O Muro

O Muro William Sutcliffe




Resenhas -


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Acervo do Leitor 12/09/2018

O Muro de William Sutcliffe| Resenha | Acervo do Leitor
RESENHA – O MURO

Existe algo que os separa. Uma história de conflitos e um ódio perpetuado por gerações. Ignorância, incompatibilidade de fé, falta de diálogo e o medo levaram a construção de um muro. Tijolos erguidos e amontoados feitos do barro da intolerância. Esse livro é sobre dois povos e a linha tênue de morte que os divide. É sobre o eterno conflito entre “judeus e palestinos” pela ótica de uma criança.

“”Você não pode lutar por mil anos. Estará morto.
– A próxima geração seguirá com a luta.
– Eu sou a próxima geração. E acho que você é louco.”

Joshua é “judeu”. Vive em Amarias, um assentamento criado pelas forças de “Israel” na região da “Cisjordânia”. Vivendo com sua mãe e seu intragável padrasto ele passa seus dias estudando e jogando bola com seus amigos como uma criança qualquer intrigado, como muitos, com o gigantesco muro que os separa de outra realidade. Um Muro construído para conter ataques e invasões daqueles que outrora foram invadidos. Certo dia, durante uma brincadeira, sua bola vai parar do outro lado deste muro. Na ânsia por resgata-la ele acaba entrando em um território proibido onde encontra um túnel que o levará para o outro lado da fronteira e toda uma realidade oculta lhe será revelada. Língua, costumes e um vida que pode parecer hostil, mas que lhe proporciona uma experiência jamais sonhada através da amizade com a jovem Leila.

“Com um retângulo branco, O Muro, o arame farpado, os soldados, as torres de observação, as armas têm um significado totalmente diferente.”

Leila é “palestina”. Vive as margens de Amarias como uma quase refugiada. Passando dificuldades com seu pai viu exércitos tomarem quase tudo que tinham de valor, menos a esperança, a fé que um dia todo esse ódio chegaria ao fim, que essas zonas de conflito, postos de controle, soldados armados deixariam de fazer sentido. O fio de esperança chegou através de um jovem perdido na cidade. Um “judeu” que não personificava o mal de forma alguma, apenas uma criança como ela querendo entender toda essa confusão. Uma amizade é feita e o destino de duas crianças está selado sobre o crivo de um terreno minado e um céu cheio de balas.


“Nunca vejo o momento em que ele é atingido, apenas meu pai estirado de uniforme, seu sangue escorrendo na rua, cercado por pessoas gritando e atirando, mas em silêncio.”

SENTENÇA

Essa obra do britânico William Stucliffe era para ser uma crítica severa ao eterno conflito entre judeus e palestinos. As etnias e locais estão entre aspas em minha resenha porque em momento algum o escritor os define como tais, mas isso fica claro durante a trama e através de uma nota no final do livro. Essa obra era para ser uma análise mas não convence. Partindo de uma premissa incrível o autor se perde em sua superficialidade e sua péssima escrita. Questões históricas, divergências de pontos de vistas, costumes e credos tão conflitantes em momento algum são abordados. O autor preferiu ficar em uma certa zona de conforto evitando assuntos mais pesados e espinhosos. Por vezes se concentrando demais, quase um terço da obra, na incompatibilidade de Joshua (protagonista) com seu padrasto. A forma como escreveu a trama é extremamente cansativa e descritiva alem de não parecer em vários momentos que se tratava de percepções e emoções de uma criança de treze anos apenas. Um livro com grande potencial e uma boa trama mas que possui um “muro” de qualidade, gerado pelo próprio autor, que separa a absorção da mesma e todo seu potencial não realizado.

site: http://acervodoleitor.com.br/o-muro-resenha/
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Nay Moura 01/06/2017

[RESENHA: O MURO, WILLIAM SUTCLIFFE]
"Joshua tem 13 anos e mora com a mãe e o padrasto em Amarias, um lugar isolado. Na fronteira da cidade, há uma barreira guardada por soldados armados e que só pode ser cruzada através de um posto de controle. Ninguém deve entrar naquele lugar, e quem está lá não tem permissão para sair. Desde pequeno, Joshua sabe que, do outro lado daquela muralha, há um território violento e implacável e que O Muro é a única coisa capaz de manter seu povo em segurança. Um dia, a bola dele cai do outro lado e, ignorando tudo o que sempre ouviu, ele vai atrás dela e acaba descobrindo um túnel que o leva a uma realidade que jamais imaginou encontrar. Lá acaba se envolvendo em uma situação perigosa, mas é ajudado por uma menina. Isso desencadeia outras situações ainda mais perigosas e coloca Joshua em dívida com a tal menina... Uma dívida que ele fará de tudo para pagar."

