Melodia Mortal

Melodia Mortal Pedro Bandeira




Resenhas - Melodia Mortal


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Bruna 24/10/2020

Amantes de Sherlock. Apenas leiam
Esse livrinho que quase passou despercebido em alguma prateleira foi uma das leituras mais surpreendentes deste ano. Ele é bem fiel a narrativa do Doyle mas em cenários muito diferentes.
Eu amei a maneira como colocaram os personagens na história e já queria montar um grupo sherlokiano na minha cidade tbm.
Gostei bastante
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Mizael 16/11/2020

Muito bom. Bandeira conseguiu captar bem o espírito de Sherlock Holmes.
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Wellington Silva 20/01/2018

O clickbait literário
De acordo com a sinopse, a proposta do livro seria, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, examinar os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica.

Para tanto, os autores contariam com a investigação de ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o doutor John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada.

Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX. Sua primeira aparição foi em 1887 na revista Beeton's Christmas Annual na história Um Estudo em Vermelho, onde vemos o primeiro contato entre as personagens principais de todos os contos, Sherlock e Dr. Watson.

Contadas sob a visão de Watson, as histórias do detetive particular caíram nas graças dos leitores do mundo inteiro, consagrando criador e criatura.

Nos últimos anos veio à notícia que Sherlock Holmes passou a ser de domínio público, ou seja, os livros de Conan Doyle podem ser reeditados e adaptados livremente.

Assim, podemos esperar ai muitas adaptações literárias e cinematográficas sobre o detetive da Baker Street. Inclusive, em Março de 2018 estreia uma animação, Sherlock Gnomes, baseada no "universo" da animação Gnomeu e Julieta, onde Sherlock Homes será um gnomo de jardim, mas vivo.

O Brasil não fica atrás. Já tivemos antes a obra O Xangô de Baker Street, escrita pelo apresentador, escritor e humorista Jô Soares, mas no final de 2017 foi lançado o livro Melodia Mortal, escrita a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Levi.

Pedro Bandeira de Luna Filho é um escritor brasileiro de livros infanto/juvenis mais vendido no Brasil (vinte e três milhões de exemplares até 2012) e, como especialista em letramento e técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o país. É autor da série Os Karas, O Fantástico Mistério de Feiurinha e de A Marca de uma Lágrima, entre mais de 80 títulos publicados. Recebeu vários prêmios, como o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, entre outros.

Há muito tempo não lia as obras de Pedro Bandeira e quando soube que o autor estava escrevendo um livro adulto e sobre Sherlock Holmes, logo pensei que gostaria de ler a obra.

Todavia, devo confessar que o livro é decepcionante.

A proposta inicial é que Sherlock Holmes investigaria a morte dos principais músicos da nossa era, mas não é bem assim.

O livro é dividido em 08 capítulos: 1. Necessária ouverture; 2. "Casta Diva" - Os mistérios da morte de Vincenzo Bellini; 3. Heroica Polonaise - Os mistérios da morte de Frédéric Chopin; 4. Réquiem para um anjo - Os mistérios da morte de Wolfgang Amadeus Mozart; 5. Tribunal de honra - Os mistérios da morte de Piotr Illitch Tchaikovsky; 6. Sinfonia Renana - Os mistérios da morte de Robert Shumann; 7. Fantasia coral - Os mistérios da morte de Ludwig van Beethoven; 8. Piccolo finale.

Também sob a ótica do Dr. Watson, justificando a sua presença no livro, pois no mais ele mostra-se completamente dispensável, mesmo para as questões de sua profissão.

O primeiro capítulo traz um resumo da relação Holmes/Watson, demonstrando como se conheceram e a grande admiração do médico com o detetive.

Neste capítulo minha decepção já é latente, pois Holmes não demonstrar ser o grande detetive que a fama informa, pois erra todas as suas deduções sobre fatos corriqueiros. Então, o leitor acaba pensando (pelo menos eu pensei): será que a genialidade de Holmes é tudo uma criação de Watson?

No capítulo 2 tudo isso desaparece. Logo, vemos que os autores estão mais perdidos do que cego em tiroteio, pois desconstroem a personagem para nada.

Assim como a maioria das obras de Conan Doyle, Melodia Mortal é dividido em contos, onde cada capítulo retrata uma investigação fechada.

Então, temos 06 contos, do capítulo 2 ao 7. O capítulo 1 e 8 servem como prólogo e epílogo, respectivamente. A meu ver, os capítulos 1 e 8 são dispensáveis.

