Pequenas Epifanias

Pequenas Epifanias Caio Fernando Abreu




Resenhas - Pequenas Epifanias


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Lincoln 26/01/2021

O íntimo que se desenrola junto com suas crônicas
Os últimos anos do escritor são como seus contos: bonitos, densos e dolorosos. Apesar de não ter nenhum cunho autobiográfico, esse livro de crônicas para jornal deixa entrever um pouquinho da vida de Caio Fernando Abreu, do final dos anos 80 até a metade dos anos noventa. Entre um fato do cotidiano e outro, que ele escreve para publicação, estão também fatos sobre sua vida. Ele conta de suas viagens, sua agenda de escritor, sua vida doméstica de jardineiro por prazer e sua convivência com o vírus HIV. Sobre este último, acompanhamos os sintomas, a descoberta e a luta (a que ele sensivelmente chama de “ciclos secos”), até a morte do escritor, marcada pela interrupção das crônicas. A beleza está no que ele tem de humano e universal: a paixão conflitante pela vida, que mesmo dura, encanta o artista. E a arte é uma forma de sobrevivência. Ele compartilha muitas de suas referências de cinema, música e literatura. Anotei muitas delas, as quais estou conhecendo aos poucos. Essa foi uma leitura que aproveitei cada página bem devagar. E encontrei nelas minha crônica preferida: carta anônima. Procure-a para ler, não irá se arrepender, eu garanto.
Edmar Lima (@literalgia) 26/01/2021minha estante
Nunca havia lido Caio Fernando até o ano passado e logo na primeira crônica já senti uma conexão e empatia muito grande pelo autor. Assim como você, também penso que a escrita do autor mistura beleza e dor. Principalmente os textos que falam sobre o HIV. Cheguei a me emocionar em alguns deles. Realmente Caio Fernando tem uma escrita sensível e muito tocante, que te deixa pensando por muito tempo depois do ponto final. Ele veio numa fase importante pra mim! Estou ansioso para ler mais coisas dele e vou procurar urgentemente a crônica que recomendou!


Lincoln 26/01/2021minha estante
Ele é muito marcante, né? E intenso. Eu li bem aos pouquinhos. Ah! Também quero ler esse que você leu! Tenho lá em SP, rs. Procure, sim! É muito bonita. Tenho certeza de que você vai gostar. :)


Edmar Lima (@literalgia) 27/01/2021minha estante
Sim, marcante demais! Pois é, esse livro é muito bom, tem um apanhado de textos bem selecionados! Tenho certeza de que vou gostar mesmo! :)




cams 11/01/2022

comecei esse livro por acaso, porque vi uma conhecida comentando no twitter e do nada virou um dos meus livros preferidos. tô apaixonada pelo jeito que caio escreve, crônicas com assuntos simples do cotidiano, textos politizados e cheios de referências sensacionais e assuntos complexos como a vida e a morte, mas de um jeito mt inteligente. simplesmente perfeito.
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maria gabriella 28/12/2020

Esse livro é um dos meus melhores amigos.
Caio é um dos meus melhores amigos. Não consigo explicar o quão próxima me sinto dele quando leio seus escritos, ele tinha esse dom. Ainda tem. Pequenas Epifanias foi um lançamento póstumo do compilado das últimas crônicas publicadas pelo Caio em jornais anos antes de sua morte, e traz consigo crônicas que vão desde assuntos cotidianos e textos fictícios a relatos pessoais, como sua descoberta de ser portador do vírus HIV.

São nítidas as mudanças de humor dele através dos textos, enquanto em alguns o vemos otimista e tranquilo em outros o vemos pra baixo com sua condição e até mesmo com os rumos que o país tava tomando àquela época. Sinto que a falta de esperança dele no país era realmente algo que o fazia sofrer, sabendo que era daquela forma que o mundo ficaria após sua partida, que não havia nada que ele pudesse fazer. Com sua contribuição para a literatura ele fez muito, espero que de alguma forma ele saiba disso.

Jamais me esquecerei de como me senti quando li as crônicas em que ele, após ficar recluso em casa por já estar muito debilitado vê uma chance de realizar um de seus sonhos: criar um jardim. A cada crônica ele vai nos atualizando de tudo relacionado ao jardim, inclusive o seu receio de que em breve ele não mais estaria ali para cuidar de seu jardim e acompanhar isso foi um misto de felicidade e tristeza... chorei muito mas também ri, com lágrimas nos olhos mas ri. Ele tinha um senso de humor único e tirava risadas da gente até mesmo em situações como essa.