O livro é uma fábula política e ideológica sob o ponto de vista de Joshua, que não entende o porquê do perigo de atravessar O Muro, tampouco entende o porquê da existência dele. O medo e o repúdio dos moradores de Amarias pelas pessoas que vivem do outro lado, é fomentado pela ideia do "INIMIGO", um inimigo que quer tomar suas terras, suas casas, desmantelar família com a injeção de novos hábitos, religiões, costumes e etc. Não fica claro de onde ou sobre quem o autor quer falar, mas sabemos de onde essa realidade se aproxima.

Existe ali na região da Palestina um Muro semelhante ao do livro que separa duas cidades. Eu não me aprofundarei nisso porque é necessário uma contextualização mais elaborada e a resenha se agigantaria muito. E existe na internet muita coisa sobre isso pra quem quiser estudar o assunto com mais detalhes, ok?!

Embora o livro espelhe uma realidade espinhosa, ela é contada de uma maneira muito sensível e encabeça muitas reflexões sobre como a ideia de superioridade afeta o convívio social, e também passa uma mensagem muito bacana sobre como os pequenos gestos fazem a diferença.

Quando Joshua entra em contato com a realidade das pessoas do outro lado do Muro, ele também passa a enxergar que mesmo com a nítida diferença entre eles, a única coisa que os separam, além do Muro, é a ideia de que eles [as pessoas do outro lado] são inferiores e que precisam ser colocados à parte daquela sociedade. O autor propõe refletir sobre as mazelas da sociedade, denunciando o quão perigosa pode ser uma ideia.

Joshua apesar de muito jovem, já carrega uma carga emocional bem forte, ele não consegue lidar muito bem com a morte do pai, tem um relacionamento difícil com o padrasto e sempre confronta a mãe sobre o casamento com ele. Todo os dramas do Joshua me envolveram bastante e consegui me conectar com as emoções dele.

Embora eu pense que a narrativa em primeira pessoa foi acertiva, por vezes achei que a linguagem se afastava muito da de um garoto de apenas 13 anos. Mesmo que toda a carga emocional que ele carrega dê uma certa maturidade, me pareceu um pouco estranho que alguns questionamentos viessem de um menino tão novo. O bacana de livros com a proposta de trazer o personagem ainda na infância e toda a "inocência" dessa fase é contrastar com a realidade brutal na qual ele está inserido, e em muitos momentos o achei muito consciente de tudo.

Também senti certa necessidade de um aprofundamento de outros personagens e de algumas questões que não estavam necessariamente ligadas ao Joshua. Eu queria a visão de alguem do outro lado, talvez a visão da mãe dele também fosse interessante.Tudo bem que muitas alternâncias entre narradores pode dificultar a relação do leitor com os personagens, mas nesse caso poderia ter sido vantajoso.

Algo que me incomodou também foram as muitas descrições demoradas obre determinadas coisas que quebraram um pouco o ritmo da leitura.

Mas o importante mesmo é destacar que a proposta central, além da crítica social é mostrar como a nossa zona de conforto nos torna alheio ao outro. A gente não se dá conta de que algo é estranho até que nos atinja de alguma forma. A discrepância entre esses dois grupos sociais do livro mostra bem isso. As crianças de Amarias crescem com o pensamento de que somente o Exército é bom, que eles estão acima do bem e do mal, que as vidas abatidas das pessoas do outro lado, são sempre justificadas, com o discurso de que o "inimigo" deve ser combatido, seja ele quem for.

Essa visão aí é bem preocupante e se pararmos pra pensar, tem muitas dentro de mesma vertente, ou próximo disso, sendo distribuídas por aí, por aqui, por acolá... 🤔

Gostei muito da leitura e recomendo fortemente para jovens, pelo fato da narrativa se aproximar mais do público infantojuvenil, mas qualquer pessoas interessado na temática que o livro traz, lerá uma boa história, com certeza.


site: www.instagram.com/naymouraf
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Jazz 08/03/2022

O livro em si traz uma trama muito interessante;você se identifica com o protagonista e se depara com várias emoções durante a leitura como tristeza e raiva que foi o que eu mais senti durante a leitura; o livro aborda a vida de um garoto que vive entre muros e acaba por descobrir uma vida totalmente diferente da que ele vive, se deparando com a realidade de um mundo totalmente desconhecido...bem-vindo ao livro o muro.
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Duda 23/06/2023

O muro
Ai achei bem mais ou menos. No início até mais ou menos o meio tem umas aventuras e tudo mas sla acho q tava esperando uma reviravolta no fim ou algo assim, mas n acontece.
Sla n me pegou mto
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mariana.bsbl 30/10/2023

Muito bom
?O muro? conta a história do Joshua, um garoto que vive em Amarias, a qual a sua fronteira com outra cidade é demarcada por um muro. Ambas as cidades foram separadas por causa do ódio que uma sentia pela outra, algo tão pesado que eles sentiram a necessidade de nem frequentar os mesmos lugares.
A escrita do livro é bastante boa, ela tem um entendimento fácil e te prende, boa para tanto adultos quanto adolescentes. A temática do livro, pode ser inspirada no conflito entre Israel e Palestina ( Hamas ), embora haja muitas diferenças.
Esse livro traz boas observações e aprendizados, que são passados e absorvidos por um garoto de 13 anos. Recomendo muito a leitura.
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Livroseliteratura 14/04/2017

Uma obra tocante
Joshua é um menino de 13 anos, que mora com a mãe e o padrasto em uma cidade dividida, onde soldados armados guardam a barreira que separa duas comunidades.

