Fisheye

Fisheye Kami Girão




Resenhas - Fisheye


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Gi @gigiilendo 30/04/2017

Cativante e emocionante da primeira a última página.
Quando peguei o livro pra ler, por indicação da minha colega de apartamento, já tinha alguma idéia de que ia gostar do livro. Porém, nada poderia me preparar pro sentimento avassalador que me tomou durante a leitura de Fisheye. Sabe aqueles livros que você não consegue largar antes do fim do capítulo (e do próximo, e do próximo, e do próximo?) hahahaha. A Kamile trouxe personagens reais, com dilemas que você consegue se identificar, e com a reflexão de: Vale a pena mesmo se basear nas aparências, ou viver sustentando uma aparência?
Estou completamente apaixonada pelos personagens, pelo universo. Ri, chorei, quis bater em alguns personagens, hahahaha.
Sem dúvidas, um dos melhores livros lidos em 2017!
Aech1128 23/03/2024minha estante
Tô vendo esse comentário só agr, vou começar a ler




Silvana 25/06/2017

Ravena Sombra tem dezesseis anos, mas quem olhar para ela hoje vai achar que ela tem muito mais. Afinal ela se vestiu para isso. Ela demorou horas se arrumando para parecer mais velha. Horas literalmente, e a maior parte desse tempo só para fazer a maquiagem. Mas isso é culpa da lâmpada do banheiro que mal dá para enxergar seu rosto. Essas lâmpadas feitas hoje em dia parecem que não funcionam direito e estão cada vez mais fracas. Mas a demora vale a pena e quando ela olha no espelho ela está perfeita. Ela está ansiosa para sair, já que faz tempo que ela não sai, pois, tem dedicado suas noites para estudar para o vestibular. Ela vai para a White Elephant, a boate mais cara e inacessível da cidade com seu amigo Micael. Mas quando Micael chega e ela sai para a rua, Ravena tem a impressão de que não é só a lâmpada do seu banheiro que está com defeito, parece que as da rua também estão bem mais fracas. Desde quando o mundo virou uma espécie de produção do Tim Burton?

E quando ela olha para Micael, ela mal consegue distinguir suas feições, ele mais parece com um rascunho estragado por manchas de tintas escuras. Micael conhece Ravena a tanto tempo que logo percebe que tem alguma coisa errada com ela, mas Ravena disfarça e diz que está tudo bem. E dentro do carro a escuridão é ainda maior. Quando chegam na boate, Ravena já perdeu toda a empolgação, mas como não quer estragar a noite de ninguém, ela permanece firme. Mas dentro da boate as coisas só pioram e quando Ravena percebe já está no chão com a cabeça machucada. Ela vai parar no ambulatório da boate para aguardar seu pai vir buscá-la, já que é menor de idade e está em uma boate para maiores. E Micael tem certeza de que ela caiu por estar bêbada. Mas sua preocupação nem é a humilhação e a vergonha que já passou e que ainda vai passar, o problema é o que realmente está acontecendo com seus olhos.

"— Ei, olha para mim – obedeci, um pouco vacilante. Daniel parecia sério e seus olhos claros, um céu infinito de sabedoria em que eu poderia me perder. Por alguns instantes, tragada pelo seu olhar, me esqueci do motivo pelo qual resolvi falar com ele sobre meus medos. Mais uma vez, me senti em cima de uma montanha-russa. — Você não é apenas isso, Ravena. Tem muito mais em você do que apenas a deficiência. Talvez as coisas estejam meio confusas agora, mas tudo isso é um processo de aceitação"

Desde criança Ravena tem se esforçado para ser aceita. Não que ela seja a garota perfeita, mas ela soube valorizar seus pontos fortes e segue a risca as regras para sobreviver em um mundo de aparências. Mas ela vê seu mundo desmoronar quando chega na escola na segunda feira e todos compartilharam um vídeo do que aconteceu com ela na boate. Mas o pior ainda estava por vir. Quando finalmente ela passa por um oftalmologista, ela descobre que tem retinose pigmentar. Sua retina está se degenerando e em pouco tempo, ela poderá ficar completamente cega. Ela sai do consultório desnorteada e não tem ninguém com quem ela possa dividir esse fardo. Seus pais nunca dão atenção e suas amigas, apesar dela ser a garota mais popular da escola, ela sabe que não pode contar com nenhuma delas. E nessa nova fase de sua vida, ela vai poder contar com a ajuda de quem ela menos imagina.

