Invenção e memória

Invenção e memória Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Invenção e Memória


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HonorLu 28/11/2023

Lembrando e Inventando
Resisti um pouco durante a leitura a aceitar que se tratavam realmente de memórias, textos autobiograficos ou algo nesse sentido. Terminei o livro sem me decidir quanto a isso, e preferi assim. A literatura se constrói em cima exatamente disso. Aqui também se encontram textos com tons mais políticos, como os encontrados em A Disciplina do Amor.
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oceanwaves 25/10/2023

Acho muito divertido como a Lygia faz de suas próprias memórias invenções, como ela olha nas brechas e nas rachaduras da juventude e do passado e descobre algo novo, e nos presenteia com isso. Como o passado se torna algo extraordinário porque o que ela não notou enquanto crescia, ela nota enquanto escreve seus contos e floreia essa coisa de uma forma tão mágica.
"Talvez uma das qualidades mais refinadas de Lygia esteja no raro sortilégio de seu poder de conferir realidade ao invisível e dar voz a visões." (MACHADO, 2009, p. 127).

Meus contos preferidos dessa coletânea foram "Dia de Dizer Não" e "Rua Sabará, 400".
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Pandora 14/07/2023

Esse ano fez uma década que eu trouxe Lygia Fagundes Telles para a minha estante, mas só agora peguei o livro para ler e encontro-me encantada com a narrativa Lygiana.

Encontramos em "Invenção e Memória" um conjunto de contos de fácil leitura, escritos em uma narrativa simples, direta, reta, sem meias voltas. A autora transforma em contos memórias vividas e memórias inventadas com a lucidez de quem sabe que ficção vira realidade e realidade vira ficção.

É muito bom acompanhar o amadurecimento de uma autora/autor livro a livro e é igualmente maravilhoso encantador encontrar uma autora em pleno domínio de sua narrativa, muito a vontade com as palavras. Pleníssima!

Sobre o conteúdo dos contos, "Invenção e Memória" é um mergulho na História do Século XX contada por uma mulher branca. A gente vê o cinema mudo, a vida de meninas negras no pós-abolição, formas como a branquitude trata crianças negras em estado de fragilidade social, a entrada das mulheres brancas no mundo acadêmico e seu diálogo com os homens em diversos espaços, a vida e suas mudanças ao logo do tempo. Contos bem escritos, de fácil leitura, muito honestos, francos, escritos por um autora em pleno domínio de sua capacidade narrativa.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 07/06/2023

Já Li
Publicado em 2000, "Invenção e Memória" foi uma leitura fácil. Os contos são mais curtos, o que foi um alívio depois da tortuosa leitura de "A Estrutura da Bolha de Sabão".
Para esta resenha, separei os contos de que mais gostei.

"Suicídio na Granja" conta a história de um galo, chamado Aristóteles, que fica profundamente triste depois que seu amigo ganso, Platão, morre. Uma menina, cujo nome não sabemos, narra os eventos entre o galo e o ganso, e ela observa que o galo morre de tristeza, e sua imaginação infere que o galo se matou no tanque de água. Espantada com estes acontecimentos, a menina busca o pai para entender o que acontece com a alma de alguém que comete suicídio, pergunta para qual o pai não tem resposta. Ela então fica refletindo sobre essas questões, sem chegar a nenhuma conclusão ao final do conto.

"Heffman", também narrado em primeira pessoa por uma personagem que não sabemos o nome, frequentadora assídua da Livraria Jaraguá, é convidada por Alfredo Mesquita para estrelar uma peça de teatro, interpretando o papel de namorada do protagonista, o Heffman. Em meio aos "intelectuais de esquerda", ela se sente deslocada, e aos poucos chega à conclusão de que é uma farsa. O ponto alto do conto é quando, ao final dele, sutilmente Lygia nos deixa saber que este relato é uma memória distante, que todos já estão mortos há muito tempo, e no final das contas ser uma farsa não é tão ruim assim.

"O Menino e o Velho" é uma mini história de mistério. Uma mulher vai frequentemente ao mesmo restaurante e vê um velho e um menino sentados em uma mesa. O menino parece estar em condição de pobreza, o o homem aparenta ser rico e estar cuidando do menino. Tempos depois, ela os vê novamente, e agora o menino está usando roupas novas e de marca, e ela percebe que a dinâmica entre os dois mudou bastante desde o último encontro. Até que, em uma última visita, a narradora descobre que o menino matou o velho enforcado. Achei um plot twist sensacional, jamais esperei por isso.

