O Mundo Pós-Aniversário

O Mundo Pós-Aniversário Lionel Shriver




Resenhas - O Mundo Pós-Aniversário


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Simone de Cássia 18/01/2017

Descobri que adoro os temas dessa autora!! Ela desnuda a alma da gente... Confesso que logo no comecinho eu queria abandonar... e... de repente eu não queria mais largar!! Não olhei as resenhas antes de começar a ler, por isso levei um tempinho pra sacar as duas "versões" da história...E foi aí que me prendi ao relato sofrido da Irina! É surpreendente como a autora consegue retratar tão bem as dificuldades íntimas de todos nós, meros mortais. Ela escancara as portas das dúvidas que nos assolam no decorrer da caminhada e mostra direitinho as encruzilhadas que se nos apresentam. ... Pois é, "quem nunca?!?" Gravei dela uma frase que achei simplesmente tudo: " a perfeição sempre está na opção que não fazemos" !! Xeque mate, né? Enfim, adorei! Nota "M" de magistral !!
Claudia Cordeiro 18/01/2017minha estante
Que pena, esse eu abandonei.... no começo, rsss, vc persistiu e deu certo :)))


Nana 18/01/2017minha estante
Também senti vontade de abandonar no começo e depois adorei! Os livros dela são todos muito bons!!


Riva 18/01/2017minha estante
Eu adorei esse livro e logo saquei que os capítulos se bifurcavam e aí num tínhamos o que teria acontecido se a decisão tivesse sido x, e no outro, o que teria acontecido se a decisão tivesse sido y! Achei fenomenal isso!


Helder 24/01/2017minha estante
Tb adoro esta autora e acho que um dia ela ainda vai ganhar um Nobel por desnudar nossa alma como vc disse. Pelo que me lembro, o final deste livro tb é sensacional.




Juliana 21/12/2016

Este é o terceiro livro da autora que leio, e na minha humilde avaliação o mais intenso. Me identifiquei com muitas das auto avaliações e das dificuldades matrimoniais de Irina, e a forma com que a escritora conduziu a história é de uma maestria incrível. Super
Indico a leitura, foram 450 páginas de uma viagem - conflito - psicologica muito bem retratada.
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@aangeladani 28/07/2016

O momento é tudo...
Escrito em terceira pessoa, a narrativa leva o leitor por dois caminhos distintos, evocando aquela máxima do "e se", que todo mundo já se deparou um dia. Como uma espécie de bifurcação, as escolhas e as decisões são inevitáveis. Se escolher o caminho da direita, consequentemente o caminho da esquerda ficará de lado, e vice versa. Não se pode ter tudo.

Esse é o terceiro livro que eu leio dessa autora e, confesso, demorou pra que a leitura pudesse engrenar e me prender mais. Por outro lado, a forma de escrita sempre tão franca e sem enfeites,  acabou me despertando interesse. Além disso, os capítulos que se alternam entre as possibilidades da personagem principal, e os diálogos que também mudam de interlocutor conforme o capítulo em questão, também foi um recurso que eu gostei, mas achei a leitura bastante cansativa algumas vezes, não nego. Em compensação, o final, que cruzou as duas possibilidades de um jeito meio mordaz, me deixou com uma sensação inevitável de reflexão...

E essa forma bastante realista de expor fatos corriqueiros e normais do dia a dia, de um jeito natural e, ao mesmo tempo, meio difícil de engolir, é uma das coisas que eu mais tenho gostado nessa autora.

O mundo pós-aniversário discorre com uma honestidade amarga sobre a estranheza das relações, sobre o quanto elas podem se tornar rasas e superficiais num piscar de olhos, mesmo depois de terem sido absolutamente importantes e significativas afinal, o momento é tudo... Ou seja, deixá-lo passar, poderia ser bom e ruim ao mesmo tempo e na mesma proporção.

Citação: "E como a gente está sempre esperando que a vida comece [...] Pode-se passar um tempo terrivelmente longo esperando a chegada daquilo que se teve desde sempre, como quem tamborila os dedos à espera de uma entrega, enquanto o embrulho aguarda pacientemente fechado do lado de fora da porta."

Nota: 4/5 (ótimo)
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Sabrina 23/06/2016

Incapaz de produzir uma resenha na sua forma ~clássica, deixo aqui o desabafo dessa leitura arrebatadora!!

