Pequenas Epifanias

Pequenas Epifanias Caio Fernando Abreu




Resenhas - Pequenas Epifanias


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tavim 30/03/2024

Pequenas Epifanias, de Caio Fernando Abreu
Vezenquando decorre dos pormenorezinhos esconderem grandessíssimas satisfações, que de tão bem embalados parecem aspectos personalizados --- os quais não são, mas se moldam e ampliam espaço. do trivial se cresce ambíguo até carecer decifres; o real é a sensação despertada dali, que só daí diz e dialoga. é que nem toda epifania se apega a alguém, seu intento é justamente emigrar e transverter sentidos. tão logo se capta sua essência e se desfaz, concedendo numa breve chancezinha de se intensificar --- e some.

passei boa parte do ano de 2023 acompanhado pelo caio fernando abreu, foram meses nas filas de espera de médico, no sol, no carro, no reiki, até em festas meio tediosas. sempre havia espaço em meu cotidiano para preencher com o cotidiano de outra década, da de caio. pequenas epifanias é o compilado de crônicas publicadas nos jornais, especificamente de abril de 1986 (pouco depois que nasci), até dezembro de 1995 (pouco antes dele morrer), encerrando no dia 24, mesmo dia que, coincidentemente, 28 anos depois, terminei a leitura. recebi um aceno de caio lá do século xx e, como ele bem finaliza o texto, 'feliz, feliz natal. merecemos'.
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Kayron.Kaic 19/01/2024

As pequenas epifanias do Caim ??
Pequenas epifanias é um mergulho nos pensamentos do Caio Fernando Abreu. Sem sombra de dúvidas, um dos maiores escritores da literatura contemporânea, com produções profundíssimas.

Este livro, em especial, é uma coletânea de crônicas e Caio F. escreve o que pensa sobre o governo, sobre si próprio, sobre a morte, sobre sua doença, sobre como cuidar de plantas, sobre o sentimento de solidão do homem moderno e tantas outras questões sociais.

Super recomendo!
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Domi_nick 30/11/2023

Certa vez Caio disse que gostaria de ser amado por algo que ele escreveu. Bom, não posso dizer por todos, mas sei que ele conseguiu me fazer amá-lo ainda mais após esse livro.
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Charleees 27/03/2023

Eu tenho em mim uma ferida cicatrizando, assim que passo por uma leitura de Caio ela se rompe e sangra quase que a fio. É praticamente impossível passar pelas "Cartas para além do muro" sem derramar uma só lágrima, Caio nos joga em seu cotidiano com uma verdade transgressora, ao mesmo tempo que sentimentos como nostalgia, amor e afeto nos recobre como que uma comoção de algo que não vivemos, mas está ali tão bem descrito por ele. Não dar pra falar desse livro de um modo genérico e neutro, pois as emoções nos cobre de cima abaixo a cada crônica, a cada verdade de Caio, a cada amor ferido ou suas viagens ou seu dia a dia tão poético... Aqui você conhece pelo olhar dele, detalhes íntimos de personalidades como Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, Hilda Hilst e tudo é dito de forma tão simples e serena que é como se ele estivesse contando aquilo somente para nós... Ah Caio, seguro sua mão imaginária no escuro do quarto e sei que seja qual for a dimensão da minha própria dor, não será jamais maior que a sua dor...

* Resenha Fevereiro de 2017
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Tali41 21/12/2022

Foi uma leitura triste, mas também intrigante... Finalmente conheci o tal Caio Fernando Abreu, um pouco da sua vida, suas ideologias, ódios e amores. Fiquei longe de compreender tudo, mas pelo menos pude viajar um pouco nessas páginas, fazer descobertas e ficar curiosa por mais.
Foi um prazer ter contato com esse ator que claramente é o tudo aquilo e muito mais do que falam dele. Nas partes em que não fiquei confusa ou com uma tristeza incomoda e crescente, li tendo uma sensação familiar de que o reconheço em outras pessoas, Renato Russo por exemplo.
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Helana O'hara 19/10/2022

Melancólico e perfeito
Pequenas Epifanias ironicamente é uma publicação póstuma do autor. Publicada apenas três meses depois de sua morte. Irônico, pois ele não gostava desse tipo de publicações tanto que Caio chegou a queimar muitos escritos justamente para não serem publicados depois de sua morte.
Ele acreditava que as homenagens deveria ser feitas quando as pessoas estão vivas.
Pequenas Epifanias é como se fosse um suspiro longe de saudades do autor que nos deixou tão cedo. Reúne uma série de textos publicados na década de 80 e 90 dos jornais que ele trabalhou, tais como O Estado de São Paulo.
Seus textos relevam a sensibilidade dele perante a vida. A visão dão melancólica que ele tinha das pessoas e até dele mesmo.
Existe textos inclusive que passam uma certa despedida do autor para seu leitor como se ele soubesse que não iria viver por muito tempo.
Quando Caio descobriu o HIV, tempos depois ele voltou para Porto Alegre (ele morou muitos anis em São Paulo) e se refugiou na antiga casa da família dele. Julgo dizer que os melhores textos de Caio ele escreveu nesses momentos.
Pequenas Epifanias é uma despedida singela de um dos escritores mais sensíveis que o Brasil já teve, em u7m dos textos intitulado “Anotações Insensatas” Caio escrever “É para você que escrevo. Mas os escritores são muitos cruéis, você me ama pelo que me mata.”

Esse é meu livro preferido do autor, já li um punhado de vezes. Um livro que nos leva a emoções grandiosas, a alegria, mas a tristeza também, as coisas codianas, mas também as complexidades do dia-a-dia. E tudo escrito de uma forma poética linda!