O coração ainda machucado pela perda do pai quando pequeno e a alma dilacerada pela saudade que o amarga por ter deixado sua cidade natal fazem com que seja ainda mais incompreensível para Josh o motivo de tanta violência e segregação.

Um dia, a bola de Joshua cai do outro lado do Muro e, ao tentar reavê-la, ele descobre um túnel que o leva a uma realidade bem diferente da sua.
Um breve encontro muda por completo sua vida e ele passa a ser perseguido em ambos os lados do Muro. Tal encontro gera uma dívida que Joshua fará de tudo para pagar, mesmo que tenha que arriscar a própria vida.
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Como bem descrito na capa, O Muro, lançamento do @grupoeditorialrecord, assinado por William Sutcliffe, é realmente uma estória emocionante, que encantará os leitores do gênero.

Escrito de maneira leve e fluida, a obra me fez relembrar durante toda a leitura do filme O Caçador de Pipas (cujo livro não li). Demonstra o universo de uma zona de conflito sob a ótica de um garoto que quer apenas fazer o que considera correto, que coloca seus princípios acima de quaisquer opressões.

Por todo o enredo, somos mergulhados na mente e no coração de Joshua, sendo impossível não avançar para os próximos capítulos.

Pessoalmente, não é o tipo de leitura que consegue prender minha atenção, uma vez que o foco gira em torno dos sentimentos do personagem. No entanto, estou certa de que, se for adaptado para o cinema, a película receberá inúmeras indicações e prêmios.

O enredo é fictício, mas inspirado em dramas reais e nos leva a refletir sobre nossos valores pessoais e morais.

O que você faria se tivesse que decidir entre seguir o seu coração ou o regime político ao seu redor?
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Resenha disponível em: https://www.instagram.com/p/BS4D9jWgSP7/
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Luciane.Gunji 23/04/2017

Sabe aquele livro de ficção que você realmente gostaria que nada daquilo tivesse a hipótese de ter acontecido com alguém? Eis o que temos um aqui. Intitulado O Muro, do britânico William Sutcliffe, a obra é uma daquelas novelas que te consomem e fazem desejar que tudo não tenha passado de apenas um pesadelo. Pena que não é bem assim.

Apesar de totalmente ficcional, qualquer leitor de Sutcliffe consegue se posicionar na história e imaginar como os acontecimentos não fogem muito da realidade de algumas pessoas. Em O Muro, temos um adolescente chamado Joshua, que se muda para a cidade de Amarias com a mãe e o padrasto. O lugar é isolado e fica no topo da montanha, sendo separado por um muro bem alto e guardado por soldados armados. Aqui, ninguém entra e ninguém sai sem passar pelo posto de controle, exceto para Joshua.

Certo dia, sua bola nova cai do outro lado do muro e decide ir buscá-la, ignorando todos os avisos de segurança. O que ele descobre é um cenário totalmente diferente do seu cotidiano, além de um túnel, que não faz a mínima ideia de onde acabará. Ao seguir o caminho misterioso, o final é surpreendente: afinal, o muro tem um outro lado e ele acaba de conhecê-lo. Tudo poderia ter sido apenas uma aventura emocionante, caso não se deparasse com uma gangue de meninos violentos. Ao ser salvo por Leila, uma jovem garota pobre, Joshua descobre que acaba de arrumar uma dívida para o resto da vida com o outro lado da barreira.

Diferentemente da maioria dos livros sobre guerra, O Muro é uma história curiosa. Ressalta bastante a coragem e a inocência do personagem principal, mas também reforça muitos outros elementos indiretamente. Primeiro, temos um adolescente que vive com Liev, o padrasto que tanto odeia. Além da falta de afeto da família, ainda tem que lidar com a violência física e oral do homem que tentou substituir o lugar do seu falecido pai. Outro ponto importante a ressaltar é que Joshua é responsável e mostra que é um adolescente que amadureceu mais rápido que os demais. Assim como muitas crianças que conhecemos, também sofreu bullying na escola. Mesmo assim, foi capaz de cumprir suas promessas e de fazer escolhas que sempre resultassem no bem-estar dos outros.