Nada de universos outros, tramas mirabolantes e/ou personagens ultra-originais. Lionel Shriver acertou em cheio ao construir personagens tão palpáveis, a ponto de, por vezes, ser desconfortável acompanhá-los. E é esse desconforto que cria um nível de empatia que não dá nem pra descrever.

Eu me vi torcendo, sentindo a dor, a raiva, o desespero, o constrangimento, arrependimento de modo alternado com cada personagem. Devo admitir que me inclinei muito a um desses personagens - algo me diz que foi justamente pela desilusão com esse personagem, embora totalmente "previsível", mas que eu desejei muito, muito mesmo que não acontecesse (mas que fez todo sentido ter acontecido), que não dei 5 estrelas, apesar de amar essa frustração peculiar que só textos realistas construídos por ótimos autores me causam.

O prazer e a empolgação de ler um livro tão bom como esse não cabe numa resenha e nem no meu tempo. Simplesmente arrebatador!
Sabrina 04/10/2016minha estante
Pensei melhor nos meus motivos das 4 estrelas e não, não eram suficientes. Livro fantástico!


Sabrina 04/10/2016minha estante
Pensei melhor nos meus motivos das 4 estrelas e não, não eram suficientes. Livro fantástico!


Ed 17/10/2016minha estante
Amo a Shriver


Lari 04/12/2016minha estante
"Eu me vi torcendo, sentindo a dor, a raiva, o desespero, o constrangimento, arrependimento de modo alternado com cada personagem." basicamente descreve tudo que eu sinto. fico com dó do Lawrence na realidade em que Irina o abandona e desprezo ele na realidade em que ela é fiel e ele a trata de forma horrenda. Não terminei de ler, mas tenho a impressão de já saber do que vc esta falando sobre a desilusão com certo personagem.




Luiza 16/03/2016

O Mundo Pós Aniversário - Blog Estranhos Como Eu www.estranhoscomoeu.com
Não podemos esperar nada simples ou fantasioso. Lionel Shriver tem um ritmo tipicamente difícil de acompanhar, devido aos seus assuntos bruscos e sua leitura prolongada e trabalhosa. Seus personagens são fiéis a realidade, por isso muitas das vezes algo parece cruel demais. Cada livro da autora é direcionado à um tema. Aqui, ela expõe uma verdade nua e crua da infidelidade.

Nesse livro, o leitor é levado para duas histórias a partir de uma decisão: a que Irina beija um homem, que não é seu marido, e a que ela não o beija. Ou seja, temos dois mundos paralelos retratando como seria a vida da principal a partir dessas escolhas.

“Mas é engraçado como aquilo que nos atrai numa pessoa é o mesmo que passamos a desprezar nela”.

Existe um capítulo do primeiro e um do último capítulo. Do segundo ao penúltimo existem dois de cada. Os de caixa escura mostram as situações de sua vida ao beijar Ramsey, e os de caixa branca é quando ela não cede ao beijo.

A história começa com Lawrence, marido de Irina, convencendo-a de ir jantar com Ramsey, um antigo amigo dos dois. Era aniversário do homem e Lawrence não poderia estar presente. Depois de muitas objeções, ela desiste e aceita jantar com o amigo em seu aniversário.

“Era um alívio fugir da companhia de Lawrence, nem que fosse por um pouquinho; mas da própria realidade do alívio não havia como fugir, e isso a desconcertou”.

Ela não achou que poderia ser interessante, mas, durante o evento, Irina se sentiu espantosamente confortável, se agradando da companhia de Ramsey. Então aqui ela faz sua decisão.

Temos a Irina com Ramsey, e a Irina com Lawrence. Não gostei da primeira versão. Mas tem um porém: se ela não fizesse algumas coisas, outra pessoa o faria, o que significa que a infidelidade está no destino da mulher.

Em uma das versões da narrativa com Ramsey, rico e famoso jogador de sinuca, ela não esperava por problemas financeiros, porém esse é o menor dos problemas. Irina se pega muitas vezes pensando em como seria sua vida se ainda estivesse com Lawrence. Seu casamento com Ramsey lhe rendeu muitas dores de cabeça.