E, por fim, "A Chave na Porta". Em um dia de chuva, a protagonista reencontra um amigo de faculdade que não vê há anos, e ele lhe oferece uma carona. Ela aceita e eles vão conversando durante o percurso até sua casa mas, quando ela vai abrir a porta, percebe que esqueceu a chave de casa no carro dele. Ele havia comentado onde morava e ela resolve ir até lá para pegar sua chave de volta e, quando chega lá, descobre que o amigo de faculdade tinha morrido há anos.

Lygia sempre me surpreende com sua capacidade impressionante de condensar, em pouquíssimas páginas, um worldbuilding inteiro. Ela não precisa de mais do que um parágrafo para construir uma personagem completa e única, isso sem falar na sua habilidade descritiva de cenários e atmosferas. E aqui, neste livro, senti como se Lygia tivesse atingido o auge desta capacidade.
Recomendo a leitura.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2023/06/ja-li-176-invencoes-e-memorias-de-lygia.html
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Giovanna1242 05/06/2023

Adorei alguns contos, outros nem tanto, mas é inegável o quão envolvente é a escrita da Lygia. Dois anos atrás li metade de As Meninas e acabei parando porque a história tinha algumas partes pesadas, então agora finalmente pude ter a experiência de ler um livro completo dela :)
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Michela Wakami 01/05/2023

Bom
Esse livro contém 15 contos, são eles: Que se chama solidão (perfeito), Suicídio na granja (perfeito), A dança com o anjo (muito bom), Se és capaz (perfeito), Cinema Gato preto (ruim), Hoffman (ruim), O Cristo da Bahia (ruim), Dia de dizer não (ruim), O menino e o velho (muito bom), Que número faz favor? (bom), Rua Sabará, 400 (bom), A chave na porta (ruim), História de passarinho (ruim), Poryra (ruim) e Nada de novo na Frente Ocidental (ruim).

Essas foram minhas notas individuais para cada conto.
Gabriel 21/01/2024minha estante
Oxe os últimos foram os melhores eu achei kkkkk


Michela Wakami 21/01/2024minha estante
Gabriel, essa é a magia da vida, somos diferentes uns dos outros e graças a Deus por isso.


Gabriel 22/01/2024minha estante
Amém!




Thales 21/04/2023

Com certeza, o livro de LFT que menos me impactou.
A escrita é boa sempre, mas o único conto que foi marcante pra mim foi Potyra.
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carlineeeee 09/01/2023

meus contos preferidos
Que se chama solidão
Suicídio na granja
A dança com o anjo
Heffman
O menino e o velho
Rua Sabará, 400
A chave na porta
Potyra

lygia sempre perfeita
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Thiago275 01/12/2022

Familiar e diferente
Publicado pela primeira vez no ano 2000, Invenção e Memória é um livro ao mesmo tempo diferente e familiar dos demais livros de Lygia Fagundes Telles.

Familiar porque aqui encontramos a mesma escrita intimista das demais obras da autora, que fala muito pelas entrelinhas, deixando que o leitor deduza pelo que não é dito. Encontramos aqui também a mesma escolha elegante de palavras e temas já percorridos em livros anteriores, como a morte, a solidão e o sentimento de inadequação perante os outros e a vida.

Mas o livro também é diferente pois, ao lado das histórias de ficção, Lygia se aventura a narrar pequenos casos "reais", breves lances de sua vida, seja da infância, da adolescência, ou de recém-casada, num delicioso tom que se aproxima da crônica, mas sem se afastar do seu jeito inconfundível de narrar.

Um baile de faculdade em São Paulo quase no final da Segunda Guerra Mundial; um galo que se deixa morrer de fome depois que seu amigo peru é sacrificado para uma ceia; um vampiro norueguês que atravessa os séculos em busca de sua amada, uma índia brasileira. Essas são algumas das histórias que vamos encontrar aqui.