O que contei aqui não é nem a metade do que se passa na obra de Sutcliffe, mas é uma porcentagem do que eu gostaria de que soubessem. O caos está mais próximo do que imaginamos e estamos nos destruindo por muito pouco. A cada página de O Muro, pude sentir que, mesmo no meio de toda essa bagunça, ainda existem pequenos e grandes heróis sem capa. Mas Lu, tem final feliz no livro? Tem tragédia e, claro, tem final feliz sim. Ainda bem que sim!

site: https://pitacosculturais.com.br/2017/04/23/o-muro-sutcliffe-william/
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Yvens (Saga Literária) 26/04/2017

Um livro incrível!
Resenha: Joshua é um garoto de 12 anos, ele vive em Amarias, uma cidade limpa, organizada e bonita, cercada por um enorme muro. O garoto mora com a sua mãe e o padrasto. Joshua leva uma viva normal, igual aos outros garotos da sua idade, ele estuda e nos tempos livre, joga futebol com seu amigo David. Joshua nunca pensa sobre o que tem de fato além do grande muro que cerca a sua cidade, ou porque soldados guardam a entrada da sua cidade.

"Nós disparamos atrás da bola, ombro a ombro, nossas mochilas sacudindo de um lado para o outro. Eu tomo a frente, mas David agarra minha mochila e me puxa para trás, como alguém parando um cavalo." p. 9

Certo dia, voltando da escola com seu amigo David, os dois garotos vão jogando bola e conversando, até que durante a brincadeira, a bola de Joshua vai parar em um terreno abandonado e cercado, que é evitado pelos moradores de Amarias, pois é dito para ninguém entrar nesse terreno. Contudo a vontade de Joshua em recuperar a sua bola e a curiosidade para saber o que tem além do muro desse terreno fala mais alto.

Enquanto explora o terreno abandonado, Joshua encontra uma casa em estado deplorável e diversos objetos dos antigos donos, porém a surpresa é maior quando ele encontra um túnel secreto e sua curiosidade fala mais alto novamente. Joshua resolve explorar o túnel utilizando a iluminação do seu celular, até que se vê saindo em um beco, que o leva para um mundo totalmente novo do outro lado do muro.

Nesse novo ambiente, Joshua se depara com uma realidade totalmente distinta de Amarias, o idioma das pessoas é totalmente diferente do seu e ele não entende as conversas, o comércio é praticado nas ruas, em céu aberto, as vestimentas das pessoas são mais simples, contudo as ruas são bem movimentadas. Essas novidades contrastam profundamente com tudo que está habituado em Amarais.

Porém, nesse novo mundo, Joshua é visto por um bando de garotos, que na mesma hora entendem que o garoto não pertence ao local, mas sim, do outro lado do muro, que não é o deles. É nesse momento que começa um perseguição com Joshua fugindo dos garotos que demonstraram um ódio profundo por ele. Em sua fuga desesperada, Joshua acaba recebendo a ajuda de uma humilde menina.

"Ela pega o copo da minha mão, nossos dedos se roçam por um instante. Os meus estão pretos de sujeira, os dela estão limpos e são longos, as unhas impecavelmente pintadas num tom escuro de vermelho-sangue." p. 39

Voltando para casa com a ajuda da garota, Joshua começa a questionar tudo o que ele sabe sobre a vida, comparando os estágios da sua vida antes e depois da perda do seu pai, como o seu padrasto Liev entrou em sua família e a tentativa dele substituir o seu pai. Além disso o garoto começa a questionar a qualidade de vida que tem com a vida de menina Leila que mora do outro lado do muro.

Opinião: O Muro é uma livro espetacular e maravilhosamente bem escrito. Vemos Joshua, um garoto repleto de emoções, tentando lidar com suas angústias pessoais e os problemas em seu núcleo familiar, principalmente com o seu padrasto, mas também, tentando entender a desigualdade, o ódio e medo que está claro, nos povos que são separados por um muro.

Existe no livro de Sutcliffe, um forte pensamento nos jovens garotos que vivem no assentamento, de quando atingirem os 18 anos de idade, para serem recrutados pelas forças armadas. Mas o objetivo deles é apenas de intimidar e imputar medo nas pessoas que vivem do outro lado do muro. Já Joshua vê as coisas de uma forma distinta, inclusive no decorrer da leitura, ele cria um grande laço de lealdade com a família de Leila, algo que é perigoso.

Outro ponto positivo, são as descrições dos ambientes, das pessoas e dos costumes. O autor nos leva a ter uma grande experiência devido os suas descrições que beiram o real. Apesar do autor em nenhum momento falar sobre a Palestina e Israel durante o livro, fica claro, que na verdade o autor espelha O Muro um pouco nos conflitos entre Israel representado por Amarias e Palestina, situada do outro lado do muro e totalmente cercada.

Sutcliffe emprega uma forte carga emocional na narrativa, envolvendo o leitor. O autor utiliza de aspectos políticos e sociais na trama, algo que enriquece o livro. Sobre a ligação de O Muro com as histórias apresentadas em A Menina que roubava livros e O menino do pijama listrado, ocorre pela forte carga emocional empregada. Recomendo a leitura de O Muro que é um livro reflexivo e tocante, que demonstra sobretudo o comportamento do ser humano para com o próximo.