“Afundada na poltrona durante as primeiras rodadas do Mundial, ela teve de admitir que estava entediada. E não apenas um pouquinho. Era um tédio implacável, um tédio de arrancar os cabelos, um tédio que lhe dava vontade de se matar”.

“Essa noite estava deixando flagrantemente de encarar a ‘normalidade’ pela qual ela havia ansiado. Mas a normalidade, tal como a entendera um dia, parecia ser coisa do passado”.

Já nos capítulos claros, onde ela está com Lawrence, não é muito diferente. O homem externava inteligência e simpatia. Um exemplo de homem. Eles sabiam se comportar em público. Mas em relação ao seu casamento, ele deixava transparecer indiferença com ela muitas das vezes.

“Outros confiavam no casal como um parâmetro, a prova de que era possível ser feliz; esse papel era um fardo”.

O final, como sempre, é imprevisível. Costumo dizer que a Lionel, em todo final de capítulo, dá um soco no nosso estômago. Sabe aqueles quotes que a gente lê e pensa: “Rem!”? Então, ela faz isso. Principalmente em Precisamos Falar Sobre o Kevin. Veja um quote que encontrei em O Mundo Pós Aniversário:

“(…) como era raro, nos últimos tempos, ver alguma coisa bonita na televisão”.

Associaram? Brincadeiras à parte, gostaria de finalizar com alguns alertas. O livro tem 554 páginas, há muitas sem diálogo e a leitura não é tranquila. Quem desejar ler precisa ter noção disso para poder chegar até o fim compreendendo a intencionalidade da autora. Ou seja, ele transmite, acima de tudo, a relação entre os casais formados. Podemos até reparar que não há muitos personagens. Gostaria de destacar isso. Lionel analisa e explora tudo o que diz respeito a relação Irina+Ramsey e Irina+Lawrence basicamente no livro todo. Não é como se a história em si contasse alguma coisa, mas o que importa é a reação dos personagens principais quando batem de frente com o ciúme, desconfiança, desentendimento com a família do cônjuge, falta de paciência, brigas, situações inesperadas etc.

Sou completamente apaixonada pelos livros da Lionel, no entanto O Mundo Pós Aniversário me deixou inquieta, levando-me a questionar o porquê da autora escrever certas informações. Se você já leu, deixe seu comentário opinando sobre o livro, e se não leu comente o que achou sobre a história baseada na resenha. Seu comentário é muito importante!

Espero que essa resenha tenha aguçado a curiosidade de vocês. Ressalvo que este é meu ponto de vista, assim, abro um caminho para que vocês sintam-se a vontade e comentem quando e o que quiserem, pois a opinião de todos é valida!

Obrigada pela leitura!

site: http://estranhoscomoeu.com/2016/03/09/resenha-o-mundo-pos-aniversario-lionel-shriver/
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Aline 02/12/2015

O momento é tudo
Sinopse:

Irina McGovern é uma ilustradora de livros infantis de quarenta e poucos anos que está em um relacionamento de quase 10 anos com Lawrence Trainer, um homem bastante intelectual, com um emprego promissor que lhes rende uma vida confortável. O relacionamento vai perfeitamente bem até Irina desejar beijar outro homem, Ramsey Acton, um jogador de sinuca famoso, amigo do casal e o oposto de Lawrence.

Ramsey se encontrava em jantares com os amigos de ano em ano no seu aniversário, mas devido a uma conferência de trabalho em outra cidade, Lawrence não pôde comparecer. Irina acaba indo sozinha encontrá-lo e se surpreende com um jantar fantástico e um intenso desejo de beijá-lo.

Minhas considerações:

Pra começar, a autora escreve maravilhosamente bem, faz analogias incríveis e não consigo recordar a última vez que li um livro tão bem escrito.

É um romance totalmente fora do senso comum, não tem nada de clichê, é bem peculiar e diferente de tudo o que já li.

A estória começa e pára, digamos assim, quando após o jantar com Ramsey, Irina sente o desejo de beijá-lo, logo, temos duas histórias com capítulos intercalados a partir da sua decisão, e se... A traição aconteceu ou não?! Beijou ou não beijou?!

Deste ponto, a personagem vai encarando as consequências das suas decisões, em um capítulo há o relacionamento previsível e "perfeito" com Lawrence e no outro, a "aventura" do relacionamento "conturbado" com Ramsey.