Além da divisão em contos, uma caracteriza da obra é a divisão do tempo. Os autores narram às histórias de Sherlock e Watson em diversos períodos, onde o primeiro capítulo retrata fatos ocorridos no ano de 1890, e o livro termina com as personagens no ano de 1940, durante a 2ª Guerra Mundial, mas sem participação direta ou indireta.

Cada capítulo traz uma investigação, retrada no passado, ou seja, entre 1890 a 1940, mas ao final vemos uma Reunião da Confraria dos Medidos Sherlockianos, retrada entre os anos de 2016 a 2017, onde renomados médicos e fãs das histórias de Sherlock Holmes passam a debater as suas aventuras recém publicadas, apesar de retratadas no passado.

Percebemos que os médicos da Conferia vivem no mesmo universo que Sherlock, ou seja, diferente de nós leitores, para eles Sherlock realmente existiu, cujas histórias foram registradas e publicadas por Watson.

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MINHA EXPERIÊNCIA
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Diferente da obra de Conan Doyle, Sherlock é retratado completamente estereotipado, com uma arrogância infamada, apesar de ser gentil e cortêz com as pessoas.

Mostra-se um britânico chato, onde a cultura inglesa é sempre a melhor. Em muitas passagens Sherlock gosta de reforçar que as colônias britânicas são e sempre serão inglesas, além do seu descontentamento com a revolta Irlandesa e Escocesa.

Além disso, os contos não retratam a investigação de Holmes para elucidar a morte dos grandes músicos, como a sinopse informa. Cada conto retrata uma investigação aleatória de Holmes, mas com alguma ligação ao músico do capítulo. Por exemplo: No capítulo 7, que seria sobre a morte de Beethoven, a história se passa na Alemanha e a personagem que foi sequestrada encenaria a única opera escrita pelo músico alemão.

Sim, em cada capítulo Holmes discute a morte dos músicos, mas não há qualquer investigação, apenas teorias que ele tem conhecimento e gosta de debater.

Inclusive, estas teorias também são debatidas pela Confraria, nos tempos atuais e sob os métodos atuais. Contudo, ninguém pode chegar a uma conclusão, pois os músicos faleceram há muito tempo, sendo impossível realizar exames necessários para definir a causa mortes. Logo, o debate fica no mundo das suposições.

Esta parte da Confraria é completamente dispensável, pois, a meu ver, não acrescenta em nada a história. Apresenta personagens chatos e muito mais arrogantes que o próprio Holmes de Pedro Bandeira.

E mais, os médicos se dizem fãs de Holmes, mas não discutem sobre os contos, estão mais interessados em inflar os seus egos e debater suas suposições sobre a morte dos músicos.

Watson, por sua vez, demonstra ser um inútil, servindo apenas como testemunha do brilhantismo de Holmes e ouvido para o seu ego.

Melodia Mortal não cumpre o objetivo que propõem.

É bom? Sim, mas com muitas vírgulas. A investigação narrada por Watson é deveras interessante, pois quem gosta das histórias de Sherlock sempre quer mais e o livro traz mais investigações, diferentes das escritas por Conan Doyle. Contudo, o leitor tem que fazer um esforço muito grande para relevar muitos pontos das características de Holmes, Watson e da Confraria.

Por derradeiro, os autores ainda trazem a participação do psicanalista Sigmund Freud, mas de forma muito forçada.

site: http://jujusilvadog.blogspot.com.br/2018/01/resenha-melodia-mortal-o-clickbait.html
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Tamara 27/05/2017

Resenha postada na íntegra e originalmente em: http://rillismo.blogspot.com.br/2017/05/resenha-melodia-mortal-por-pedro.html