A Record caprichou na edição, a diagramação está muito boa, a capa ficou linda e a revisão ficou muito boa. A fonte está em tamanho confortável e os capítulos são relativamente curtos, o que facilita a leitura.

Publicado no blog no dia 13/04/2017

site: http://www.sagaliteraria.com.br/2017/04/resenha-228-o-muro-william-sutcliffe.html
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Amiga Leitora 28/04/2017

Mesmo sendo um livro totalmente fictício "O Muro" nos apresenta uma realidade que pode facilmente ser comparada com o que muitas crianças vivenciam nas zonas de conflito em diversos países.

A obra escrita pelo autor britânico William Sutcliffe, nos apresenta a história de um garoto de treze anos que vive com sua mãe e seu padrasto em uma cidade completamente cercada por soldados, a cidade tem as casas e as ruas todas iguais na mais perfeita ordem, a não ser pelo imenso muro que passa pela cidade, e que segundo os adultos serve para proteger todos do perigo, da violência e de todas as lastimas que vivem além do muro.

Como diz na sinopse nosso pequeno protagonista contrariando tudo e todos resolve se arriscar pulando o muro para pegar sua bola, e a partir dessa decisão ele vai se deparar com uma realidade totalmente diferente da dele, uma cidade onde as pessoas vivem com medo e com limitações. Depois que ele é perseguido por uma gangue de garotos e é salvo por uma menina, ele volta para casa extremamente perturbado por todas as descobertas que fez e a partir daí sua vida começa a mudar drasticamente, ele não consegue mais viver como se não soubesse o que acontece além das fronteiras.

O livro nos leva para o mundo do Joshua seus conflitos internos o mar de sentimentos no qual ele vive, todas as incertezas e questionamentos de alguém que não concorda com a vida do jeito que ela é, com as desigualdades e principalmente com a violência gratuita e sem justificativa, dentro da história que o autor criou vemos uma zona de conflito, de extrema repressão e insegurança, e ao mesmo tempo pessoas que vivem de certa forma alienada a tudo o que os cerca.

É praticamente impossível não se comover com todo o sofrimento de garoto, ele sente saudades do pai que morreu, e convive com a presença ausente da mãe que não enxerga nada além do que o que seu padrasto mostra, ainda tem que lidar com a vigilância do padrasto que deixa claro seu desprezo por ele.

O livro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, isso de fato me incomodou um pouco porque não temos como saber o que os outros personagens sentem ou pensam, para mim esse foi um ponto negativo, mas a história é extremante bem escrita e flui com muita facilidade o que compensa.

Indico a leitura para todos que assim como eu amam uma história em cenário de guerra ou conflito e cheia de aventuras.

* Escrito por Janaina Leal do Blog AMIGA DA LEITORA

site: http://www.amigadaleitora.com/2017/04/resenha-o-muro-editorarecord.html
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Eliane Maria 30/04/2017

O que eu achei do romance.
O Muro, por ser uma obra de ficção, segundo o autor ele foi inspirado no livro Caminho Palestino, notas sobre uma terra em extinção.
Amei conhecer Joshua, um menino de 13 anos, que morava com sua mãe e seu padrasto na cidade fictícia Amarias, construída especialmente para protege-los da população que vivia do “outro lado do muro” .
Esse lugar era muito isolado se localizava no topo da montanha.
Do outro lado do Muro, era um lugar fortemente guardado por soldados. Onde a qualquer momento havia o que de recolher.
As pessoas de Amarias não ousavam atravessar para o outro lado do Muro, segundo os adultos de Amarias, lá é um lugar violento e perigoso.
Duas cidades, ocupando o mesmo espaço físico, mas com realidades completamente diferentes, divididas apenas pelo MURO.
Mas acontece algo na vida de Joshua que o obriga a se aventurar lá do outro lado.
O livro vai falar de amor, perdão, generosidade, crueldade, superação, derrubará conceitos pré estabelecidos etc.
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 16/05/2017

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
"Onde quer que decidamos morar, onde quer que construamos nossas cidades, pessoas como eu ganham essas placas amarelas que abrem os postos de controle. Todas as outras pessoas que vivem ao nosso redor só poderiam conseguir placas brancas. Com esse retângulo amarelo em seu carro, o Exército é seu amigo e você pode andar livremente. Com um retângulo branco, o Muro, o arame farpado, os soldados, as torres de observação, as armas têm um significado totalmente diferente." (página111)

O narrador e protagonista é Joshua, um garoto de treze anos. Ele não se entendia muito bem com Liev, o seu padastro, sentia muito a falta do pai que morreu há cinco anos. Depois do falecimento do pai, sua mãe se casou novamente e Joshua teve que se mudar do litoral para Amarias, uma cidade nova, onde todas as casas eram planejadas, as ruas eram limpas e iluminadas, mas a cidade era cercada por um muro. Do outro lado desse muro, havia outra cidade, mais antiga, com pessoas que falavam outro idioma.