Pra quem esperava um romance 'romance', confesso que não torci para nenhum dos dois, pois em nenhum dos "universos" Irina era valorizada, mas Lionel Shriver narra as duas estórias com tanta destreza, verossimilhança e personagens tão humanos, com cotidianos tão próximos da realidade que me prendeu de maneira surpreendente.

Enfim, a dúvida do livro inteiro é esclarecida em um dos últimos parágrafos, mas no decorrer da leitura, eu já conseguia imaginar qual de fato havia sido a decisão de Irina.

Não é um livro recomendado para qualquer faixa etária, está longe de ser um romance adolescente ou um Nicholas Spark da vida. Indicaria, com certeza, para pessoas, mulheres mais maduras, pois nos faz pensar em como nossas decisões afetam a nossa vida e trata o relacionamento de forma sensata, bem real, com personagens reais, sem floreios. Resumindo, é bastante reflexivo.

Este foi o primeiro livro que li desta autora e vou correndo procurar outros.
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Mariana Destacio 29/11/2015

O Mundo Pós-Aniversário
Irina e Lawrence são casados há cerca de 9 anos, e conhecem Ramsey - um jogador renomado de sinuca - através de uma amiga de trabalho de Irina - Jude. Aparentemente o casamento de Ramsey e Jude não vai bem, o que faz com que Irina e Lawrence sejam convidados para jantar no aniversário de Ramsey. Isso acaba virando uma rotina dos casais, e quando Jude a Ramsey se separam e o próximo aniversário chega - sem que Lawrence esteja na cidade - sobra para Irina ir fazer as honras.
E então se inicia o mundo pós-aniversário.
O livro apresenta duas histórias: Irina continuando com Lawrence e Irina ficando com Ramsey. Fique meio perdida no início pela forma que o livro é escrito, pois não
pesquisei muito antes de comprar. Simplesmente quis ler outro livro de Lionel depois de "PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN". E novamente, Lionel mostra como o diálogo entre um casal é importantíssimo.

É difícil falar exatamente o que cada personagem nos faz sentir, já que eles agem de formas diferentes nas duas realidades.

Lawrence é um cara inteligente, conservador e estável. E ninguém o veria de outra forma. Com o passar do tempo ele se fixa numa ideia do que é Irina e de como deve ser um casamento, fazendo da rotina uma lei, e se retraindo diante de qualquer mudança. Esse é sem dúvida o personagem mais difícil de falar, - já que é o que apresenta o comportamento mais diferente nas duas realidades - e tive uma séria relação de amor e ódio por ele.

Ramsey parece o cara mais gentil de um lado, mas do outro ele é infantil e irritadiço. Ele ansiava por alguém que estivesse ao seu lado e o exaltasse o tempo todo, não admitindo nada menos do que isso. Mas ele falava o que Irina queria ouvir, e não a reprimia por tudo. Ele oferecia - e compartilhava liberdade.

De uma lado vemos uma mulher que parece ter um casamento feliz, mas no fundo é ignorada. E fica dividida entre frustração, e gratidão. Afinal, todo mundo tem problemas e as coisas poderiam ser bem piores. Se queixar por certas coisas insignificantes não parece certo. E do outro lado, uma mulher que anseia liberdade, mas que quando a busca, não consegue se desgrudar da vida anterior - já que poucas pessoas a apoiam na nova escolha.

Somente lendo para entender - dizer muito mais estragaria - mas basicamente o que o livro me passou:
1) Todos temos alto e baixos.
2) Só se dá valor quando se perde.
3) As vezes é preciso arriscar.
4) Deve-se aprender a viver com as próprias escolhas.

Ao final, vamos descobrindo qual das histórias é a real. E a Lionel não decepciona.

Como no outro livro que li, o dicionário do kindle se fez útil, mas já estou me acostumando com a escrita. E tem várias frases em Russo, já que Irina também é fluente nesse língua e a usa em várias situações.
Além disso, o livro é ambientado em Londres, e se passa principalmente entre 1997 e 2003, falando sobre a situação política daquela época no mundo e fazendo várias menções ao terrorismo - já que o Lawrence trabalha estudando sobre isso - tendo até um destaque sobre o 11 de setembro - e mostrando a posição dos personagens nessas situações.
Nan ® 29/11/2015minha estante
Parece bom, gostei!




