro-o-que-o-inferno-nao-e-de.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 04/05/2017

Resenha PREMIADA desse livro MARAVILHOSO para o blog Pétalas de Liberdade
"Somente se tocarem um pedacinho de beleza é que poderão desejá-la. O inferno é o lugar em que o espaço para os desejos já está todo ocupado. Por isso, nele se faz o que é ordenado, de cabeça baixa." (página 50)

A história se passa nos anos noventa, em Palermo, cidade da região conhecida como Sicília, na Itália. Federico é um jovem de classe média, tem um irmão mais velho que estuda medicina, e mora com os pais. Aos dezessete anos, em seu último dia de aula, o professor de religião de sua escola, o querido 3P, padre Pino Puglisi (daí o apelido) lhe convida para ajudá-lo em seu projeto social. Como Dom Pino é um dos professores mais amados pelos estudantes, por sua cabeça aberta e sua proximidade com os alunos, Federico acaba aceitando ir até Brancaccio, o bairro na periferia da cidade, onde mora e trabalha o padre. Essa visita mudaria a forma como o rapaz via o mundo!

"Deus pôs um coração em seu peito, mas se esqueceu da couraça. É o que faz com todo rapaz; por isso, para todo rapaz, Deus é cruel.
O rapaz tem dezessete anos e a vida para inventar. Dezessete não promete boa ventura, até mesmo os atores são feios e não acreditam que vão ficar bonitos. O sangue é quente e, quando aperta o coração com força, obriga-nos a decidir o que fazer com ele.
Ele tem todas as perguntas, mas as respostas chegarão quando as tiver esquecido. Dezessete é um erro de cálculo temporal entre oferta e demanda." (página 12)

Federico era um garoto que ainda procurava seu lugar no mundo. Ele gostava de ler e de escrever, especialmente poesia, gostava de brincar com as palavras, de fugir do mundo real para o mundo das palavras. Brancaccio era um bairro pobre e dominado pela máfia italiana. As crianças que viviam ali levavam vidas muito mais difíceis e foi um choque para Federico perceber que, tão próximo de sua vida confortável, pessoas passavam por tantas carências. Dom Pino fazia o que podia, quando não estava dando aulas no colégio de Federico ou rezando missas, visita as família de Brancaccio e recebia as crianças no centro que criou, mas não era só no centro que ele cuidava deles, em qualquer lugar que encontrasse seus pequeninos na rua, sempre tinha um minuto para lhes dar atenção, para conversar com eles, responder suas perguntas ou apitar um jogo de futebol.

"A luz vai escurecendo e é substituída pela raiva de quem destrói e nem mesmo sabe por quê, de quem aprende a dominar antes de amar, de quem não sabe que amar acrescenta alguma coisa à vida, ao passo que odiar subtrai, mas odiar é mais fácil e imediato. É uma espécie de anestia que não permite que se sinta a vida e a luz. Muitos deles sofrem violência sexual por parte de garotos mais velhos, e assim acabam se habituando a se submeterem. E quem é dominado já não sabe como se faz para amar, porque também já não sabe como se faz para ser amado." (página 139)

Dom Pino acreditava que tudo o que aquelas crianças precisavam para saírem do inferno que era a vida em Brancaccio, era uma oportunidade. Uma oportunidade de conhecer uma vida diferente, de desejar uma vida diferente, onde pudessem estudar ao invés de roubar, onde pudessem brincar ao invés de agredir, onde pudessem sonhar com um trabalho digno que lhes pagasse suas necessidades.

"Dom Pino é um dom sem poder, mas não sem força. Uma força desarmada, não superior à violência - porquê a violência transforma a carne -, mas ulterior à violência - porque sua força transforma o coração. Supera-a, não no espaço, mas no tempo. Somente o tempo pode vencer o espaço. Há homens que dominam o espaço, e há homens que são senhores do tempo.
Dependem do deus que escolheram para se consagrar." (página 81)

Foi muito fácil relacionar a realidade de Brancaccio com a realidade que conhecemos. Basta pensar nas favelas dominadas pelo tráfico que se espalham pelo nosso país, ou até mesmo olhar para algumas comunidades da minha pequena cidade, ou observar alguns "alunos problemas" da escola onde faço estágio. Que futuro essas crianças com família desestruturadas, que não tem acesso a coisas básicas como alimentação, podem ter? Vou dar o meu próprio exemplo: após terminar o Ensino Médio, fiquei anos sem estudar, fechada na minha cidade minúscula, simplesmente por não saber como eu poderia fazer uma faculdade, mas quando me foi dado o acesso à essa informação, comecei a correr atrás, e hoje estou no último ano do curso de Pedagogia, eu só precisava de algo que me impulsionasse, que fizesse nascer em mim a vontade de aprender mais, e encontrei isso nos livros. Mas não basta só pensar sobre o assunto, é preciso fazer alguma coisa para quebrar o círculo vicioso de manutenção da pobreza, que agrada às organizações criminosas e alguns governantes. E é isso que Dom Pino fazia.

