Fábbio (@omeninoquele) 20/06/2020Muito Bom!#OMeninoResenhando
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❝Escrevo, em parte, para conscientizar. Para que as pessoas que não tem filho com deficiência possam ter algum contato com a nossa história - e, assim, consigam desenvolver mais empatia.❞
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Cartas de Beirute é um compilado de seis textos bastante reflexivos acerca do autismo e mais singularmente à experiência da autora com a filha autista.
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Pude comprovar de forma bem básica, pra mim, porque os ensaios são muitos bem embasados, que o autismo passa ainda por um longo caminho de quebrar paradigmas na sociedade que é extremamente capacitista - termo que aprendi inclusive com o livro - e que meio que já foram trilhados por outras minorias.
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Mas não é só isso. A autora também trás muitas reflexões sobre diferença, sobre identidade, sobre machismo e faz uma intersecção entre esses termos e a nossa sociedade atual que é pautada sob o aspecto machista e cheio de privilégios, ela reforça a todo momento que somos criados com essa percepção de que o diferente sempre foi visto com pena e nos ensina que essas desconstruções são essenciais para nos fazer evoluir como pessoas e que nunca é tarde pra aprender-mos.
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Estou cada vez mais tentando aprender sobre o autismo e quando pego livros como esse, mesmo que eu não esteja inserido no meio, sinto que estou contribuindo de alguma forma, a aprender a ter mais empatia pelo próximo e enxergar as pessoas acima de tudo.
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Teve alguns momentos durante a leitura que me marcaram muito, e ele se diz respeito a passagens em que a autora narra a sua procura de médicos que tenham mais empatia com o autismo e que não queiram usar sua superioridade de médico (a) pra tratar o autismo de modo geral, não que isso aconteça com todos os profissionais, mas é algo que me fez refletir, porque isso ainda acontece e como a própria autora diz, cada pessoa autista possui sua particularidade e logo merecem serem tratadas de maneiras diferentes, levando em conta suas condições.
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É um livro que eu recomendo muito por trazer essa proposta a mais, numa não ficção, sobre o autismo e suas variações e é sempre bom estar aprendendo sobre esse tema tão importante pois nos ensina a ter mais empatia com o próximo, sendo ele autista ou não. E como o dia do orgulho autista foi no último dia 18 agora, eu recomendo mais ainda que você conheça esse livro incrível.
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Livro lido pelo projeto da Aline do ousejalivros o #TourDaEmpatia e é por conta desse projeto que estou dando meus primeiros passos sobre esse assunto.
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#CartasDeBeirute #AnaNunes #EditoraCRV #EmpatiaEmMovimento
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