Um sopro de vida

Um sopro de vida Clarice Lispector




Resenhas - Um Sopro de Vida


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maxine. 23/04/2024

"Tenho que começar por aceitar-me e não sentir o horror punitivo de cada vez que eu caio, pois quando eu caio a raça humana em mim também cai. Cada mudança, cada projecto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda a minha palavra tem um coração onde circula sangue."
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cafefrio 23/04/2024

Meu segundo livro da clarice e tenho que dizer: não fica menos confuso. eu gostei bastante dos diálogos e conversas da primeira metade do livro, tanto que li bem rápido. eu sempre ficava meio confusa com quem essas pessoas eram e com toda a dinâmica do livro, mas acho que esse é o tipo de emoção que a clarice gosta de trazer pros livros dela. pra mim a segunda metade foi um pouco mais arrastada e complexa. no geral gostei do livro, pois adoro a confusão dos pensamentos e palavras que clarice nos propõe.
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Mano Beto 23/04/2024

A dualidade em uno
Lançado um anos após a morte da Autora (1977), este livro mostra personagens que questionam a morte. Mas será que realmente são os personagens que estão pensando na morte (e outros assuntos também) ou será a própria Clarice? (Clarice estava doente neste período) O livro é escrito por um "autor" que cria uma personagem — que já apareceu em um conto da autora — Angela Pralini. Durante todo o livro, pensamentos e visão de mundo se contrastam, parecendo uma conversa entre ambos, "autor" e Angela. Não à toa, ficamos intrigados e pensando "mas isto é muito Clarice" em ambas os personagens. Tem uma passagem bem tocante pra mim onde o "autor" justifica a criação de Angela por se sentir sozinho:

"Sou sozinho no mundo. Ângela é minha companheira única. É preciso que compreendam: eu tive que inventar um ser que fosse todo meu. Acontece porém que ela está ganhando força demais."

Somos nós por nós mesmos. E as vezes nem isso.
Fiquei muito tocado com a sinceridade e talvez até honestidade dos sentimentos do "autor" e da Angela, ambos se conhecendo melhor um ao outro.

Só falta Cidade Sitiada e O Lustre para encerrar os romances desta autora que me tornei fã. Irei prolongar este período entre Caio Fernando Abreu com outro livro.
Craotchky 23/04/2024minha estante
Essa ideia de inventar alguém que sirva de certa forma de apoio também aparece, se bem me lembro, em Água viva.
Cuidado, Mano, nessa velocidade você logo vai ficar órfão de romances inéditos da Esfinge.
É bem provável que eu desbrave este mês que vem. Aí faltarão apenas A maça no escuro e O lustre. sigamos.




Gi 22/04/2024

Reflexões profundas
A escrita de Clarice é muito profunda. Acompanhamos o dia a dia de Ângela, uma personagem ficcional, em contrapartida, temos acesso ao Autor, que descreve todos seus pensamentos através de Ângela. Muitas vezes ele deixa ela tomar protagonismo de sua própria vida (que não existe) e quando está no limite, critica seus pensamentos e falas. No posfácio é dito que o livro foi resgatado, portanto, um livro póstumo. Claramente enxergamos a depressão, insegurança e dúvidas de Clarice como escritora. Um ótimo livro para conhecer e se adaptar a escrita da rainha.
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Jessica1248 20/04/2024

Aaah Clarisse?
Clarisse nos convida a entender e viver no momento de agora nas suas entrelinhas e mistérios que não são nada óbvios. Teve momentos que parei, e tive que parar novamente de tão profundo que foi eco das palavras em mim. Digo que é o efeito Clarisse.
Em sua introspecção, ela releva um pouco do processo de escrita. Cria Ângela e dialoga através de fragmentos de anotações, levando-nos a contemplar diferentes perspectivas sobre a vida e o autoconhecimento. Aborda temas como a relação com o tempo presente, a busca pelo significado da vida, a espiritualidade e a importância do ser sobre o ter. Clarice vai ao encontro de sí mesma e nos convida a ir também, proporcionando um efeito profundo e transformador em quem se permite ser tocado por suas palavras.
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JoAo366 18/04/2024

Eu diria que é um livro bom,
Esse livro nos faz refletir e pensar sobre atos e sobre em si a vida...
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Matheus colin 17/04/2024

Não leio quase nada de livros, mas lendo esse livro e prestando atenção, teve umas frases e uns pensamentos nele que realmente achei muito bons, quando pensa assim, como pensamentos o livro fica mais fácil de entender
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Julia 17/04/2024

A solidão é um luxo
Ângela Pralini, Autor e Clarice Lispector. Quem está escrevendo? Todos. Um sopro de vida é livro construído em diálogos entre duas (ou uma) pessoas, mas que não tem uma conversa de fato, são apenas fragmentos que refletem sobre questões como a escrita, a vida e a morte. Eu diria que é um romance semibiográfico, pois vemos muito de Clarice na narrativa.
Um livro em que nada acontece, há apenas pensamentos, com uma alta dose de existencialismo. Tive um sentimento misto, não é um livro ruim, eu nem ousaria dizer isso de uma obra de Lispector, possui diversas passagens que me identifiquei tanto que grifei-as para revisitar, mas tem um nível de abstração tão grande que para mim foi difícil de entender em alguns momentos. Porém, ao terminar, penso que essa seja a chave: não é algo para ser entendidos, e sim para sentir.
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Elisa Borges 16/04/2024

