Cartas de Beirute:

Cartas de Beirute: Ana Nunes




Resenhas -


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Mandy 25/04/2020

Cartas de Beirute
"Enquanto todos continuarmos considerando 'independência' um pré-requisito necessário para respeito e autoestima, todas as pessoas (com deficiência mais severa) seguirão desvalorizadas."

Em Cartas de Beirute a autora usa sua vivência pessoal para explorar assuntos necessários relacionados ao Autismo, de forma nua e crua, e de fácil entendimento.

Ana (autora) aborda não somente o autismo em si, mas todas as esferas cotidianas de uma mulher, mãe de uma filha no espectro, e tudo o que isso significa numa sociedade que ainda é, infelizmente, extremamente leiga no que se diz respeito às pessoas com deficiência.

Um dos pontos que mais me deixaram reflexiva foi sobre a linha tênue existente entre a busca incessante sobre novos tratamentos para uma melhor qualidade de vida para pessoa com autismo e a necessidade de tentar moldá-la para que pareça o menos diferente possível.

Não cabe ao autista deixar sua essência soterrada sob imposições de terceiros (neurotípicos) para que, somente então, tenha seus direitos assegurados.

É preciso que haja políticas públicas efetivas e mais empatia por parte da sociedade como um todo.

"Não pude deixar de me perguntar quantos Hawking não estaremos perdendo, ao não investir no desenvolvimento de métodos para romper o silêncio dos autistas não verbais."

#CartasdeBeirute faz parte do #TourdaEmpatia organizado pela Aline @ousejalivros, para a conscientização do autismo.
.
Um livro singelo, tocante e direto.
.
#EmpatiaEmMovimento
comentários(0)comente



Fábbio (@omeninoquele) 20/06/2020

Muito Bom!
#OMeninoResenhando
⠀⠀
❝Escrevo, em parte, para conscientizar. Para que as pessoas que não tem filho com deficiência possam ter algum contato com a nossa história - e, assim, consigam desenvolver mais empatia.❞
⠀⠀
Cartas de Beirute é um compilado de seis textos bastante reflexivos acerca do autismo e mais singularmente à experiência da autora com a filha autista.
⠀⠀
Pude comprovar de forma bem básica, pra mim, porque os ensaios são muitos bem embasados, que o autismo passa ainda por um longo caminho de quebrar paradigmas na sociedade que é extremamente capacitista - termo que aprendi inclusive com o livro - e que meio que já foram trilhados por outras minorias.
⠀⠀
Mas não é só isso. A autora também trás muitas reflexões sobre diferença, sobre identidade, sobre machismo e faz uma intersecção entre esses termos e a nossa sociedade atual que é pautada sob o aspecto machista e cheio de privilégios, ela reforça a todo momento que somos criados com essa percepção de que o diferente sempre foi visto com pena e nos ensina que essas desconstruções são essenciais para nos fazer evoluir como pessoas e que nunca é tarde pra aprender-mos.
⠀⠀
Estou cada vez mais tentando aprender sobre o autismo e quando pego livros como esse, mesmo que eu não esteja inserido no meio, sinto que estou contribuindo de alguma forma, a aprender a ter mais empatia pelo próximo e enxergar as pessoas acima de tudo.
⠀⠀
Teve alguns momentos durante a leitura que me marcaram muito, e ele se diz respeito a passagens em que a autora narra a sua procura de médicos que tenham mais empatia com o autismo e que não queiram usar sua superioridade de médico (a) pra tratar o autismo de modo geral, não que isso aconteça com todos os profissionais, mas é algo que me fez refletir, porque isso ainda acontece e como a própria autora diz, cada pessoa autista possui sua particularidade e logo merecem serem tratadas de maneiras diferentes, levando em conta suas condições.
⠀⠀
É um livro que eu recomendo muito por trazer essa proposta a mais, numa não ficção, sobre o autismo e suas variações e é sempre bom estar aprendendo sobre esse tema tão importante pois nos ensina a ter mais empatia com o próximo, sendo ele autista ou não. E como o dia do orgulho autista foi no último dia 18 agora, eu recomendo mais ainda que você conheça esse livro incrível.
⠀⠀
Livro lido pelo projeto da Aline do ousejalivros o #TourDaEmpatia e é por conta desse projeto que estou dando meus primeiros passos sobre esse assunto.
⠀⠀
#CartasDeBeirute #AnaNunes #EditoraCRV #EmpatiaEmMovimento