Anna 17/11/2015

Envolvente, e confuso.
Adorei o começo deste livro: escrita fluida, palavras difíceis e bem estruturadas a narrativa, gramática culta, personagens complexos. História original! E conforme foi passando, eram tantas passagens entre passado, presente e o futuro q poderia ocorrer... Que me perdi. Fiquei decepcionada comigo ?. Não consegui mais avançar na leitura... Abandonei e já tinha lido mais q a metade. Um dia, volto!
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Aymee2 06/09/2015

Só é perfeito aquilo que não acontece
Assim como todos os livros que acabam me envolvendo demais essa resenha vai ser mais um desabafo do que resenha (Até porque, dizer que o livro é bom e envolvente todo mundo ja disse)

Senti muitas coisas lendo esse livro, mas de longe a coisa que mais senti a maior parte do tempo foi INDIGNAÇÃO.Lionel Shriver como sempre criou personagens reais demais.Do tipo ue você olha e pensa " já vi alguém assim em algum lugar" e acaba levando a coisa pro lado mais pessoal mesmo.

Achei a princípio que Irina era uma pensagem muito sem sal.É aquele tipo de amiga que você que dar uns tapas pra ver se acorda pra vida e para de se meter em encrenca.Achei ela muito ingenua e extremamente dependente emocionalmente.Aquela choradeira ouvindo Alanis enquanto ela cozinha logo no inicio do livro ja me fez torcer o nariz um pouco.

A coisa que mais me indignou no livro foi o fato de que nos dois universos Irina não era valorizada NUNCA.Ramsey é possessivo, briguento e adora gastar. Lawrence é um arrogante que acha que o mundo não merece toda a sabedoria que ele tem.Passei o livro todo desejando que Irina cedesse a fantasia de "chupar uma xoxota" logo e largasse esses dois trouxas

No mundo em que Irina fica com Ramsey : eles discutem por qualquer bobagem, Ramsey é agressivo, a chama de vadia e tem o adorável habito de jogar coisas longe e brigar mesmo na casa da sogra.O tempo todo trata Irina como posse.Detestei ele desde o início.É impossível defender um cara que fantasia com estupro.Sem contar o fato dele ter destruído a noite mais importante da carreira dela por puro orgulho.

No mundo em que Irina fica com Lawrence : Lawrence é um covarde que desvia de todas as perguntas , além de manter um comportamento passivo agressivo e tratar Irina como se ela fosse criança. Orra, o cara responde apenas "ok" quando ela fala de se casarem,o que pode ser mais frio que isso? Lawrence empurrava o relacionamento com a barriga aparentemente só pra ter quem cozinhasse pra ele.
Ah, e aliás, dava pra sacar que tinha algo errado DESDE O INICIO.As personagens ao redor percebem, o leitor percebe, todo mundo percebe, menos Irina.

Depois de Irina colorir seus papéis de trouxa nos dois universos finalmente chegamos na resposta de qual das historias era a "real".Mais pro final do livro a gente ja vai percebendo também qual é a verdadeira história.a Lionel conduziu com muita maestria essa coisa "efeito borboleta" em que cada pequeno gesto e cada dialogo tinha um efeito diferente dentro de outra situação.E pra variar, o final não é feliz nem de longe, mas passa uma mensagens verdadeira sobre como devemos lidar com as nossas escolhas.
Lari 09/12/2016minha estante
Tive o mesmo sentimento: queria que Irina largasse os dois mas duas realidades. Ela ficaria melhor sozinha.


Aymee2 15/12/2016minha estante
né? baita dedo podre ela kkkkk




Higor 28/04/2015

Sobre as incertezas da vida
Esta é a Shriver que eu gosto! Depois do chato ‘Tempo é Dinheiro’, onde a autora me passou uma péssima impressão, fiquei com vontade de ler outro livro dela com urgência, apenas para me certificar de que aquele era apenas um livro à parte, e Shriver era, sim, uma autora genial, como a que li no incrível ‘Dupla Falta’.

‘O Mundo Pós-Aniversário’ é um livro fantástico em todos os aspectos, sem exagero, a começar pela organização do texto. A história parece clichê, mas como sempre, a autora aborda o assunto de uma maneira desconfortável, cruel, e que nos deixa boquiaberto em como consegue não somente tratar um assunto pesado, mas que faz com que reflitamos a respeito, quando ignorávamos anteriormente.

Irina é uma mulher madura, com seus 40 e poucos anos. Vivendo com Lawrence, ela tem uma vida agradável em Londres, onde atua como ilustradora de livros infantis. Mas daí que ela conhece Ramsey, astro da sinuca e marido da autora para quem ilustra os livros, e depois de alguns anos de irrelevância, comemorando o aniversário do amigo juntamente com o marido, ela acaba ficando a sós com o artista em uma dessas ocasiões. Surge, então, uma vontade até então inexistente de beijá-lo. O mais interessante do livro começa aí. O livro passa a ter, então, duas bifurcações: a história da Irina que beijou Ramsey, e da Irina que não beijou Ramsey.

Sério, eu fico intrigado em como uma autora pode escrever um livro tão bom, de mais de 500 páginas, só com o plot ‘e se... ’, que pode ser um assunto chato, batido, mas que paira milhares de vezes na mente da cada um de nós. E é esse o assunto que a autora quer tratar: como seria a nossa vida de escolhêssemos o outro rumo, quando tivemos a oportunidade? Será que seria pior? Daria na mesma? Compensaria acertar agora com a probabilidade de dar errado no futuro? Ou de errar agora para acertar depois?

Como não teria graça se não tivesse a pitada de Lionel, o livro, mesmo com tal plot, só tem graça porque a autora não economiza críticas bem construídas sobre casamento e a chamada grama mais verde do vizinho, além da falsa vida perfeita de um artista. Temos os bastidores sujos do mundo da sinuca e do mundo da publicação de livros.

Lionel me reconquistou com ‘O Mundo Pós-Aniversário’, que eu li sem saber exatamente do que se tratava e acabei ficando completamente imerso na história, de tão bem escrita, fantástica e angustiante que é. Não sou de fazer isso, até porque respeito a decisão das pessoas de terem como diversão outras coisas que não ler, mas todos no meu serviço acompanharam o desenrolar da minha leitura, pois eu precisava fazer comentários diários conforme avançava na leitura. E todos, sem exceção, e mesmo sem ler, adoraram o livro.

Mas quem mais ficou fascinado fui eu, claro, afinal, fui o mais afetado pelo tapa na cara dado pela autora.
Sabrina 23/06/2016minha estante
Eu simplesmemte postei trechos no meu facebook e obriguei minha amiga ler a conversa da Irina com a Betsy. Esse livro teve um poder de imersão fora do normal!




Karina Matos 14/02/2015

Resenha do blog Vida aos Vinte
Esse foi um dos livros que eu trouxe da Bienal de 2014, mais uma indicação do Esdras. O Mundo Pós-Aniversário é um livro muito peculiar e eu nunca tinha lido algo como ele.

O livro conta, com narração em terceira pessoa, a história de Irina McGovern, uma mulher de quarenta e poucos anos, casada e com uma vida estável. Por conta da profissão de ilustradora de livros infantis, ela tem amizade com uma autora, que é casada com um jogador de sinuca. Por uma coincidência, os dois casais acabam saindo pra jantar por dois anos consecutivos no dia do aniversário de Ramsey, o marido da amiga de Irina. Dois anos bastaram pra ser instalado um padrão, e desde então todos os anos eles saem juntos na mesma data.

Mesmo depois da separação de Ramsey e Jude, Irina e o marido, Lawrence, continuaram a sair com Ramsey. Lawrence sempre gostou de sinuca, um esporte muito importante na Inglaterra e sempre considerou Ramsey seu amigo, mesmo encontrando com ele apenas uma ou duas vezes por ano.

Em um dos aniversários, Lawrence estava fora do país e insistiu pra que Irina fosse jantar com Ramsey, pra manter a tradição. Ela não queria, pois nunca tinha sido muito próxima dele e duvidava que pudessem ter sequer algum assunto pra conversar. Acontece que Irina estava errada, o jantar foi extremamente agradável e no fim da noite ela sentiu uma vontade incrível de beijar Ramsey e é aí que começa a história.

O livro se divide em dois universos: em um Irina beija Ramsey e somos apresentados à todo o seu futuro com ele; e no outro, ela vai embora, segue sua vida com Lawrence e vemos tudo o que acontece no seu futuro com o marido.

O que eu mais achei fascinante nesse livro foi justamente ter essas duas perspectivas do destino de Irina. Uma coisa que me intriga muito são as decisões que tomamos e as consequências que elas podem ter. Muitas vezes, em questão de segundos podemos mudar o curso de toda a nossa vida… E a Lionel Shriver mostra isso de uma maneira fenomenal.

Os capítulos alternam entre um destino e outro, e há a possibilidade de ler toda uma perspectiva primeiro e depois a outra, mas eu recomendo fortemente que o livro seja lido do jeito como está escrito. Dessa forma, o leitor vai perceber como são inseridos os mesmos elementos, acontecimentos e pessoas nos dois destinos, de um jeito diferente.

A escrita da Lionel Shriver é muito intensa, cheia de detalhes e pode se tornar um pouco cansativa às vezes. Ela insere muitas informações na qual, eu, pelo menos, não estou interessada, principalmente a respeito da profissão de Lawrence e a sinuca de Ramsey. Ao mesmo tempo, imagino que ela tenha feito um enorme trabalho de pesquisa pra escrever o livro e admiro muito os escritores assim. Eu tenho a impressão de que a Lionel é muito inteligente e que não consigo acompanhar o ritmo dela, rs.

O livro todo é um relato muito cruel dos relacionamentos e da traição e eu me senti incomodada em vários momentos. Eu me encontrei em várias situações e, sinceramente, não gostei disso. Foi uma sensação muito inquietante me descobrir parecida com a Irina em alguns aspectos, e eu não gostei dela na versão Irina + Ramsey. Em todo caso, os personagens da Lionel não são feitos pra agradar, eles são um retrato fiel de como somos na vida real e isso é o que incomoda mais.

A grande lição do livro é a de que, não importa que escolhas você faça, elas vão trazer consequências boas e consequências ruins. Ninguém é perfeito e ele mostra isso de uma forma genial. No final, a pergunta que ficou martelando na minha cabeça foi “o que é ‘melhor’: sofrer ou fazer sofrer?”. Foi um livro que me fez refletir muito.

Eu recomendo muito O Mundo Pós-Aniversário pra quem está disposto a ler 542 páginas (demorei duas semanas), não se cansa fácil, gosta de detalhes na leitura e, principalmente, está interessado em ler sobre algo que vai te fazer pensar. Foi um livro que gostei muito, me deixou “bugada” como eu diria pros meus amigos, e provavelmente você também vai ficar, se o ler.

Eu poderia falar muito mais sobre o que achei de cada personagem, como cada um fica diferente nas duas perspectivas da vida de Irina e como a decisão dela de beijar ou não o Ramsey afetou todos ao redor deles. Mas aí eu daria spoilers e não quero estragar a surpresa de vocês! Os livros da Lionel Shriver merecem bem mais que simples resenhas e é provável que eu faça alguns “estudos” sobre eles aqui no blog, mas separadamente.

Essa resenha foi publicada no blog Vida aos Vinte

site: http://vidaaosvinte.com.br
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Camis 08/02/2015

Escolhas. As necessidades conflitantes de nossas vidas.
É dificil tirar uma conclusão a respeito de um livro que fala tão claramente sobre escolhas. Principalmente quando se esta diante de momentos que precisam que você decida se vai para direita ou para a esquerda. Se teremos chance de retornar? Se teremos um desvio? Não sabemos. Mas precisamos decidir.
Um livro como esse me fez refletir a cada capitulo, o branco e o negro, sobre o que eu faria da minha vida. Em nenhum momento da história, derramei uma lagrima. Mas vivi excitações e fiquei boquiaberta em várias situações de não saber exatamente o que eu faria se fosse eu naquela situação.
A vida é assim. Não somos perfeitos. E temos que fazer escolhas a toda hora. Estou com uma vontade tremenda de chorar depois de terminar este livro, pois também tenho que me decidir sobre um sentimento maluco que estou vivendo, como Irina. Talvez eu olhe para isso, daqui alguns meses ou anos e diga a mim mesma o quanto eu fui idiota em registrar isso, ou talvez eu olhe e perceba o quão fundamental foi que eu registrasse.
O mundo pós-aniversário para mim começou definitivamente cativante, me prendeu, me tirou o fôlego. Como são as paixões. Como talvez seja a paixão que estou vivendo. O desenvolvimento do livro me fez me fez me sentir cansada, presa a uma leitura que eu precisava passar para entender o final, e chegando as paginas finais, me prendeu novamente a ponto de devorar suas páginas como se eu pudesse perder algo caso deixasse pra ler mais tarde. Não sei se gostei do final. Mas é meio como a vida. Está em nossas mãos. São nossas escolhas. Lida com nossas necessidades conflitantes e acho que é justamente essa questão que me faça ter gostado e não gostado ao mesmo tempo desse fim.
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Mawkitas 17/11/2014