Pedro Bandeira é um escritor que embalou parte do início da minha adolescência, com sua eterna e incrível série Os karas, que traz as histórias de um grupo de adolescentes que se envolvem em investigações e também em confusões. Então, assim que descobri que ele lançaria mais um livro, dessa vez com literatura policial adulta, logo me empolguei e resolvi ler. Foi uma experiência deveras positiva, uma vez que através dessa obra curta e de fácil leitura, pude descobrir um pouco sobre o famoso sherloke Holmes e sobre seu amigo, doutor Whatson, que são tão comentados na literatura, mas que eu ainda não conhecia. Também, achei genial a presença de todas essas informações a respeito de grandes gênios da música, e sobre suas mortes aparentemente estranhas e que foram cercadas, por muito tempo por diversas interpretações, a medida que a medicina evoluía.
Porém, confesso que o livro não me agradou de todo, e isso se deve principalmente ao fato de ser uma obra dividida em capítulos, e cada um desses capítulos traz uma situação vivida por Holmes e Whatson, e traz também a análise da confraria dos médicos na atualidade, mas esses capítulos me lembram muito apenas contos, pois não trazem ligação entre si, a não ser o fato de tratarem dos mesmos personagens, mas as situações não possuem ligação, e isso fez com que eu não conseguisse me conectar efetivamente com cada um dos casos que nos foram apresentados, e em alguns momentos, senti que foram narrações muito breves, sem muitos detalhes, e esses detalhes são o que mais me atraem nas obras policiais.
Embora esses pontos negativos tenham atrapalhado minha leitura, também houveram vários pontos muito positivos, e o principal deles é a escrita de Pedro Bandeira e de seu Co autor, Guido Carlos Levi, que é muito boa, acessível e fluída de se acompanhar, trazendo até mesmo o estilo do detetive Holmes. Além disso, conforme já mencionei, achei muito bacana poder conhecer um pouquinho mais sobre as circunstâncias de vida e da morte de grandes homens envolvidos com a música, e através disso, é perceptível a grande pesquisa que o autor teve de fazer para escrever a obra.
Os personagens, Holmes e Whatson, são muito interessantes e gostei de acompanhar sua parceria. Já em relação aos músicos, como estes apareceram de forma bastante rápida em cada um dos contos, não consigo encontrar um de grande destaque para mim. Ainda, os médicos da confraria que discutiam sobre os casos de Holmes e de Whatson são muito bacanas, e eu adoraria ver algum livro com esses personagens sendo protagonistas, e tenho certeza que dali sairiam muitas coisas deliciosas de se ler.
O livro é dividido em oito capítulos, sendo que quando são relatadas as passagens referentes a Whatson, Holmes e seus envolvimentos nos casos, temos a narração em primeira pessoa, feita por Whatson, e quando se trata das reuniões da confraria, a narração é feita em terceira pessoa. A leitura que realizei foi em ebook e não encontrei erros.
Recomendo a obra para todos aqueles que já conhecem a escrita de Pedro Bandeira, pois certamente irão se identificar com seu estilo de leitura e se sentirão saudosos dos livros que embalaram nossas vidas, ou ainda, para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de conhecê-lo, esse é um bom livro por onde começar.


site: Resenha postada originalmente em: http://rillismo.blogspot.com.br/2017/05/resenha-melodia-mortal-por-pedro.html
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Gner 06/07/2021

Me surpreendeu
Muito humor, mesmo com o tema das mortes em seus novos twists, de alguns dos maiores nomes da música erudita! Último conto com ornitologia e Beethoven!
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MiCandeloro 20/10/2017

Tremendamente bem escrito e divertido!
E aí pessoal, aqui é a Mi e hoje trago para vocês mais uma resenha dupla, dessa vez com o Leo, que estará representando o Blog Segredos Entre Amigas. O legal dessas resenhas é que vocês podem encontrar a opinião de nós dois sobre o que achamos do livro. Espero que gostem!

MI: Sou fã de Pedro Bandeira desde a infância, quando pus as mãos na série os Karas, e quando soube que ele havia se aventurado na literatura adulta, para escrever uma fanfic de Sherlock Holmes, um personagem que amo demais, para investigar a morte de músicos clássicos, não pensei duas vezes ao embarcar nessa jornada.

LEO: Escrito em formato de pequenos contos, cada história nos é apresentada no passado, por meio dos registros feitos pelo Watson, fiel escudeiro de Holmes; e no presente, quando seus relatos são analisados por uma confraria de médicos que discute os diagnósticos que haviam sido feitos conforme a expertise da época.

MI: Logo no primeiro contato com o texto senti uma forte familiaridade com os personagens que já conheço. Os autores rebuscaram na escrita, como devia ser, para marcar o período da narrativa, e inseriram magistralmente as características marcantes dessa dupla tão famosa.

Ademais, fizeram um pequeno preâmbulo apresentando os dois para aqueles que nunca tiveram contato com eles, o que é ótimo, pois além de refrescar a memória de quem já admira Sherlock e Watson, deu oportunidade a qualquer um de ler a obra, independente de conhecimento anterior acerca de suas aventuras.