Finalizo com um dos meus quotes preferidos: “ a perda do amor é igual a perda da morte. Só que doí mais.Quando morre alguém que você ama, você se doí por inteiro (a) – mas a morte é inevitável, e por tanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor – essa pessoa – continua viva, há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quando não te NUNCA MAIS quem morreu. E doí mais fundo – porque se poderia ter, já que está vivo. Mas não tem, nem terá, quando o fim do amor é: NEVER.”
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Ana 09/03/2022

Comecei o livro achando que ia ser maravilhoso, no início tinha umas crônicas bem chatinhas mas depois começou a melhorar, eu simplesmente amei essa leitura
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cams 11/01/2022

comecei esse livro por acaso, porque vi uma conhecida comentando no twitter e do nada virou um dos meus livros preferidos. tô apaixonada pelo jeito que caio escreve, crônicas com assuntos simples do cotidiano, textos politizados e cheios de referências sensacionais e assuntos complexos como a vida e a morte, mas de um jeito mt inteligente. simplesmente perfeito.
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And 26/12/2021

?
"E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."
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Marcela 20/06/2021

Reencontro
Já tinha lido um livro de Abreu a muito tempo atrás. Esse mês de junho não tinha pretensão de comprar livros, porém passei e vi essa capa que me chamou atenção (gosto de azul e borboletas), o título também bem interessante e por 10 reais. Levei.
Nunca imaginei que iria amar tanto um livro de crônicas. A escrita do autor conversou comigo de várias formas. Amei essa experiência!
Minhas crônicas preferidas:
- Ao momento presente;
- Pálpebras de neblina;
- Sugestões para atravessar agosto.
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fev 19/06/2021

Excelentes crônicas sobre viver
Eu preciso ler mais Caio F.

Há uma imensidão de mundo nessas crônicas. Nelas conseguimos acompanhar a vida do autor e a sua visão de mundo. As amizades, as viagens para o exterior, os relatos da vida como autor, a descoberta do HIV e vivendo com ela, uma paixão pela jardinagem está tudo ali. Em momentos textos engraçados ou mais introspectivos, às vezes homenagens e fábulas. Só tenho a dizer Caio teve muito para compartilhar conosco. Uma leitura agradável que recomendo fazer aos poucos.
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Georgia.Stella 12/03/2021

Acompanhantes
Através das crônicas selecionadas vamos acompanhando o momento mais íntimo do autor. Seu gosto pela jardinagem, seus agostos, viagens e febres. Sob vários temas descobrimos um pouco mais de Caio. É gostoso viajar com ele.
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Rodrigo 11/02/2021

Profundidade
Impressionante a entrega do Caio Fernando Abreu em cada crônica escrita nessa coletânea. Cada vez mais encantado por esse autor!
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Lincoln 26/01/2021

O íntimo que se desenrola junto com suas crônicas
Os últimos anos do escritor são como seus contos: bonitos, densos e dolorosos. Apesar de não ter nenhum cunho autobiográfico, esse livro de crônicas para jornal deixa entrever um pouquinho da vida de Caio Fernando Abreu, do final dos anos 80 até a metade dos anos noventa. Entre um fato do cotidiano e outro, que ele escreve para publicação, estão também fatos sobre sua vida. Ele conta de suas viagens, sua agenda de escritor, sua vida doméstica de jardineiro por prazer e sua convivência com o vírus HIV. Sobre este último, acompanhamos os sintomas, a descoberta e a luta (a que ele sensivelmente chama de “ciclos secos”), até a morte do escritor, marcada pela interrupção das crônicas. A beleza está no que ele tem de humano e universal: a paixão conflitante pela vida, que mesmo dura, encanta o artista. E a arte é uma forma de sobrevivência. Ele compartilha muitas de suas referências de cinema, música e literatura. Anotei muitas delas, as quais estou conhecendo aos poucos. Essa foi uma leitura que aproveitei cada página bem devagar. E encontrei nelas minha crônica preferida: carta anônima. Procure-a para ler, não irá se arrepender, eu garanto.
Edmar Lima (@literalgia) 26/01/2021minha estante
Nunca havia lido Caio Fernando até o ano passado e logo na primeira crônica já senti uma conexão e empatia muito grande pelo autor. Assim como você, também penso que a escrita do autor mistura beleza e dor. Principalmente os textos que falam sobre o HIV. Cheguei a me emocionar em alguns deles. Realmente Caio Fernando tem uma escrita sensível e muito tocante, que te deixa pensando por muito tempo depois do ponto final. Ele veio numa fase importante pra mim! Estou ansioso para ler mais coisas dele e vou procurar urgentemente a crônica que recomendou!


Lincoln 26/01/2021minha estante
Ele é muito marcante, né? E intenso. Eu li bem aos pouquinhos. Ah! Também quero ler esse que você leu! Tenho lá em SP, rs. Procure, sim! É muito bonita. Tenho certeza de que você vai gostar. :)


Edmar Lima (@literalgia) 27/01/2021minha estante
Sim, marcante demais! Pois é, esse livro é muito bom, tem um apanhado de textos bem selecionados! Tenho certeza de que vou gostar mesmo! :)




Alexandre249 18/01/2021

Coletânea especial
As dificuldades da doença, as questões existenciais, as reflexões sobre a vida de um ângulo especial. Eis mais uma coletânea que nos arrebata e nos aproxima das alegrias e desafios da vida. As metáforas do cultivo do jardim e suas relações com o viver, cultivar, morrer são fantásticas.
Ótimo texto, muito bom para quem quer conhecer o autor, mais interessante ainda para quem já conhece e quer se deliciar mais uma vez!!
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