"Timing is everything" ou "O momento é tudo"
Em O Mundo Pós-aniversário Lionel Shriver explora uma pergunta que a maior parte das pessoas se faz de tempos em tempos e para a qual não encontra resposta: E se? E se em vez disso eu tivesse feito aquilo, como estaria a minha vida agora? Quem eu seria? Eu seria feliz? Teria sido melhor ou pior? Será que fiz a escolha certa? Focando em um momento chave na vida da protagonista Irina em que a mesma toma um decisão que interferirá no resto de sua vida, Lionel Shriver escreve um romance robusto em que duas versões possíveis de futuro para Irina se intercalam em diferentes capítulos.

A sensação que eu tive ao ler o livro foi de que a gente não tem como saber o resultado de todas as nossas ações, mas devemos conviver com suas consequências mesmo assim e isso é um risco enorme. Achamos que estamos seguros, que sabemos o que vai acontecer, mas não sabemos, não temos como saber. Percebo também que a autora quis enfatizar o aspecto agridoce dos relacionamentos e das escolhas que fazemos. Nada é completamente bom ou mau; estamos acostumados a julgar muito as pessoas e situações em termos de certo e errado, melhor e pior, mas esse raciocínio dualista não dá conta de explicar a complexidade da existência humana e carece de compaixão. No fim das contas O Mundo Pós-aniversário acaba extrapolando o tema "casamento" para abordar basicamente toda a experiência humana. Estamos basicamente vivendo sem ter manual e sem garantia alguma de felicidade. O acaso provavelmente é mesmo a única coisa que vai nos proteger enquanto andarmos distraídos.
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Gabriel 14/11/2014

"Ninguém é perfeito"
O Mundo Pós-Aniversário é o segundo livro que leio da autora Lionel Shriver. O primeiro foi para mim o já jovem clássico Precisamos Falar Sobre o Kevin (2003), em que ela analisava as questões mais espinhosas a respeito da maternidade com uma intensidade brutal mas delicada ao mesmo. Igualmente neste livro, publicado em 2007, Lionel explora um outro tema extremamente humano a fundo: o casamento. Ainda não li o Dupla Falta, que é um outro livro a respeito de casamento escrito por ela, mas sei que os enfoques são diferentes. Dupla Falta retrata a respeito da competitividade dentro de um relacionamento, e sei que os personagens não são flores que se cheirem, pelo que andei lendo da resenha de amigos. O Mundo retrata, por sua vez, as imperfeições mais visíveis dos relacionamentos, não importa que caminho trilhemos em busca da felicidade: a realidade é sempre menos fantásticas que as nossas projeções idealizadas. Talvez seja justamente por idealizarmos nossa realidade que tendemos a imaginar como seria nossa vida se tivéssemos tomado certas decisões no passado, que, olhando em retrospecto, ilusiona a existência de uma felicidade plena em qualquer que seja o âmbito desejado, seja o profissional, seja o sentimental. Lionel já corta secamente nossas ilusões, esfregando na cara do leitor, já na abertura, um fato que tendemos a esquecer quando nos é conveniente: "ninguém é perfeito". Se ninguém é perfeito, o mundo também não o é, e os relacionamentos menos ainda. Onde quer que haja pessoas, há imperfeição, independente de qual seja o mundo alternativo que prefiramos nos apegar. Mas claro, é saudável imaginar um mundo perfeito em que tivéssemos tomado decisões corretas que proporcionariam consequências sempre benéficas para nós, desde que excluído qualquer resquício de sentimento de culpa por justamente não tê-las tomado.

Resenha completa e outras resenhas:



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