Destaque para os contos: A Dança com o Anjo, Se És Capaz, Dia de Dizer Não, Rua Sabará, 400, A Chave na Porta e Nada de Novo na Frente Ocidental.
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Perdida_nas_Estrelas 09/09/2022

Que mulher maravilhosa!
Bem, eu só posso fazer elogios sobre a Lygia, sua narrativa nos imerge de uma forma única, desde o primeiro conto que li dela há alguns anos já fiquei apaixonada, e a cada outro que leio a paixão aumenta. É uma escritora única, o jeito que ela nos faz sempre querer mais e mais saber sobre seu enredo é único! Quero ler tudo que puder dela e poder dizer que já li Lygia Fagundes Telles de cabo a rabo kkkk
*
Sobre os contos de "Invenção e memória": alguns eu favoritei, como por exemplo, "Que número faz favor?" e outros como "O menino e o velho" vão ficar por um bom tempo martelando minha mente, todos os contos são excêntricos e o mais incrível disso é que muitos são tão cotidianos que me pego pensando "como essa mulher consegue?", e acho que esse sentimento nunca vai mudar mesmo depois de ler várias obras dela, acredito que vou continuar a me perguntar isso.
Recomendo muito ler Lygia, magnífica autora nacional!
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victor.victor.victor 25/04/2022

Lido
É um livro diferente, pois Lygia mescla memórias pessoais e singelas com a grandiosidade da ficção. A maioria dos textos tem essa mulher como narradora, que assumo ser a voz da própria autora. Em outros, fica mais explícito, a medida que Lygia nos apresenta sua família e dá sua versão de alguns fatos biográficos.

O conto "Rua Sabará, 400" é o maior achado aqui, ainda que não seja meu preferido, por relatar um pouco da relação da autora com seu marido, Paulo Emílio, e transbordar carinho.

"Nada novo na frente ocidental" remonta o último momento de felicidade antes da notícia da morte de seu pai.

Meus preferidos são "Heffman", sobre uma promissora escritorinha entrando no universo literato; e "Dança com o Anjo", que, tenho quase certeza, tem como personagens Lygia e Hilda Hilst.
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Carol Bazanini 27/02/2022

Lygia está cada vez mais conquistando um lugar no meu coração e se consolidando como minha escritora favorita. Os livros dela são sempre um respiro para mim. Não por ser algo fugaz, mas por ter se tornado necessário. Constantemente sinto falta de sua escrita e da forma como ela conduz suas narrativas com esmero. São sempre muito sofisticadas, sem deixarem de ser difíceis. Amo Lygia e já me conformei que todos os livros dela são extraordinários.
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Lis 09/09/2021

É preciso apreender as memórias
Ler Lygia desperta o desejo de escrever, de aprender a manejar melhor as próprias memórias, de atentar-se as ?as coisas desimportantes?. Despretensiosamente tenho sido seduzida por sua literatura, sendo esse o meu quarto contato com sua obra, salve engano, e desejo que o encontro com ela seja total.
Sobre esse obra em específico, cujo o título já suscita uma reflexão sobre o processo da escrita, a memória ocupa um lugar especial, ela encontra-se entre um invenção e pessoalidade que várias vezes nos interrogam até onde condizem com as vivências da própria autora. Essa mistura é muito rica.
Margô 25/11/2021minha estante
Amei a sua fala sobre as impressões que a narrativa de Lygia introduz em cada um de nós, quando se trata de memórias. Como você também pretendo ler o máximo que puder da vasta obra da autora... você joga duro!!!?????


Lis 27/11/2021minha estante
Então vamos juntos nessa empreitada! Obrigada pelo carinho!


Margô 27/11/2021minha estante
????




Evelize Volpi 26/06/2021

Lygia Fagundes Telles, é leitura Boa em qualquer momento.
Uma Maravilha Brasileira e Viva ainda, Graças a Deus.
Magnífica com as palavras, contos e memórias.
Tantos contos lindos..
Quem não conhece,se dê essa chance..
Encantamento na certa!
Salve Lygia!
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Vitor Y. 21/10/2020

Bom livro
Contos com memórias da Lygia com pitadas de sua divertida imaginação. Foi o meu primeiro livro dela. Gostei muito do seu estilo. Este livro achei bom. Umas estórias são bem divertidas e criativas (Suicídio na Granja, A dança do anjo, Que número fazendo favor, Rua Sabará 400). Outras nem tanto. Mas é uma obra interessante. Tenho certeza que lerei
outros dela.
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