Como não amar o vaidoso, petulante e genial Sherlock Holmes? Ou o tão adorável, complacente e inteligente Watson, um corajoso ex-combatente e esforçado doutor?

LEO: Achei simplesmente fantástica a ideia dos autores em reviver o investigador para averiguar a morte de tantos músicos famosos sob uma nova perspectiva. Falando nisso, para quem se interessa por música clássica, esse exemplar é um prato cheio, pois ao final de cada capítulo os autores nos presenteiam com uma pequena biografia de cada músico investigado, para conhecermos melhor sobre a sua vida pregressa e seu trabalho. E devo admitir que fiquei muito curioso para escutar as sinfonias e óperas ali tão bem descritas.

MI: Se isso não fosse o bastante para me sentir seduzida por esse volume, os diálogos travados entre Sherlock e Watson são tão engraçados, daquele jeito bem ácido de ser, que ficamos ansiosos para entender como Sherlock consegue sempre chegar tão rápido a uma conclusão certeira.

O mais legal de tudo é que, por ter sido escrito a quatro mãos, tendo um médico como coautor, todos os dados inseridos na trama de Melodia Mortal acerca desta seara são verídicos. Por isso, para quem gosta e é curioso como eu a respeito do corpo humano e das doenças que nos assolam, vai achar muito interessante testemunhar as conversas versados sobre esse assunto.

LEO: Tremendamente bem escrito, divertido e nostálgico, desejo que Melodia Mortal seja o primeiro de muitos dessa nova fase de Pedro Bandeira na literatura mais adulta.

site: http://www.recantodami.com
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Sasamira 13/04/2022

Leitura Mortal
Admito que aventuras não são meu delírio, e depois dessa não haverá mais nenhuma "sherlokiana".
A história narrada se passa em dois período, como um diário de Watson, e os leitores desse diários, medicos que avaliam a causa da morte dos grades músicos.
Admiro muito o suspense e como tentam entender a morte de cada músico com base na medicina dos dias atuais, porém o livro trás isso de uma forma tão desinteressante, os cassos que Sherlock desvenda não proporcionam nenhum gosto a mim pois não há pistas de fato apresentadas ao longo, e sim só como o Sherlock as soluciona, e claro com seu grade narcisismo.
Um dos capítulos mais interessantes para mim é o sexto pois temos um aprofundamento na mente humana trazendo a figura de freud, e uma referência a loucura e genealidade de Vincent Van Gogh.
As 3 estrelas são pela história em si, e pela ideia do posicionamento das mortes dos artistas. Fora isso a narrativa do modo que foi trazida não me agrada, nem mesmos os personagens secundários tem grande aprofundamento.
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Rittes 30/09/2022

Não tão elementar, meu caro Watson!
Nunca havia lido nada de Pedro Bandeira, apesar de ele ser um escritor adorado por milhões e vender muitos livros. Confesso que não me impressionei. Achei sua escrita muito irregular. Nos casos contados pelo doutor Watson, apesar de um Sherlock bem distante do original em vários momentos, sua escrita é fluida e com boas ideias. A parte da confraria de médicos, no entanto é insuportavelmente didática, com personagens chatos e diálogos afetados! Um porre que estraga a boa ideia do livro. Além disso, em vários momentos não há conexão possivel entre os casos e os compositores mortos, o que fica bem forçado. Leitores experientes e minimamente exigentes não vão gostar, com certeza. Como passatempo, vale. Mas, não espere muito.
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LOHS 15/07/2017

Praticamente uma fanfic de Sherlock Holmes
Mais um livro do meu querido Pedro Bandeira. Eu tenho uma história muito legal com esse autor. Não sei se já contei para vocês, mas quando ainda estava na escola, minha professora sugeriu um projeto de audiolivro. Nessa época, eu tinha descoberto uns livros antigos no armário de casa, entre eles A marca de uma lágrima, de Pedro Bandeira. Eu adorei o livro! e sugeri como opção para gravarmos. Minhas colegas, então, apoiaram a ideia e - pelo que me lembro - nos divertimos.

Depois do material pronto, nossa professora convidou meu grupo para acompanhá-la até a Biblioteca de São Paulo, onde Bandeira daria uma palestra e uma sessão de autógrafos. Como presente, demos a ele uma cópia de nosso audiolivro. Eu tirei uma foto com ele e peguei seu autógrafo. Foi superdivertido. (O auge foi minha citação no site do colégio, a qual - como mágica - eu consegui achar! Foi há seis anos e eu ainda me lembro!).

Agora, o que é ainda mais incrível foi a oportunidade que tive de vê-lo novamente. Pedro Bandeira foi convidado para entregar os prêmios (de alguma coisa que eu já esqueci) lá na minha universidade. No final, também foi aberta a sessão de autógrafos e fotos. Como eu não sabia que ele autografaria, peguei um pedaço de sulfite e fui na cara e na coragem. E voilà, tenho outra foto com ele!

Portanto, não é nenhuma dúvida por quê eu escolhi esse livro, certo? Confesso, porém, que não gostar do livro foi minha primeira reação. Até eu entender o que estava lendo, demorou um pouco: então, deixe-me esclarecer. Pedro Bandeira escreveu uma fanfic de Sherlock Holmes e John Watson, basicamente. O diferencial? A Confraria dos Médicos Sherlokianos. Quem são eles? Um bando de médico fangirl de Sherlock. Nada muito diferente de nós.

Por que eu não gostei no começo? Porque eu estava esperando algo com mais ação. E o que eu encontrei? Muitos termos técnicos, muitas teorias, muita coisa que eu precisava pesquisar pra ver se estava correto e eu podia acreditar ou não. (Pra facilitar a vida de vocês, é tudo verdade! Pode acreditar mesmo!). A parceria entre Bandeira e o Dr. Guido Levi fizeram com que esse livro fosse muito certeiro.

“A mente privilegiada de Sherlock Holmes foi a grande virada que transformou minha existência insípida no vibrante papel de testemunha de um gênio em ação.” Watson, p. 12

O livro é dividido em partes. Cada uma delas começa com um conto inédito narrado pelo Dr. Watson a respeito das investigações que Sherlock liderou questionando as causas da morte de grandes gênios da música. Temos Mozart, Chopin, Bellini, Beethoven (e outros dois que eu não lembro, porque os nomes contêm muitas consoantes). Depois de cada "caso", somos apresentados à narração da Confraria (os médicos fangirls), nos quais os detalhes médicos levantados por Skerlock são discutidos e analisados tendo em vista os avanços da ciência moderna (conhecimento, até então, inacessível ao nosso detetive favorito).

As fanfics são pequenos contos, nos quais os grandes mestres da música clássica são citados. Os fangirs são narrações atuais. Médicos do mundo inteiro se reúnem mensalmente (aparentemente) para um clube do livro secreto. Cada médico possui uma área de especialidade, sua vida corrida e seus pacientes; o que dividem é o amor pela escrita do Dr. Watson e pela incrível genialidade de Holmes.

“Eram como se fossem piratas que tivessem descoberto uma arca cheia de tesouros e nem pensassem em gastá-los, contentando-se apenas com o deleite solitário da admiração do brilho das moedas de ouro, dos rubis e dos diamantes.”, p. 28

E é basicamente isso, pessoal. Depois que eu fui convencida de que todas as informações que a Sherlock questionava ou levantava eram reais e que todas as considerações da confraria eram fundadas em pesquisas já existentes, fiquei com a cabeça mais tranquila para simplesmente aproveitar a história que me estava sendo apresentada.

"- Acho que não é importante saber a causa de eles terem deixado de existir, meu caro Watson. O que importa para a humanidade é o privilégio de eles terem existido!" Sherlock, p, 239

Ao final de cada capítulo, há um quadro contanto um pouco a respeito dos compositores e algumas indicações de música para serem apreciadas! Não deixem de conferir essas sugestões. Eu gostei de algumas, outras eu não consegui nem passar do vigésimo segundo e outras eu já conhecia.

Esse livro é uma ótima oportunidade para você que tem curiosidade de conhecer uma escrita que parece suficientemente descritiva para preparar-se para um livro de Doyle. As deduções de Sherlock estão lá, a paciência de Watson também. Assim como toda a sorte de personalidades entre os médicos que formam a Confraria. Há momentos de tensão, de descontração, você pode ter algumas risadas roubadas. Enfim, é um bom livro! Diferente de tudo o que já li de Bandeira, mas mesmo assim, divertido.

site: http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/2017/07/melodia-mortal.html
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Dalila 15/03/2023

Holmes & Música
Demorou um pouco para me entreter, a narrativa dividida entre ora Watson ora a sociedade Holmesiana foi interessante, adorei as abordagens e os estudos feitos. Acredito 100% que as Sociedades Holmesianas Tradicionais tem sim acesso a contos inéditos. O livro tem varias referências bem divertidas assim como momentos muito engraçados de Holmes e Watson. O final foi perfeito; ja dizia Vincent Starrett "Dois homens (Holmes & Watson) que como nunca viveram não podem morrer, e mesmo que o mundo exploda esses dois sobrevivem"
E claro Pedro Bandeira é incrível
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Ivy 18/01/2022

Melodia Mortal
Pedro Bandeira é um dos meus autores juvenis favoritos de todos os tempos! Lembro até hoje de ter lido Rosa flor e a moura torta e de ter ficado tão fascinada com a história, que ela acabou se tornando um dos motivos pelo qual eu amo ler?
Na adolescência comecei a me interessar por histórias policiais e de investigação, devido principalmente às peripécias do maior investigador de todos os tempos Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro Watson!
Agora imagina minha alegria em ver juntos duas das minhas maiores paixões da infância/adolescência! Além disso, adorei a ideia de se investigar as verdadeiras causas da morte de vários gênios da música, foi um deleite e um aprendizado também porque não sabia de muita coisa sobre esses que sem dúvida configuram entre os maiores músicos de todos os tempos
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Debyh 23/10/2017

Eu queria amar, mas não rolou.
Imagine que Sherlock Holmes e Watson realmente existiram, e que além disso, tudo o que viveram nos livros foi real, adicionando que eles também investigaram a morte de grandes compositores de música clássica. E que nos dias atuais um grupo de médicos estudem estes casos para entender o que realmente aconteceu… essa é a premissa deste livro. Confesso que curti a ideia no geral, o que desagradou mesmo foi como o Sherlock Holmes foi descrito, sua personalidade e os casos em si não foram tão interessantes de se acompanhar.

(continua no blog Eu Insisto - link abaixo)

site: http://euinsisto.com.br/melodia-mortal-pedro-bandeira/
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Fimbrethil Call 27/09/2017

Gostei muito!
Muito legal esse livro, que mistura uma ficção detetivesca com Sherlock Holmes e informações verídicas sobre a vida e a morte de grandes compositores da música clássica, informações que eu não tinha, por isso foi também um aprendizado. Então pode-se dizer que é um livro didático, mas aí parece que ele é chato, e na verdade é muito divertido. Pedro Bandeira realmente tem um dom magnífico pra escrever.
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Gramatura Alta 07/09/2017

Não há muito para dizer sobre Pedro Bandeira que já não tenha sido dito. Autor de enorme sucesso, principalmente da geração passada, relançou recentemente sua série de livros de aventura infanto-juvenil mais famosa: Os Karas.

Como há muito tempo não lia nada do autor, fiquei curioso ao ver o lançamento de MELODIA MORTAL, uma obra de sua autoria ao lado do médico Guido Carlos Levi. E ainda mais por ter como personagens principais, o maior detetive de todos os temos, Sherlock Holmes, e seu amigo inseparável e não menos espetacular, o doutor Watson.

Eu esperava encontrar uma história semelhante às histórias de Holmes, com assassinatos, mistérios, perseguições, disfarces, etc., mas, entretanto, não foi bem isso o que aconteceu. O que o leitor irá encontrar, na verdade, são estudos de Holmes sobre a morte de alguns famosos compositores mundiais, como Mozart, Tchaikovsky, Schumann, entre outros.

O detetive encontra indícios de que as causas dessas mortes podem ter sido outras que não as oficiais. Tudo isso é narrado por Watson em capítulos individuais, sempre seguidos por outro capítulo com uma narrativa em terceira pessoa, passado nos dias atuais, que descreve reuniões de uma confraria de médicos fãs de Sherlock Holmes, que encontraram esses manuscritos de Watson, e tentam corroborar, com as avançadas técnicas de hoje, as suspeitas de Holmes.

É interessante? Sim, porque conhecemos detalhes desses compositores e de suas mortes, mas não mais que isso. Não cria uma expectativa, uma vez que não existe clímax, e nem um real interesse, porque não existe nenhum mistério que seja instigante o suficiente. Por isso, acabei demorando dias para finalizar a leitura, que foi intercalada com outros livros, para não acabar abandonando.

Apesar de toda a experiência do autor, existem alguns problemas de narrativa e de conceito, sendo este último relacionado à caracterização de Sherlock Holmes. O personagem é conhecido por seu incrível intelecto e capacidade dedutiva, mas nas primeiras páginas, o autor cria diversas situações para demonstrar essa capacidade, que é posta abaixo logo em seguida por Watson. Tentar explicar: em uma dessas vezes, Sherlock deduz que Watson passa por dificuldades financeiras, uma vez que não tem recebido pacientes. Todos os detalhes que levam a essa dedução são precisos, depois de explicados, e causam espanto em Watson. Mas, logo em seguido, o bom doutor explica que preferiu não dizer a Holmes que ele estava errado, que na verdade a explicação é outra, para não magoá-lo. Algo assim, acaba colocando em dúvida a real capacidade dedutiva de Sherlock, e poderia destruir a confiança do leitor nas investigações que se seguem. Felizmente, o autor abandona esse despropósito pouco depois.

Quanto ao problema de narrativa, se dá nos excessivos elogios empregados por Watson, exatamente por causa das capacidades dedutivas de Holmes. São muitos, mas muitos mesmo, tantos que começam a incomodar. Na verdade, demonstram uma repetição e uma insistência próprias das narrativas infantis indicadas para livros de leitores menores. E isso acaba por tornar o livro mais indicado para esses leitores, e não para o público mais velho.

De qualquer forma, como disse anteriormente, é uma leitura interessante, cheia de fatos históricos, detalhes médicos, curiosidades de obras famosas de Conan Doyle, que se for iniciada com uma expectativa diferente da minha, poderá ser muito mais prazerosa.

site: http://www.gettub.com.br/2017/09/melodia-mortal.html
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Nilton.Araujo 11/06/2017

Um Reencontro
Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou, pelo menos, algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas estão em “Melodia mortal“. As histórias contidas nesse livro foram criadas pelo escritor brasileiro Pedro Bandeira com a ajuda do médico paulista Guido Carlos Levi, na forma de contos sobre diferentes personagens em um tema comum: a música e seus gênios.

O livro é dividido em oito capítulos narrados pelo fiel ajudante de Sherlock Holmes, o Dr. Watson, nas ruas de Londres e cada história é dividida em três momentos distintos. Como exemplo, no primeiro momento da primeira história, Sherlock investiga um crime e, durante esse processo, um fato relevante do caso chama a sua atenção: a morte polêmica de um grande compositor da música clássica. No segundo momento, sua genialidade e capacidade lógica de desvendar mistérios são sancionadas à medida que Holmes analisa os indícios e possíveis causas misteriosas que cercaram as mortes desses músicos e compositores famosos e, para concluir os capítulos, entram em cena a Confraria de Médicos Sherlockianos.

– Eu não preciso ter estado presente ao ato de um crime, Watson – explicava-me ele. – Basta que me sejam relatados dois detalhes da ocorrência, ainda que separados e distantes, mesmo que do passado, para que a lógica do meu raciocínio trace a linha reta que unirá esses dois pontos e me apontará o culpado.
A Confraria de Médicos Sherlockianos é um grupo de médicos fãs das histórias de Sherlock Holmes que se reúnem de tempos em tempos para discutir os diagnósticos descritos nos livros de acordo com as técnicas e conhecimentos da medicina contemporânea. Essa parte da leitura me incomodou bastante. Foi difícil acompanhar personagens que não passaram nenhum tipo de empatia e que pareciam mais caricatos, destoando assim do restante da narrativa.
Como fã das aventuras de Sherlock Holmes, a ideia de trazê-lo de volta me agradou bastante e vê-lo retratado por ninguém menos que seu devotado amigo Watson tornou ainda mais especial esse reencontro. Um ponto forte é que no final dos contos é apresentado um resumo com dicas de músicas mais relevantes de cada músico e, assim, aprendemos mais sobre suas respectivas obras. Porém, o melhor foi deixado para o final, pois o último conto é, de longe, o mais carregado de emoção e sentimento de saudosismo a respeito das aventuras sherlockianas. Recomendo a leitura desse romance do Pedro Bandeira. Vale tanto para quem já leu alguma obra de Sherlock ou para quem ainda não teve a oportunidade de aventurar-se em seus casos misteriosos.

site: https://garimpoliterario.wordpress.com/2017/06/10/resenha-melodia-mortal-pedro-bandeira/
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