" — Mas sobre a sua primeira pergunta, nunca parei para pensar no que faria se descobrisse que poderia ficar cego.
— Não precisa responder se não quiser.
— Mas é um pensamento interessante. O que eu faria...? Bem, o que eu faria?
Daniel ficou quieto. Depois de uma demorada reflexão, falou:
— Acho que, se estivesse em uma situação do tipo, tentaria registrar toda a beleza que meus olhos veriam até o derradeiro dia. "

Em primeiro lugar o que chama a tenção nesse livro é a capa, linda demais. Depois o drama presente na história. Eu sempre usei óculos desde que eu me conheço por gente e já sofri muito por isso, tanto pela parte estética, hoje em dia isso até diminuiu bastante por causa da tecnologia e pelos óculos estarem sendo vendidos como acessório, mas a 30 anos atras quem usava óculos já era taxado como feio e aberração logo de cara e também pela parte da deficiência visual mesmo. Eu tenho miopia e astigmatismo, ou seja, não enxergo de longe e a noite como diz o ditado, todos os gatos são pardos. Por isso já fui vista como mal educada por não reconhecer as pessoas e tantas outras coisas. mas nada que um bom óculos não resolvesse. Então por isso a história desse livro mexeu muito comigo, porque, quem usa óculos que nunca pensou nessa possibilidade de não poder enxergar mais? Ainda mais nós leitores vorazes, como seria ficar sem poder ler?

E Ravena ainda tem um agravante, ela era perfeita, nem que fosse somente de fachada. Mas como eu disse, eu praticamente cresci com um óculos na cara, agora imagino isso em uma pessoa que era a garota mais popular do colégio. Seu mundo perfeito praticamente desmorona e é ai que ela percebe que aquilo tudo o que ela estava vivendo era apenas uma vida de ilusão. De repente ela não tem ninguém nem para contar o que está acontecendo com ela. Alguém que ela possa confiar tal segredo e dar o apoio que ela precisa. É na doença que ela vai conseguir ver além das aparências, que ela vai olhar para toda a beleza que está a nossa volta esperando ser apreciada e mal nos damos conta disso. E o apoio vai vir de um garoto que ela conhecia como uma aberração por ter parte de seu corpo queimado. Mas enfim ela vai conseguir ver além da "casca" que somos por fora e vai começar a dar valor para o que realmente importa.

Ravena foi um personagem incrível. É tão bom ver um personagem evoluindo na nossa frente. No começo eu fiquei com raiva dela, por causa de suas atitudes, mas então quando ela começa a amadurecer, não tem como não se identificar com ela e torcer pela garota que antes só enxergava o próprio umbigo e de repente está abrindo mão de um amor pela felicidade da pessoa amada. E que pessoa. Daniel é um encanto. Se tem uma coisa que faltou no livro foi pelo menos alguns capítulos narrados por ele, queria muito poder ter sentido melhor seus sentimentos. Ele teve seu corpo quase todo queimado quando ainda bebê, mas isso não impediu de ele ser uma pessoa adorável, mesmo sendo a aberração da escola, ele não se deixa abater e dá toda a força que Ravena precisa quando ela mesma se vê em uma situação dificil. Temos o Micael também, que tem sua própria história e drama e que também ganhou meu coração. Assim como Vitoria, irmã mais velha de Ravena. Enfim, para não me alongar mais do que já fiz, é uma história linda de superação e descobertas e que indico para todo amante de um bom livro de romance/drama.

site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2017/06/resenha-fisheye-kamile-girao.html
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Rochelly 06/07/2017

Me surpreendi!
Quanta alegria ao finalizar essa leitura. Foi muito bom acompanhar o amadurecimento da Ravena, no começo você quer dá uma sacudida nela rsrsrsrsr porém, no final é só amor. Mas foi Daniel que roubou meu coração, que personagem maravilhoso. Apesar da tragédia que lhe aconteceu ainda bebê, ele se mostra uma pessoa boa e que ajuda o próximo. O livro tem uma playlist de muito bom gosto e várias referências ao universo de star wars ?.
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Babi 18/08/2017