Caio foi acometido pelo vírus do HIV e se foi jovem, com 47 anos, no ano de 1996, o ano em que nasci. Ele era uma pessoa brilhantemente maravilhosa, isso fica claro em seus escritos. Meu escritor brasileiro favorito e uma das melhores companhias em literatura que já tive o prazer de conhecer. ?
Alexandre249 18/01/2021minha estante
Compartilho dessa sensação de proximidade. Incrível o texto ...como nos leva aos extremos. Sensacional...e a luta contra as formigas e lesmas não tem fim :)




Rodrigo 11/02/2021

Profundidade
Impressionante a entrega do Caio Fernando Abreu em cada crônica escrita nessa coletânea. Cada vez mais encantado por esse autor!
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fev 19/06/2021

Excelentes crônicas sobre viver
Eu preciso ler mais Caio F.

Há uma imensidão de mundo nessas crônicas. Nelas conseguimos acompanhar a vida do autor e a sua visão de mundo. As amizades, as viagens para o exterior, os relatos da vida como autor, a descoberta do HIV e vivendo com ela, uma paixão pela jardinagem está tudo ali. Em momentos textos engraçados ou mais introspectivos, às vezes homenagens e fábulas. Só tenho a dizer Caio teve muito para compartilhar conosco. Uma leitura agradável que recomendo fazer aos poucos.
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Ive Brunelli 25/10/2012

Epifanias selecionadas
Pequenas Epifanias é uma seleção póstuma de crônicas de Caio Fernando Abreu organizada por Gil França Veloso e lançada pela editora Sulina em 1996. O livro reúne alguns textos publicados no Estado de S.Paulo entre 1986 e 1988, além de outros entre 1993 e 1995.

Em 2012, as pesquisadoras Lara Souto Santana e Liana Farias reuniram todas as crônicas que Caio F. publicou no Estadão naquele período e as reuniram em livro inédito intitulado A Vida Gritando nos Cantos.

Assim, juntos, Pequenas Epifanias e A Vida Gritando nos Cantos se completam para mostrar a maestria de Caio também como cronista e não só como romancista e contista.

Para saber mais sobre os dois livros, recomendo ler minha resenha sobre A Vida Gritando nos Cantos, aqui no Skoob.
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Locimar 23/08/2020

Meu exemplar todo riscado. Amorosamente guardado. Como sou fascinado pelas crônicas deste sujeito. "Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por esta razão escrevo". Perfeito!
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Evy 20/01/2011

Fragmentos disso que chamamos de 'minha vida'...
Epifania é a expressão religiosa empregada para designar uma manifestação divina. Por extensão, é o perceber súbito e imediato de uma realidade essencial, uma espécie de iluminação. (Sinopse do livro no Submarino)

Decidi copiar essa Sinopse, porque achei-a perfeita para definir o que são essas crônicas escritas por Caio nesta magnífica (e divina) obra. Aos poucos vamos encontrando sob as palavras tão bem delineadas e expressões poéticas de Caio, verdades nossas de cada dia, sentimentos nossos retratados, emoções escondidas que nos são reveladas. É uma belíssima coleção de vida, vivenciada dolorida e intensamente por Caio e por todos nós.
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Alexandre249 18/01/2021

Coletânea especial
As dificuldades da doença, as questões existenciais, as reflexões sobre a vida de um ângulo especial. Eis mais uma coletânea que nos arrebata e nos aproxima das alegrias e desafios da vida. As metáforas do cultivo do jardim e suas relações com o viver, cultivar, morrer são fantásticas.
Ótimo texto, muito bom para quem quer conhecer o autor, mais interessante ainda para quem já conhece e quer se deliciar mais uma vez!!
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Tali41 21/12/2022

Foi uma leitura triste, mas também intrigante... Finalmente conheci o tal Caio Fernando Abreu, um pouco da sua vida, suas ideologias, ódios e amores. Fiquei longe de compreender tudo, mas pelo menos pude viajar um pouco nessas páginas, fazer descobertas e ficar curiosa por mais.
Foi um prazer ter contato com esse ator que claramente é o tudo aquilo e muito mais do que falam dele. Nas partes em que não fiquei confusa ou com uma tristeza incomoda e crescente, li tendo uma sensação familiar de que o reconheço em outras pessoas, Renato Russo por exemplo.
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LaraF 30/12/2010

lindo!
caio fernando abreu sempre toc meu coração...seja pela sensibilidade na percepçao dos detalhes, seja pela maneira unica de narrar o mundo.
nesse livro ele fala sobre o RS, sobre a aids, sobre o jardim...sempre de maneira sutil, doce e intensa.
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Caroline 29/12/2012