Quem estava do mesmo lado do muro que Joshua, podia passar livremente pelo posto de controle do exército e ir para outras cidades, quem estava do lado de lá, tinha que ter autorizações e muitas outras burocracias.

Certo dia, a bola de futebol do Joshua caiu num terreno cercado por tapumes, e para recuperá-la, ele escalou essa cerca, e acabou descobrindo um túnel que o levaria para o outro lado. Lá, do outro lado do muro, apesar de ter se encantado com o que via, Joshua se meteu numa encrenca e só saiu vivo com a ajuda de uma menina, Leila. A partir daí, sentindo que devia sua vida àquela menina, Joshua não mediria esforços para ajudá-la, mesmo que isso causasse mais desentendimentos com seu padastro.

"-É que um amigo do outro lado do Muro pode ajudar.
- Como?
- Porque você é livre. Pode conseguir coisas quando precisa delas. Pode ir aonde quiser. Ninguém bloqueia suas ruas ou fecha suas lojas, ou levam você no meio da noite." (página 148)

A cidade de Amarias com um posto de controle, o exército e um muro separando-a de outra cidade mais antiga foi inspirada no conflito entre israelenses e palestinos, esse fato só foi mencionado numa nota no final da obra, e confesso que se tivesse sido citado no início teria me ajudado bastante a entender logo de cara onde a trama se passava. Por ter referências à livros com a temática da Segunda Guerra Mundial na capa, acabei me confundindo inicialmente.

"Cada músculo e tendão do meu corpo parecem esmorecer enquanto sinto toda a confiança escorrer de dentro de mim. Meu plano repentinamente parece estúpido, precipitado, letal. Mas cheguei até aqui. Não posso simplesmente largar tudo e sair correndo. Não agora." (página 134)

Dei cinco estrelas para o livro no Skoob, pois me vi presa à história de tal forma, que eu não tinha vontade de parar de ler, de tão curiosa que estava para saber o que aconteceria com o Joshua. Ele, no começo do livro, é um moleque com sede de aventuras, sem muita noção do perigo, mas algo que é muito legal na obra é ver como ele vai mudando e amadurecendo no decorrer dos capítulos.

"As pessoas ficam histéricas sobre o que há do outro lado, mas os adultos não conseguem não exagerar. Estão sempre tentando fazer você acreditar que um cigarro vai matá-lo, que atravessar a rua é tão mortal quanto fazer malabarismo com facas, que andar de bicicleta sem capacete é praticamente suicídio, e nada disso é verdade. Quão perigoso poderia realmente ser passar lá e dar uma rápida espiada? E quão frustrado vou me sentir amanhã se voltar à superfície agora e for para casa?" (página 24)

O Joshua me irritou um pouco ao dizer que a mãe, por ser dona de casa, não fazia nada o dia inteiro. E no início eu nem achava que o padrasto dele era ruim, mas depois que algumas coisas aconteceram, ficou bem claro o quanto o cara fazia mal para a esposa e o enteado.

"-Você ainda não entende o motivo disso tudo? Quanto tempo esperamos? Não consegue ver que, finalmente, depois de todo esse tempo, estamos vencendo! Aos poucos, estamos vencendo! E, se isso levar outros mil anos, e tivermos que lutar por cada centímetro de terra, então que seja assim.
- Você não pode lutar por mil anos. Estará morto.
- A próxima geração seguirá com a luta.
- Eu sou a próxima geração. E acho que você é louco." (página 222)

Como já mencionei, o protagonista passou a se arriscar cada vez mais para retribuir a ajuda que teve, e era desesperador ler as cenas onde ele poderia ser morto num buraco embaixo da terra, me dava um sentimento de pânico, de claustrofobia enquanto eu lia. Era desesperador também ver como, muitas vezes, por melhor que fosse a intenção dele, seus planos acabavam trazendo consequências negativas que ele não imaginava, afinal, era só um garoto de treze anos, como poderia ser mais esperto do que um exército inteiro?

"Só quis fazer uma simples coisa boa. Apenas quis dar à menina o que lhe devia. Mas aqui, isso era impossível, perigoso, estúpido." (página 158)

Na parte quatro (a obra tem cinco partes ao todo), o Joshua faz uma coisa que muitas vezes eu desejei que os personagens fizessem quando estão em uma situação extrema, ele decide seguir por conta própria, e ver finalmente um personagem fazendo isso me agradou bastante. Outra coisa que me agradou, foi como o Joshua, em momento algum, viu as pessoas do outro lado do muro como inimigas, ele não comprou uma guerra que não era a dele, não colocou "todos no mesmo saco". E mesmo com o que aconteceu no final, e já lhes garanto que o William Sutcliffe não amenizou algumas coisas, o personagem não se revoltou e nem se rendeu.

"Com essa percepção, imediatamente me sinto renovado, fortalecido, abençoado, sabendo que, ainda que passe minha vida inteira fracassando, estarei fracassando tentando fazer algo no qual acredito; estarei totalmente vivo e serei totalmente eu mesmo. Se a alternativa é não fazer nada, não há de fato alternativa." (página 332)
Sobre a edição: eu gostei da capa, tem elementos que remetem à trama, as páginas são amareladas, a revisão está boa, as margens, letras e o espaçamento tem um tamanho bom.

"O Muro" foi um livro que eu gostei muito e que recomendo. Uma leitura fluida e que prende o leitor, com personagens cativantes e corajosos, como Joshua, Leila e sua família. Uma obra sobre crescer numa zona de conflito em meio à uma disputa territorial e, ainda assim, ver seus semelhantes como mais do que querem que você veja, uma obra sobre esperança. Para quem quiser ler mais sobre o tema abordado por William Sutcliffe, recomendo também o livro "Uma garrafa no Mar de Gaza" da Valérie Zenatti.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2017/05/resenha-livro-o-muro-william-sutcliffe.htm
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Blog com V 20/05/2017

Resenha – O Muro
“O muro” nos apresenta uma história emocionante sobre a perspectiva inocente e curiosa de uma criança em meio a um mundo adulto e fragmentado em duas versões, mas afinal, qual das duas está certa?

A ideia-núcleo se desenvolve a partir de uma situação corriqueira, Joshua e David estão jogando futebol como geralmente fazem até que a bola de Joshua por causa de um voleio mal executado pelo colega acaba por cair no outro lado do Muro. Uma tragédia futebolística por assim dizer, mas ainda que o responsável por isso consiga deixar isso de lado, Joshua tenta recuperar a sua bola sozinho e através da sua pequena aventura, descobre um mundo desconhecido e selvagem – mas também percebe os nuances de bondade nos lugares mais inesperados, como no rosto de uma menina.

Continua em...

site: https://blogcomv.org/2017/05/20/o-muro/
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Dicas Literárias 11/06/2017

#Resenha 105, O Muro, do autor Willian Sutcliffe.
#RESENHA


Para quem acompanha os noticiários, seja na pela internet ou televisão, sabe sobre os imensos conflitos que ocorrem principalmente na região do Oriente Médio.

Confesso que quando recebi a News da editora para a escolha dos livros, não imaginei que O Muro seria um livro tão profundo como ele é. A história narra de uma forma fictícia, mas carregada de momentos que vemos no mundo real, a vida de uma criança de apenas 13 anos que tem o seu mundo preso ao redor de um muro.

"Com o túnel nas mãos do exército, agora a apenas uma forma de chegar além do muro. em circunstâncias normais, isso é algo que sequer passaria pela minha cabeça, mas não consigo pensar em nenhum outro método e sei que, se não tentar fazer alguma coisa, não conseguirei ir embora com a consciência limpa". (p.276)

Como sempre gosto de falar um pouco sobre a história em si, pois detesto spoliers e por isso sempre evito em minhas resenhas detalhar demais as histórias, darei uma geral sobre minha visão acerca da história.

Primeiramente, você irá conhecer no início do livro, Joshua um menino de apenas 13 anos que vive na cidade de Amarias, um lugar, como cita a orelha do livro, isolada no topo da montanha. Ele perdera o seu pai nos últimos cincos anos, e após desse trágico incidente sua mãe resolveu casar-se novamente, e o seu padrasto é o típico de homem que demonstra sua frieza e insensibilidade com a criança. Embora Joshua não seja apenas um santo, ele tem lá suas crises de encrenca e teimosia.

O autor irá detalhar de forma emblemática toda a visão do garoto, pois a história é contada em primeira pessoa (coisa que amo nos livros, não me importo de não conhecer o outro lado da história) e consegue descrever, relatar e tocar o leitor de uma maneira magnífica.

"É bom ter coisas assim em que pensar quando você está fazendo algo assustador, porque não faço ideia de quanto tempo já estou rastejando, ou que distância percorri, no momento em que minha lanterna ilumina algo branco acinzentado. Paro e estico a lanterna à minha frente, olhando atentamente na escuridão, apertando os olhos para tentar distinguir um formato reconhecível no borrão de cor". (p.26)

Tudo começa quando a bola que Joshua brinca com seu amigo cai do outro lado do muro, e após esse fatídico incidente a vida desse garoto muda completamente. As histórias que circulam sobre o que existe atrás do muro são de arrepiar, violência, pessoas más, fome e tudo mais é descrito e contado para todos os habitantes de Amarias, e por isso ninguém entra ou sai da cidade sem permissão.

Percebi que o autor quis retratar de forma literária a situação que cidades como a Palestina se encontram. Pois todo a pressão que cai sobre aquele povo e sobre os perigos que estão ao redor é muito bem retratado no livro.