Você precisa ler "Fisheye"
Existe males que vem para bem e esse foi o caso de Ravena.
Ravena é uma garota popular na escola , tem a sua panelinha , o namorado que toda as garotas da escola queriam.
A unica coisa que a incomodava um pouco era ser um pouco desastrada.
Mas as preocupações da fútil Ravena mudam quando depois de um incidente desastroso em uma balada ela descobre que possui uma doença que poderá a deixar cega.
A primeira reação de Ravena é esconder de todos o seu defeito na visão para tentar manter a imagem de perfeição na sua vida.Ela não suporta a ideia das pessoas ao seu redor saberem que ela tem defeito de fabrica.Quem tem inveja de uma cega?
A unica pessoa que podia suspeitar que nem tudo estava bem na vida de Ravena é Daniel.
Ravena estuda em um colégio católico e Daniel vem a ser o sobrinho do padre, chamado pelo grupo de Ravena de "Queimadinho" ,com certo desprezo.
Ele recebeu esse apelido por causa de ter marcar de queimadura pelo corpo.
Daniel me chamou a atenção desde o primeiro momento .Eu queria descobrir o que aconteceu para ele carregar essas marcas .E m surpreendi por ele ser tratado com desprezo por alguns apenas por isso.
Eu conheço uma pessoa que sofreu queimaduras e mesmo já tendo visto pessoas do meu circulo assustadas e surpresas quando vê essa pessoa eu nunca vi ninguém torcendo o nariz para ela Na verdade ela ficou entre a vida e a morte e eu vejo um milagre ali.
Depois de ler "Fisheye" parei para pensar que nem todo mundo encara ela da mesma forma.
Gostei da a aproximação de Daniel e Ravena , ele é aquele tipo de personagem que vai fazendo você se apaixonando por ele aos poucos.
E de repente Ravena , a garota perfeita da escola que nunca olharia mais de uma vez para Daniel , encontra apoio nele
O desenvolvimento de Ravena de Regina George para uma garota mais madura foi lento ,mas surpreendente.Certo, em alguns momentos da vontade de entrar no livro e dar um chacoalho nela e em seus pais ausentes de tão lenta que a mudança caminhou durante um tempo.
Dos personagens secundários os melhores sem duvida é a irmã de Ravena e Micael ,o melhor amigo dela.
Na verdade eu acho que o Micael devia ter aparecido mais no livro , senti muita falta dele nos primeiros capítulos.
A escrita de Kamile é bem desenvolvida e agradável.
Gostei de como o titulo que cinfesso que achava um pouco sem sentido a primeira vista se relaciona com a trama.Fisheye para quem não sabe é uma lente especial para camêras que foca mais no centro da imagem borrando a laterais ,assim como acontece com a Ravena que por sua vez tem o hobby de fotografar.Talvez a uanica coisa que não mudou sobre ela.
Uma linda historia de amadurecimento que vale a pena ler e que só tem um defeito: eu recebi o arquivo em PDF porque essa capa de Fisheye é muito linda e ia ficar lindo na minha estante ...

site: https://mundinhoquaseperfeito.blogspot.com.br/2017/06/resenha-fisheye-de-kamile-girao.html?m=1
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Mari - Pequenos Retalhos 24/08/2017

Acompanhar Ravena nesse processo de aceitação foi uma jornada intrigante. A personagem torna-se ainda mais interessante devido à sua necessidade de manter as aparências. Ela tem amigas nas quais não confia e sabe que elas não confiam exatamente nela também. Ela namora um menino pelo qual acredita estar apaixonada, mas os dois não assumem seu relacionamento por causa de aparências. Muitas das ações de Ravena são tomadas levando em consideração o que pensarão dela.


site: http://www.pequenosretalhos.com/acabei-de-ler-fisheye-kamile-girao/#more-4442
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Desireé (@UpLiterario) 27/01/2018

Quando tudo parece perfeito. (@Upliterario)
Ravena tem 16 anos e a escola toda aos seus pés. Em suas palavras, todos os meninos gostariam de estar com ela; e todas as meninas gostariam de ser ela. Tudo parecia perfeito, certo? Mas como tudo na vida, a perfeição não dura para sempre. E após uma noite desastrosa, a garota descobre que possui uma doença degenerativa sem cura que está prejudicando a sua visão e que em pouco tempo poderá deixá-la cega.
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Perder um dos sentidos é algo inexplicavelmente desolador. É como perder uma parte de si mesmo, como se um pedaço de você deixasse de existir; uma parte da sua alma, da sua própria identidade. Ao mesmo tempo, é uma batalha longa e árdua para descobrir quem você realmente é. E quais as partes boas da sua identidade você precisa lutar para manter.
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"Tinha tanto medo que já estava sufocada por ele."
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Confesso que, no começo, foi bem, bem difícil criar qualquer laço com Ravena. Eu simplesmente não tinha empatia nenhuma por ela. Sua "perfeição", arrogância e "jeito pequeno" de ver o mundo me deixou apenas irritada. Porém, conforme a história se desenvolve, a protagonista cresce, amadurece e é impossível não sofrer, sorrir, amar e se emocionar com a luta diária da garota contra seu próprio corpo. Seus próprios olhos traindo sua confiança e quebrando, pouco a pouco, o jeito limitado e raso que Ravena via o mundo. E, apesar de sua visão desvanecer a cada nova página, sua alma e mente deixa de ser tão míope a cada novo desenlace da história.
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"Segurar sua mão era confortável e seguro como um refúgio, porém inquietante como uma subida numa montanha-russa. Dava para sentir a ansiedade causada pela precipitação da queda, o frio no estômago e o coração palpitante."
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Um ótimo livro! Um YA nacional que merece ser lido e relido!

site: www.instagram.com/upliterario
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Menina.Jasmim 30/01/2018

Fisheye
Ravena é a garota popular, que namora o garoto popular e leva sua vidinha perfeita de garota popular. Isso até descobrir que está perdendo a visão e ser forçada a começar a olhar o mundo de uma nova forma. O diagnóstico aparece para colocar em cheque tudo o que ela viveu até aquele momento, fazê-la repensar seus relacionamentos e até sua própria forma de se colocar para o mundo.