Uma verdadeira pequena epifania.
Bom, ler Caio é sempre perfeito, aconchegante. A forma como ele escreve, o jeito como ele transforma o evento cotidiano mais simples em algo grandioso é espetacular. Eu sou uma admiradora do trabalho deste homem que, mesmo no auge de sua doença, mesmo com todos os problemas que enfrentou, não deixou de escrever.
Digo que esse livro valeu todo o esforço para conseguir comprá-lo (o que não foi nada fácil porque não o encontrei em nenhuma livraria, e não tinha estoque em praticamente nenhum site, por não ter sido lançado recentemente). Assim que o peguei e li sua resenha literária que dizia: "Amanhã à meia-noite volto a nascer. Você também. Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura. Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós. Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para nosso deleite e terror. Brindemos à Vida - talvez seja esse o nome daquele cara, e não o que você imaginou." Logo senti um arrepio percorrer a minha pele e uma ansiedade ainda maior em lê-lo. E não perdi tempo e o devorei, me saboreei de cada crônica, cada palavrinha corretamente utilizada por este sábio que infelizmente não está mais entre nós.
O livro, como qualquer outro, tem sim suas crônicas meio chatinhas, crônicas que você tem que ler uma, duas, três vezes, para realmente entendê-la. Mas mesmo com seus poucos defeitos o livro é realmente muito bom. É como se o autor compreendesse a alma do leitor. Mesmo em contos em que ele mesmo está perdido e confuso em meio ao turbilhão de pensamentos e medos que a descoberta de ser portador do vírus HIV o trouxe, ele consegue lhe passar a paz, o aconchego, o sentimento. Enfim, ele consegue fazer com que você se sinta dentro da crônica, parte dela. E quando ao decorrer do livro você se depara com alguma crônica que te lembra aquela pessoa especial, e que tudo que o autor expressa ali, coincide exatamente com aquilo que você está sentindo, você acaba vendo o Caio como um melhor amigo, aquele amigo que te entende.
E quando digo no título da resenha que o livro é "uma verdadeira pequena epifania", quero dizer que não havia título melhor para o livro do que "Pequenas Epifanias", porque epifania é um termo religioso que designa uma manifestação divina, uma iluminação vinda dos céus, e é exatamente o que o livro é. As crônicas contidas no livro iluminam nossa mente, nos mostrando que não conseguíamos enxergar em nossas vidas e nos fazendo sentir coisas que não acreditávamos ser capaz de sentir. E como as crônicas são pequeninas, 2 ou 3 páginas no máximo, são verdadeiras pequenas epifanias.
Enquanto lia o livro sempre me vinha na cabeça uma frase de Caio, que li certa vez em um blog: "Eu só queria que alguém me amasse pelo que eu escrevo", e sempre que acabava de ler cada uma das crônicas olhava para o céu e dizia: "Sim, Caio. A gente te ama pelo que você escreve." E a cada crônica que eu lia, mais eu amava o danado do homem.
Enfim, é um livro e tanto. Então leiam! Sugiro ler uma crônica por dia, porque assim você pode sentir cada uma delas, refletir sobre o que ela diz. Façam uma boa leitura, se deliciem desse milagre que é o Nosso Caio Fernando Abreu.
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Georgia.Stella 12/03/2021

Acompanhantes
Através das crônicas selecionadas vamos acompanhando o momento mais íntimo do autor. Seu gosto pela jardinagem, seus agostos, viagens e febres. Sob vários temas descobrimos um pouco mais de Caio. É gostoso viajar com ele.
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Aryane 18/02/2018

Íntimo
Esse é o primeiro livro do Caio que leio. E não o fiz, nesses 32 anos de vida, por puro preconceito. Associei suas obras às legendas de sefies em redes sociais, embora isso não queira dizer nada, mesmo que a escolha dos outros não seja da minha conta.

Comecei a ler este livro em 2016, deixei de lado e voltei agora, em 2018. Acho que acabei lendo no momento certo, tamanho é o meu encantamento com a escrita dele. Crua, natural, direta (às vezes nem tanto).

Fiquei e ainda estou em choque. Não um choque exagerado, digno de prantos. Nem um choque superficial. Não. Estou em choque, porque não sei como definir esses dois dias que passei lendo esse livro.

Maravilhoso.

site: amoremletras.wordpress.com
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