"Ele sabe que tem que fazer o contrário: olhar, ver, ser olhado, visto. Abertamente, de cabeça erguida. E não fazer de conta que não viu nada se o que viu deve ser mudado. O início do inferno é baixar o olhar, fechar os olhos, virar para o outro lado e reforçar a única fé espontânea que a Sicília conhece, que é aquela fatalista e cômoda do 'seja como for, nada vai mudar'. Sua paz se nutre dessa guerra contra o que é sempre igual, contra a ordem constituída, mantendo os olhos bem abertos. Quantas vezes não tem que repetir às suas crianças: de cabeça erguida, caminhem de cabeça erguida. Por essas ruas, quando alguns passam, outros baixam o olhar. A submissão ocular é regra de vida, Se você olha, está lançando um desafio. E ele olha todos no rosto e nos olhos." (página 81)

Eu quis ler "O que o inferno não é" por recentemente ter visto alguns comentário super positivos sobre outro livro do Alessandro D'Avenia: "Branca como o leite, vermelha como o sangue". No início da leitura, a alternância entre a narração em primeira pessoa feita por Federico e a narração em terceira pessoa focada em Dom Pino me confundiu um pouco, assim como a forma poética e italianizada da escrita do autor, mas aos poucos fui me acostumando com isso (aliás, parabenizo o trabalho de tradução que foi feito) e "O que o inferno não é" entrou para os meus favoritos e ganhou nota máxima em minha avaliação.

"Tinha a coragem que raramente vi nos adultos." (página 357, Federico sobre Dom Pino)

Com capítulos curtos, que proporcionam uma leitura fluida, é um livro que duvido que alguém consiga ler sem ser tocado. Conforme vamos vendo o quanto Dom Pino se dedica inteiramente para tornar o mundo melhor, mesmo que isso lhe custe sua saúde e sua segurança, mesmo que ele sinta que não tem mais forças, vamos querendo mudar o mundo também, refletimos sobre o que estamos fazendo com a nossa vida, sobre o poder que temos em nossas mãos de tornar a vida de alguém melhor ou pior. Pelo menos eu me senti assim. E só não chorei com os capítulos finais por não ter parado a leitura, por ter seguido para o próximo parágrafo.

"Todos os anos, em cada classe teve entre vinte e trinta estudantes. São quase dez mil os estudantes aos quais sorriu em quinze anos. E sabe o que pode fazer pelo menos um sorriso por semana na vida de um jovem. Nunca deixará o ensino. Talvez no fim da vida chegue a cem mil alunos. Dá para mudar uma nação com cem mil jovens. Mas também dez mil podem bastar para uma revolução. Todo professor é o potencial bélico mais perigoso de um Estado, fusão capaz de ativar reações atômicas insuspeitas." (página 191)

A edição traz uma capa feita sobre uma fotografia de um lugar real de Palermo, com elementos que tem tudo a ver com a história, como a boneca. Acreditem que ao vivo a capa é mais bonita que nas minhas fotografias. As páginas são amareladas, a diagramação é simples mas com letras, margens e espaçamento de bom tamanho, e devo ter encontrado no máximo um ou dois erros de revisão.

"Os rapazes sempre esperam alegria da vida, não sabem que é a vida que espera alegria deles." (página 12)

Federico e Lucia (uma jovem moradora de Brancaccio) me lembraram a Maddy e o Olly de "Tudo e todas as coisas" da Nicola Yoon, com o gosto que tem pela leitura, com suas cinco palavras favoritas. Em "O que o inferno não é", relembrei o que é um oximoro (figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão) e conheci Petrarca (poeta italiano conhecido como o inventor do soneto).

"(...) e onde se perde o olho, o coração também acaba enredado." (página 11)

"O que o inferno não é" é um livro que gostei muito e que recomendo. Se você puder adquiri-lo e/ou presentar alguém com ele, faça isso. Recomendo também que após a leitura da obra, se também ficar curioso como eu fiquei, pesquise um pouco sobre Brancaccio e o 3P, mas somente após a leitura, hein?! Você vai se surpreender! "O que o inferno não é" é um livro sobre encontrar seu lugar na vida, e que nos faz entender quando dizem que a educação pode mudar o mundo e qual o verdadeiro sentido de amar ao próximo.

"As coisas atingidas por muita luz projetam o mesmo tanto de sombra; toda luz tem seu luto; todo porto, seu naufrágio. Mas os jovens não veem a sombra, preferem ignorá-la." (página 11)


site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2017/05/resenha-livro-o-que-o-inferno-nao-e.html
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