Quando comecei a ler Fisheye, acreditei ser aquela matemática simples: garota mimada + doença/ morte/ personagem que a faz pensar diferente = mudança parcial ou total de seu comportamento. No fundo, o livro não decepcionou minha expectativa. É exatamente isso que você encontrará nele. Isso, claro, eu sendo superficial.

O interessante de ler algo que já foi tanto trabalhado em outras histórias é ver a genialidade do autor em transformar o comum em algo único. E isso Kamile Girão faz com maestria.

O livro é narrado em primeira pessoa, grande parte dele pela protagonista. Achei certa a escolha, já que causa uma aproximação do leitor com a personagem, e a deixa mais no papel de protagonista do que de… digamos, vítima da situação. Sabemos como Ravena pensa, pensamos com ela, sentimos com ela. Tomamos as escolhas junto com a personagem e vamos a cada página nos tornando mais íntimos dela. E não apenas vemos a doença dela pelos olhos dos outros personagens.


Conhecemos junto com ela Daniel, que é um dos personagens responsáveis pela mudança da cabeça de nossa menina. Conhecido na escola como “queimadinho”, Daniel é o contrário da imagem perfeita que Ravena queria ter como amizade, mas, bem, ainda bem que a vida é feita de mudanças.

Não apenas Daniel, mas a irmã de Ravena, Victória, e Micael, amigo de infância, são figuras importantes na construção da nova (ou real) Ravena. Eu senti que os personagens serviram como um novo sentido para a protagonista, que, como estava perdendo um (a visão), começou a se apoiar neles (os outros sentidos começam a ficar mais aguçado quando um entra em desuso).

A escrita da Kamile é uma gracinha, delicada, deixando a leitura prazerosa. No final, continua sendo um YA (e segue as características do gênero) e até um sick-lit (para quem gosta de usar o termo), mas com muita veracidade e coerência.

Por mais que o desfecho seja previsível, a forma como a autora resolveu criar seu universo e desenvolver seus personagens se tornou completamente compensador. Achei bastante interessante como ela inseriu referências da cultura pop e de fotografia, além de nos explicar o que é a doença de Ravena.

Fisheye foi uma leitura instigante que não me fez querer soltar o livro até terminar.

A edição da Editora Wish está linda, com capa e diagramação impecável. Aquele tipo de livro lindo que dá até orgulho de ter na estante. Encontrei alguns erros de digitação, mas nada que tenha estragado a experiência.

É um livro que eu recomendo para todos, mesmo com a linguagem do gênero que pode não agradar tantas pessoas. Foi uma leitura bem gratificante


site: https://ultimasfolhasdooutono.blogspot.com.br/2018/01/resenha-fisheye.html
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Bia 29/04/2018

RESENHA Fisheye
Ravena é a típica garota popular que viver cercada de pessoas que a idolatram, com um futuro perfeito pela frente, mas essa perfeição desaparece depois que ela descobre que tem uma doença degenerativa, retinose pigmentar, que aos poucos faz com que ela perca a visão.

Com esse diagnostico Ravena começar a observar o mundo de outra forma, onde os verdadeiros amigos se encaixam na sua vida, todos os problemas internos que sua família passa o verdadeiro significado da perfeição e olhar para outras pessoas além da aparência.

A primeira coisa que me fisgou foi a capa desse livro, sem saber a sinopse eu já queria ele aqui em casa, depois então que eu li sobre a história, juntou uma coisa na outra e eu não podia mas me aguentar para ler esse livro.

Assim que o livro chegou eu comecei a ler, e não parei. A trajetória da Ravena durante o livro é tocante e inspiradora, como ela vai mudando durante a história, não só ela como as pessoas que fazem parte da sua vida: pai, mãe, irmã, amigos. Todos eles modificam pelo menos um pouquinho suas personalidades por causa da Ravena.

A história é perfeita em cada detalhe, me emocionou do início ao fim, também me fez feliz, me fez torcer por um romance (adoro um), e me marcou e me faz chorar muito toda vez que eu me lembro de uma parte específica.
Ravena tem uma irmã mais velha Vitória (nome da minha irmã), que apesar do pouco convívio e das diferenças, se torna o porto seguro de Ravena em certos momentos. Eu como irmã mais velha me coloquei no lugar da Vitória, e me fez vê a minha relação com a minha irmã, que apesar de todas as diferenças eu sempre vou está lá para ela, não importa o motivo.