site: https://www.instagram.com/p/CBogSGUjXpV/
comentários(0)comente



Aline Marques 06/07/2018

Um livro para todos! [IG @ousejalivros]
Ser humano e, portanto, imperfeito, num mundo programado para não tolerar a humanidade é desafiador. Para dizer o mínimo.

"Supor que livros produzidos por e sobre uma determinada minoria só dizem respeito a este segmento específico é ignorar o que há de universal em qualquer experiência humana. Perceber que há universalidade em nossas especificidades talvez seja o primeiro passo para o respeito às diferenças."

Nesta coletânea de ensaios, Ana Nunes, propõe mais do que reflexões e debates sobre autismo e os seus desafios, conduzindo o leitor por uma jornada empática pelas bases da cidadania, da convivência e do respeito, que garantirá perspectivas sólidas, mas não inflexíveis, sobre a necessidade da desconstrução de conceitos que usurpam a nossa individualidade, como o machismo e o capacitismo, sem imposições ou conflitos.

Sua escrita incisiva, as notas de rodapé e as referências bibliográficas, tornam o texto um pouco mais acessível e extremamente indispensável, aproximando-o, com sorte, daquele que menos acredita que deve conhecê-lo.
Sutileza pode não ser o forte (tampouco a intenção) de Nunes, mas a sensibilidade domina as páginas e transforma a experiência, de forma ímpar e arrebatadora.

A abordagem feminista é precisa e enriquecedora, e a forma como a autora mostra que o reconhecimento de velhos preconceitos e equívocos possibilitam um amanhã mais digno e inclusivo, é um convite para o leitor praticar a mudança que deseja para si e para o mundo.

A diversidade não é um erro ou uma fraqueza e, juntos, nós fazemos valer o poder da nossa humanidade. E o direito a ela.
comentários(0)comente



oipikena 30/05/2020

Comecei a ler este livro achando que eu aprenderia mais sobre autismo, mas terminei aprendendo tanto sobre a humanidade ou a falta dela.
Ana, que obra maravilhosa.
comentários(0)comente



AnaLuVL / @anarilhando 15/06/2020

Excelente leitura, essencial à todes!
Tive acesso à esse livro a partir de um grupo de leituras que faço parte chamado Mulheres no Papel.

Já de cara fiquei bastante empolgada pra ler por conta do tema: sou muito interessada em estudar mais sobre autismo e outras atipicidades, e esse foi um livro que abriu muito minha cabeça.

Escrito por Ana Nunes, mãe de Bruna (autista não verbal), o livro é tanto uma forma de desabafo dos desafios enfrentados ao longo dos anos pela autora, quanto uma apresentação de diversas reflexões à quem esteja passando por esse desafio, ou ainda em primeiro contato com a luta pelos direitos dos deficientes.

Bastante introdutória, mas suficientemente tocante, o livro é tido por alguns inclusive como um manifesto das pessoas com deficiência (mas com maior foco no autismo).

Os temas são trabalhados através de 6 ensaios independentes, abordando a fase do diagnóstico, luto, aceitação, as reações da sociedade, identidade, relação médico-paciente, terapias, o trabalho do cuidado, feminismo e representação na mídia.

Ainda que haja alguns deslizes, essencialmente na questão da identidade, não deixa de ser uma leitura indispensável a todos, em especial aos profissionais da saúde e educação.

Super recomendo, minha melhor leitura do ano com certeza!
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR