Ana Júlia Coelho 10/01/2024Em uma pequena cidade um rio é tido como amaldiçoado, já que muitas mulheres morreram ali, algumas assassinadas, outras por vontade própria. Nel foi encontrada nesse Poço dos Afogamentos, e agora sobrou para Jules, sua irmã, cuidar de Lena, a filha adolescente de 15 anos da nova vítima do poço. Lena tem certeza de que a mãe se matou, mas a polícia ainda vai querer investigar esse caso.
A gente viaja pro passado pra conhecer algumas outras vítimas, a gente conhece o ponto de vista de basicamente TODOS os moradores da cidade, já que a autora decidiu colocar uns 29 personagens narrando, e somos arrastados por nadas e mais nadas. De início achei realmente que era algo misterioso, fantasioso, alguma alma penada que viesse buscar mais mulheres para ir pro além, mas não. A autora decidiu que queria entregar um thriller, e falhou miseravelmente.
Não só o caso de Nel é abordado na história, alguns pontos da morte de Katie, melhor amiga de Lena, também são questionados. E aí a autora também decide enfiar a morte de mais outra pessoa, pra deixar o leitor doidinho sem saber o que acompanhar, o que é importante e quem diabos está narrando a história. Foi difícil engrenar na narrativa, no meio até que fica um pouquiiiiinho interessante, mas a autora realmente não soube trabalhar esse livro.
O suspense que ela faz é tosco, todos os plots são previsíveis, a investigação mais anda para trás do que qualquer outra coisa, já que NÃO TEM O QUE INVESTIGAR, um pontoficou explicado e tem um drama desnecessário por parte das adolescentes – já é ruim ler livro com esse tipo de personagem, ainda mais quando uma gota d’água é o fim do mundo. Mas, entre a página 150 e 300, eu até fiquei interessada na história. O problema é que ela se arrasta até a página 480.
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