Esse é o livro que a realidade superou a expectativa. Quero outros livros da autora pra ontem.

site: https://www.instagram.com/p/BgTPhz6DdUC/?taken-by=beatrizgmrs
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Becky Cunha 30/04/2018

Você quer literatura brasileira de qualidade @? POIS SEGURA ESSA RESENHA!
Se você observar minha estante no site skoob, vai ver que literatura brasileira não é o meu forte. Passei anos com imenso preconceito, e as vezes, esse preconceito ainda ressurge das cinzas, principalmente quando eu observo que muitos autores atuais não querem escrever para brasileiros: eles querem ser norte-americanos ou europeus. Isso me irrita muito. Quando pus as mãos no livro “Fisheye” da autora Kamile Girão, eu fiquei um pouco nervosa, com medo mesmo. Principalmente por ela ser minha amiga. O que eu iria dizer se fosse ruim? Vide minhas resenhas da série “A Caverna do Dragão”, e a minha tentativa de ler outros escritores brasileiros atuais, que terminaram em plena decepção. Mas não, “Fisheye” entrou na minha lista de livros favoritos, e eu faço questão de dizer os motivos.
A história se passa em uma cidade fictícia, onde a personagem principal, Ravena, é uma adolescente mimada, estuda em um colégio de elite, é popular, bonita, classe média alta, é rodeada de seguidores, ótima estudante, ótima filha. Ou seja, ela é perfeita. Ou assim ela se considera até que um acidente acontece, e ela descobre que vários problemas em sua vida eram causados por uma doença degenerativa nos olhos chamada retinose pigmentar (RP). A partir dessa descoberta, Ravena encaixa vários incidentes de sua vida e descobre que apesar de acreditar ser perfeita, sempre carregou esse enorme fardo, sem saber o que era ou que o tinha. E então sua vida muda completamente. Ravena se vê sozinha: as amigas a abandonam, seus pais não sabem lidar com ela, sua irmã a odeia, e ela não consegue se abrir com seu melhor amigo, Micael. Tudo parece estar desmoronando. Então ela conhece Daniel, um cara um pouco mais velho que faz bico de T.I no colégio em que ela estuda, e é conhecido por ‘queimadinho’ por ter parte do seu corpo cheio de cicatrizes causados por um antigo acidente. E apesar de não se conhecerem, ele é gentil e a trata tão bem, que a concha onde Ravena tentava se proteger começa a quebrar… E a partir daí a história destroça e esmaga seu coração, e depois dá para os cachorros comerem os pedaços. Mas depois eles regurgitam e você fecha o livro se sentindo feliz, triste, esperançoso, e completamente apaixonado.
A história é deliciosamente bem escrita, todo em primeira pessoa (exceto por um capítulo bônus que me fez chorar litros).

QUER SABER MAIS?! CLICA NO LINK!



site: http://www.soulgeek.com.br/literatura/resenha-fisheye-de-kamile-girao/
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Retipatia 24/10/2018