Após criar coragem e atravessar o muro por um túnel, Joshua descobre o que existe por trás. Lá ele faz amizade com uma garota chamada Leila que é totalmente diferente do que ele imaginava. Ajuda pessoas que jamais imaginou que existiam, e desperta dentro do garoto conflitos internos que o levam a não desistir.

"Não sei se tenho mais medo do túnel ou do outro lado, mas, quando começo a rastejar, sinto uma nova espécie de medo se estabelecer dentro de mim (...)". (p.128)

Para você que curte literatura profunda, com reflexões sobre existência, luta por direitos e acima de tudo liberdade, deveria adquirir o exemplar desse livro. Sem contar que a obra possui um excelente trabalho gráfico desde a capa a diagramação do livro. A história é dividida em 5 partes, mas que flui sem problema algum.

Entendam, que apesar do livro ser contato em primeira pessoa, ele deixa uma mensagem e permiti que você, através dos olhos do garoto, entenda tudo o que se passa ao redor, é tocante e profundo ler um enredo onde o autor não poupou sentimentos e descrições que mexem com a nossa alma.


Até a próxima!

site: http://dicassliterarias.blogspot.com.br/2017/06/resenha-105-o-muro-do-autor-willian.html
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Bruno1041 13/12/2017

[RESENHA] O MURO
O MURO é narrado em primeira pessoa através dos olhos de Joshua, um jovem que vive numa cidade chamada Amarias e que em seu pequeno e limitado mundo é cercado por muros altos separando o cenário de casas novas que conhece de um mundo que nunca imaginou.
Tendo sua mãe como sua única família e um padrasto horrível como carrasco, o jovem tem um único amigo chamado David que de companheiro não tem nada. Nunca pensei que eu fosse desgostar de uma criação medrosa e desleal, mas David acendeu esses sentimentos em mim.
Após deixar sua bola cair acima do muro, Joshua cria coragem e vai atrás do seu bem precioso e é ai que o mundo do jovem desmorona e ele é apresentado a todo uma trama que é preciso o leitor aguentar o nó na garganta, se houver sensibilidade na leitura, para seguir em frente.
Realmente a obra emociona aqueles que já passaram por leituras cruéis e duras como A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS ou que viram as adaptações cinematográficas de O MENINO DO PIJAMA LISTRADO e O DIÁRIO DE ANNE FRANK. Não é fácil acompanhar o jovem na busca de tentar compreender o porquê de ter uma cidade tão pobre e faminta tão perto da sua que é nova em folha com pessoas esbanjando carros, roupas de grife e casas impecáveis.
Ao transcorrer aquele muro Joshua não somente conhece outra realidade diferente da sua, ele cresce. É como se houvesse um véu nos seus olhos desde que nasceu, mas que agora é retirado e apresentado a vida.
Leila é uma jovem que fiquei bastante desconfiado uma vez que seu comportamento vai contra a todos ao seu redor que julgam com louvor aqueles que vivem do lado rico do muro. Ela ajuda Joshua a sair de uma perseguição sem cobrar nada. Entretanto, o pai dela cobra e isso não é uma atitude louvável. Sorte que ele ajuda no crescimento de Joshua que de repente passa a acontecer muito rápido!
O jovem passa a cuidar de um pomar da família de Leila que só pode ter acesso a um curto período de tempo. O local aos poucos começa a se revitalizar, mas reviravoltas cruéis acontecem e fiquei extremamente irritado com o autor ao mostrar atitudes de um ser desprezível que pode até soar clichê, mas que existe de peso em todos os cantos, infelizmente, do planeta.
Joshua é o protagonista, mas me vi torcendo para a mãe dele, que é uma mera coadjuvante, vir a luz e tomar novamente as rédeas de sua vida e guiar com sabedoria a do filho. Foi bastante frustrante no começo ver essa mulher estar tão submissa no relacionamento e aceitar tudo que o seu esposo mandava. O mais chocante é ver que o Joshua reconhece a submissão da mãe e tenta abrir os olhos dela a todo momento, mas falhando.
Conclui a leitura levando comigo reflexos que há tempos havia parado de fazer. O autor somente usou a ficção para reforçar os conflitos que vem acontecendo no Oriente Médio e que parecem nunca ter fim. É um enredo carregado de significado que se você conseguir filtrar verá que é uma obra para toda a vida, que ensinará para sempre.
Joshua é mais do que carismático, é um guri forte e destemido. Foi muito bom acompanhar o seu crescimento e como ele lidava com o desconhecido.
A edição física da obra possuí uma capa linda com um elemento significativo para o enredo e que traduz todo um sofrimento contido. As páginas são amareladas. Os capítulos são medianos e a fonte das letras é grande que aliada a escrita fluída e lírica do autor proporcional uma leitura rápida e emocionante.
Reforço a recomendação que a obra irá emocionar e trazer novas reflexões para os leitores de A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS, O MENINO DO PIJAMA LISTRADO e O DIÁRIO DE ANNE FRANK. Se abra para o aprendizado de O MURO.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/11/resenha-o-muro.html
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