O livro que me fez ler.
Nunca tive o costume de ler, mas Clarice e sua narrativa quase que aleatória me encantou. Mesmo não tendo uma história a ser seguida, sendo tudo confuso e muitas das vezes eu não conseguindo entender. Seu modo de escrever é muito diferente e irresistível. Não consigo enjoar ou me cansar. Leiam, é uma experiência totalmente nova.
Matheus colin 17/04/2024minha estante
Quando comecei a pensar nas palavras mais como pensamentos dela, ficou mais fácil de entender algumas partes




camomilamilla 14/04/2024

Esse livro foi tão tão tão perfeito. Eu marquei praticamente todas as páginas, nunca me identifiquei tanto com a Angela e o autor. Sério, um dos melhores livros, Clarice nunca erra.
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nicolas 14/04/2024

Enquanto eu lia esse livro eu estava passando por um monte de coisas novas que estavam me afetando e me causando muita ansiedade. As vezes acabei pensando que se eu morresse agora eu não morreria feliz e acabei pensando demais sobre e no final tendo muito medo. Esse livro, a ângela, as reflexões, tudo isso encaixou uma peça nova na minha cabeça. Esse livro tem pensamentos meus em forma de palavras que foram colocadas ali pela Clarice, grande Clarice.

No início o o raciocínio do autor e ângela começa devagar como se estivessem se conhecendo e também se apresentando ao leitor, até que do meio ao final as coisas vão ficando rápidas e entendidas, dinâmicas, um raciocínio rápido como se finalmente algum deles ou até mesmo o leitor tivesse aprendido alguma coisa, esse livro tem clareza apesar das palavras serem difíceis. Foi tudo uma viagem dentro da cabeça de Clarice que fez com que eu me entendesse melhor.
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João Guedelha 14/04/2024

Clarice, minha eterna. Foi um prazer me aprofundar em suas escritas, que fizeram da minha alma um grande interlúdio de versos. Espero poder me dopar de suas obras por muitos e muitos tempos?
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camila del rio 11/04/2024

? um sopro de vida
?Eu ocasionalmente, eu que escrevo, procuro para cada palavra o estalar inconsciente de um sentimento cruciante.?

mais uma leitura agradabilíssima de Clarice Lispector. não é à toa que a considero minha autora favorita ? todas as suas obras ressoam muito comigo, e eu me sinto quase que conectada a ela quando mergulho em uma de suas histórias.

apesar de ter algumas partes vagarosas, Um Sopro de Vida aborda a questão do escritor com imersão extrema, pois o leitor é bombardeado com o fluxo de pensamentos de dois devotos à arte da literatura: o Autor e sua personagem, Ângela Pralini. é incrível presenciar a maneira como suas mentalidades se cruzam e descruzam, se assimilam e contrastam. mesmo as ideias repetidas nos comentários das duas vozes narrativas não são descritas com as mesmas palavras, o que confirma que a jornada do escritor é solitária por natureza.

esse livro tem um pouco de Frankenstein, no sentido de que há uma forte ligação entre criação e criatura, e por vezes um sobrepõe o outro. o Autor despreza Ângela, o Autor ama Ângela, mas está certo de que ela é o seu não-eu, e ao mesmo tempo um reflexo dele mesmo. isso porque os personagens estão sempre ligados a quem os desenvolve, mas sempre acabam por desenvolver intenções e desejos próprios. Ângela fala muito sobre Deus, e é interessante pensar que a entidade a quem ela atribui todo esse poder deve ser o Autor, que a enxerga com uma autonomia inerente e indomável. em certa parte do texto, o Autor diz que a personagem endeusa o Desconhecido, aquilo que ela não compreende ? enquanto tal circunstância o faz sentir temor.

acho incrível poder presenciar a maneira como a escrita de Clarice se desenrola em algo que diz tanto sobre ela e, ao mesmo tempo, cria ainda mais mistérios. ela possui uma qualidade inimitável por qualquer autor atual, um fluxo de pensamentos e sentimentos que ressoam fortemente conosco mas que jamais conseguiríamos expressar com palavras, algo que ela realiza constantemente.
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Gabriela 10/04/2024

?[?] quando vi que não mais aguentava o peso de mim, fui para a cama e encolhida ao máximo em posição fetal, isto: reduzida a zero, sendo portanto obrigada a me entregar ao que me viesse, já que eu não sabia a reposta do que eu perguntava [?]. Então, - ao ter que me entregar ao Nada - aconteceu o milagre: senti como alimento no gosto da boca o sabor do Tudo.?
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Bell 07/04/2024

Penso que frases soltas podem dizer mais!
?Eu pelo menos tenho a vantagem de ser eu, e nao uma outra pessoa qualquer.?

?Tenho que viver aos poucos não da para viver tudo de uma vez?

?Não sabe viver gradualmente: ela quer comer a vida de uma vez. E ai lhe sobra tempo vazio.?

?Queria poder viver tudo de uma só vez e não ficar vivendo aos poucos. Mas aí viria a morte.?

?tenho necessidade na minha solidão de confiar em alguém.?

?Por medo do erro, eu me abastardei. Para evitar o erro, eu nada grande ousei.?

?Obcecado pelo desejo de ser feliz eu perdi minha vida.?

?Na hora do acontecimento não aproveito nada. E depois me vem uma ilógica saudade.?

?Sempre então me faltará essa coisa? Pode-se viver sem essa coisa??
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