Uma Fisheye que queria ser Polaroid...
A delicadeza do olhar de quem descobre que pode enxergar bem mais do que os olhos permitem ver; a sutileza de perceber que as imperfeições fazem parte da beleza de cada um. Uma história com uma pitada de um dos contos de fadas mais amados. Esse é Fisheye...
Ravena Sombra é popular, digna do título de Queen Bee das garotas de sua escola, em uma versão brasileira da muito conhecida Regina George do filme Meninas Malvadas. A protagonista encabeça o poderoso trio dos Erres, já que as amigas e fiéis escudeiras se chamam Raquel e Rebeca. Seu lado nerd, fã de rock dos anos 60, de Star Wars e que adora fotografar com sua antiga Polaroid chamada Dear Prudence, esse, é mantido à sete chaves sob várias camadas de rímel e delineador.
Tudo em sua vida precisa estar, ser perfeito. Da aparência às notas em sala de aula, do comportamento ao namoro com o garoto dos sonhos. E, de fato, apesar de a família de Ravena estar longe de qualquer ideal de perfeição, ou melhor, de qualquer ideia de estabilidade, com a irmã morando em outra cidade e sendo considerada pela família como a ovelha negra, com os casos extraconjugais do pai em evidência e a indiferença da mãe, realmente, tudo o que importa para ela, é a aparência. É a certeza de que tudo que pode ser controlado, tudo que está ao seu alcance, funciona da maneira como deveria, ou como a sociedade lhe diz que deveria ser.
No seu último ano de escola, o foco está no vestibular, ingressar em um curso que tem a aprovação dos pais é uma das suas metas e, sem dúvidas, ela se dedica ao máximo, tanto que suas noites em baladas são cada dia mais escassas. Mas uma noite de folga, proposta de seu amigo Mick, traz acontecimentos estranhos e as coisas não saem como o planejado. Depois de alguns exames, a descoberta: retinose pigmentar. Ravena está perdendo sua visão a cada dia que passa e, agora, todos os seus planos e perspectivas de vida são questionados.
A história de Fisheye pode parecer seguir um script, daqueles que temos em livros e filmes que abordam a descoberta de algo impactante, geralmente, de uma doença, já que é exatamente essa a proposta. Imaginamos que a notícia da doença chegará, seguida da desestabilização, da reviravolta, e então, a aceitação, o amadurecer, o desabrochar. Mas, se for assim, o que é que realmente temos fora do padrão, já que, o elemento marcante da história, que é a fase de descoberta da doença já é jogada ao leitor logo na sinopse? O que vem depois, como a história se mantém sem um alicerce de descoberta pronto a ser revelado?
Talvez esse seja o aspecto mais prazeroso e sutil da leitura de Fisheye. As cartas foram colocadas na mesa, as apostas foram feitas e não precisa ser nenhum vidente para saber o rumo em que elas seguem, mas, a questão é, a narrativa te faz querer passar por cada um desses detalhes, por cada percalço, por cada dor e sentimento novo, por cada perda e descoberta. Cada único nascer do sol, cada pessoa que rodeia a protagonista como satélites naturais a orbitar um planeta, uns dependendo dos outros para subsistir. Queremos orbitar ao redor de Ravena e viver com ela cada minuto de sua vida, seja ele prazeroso ou doloroso, triste ou alegre.
Ravena é como um planeta prestes a sucumbir, com seus satélites totalmente atrapalhados, com órbitas invertidas, alguns desaparecidos e outros, novos e ainda sem lugar definido. Está prestes a sair do prumo, mas também, prestes a criar seu próprio trajeto interestelar. E viramos espectadores dessa colisão de astros que surge em cada página.
É assim que ela passa pela descoberta de sua doença e pela aceitação de sua nova condição como deficiente físico. Ela rui, colide bem mais do que com meros asteroides e satélites, e instaura o caos em todos os cantos pelos quais percorre diariamente. E é então que ela descobre, na beleza das coisas perdidas, das esquecidas, entre um clique e outro de Dear Prudence, nas músicas que ouve a banda de Daniel tocar, nas conversas redescobertas com seu pai, no lado que nunca conheceu da irmã, nas dores e dramas que seu seu amigo Mick vive... em tudo isso, nas amizades desfeitas, na imagem borrada no espelho, nas músicas antigas, nos planos desfeitos e naqueles que surgiram... é através de tudo isso que ela descobre que a verdade não é menos verdadeira quando silenciada, que ser belo não significa ser perfeito e que abraçar suas peculiaridades é a melhor maneira de se amar.
Talvez possa soar clichê e, sem dúvidas, a vida é feita de muitos clichês, mas o que Fisheye nos dá, sob a perspectiva de uma câmera e do olhar que começa a se fechar para captar os movimentos ao seu redor, é justamente a mensagem de que o crescimento, a dor que o gera, é que traz a felicidade ao fim da batalha de cada dia. É descobrir o verdadeiro significado de amizade, de amor ao próximo, de amor próprio, de desejo, de sanidade, de perda, de companheirismo, de família e do amor romântico. É livrar-se de pré-conceitos e preconceitos tão arraigados que saem destruindo o caminho quando são arrancados, mas deixam o alívio característico de retirar um espinho da pele.
É como se Ravena, no meio dos estudos para o vestibular, fizesse um grande resumo de tudo que precisa saber para a prova, listou cada um deles e, ao fim, percebeu que boa parte do que estava lá, não importa de verdade. É apenas o que o roteiro de estudos dispunha como necessário, mas, não necessariamente, o que ela precisava levar para a vida.
Foram necessários vários cliques e registros para mostrar que ver o que queremos ao nosso redor depende apenas da maneira como olhamos. Como um caleidoscópio, Ravena, a Fisheye, rearranja os fragmentos de sua vida em uma bela disposição para mostrar que o que importa é o trajeto percorrido nos clichês que a vida traz, e, especialmente, que ver além do que os olhos podem ver, é conseguir enxergar a real beleza que existe nos momentos e nas pessoas.
Com uma narrativa cativante e personagens bem elaborados (é impossível ler e não se apaixonar por, pelo menos, meia dúzia deles, Daniel que o diga...), Fisheye é uma leitura que emociona, que encanta, que traz uma pitada de contos de fadas à realidade bruta, que traz humor e descontração com suas referências geeks, que mostra a proximidade entre amizade e amor e, acima de tudo, mostra que a real beleza, a que importa na vida, é aquela que é possível captar para além do que se consegue ver.

site: https://wp.me/p7r1pU-1F7
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Carous 24/11/2018

Uns deslizes na hora de descrever personagens negros aqui, umas repetições que me cansaram lá, ainda assim este livro tem um história maravilhosa contada através de um desenvolvimento com timing perfeito mostrando personagens complexos, com falhas e que buscam se redimir. A redenção não soou artificial porque a escritora soube nos apresentá-los como seres imperfeitos e não
colocando numa caixa "bonzinhos" e "maus"

E no fim das contas, sinto que devo comemorar a representatividade de raça, orientação sexual e corpo que Kamile inseriu na sua história. Gosto de ressaltar essas decisões porque me alegra. Eu faço parte de uma minoria. Eu vejo pessoas de outras minorias todo dia e eu gostaria que nós fôssemos incluídos nas obras na maneira natural como foi aqui. Gostaria que nossa inclusão não fosse somente quando o autor quisesse debater algum preconceito porque apesar da discriminação que sofremos, também temos dias bons e vivemos situações que qualquer pessoa vive.

Enfim, divaguei, mas quero registrar o quanto gostei de Kamile ter criado personagens tão diferentes.

Ravena não é a personagem que eu esperava. Nem sua família. Ela é a queen bee da escola que só anda com os populares -sendo ela mesma uma - e vira a cara para quem é feio, diferente e impopular. Sua família é disfuncional.
Eu confesso que segurei o ar quando li que tipo de personagem ela era esperando uma onda de clichê quando Ravena começasse a amadurecer. Mas Kamile soube fazer a transição da personagem fútil para uma mais consciente.
E nem quando era o centro das atenções da escola, andando com as companhias mais populares e namorando o garoto mais cobiçado Ravena era um ser desprezível que praticava bullying, etc, tornando impossível sentir empatia por ela. Ela era apenas uma garota deslumbrada com as coisas erradas.

O livro conta com outras subtramas que apareceram na hora certa e foram concluídas satisfatoriamente. Isso permitiu que a história não rodasse exaustivamente no diagnóstico de Ravena entediando o leitor e que Ravena tivesse algo mais com que se preocupar - acho que era a lição que Kamile queria passar: o mundo não para porque você nasceu com uma doença genética.

A relação entre Ravena e Daniel foi bem perfeitamente desenrolada que quase cheguei a chorar (não que as demais dela com a família e os amigos não tenha sido). Porque É CLARO que há romance no livro, mas até eu cheguei a duvidar que de fato haveria um em algumas partes do livro. De qualquer forma, foi acontecendo gradativamente. Foi tão crível!! Eu estou emocionada!

Eu estava ansiosa para ler esse livro, mas quando soube que era nacional fiquei meio preocupada. E não era preciso.

Kamile nos entrega uma história bem escrita, bonita e fez um excelente trabalho. Espero que ela esteja tão orgulhosa de tê-lo escrito quanto eu estou de ter lido.
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Sandrics 18/12/2018

Um livro sobre crescimento e amadurecimento.

Ravena Sombra (adorei esse nome, achei super dark) é a típica aluna popular do ensino médio, que disfarça suas imperfeições e tem amizades de aparência. Até o momento que ela percebe que o mundo ficou mais escuro e que está cada vez mais difícil enxergar ao redor.

Após um incidente em uma festa Ravena percebe que tem algo errado e ao procurar ajuda médica recebe o diagnóstico de retinose pigmentar, ou seja, muito provavelmente perderá a visão em breve.

Após essa descoberta, todas as barreiras de proteção contraídas em torno de si na popularidade começam a cair e Ravena, tem que lidar com a possibilidade de ficar cega e ainda a estranheza dos amigos.

É nesse momento que ela conhece pessoas incríveis que antes lhe passavam despercebidas, e aprende a absorver toda a beleza das pequenas coisas do dia a dia, desenvolve mais sua paixão pela fotografia e se apaixona pelo mundo (e outras coisinhas mais).

Um livro envolvente, com personagens cativantes, referências do mundo pop e bastante informação sobre a doença abordada, e lições de empatia.
Um Young Adult nacional pra aquecer o coração ❤
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tayalves 25/12/2018

Às vezes a gente só precisa de uma metáfora e de uma personagem para ver o mundo
Mais do que uma história de superação, Fisheye é sobre crescer. E dói, seja no leitor que se depara com seu próprio crescimento ou com o leitor crescido que percebe que ainda tem muito a crescer. De qualquer forma, o amadurecimento da personagem é uma forma de representar a mudança, própria de qualquer ser humano. Mudamos por fora e por dentro de acordo com acontecimentos da nossa vida.

Ravena é uma menina mimada cheia de problemas típicos de adolescentes que veem, pela primeira vez, seu mundo idealizado da infância ruir. Ela segue guardando essa amargura em sua alma, fingindo que está tudo bem, até que não pode mais esconder seus cacos. O ponto forte da narrativa é quando percebemos que é a própria Ravena quem está juntando seus cacos, descobrindo quem é de verdade e tentando se afirmar. Ela segue em frente mais empoderada do que quando saía para a balada com as amigas e o ex-namorado.
O Daniel, assim como os amigos, fazem parte desse momento de mudança, mas todas as cenas fofas do casal são como a calda no sorvete de chocolate. É para deixar a vida doce e o dia alegre.

Penso a literatura como um meio engrandecedor de transformação pessoal. Há sempre um ganho em ler histórias e conhecer personagens. O coração pode apertar nas cenas mais emocionantes do livro e, por fim, quando acaba, fica o sentimento de perda. Nesse caso, porém, a Ravena me pareceu uma personagem tão coerente, que sinto que ela é real e, portanto, a história não acaba quando o livro fecha. Fechei o livro, mas a vejo por aí, pois sempre tem gente tentando ver o mundo por meio de outro olhar.

Que Fisheye seja a nossa metáfora para ver o mundo com outros olhos.
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Kalyne @oreinodaspaginas 17/01/2019

Resenha
Alguns livros fazem você refletir profundamente sobre a história que eles trazem. Fisheye foi um desses livros, me fazendo refletir sobre a vida, as pessoas, o futuro e as decisões que tomamos.
Eu estava com as expectativas nas alturas sobre esse livro, e logo no primeiro capitulo já me conectei a história. No terceiro capitulo fiquei tão emocionada que as lagrimas surgiram. A Kami criou uma personagem tão incrível e com uma sensibilidade tão grande em demonstrar como se sente, que eu própria passei a me sentir na pele da Ravena.
Ainda não sabia sobre o que era a retinose pigmentar e essa descoberta foi um verdadeiro choque. Eu tenho miopia (para longe) e astigmatismo, uso óculos desde os 12 anos, e meu grau só aumenta (hoje tenho 3,0 no olho esquerdo e 3,5 no direito), não enxergo nada sem óculos, praticamente nem os meus dedos dos pés na hora do banho, a noite minha visão é um pouquinho pior. Mas isso não chega nem aos pés do que é a retinose pigmentar, e isso destruiu o meu coração.
A história da Ravena me mostrou que a vida de ninguém nunca é perfeita, todos estamos suscetíveis a tragédias, doenças e calamidades, mas cabe a nós sabermos como enfrentaremos as dificuldades de cabeça erguida e com o melhor sorriso no rosto, pois só o fato de estarmos vivos, já é o verdadeiro milagre.
Daniel, aaaaah... Daniel. Esse personagem sem sombra de duvidas foi um dos melhores que já tive o privilegio de conhecer. Que rapaz incrível. Se tornou a âncora que a Ravena precisava, e mesmo ela já tendo um grande melhor amigo (Micael te amo), Daniel foi aquele que estava sempre ao lado dela, sem pedir nada em troca, apenas sendo a pessoa maravilhosa que ele é, e que conquistou o meu coração também.
Amei todas as citações ao universo de Star Wars, aos clássicos antigos e principalmente a minha banda preferida da vida, The Beatles com a minha musica preferida, Hey Jude. Coisas assim só fazem um leitor se apaixonar profundamente pela história.
Chorei? Chorei sim, como se toda a água do meu corpo estivesse saindo pelos olhos, mas me encantei por esse livro de uma forma única e especial. Ravena e sua história serão eternizadas em meu coração.  


site: http://oreinodaspaginas.blogspot.com.br/
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Falk | @desfalkblog 31/03/2019

Um mar de referências Pop e uma escrita à la John Green
Fisheye é puro conforto e simpatia, recomendo a todos que amam John Green e toda sagacidade e sarcasmo dos seus personagens. Kamile está de parabéns nessa obra!

Fisheye é uma figura sensível ao toque. Tal qual Picasso, que tanto influenciou as artes plásticas em tela e em escultura, Kamile Girão pincelou uma história áspera, pra ser habitada e sentida por mais de um sentido.

Existem uma série de referências que me fez lembrar de pessoas que conheço, o que transmite mais tato pra personagem principal existir, a Ravena. Essa é garota que gosta de fotografar com uma Polaroid, que curte The Beatles, idolatra Fleetwood Mac e, óbvio, Stivie Nicks.

A essa Ravena, poucos têm acesso. A história transita justamente sobre quem Ravena é de verdade e quem ela mostra ser. Mas quando a figura visível já não importa, é hora de soltar as feras, boas e ruins, e administrar para o exterior a verdadeira imagem de si.

Leia a resenha completa no DESFALK!

site: http://desfalk.com.br/familia-amizade-e-autoconhecimento-em-fisheye-de-kamile-girao/
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