O Mundo Pós-Aniversário

O Mundo Pós-Aniversário Lionel Shriver




Resenhas - O Mundo Pós-Aniversário


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Duda 29/07/2011

"Ninguém é perfeito", como diria a frase de abertura desse romance que tanto mexe com os anseios não só de Irina, mas de todos nós. O romance nos joga diante do paradoxo da dúvida e certeza de que a decisão não tomada seria a melhor. De que a perfeição nos escapa por um triz e que assim, estamos fadados às consequências absurdas que poderíamos ter evitado.
Porém, ele também nos joga em uma verdade cruel: essa perfeição só é passível de existência graças a não concretização do fato.
Nada é perfeito, a não ser que não aconteça.
Ao retratar tão simples e verdadeiramente os dois universos de possibilidades inteiramente distintas, porém com um ligação dolorosa e constantemente presente, percebemos que jamais conseguiremos escapar do cotidiano, seja ele ao lado de um jogador de sinuca elegante ou dividindo pipoca com um intelectual chato de relações internacionais. Todavia, Lionel nos consola, lembrando-nos de que é nas imperfeições do dia-a-dia que encontramos - quem diria! - a perfeição.
Mauro Lima 30/07/2011minha estante
a resenha mais linda !! =)


Fabiana 16/07/2012minha estante
Muito boa resenha!!! Compartilho de sua opinião!!!


Carla 15/01/2013minha estante
Comprei este livro nas ferias em uma praia, depois de encerrar os que trazia comigo. Comprei junto com O cemitério de Praga e fiquei na duvida entre qual dos dois começar primeiro.
Ta resenha, com certeza, me instigou a começar, sem duvidas, por ele.
Adorei a forma como definiste a trama e o que ela subentende. Se o livro for tão bom quanto a tua descrição, serei uma leitora mais feliz daqui uns dias...:)


Helder 12/03/2014minha estante
Resenha perfeita. Escreves tão bem quanto Lionel Shriver!


Ana Claudia Car 04/02/2016minha estante
Lionel Shriver, é sem dúvida a minha autora feminina favorida, que escrita impecável.


Ed 28/10/2016minha estante
Resenha perfeita.. A Shriver é espetacular, amo a forma direta como ela coloca as coisas, seus pontos de vista. Acho difícil alguém ler um livro dela e em algum momento não se deparar com seus próprios dilemas.


Gabriel 25/06/2019minha estante
Que resenha foda!!!
Totalmente arrepiado e com vontade extrema em reler esta obra!




Ju Furtado 29/04/2012

Pura reflexão
Antes de ler o livro, procurei por resenhas e críticas na internet, meio que prevendo que várias delas teceriam comparações com o bestseller "Precisamos Falar Sobre o Kevin". O que me levou a lê-lo foi exatamente a comprovação desta "intuição". Penso que jogar em cima de qualquer escritor a responsabilidade de manter a qualidade inabalável do seu livro anterior é ao mesmo tempo excruciante e infantil, já que limita tanto o universo criativo como a própria linguagem ao escrever. Assim, como adoro ser "do contra", corri para o livro.

O livro começa, digamos, DEVAGAR, ou seja, não pense que ele vá tirar seu fôlego de uma só vez como "Kevin" faz. Mas ele tira seu fôlego a conta gotas, a medida que cada página reflete uma realidade possível para qualquer pessoa. Aliás, o excesso de realidade que o livro confere talvez seja o que torna sua leitura lenta. A gente já tem muita realidade pra viver, e ler sobre outras realidades possíveis provoca reflexão mesmo que a gente não queira.

Então, é um livro com todos os temas piegas da literatura mundial: amor, traição, sexo, dinheiro. E surpreendendo todas as expectativas que essas palavrinhas formam ao se juntarem, não tem nada de piegas nem de excessivamente romântico. Acaso a vida de alguém é assim, um conto de fadas? Portanto, quem quer ver realidades diversas estampadas em páginas, corra.

Corra, mas não se apresse, senão até a realidade passa na frente. E esse é um livro para se refletir!
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Helder 12/03/2014

O momento é tudo!
Esta frase é o resumo deste livro interessantíssimo. Um momento e uma decisão podem te guiar a caminhos completamente diferentes. Mas conseguimos escolher qual caminho seguir ou tudo vem por acaso?
Desta vez Lionel Shriver está um pouco menos amarga. Só um pouco menos! Mas seu talento com as palavras continua incrível e aqui ainda vem com uma estrutura muito interessante, que nos leva a seguir em frente querendo comparar os dois mundos, ou as duas vidas possíveis.
Trair ou não trair?
Irina e Lawrence são dois americanos ue se mudaram para Londres. Vivem juntos sem serem casados no papel. Ela ilustra livros infantis. Ele trabalha para uma associação que estuda o Terrorismo no mundo. Eles são amigos de Ramsey, um famoso jogador de sinuca e sua mulher Judy, autora de livros infantis ilustrados por Irina. Há uns anos eles se encontram no aniversario de Ramsey para jantar, porem neste ano Ramsey está separado e Lawrence está viajando. Mas ele pede que a esposa não deixe de lado o tradicional jantar e é ai que as coisas acontecem. Ramsey a leva para jantar em seu jaguar e na volta a convida para ir a sua casa. Ali, Irina sente uma grande atração por Ramsey e ...
... ela não resiste e acaba beijando-o. Uma atitude que desencadeia diversas situações. Irina resolve largar a sua vida e se entregar aquela paixão, vivendo com um homem rico e famoso.
... ela resiste a tentação e não o beija, voltando para casa e continuando com sua vida com Lawrence.
Mas qual é o melhor cenário? Qual é a melhor vida? O arroz com feijão seguro de todo dia, ou o Caviar com Champagne em hotéis caríssimos de todas as noites?? Arroz e feijão é mesmo seguro? Caviar com Champagne duram para sempre?
E como é de costume nos textos de Lionel Shriver, dá-lhe tapa na cara dos leitores. A autora aproveita as duas realidades para discutir o dia a dia das relações e faz isso com maestria novamente, fazendo a gente enxergar nossas atitudes mais mesquinhas em seus personagens. E como sempre temos aquele sentimento de roda gigante pelos personagens, amando-os e odiando-os logo em seguida. Mas será que teríamos agido muito diferente??
Recomendo este livro para quem procura uma leitura adulta e vale a pena viajar nestas duas estórias para chegar num final extremamente bem elaborado, onde somente na ultima linha é que você percebe de qual vida está sendo falada.
Nem tudo está perdido, mas o momento é tudo!
Ed 03/09/2015minha estante
Por enquanto só li tempo é dinheiro, de verdade fiquei encantada com a forma crua com a qual ela lida com as palavras. Amei sua resenha e tenho certeza que vou amar esse livro.




Asbel 24/02/2022

Decisões e consequências
"- A ideia é que a gente não tem apenas um destino... Mas, seja qual for a direção tomada, haverá altos e baixos. A gente lida com uma série de compensações, e não com um rumo perfeito, comparados ao qual todos os outros seriam uma porcaria. A ideia é eliminar a pressão... Há vantagens e desvantagens variáveis em cada um desses dois futuros que rivalizam entre si. Mas eu não queria um futuro ruim e um bom. Em ambos, tudo dá certo, na verdade. Está tudo certo."

Esse trecho da página resume perfeitamente toda a história! Meu primeiro livro lido em 2022. Foi uma leitura lenta, mas de grandes aprendizados.

Um tema delicado, contado de uma forma tão genial, que para mim se assemelhou a uma sessão de terapia. Um exercício de empatia.

O livro te apresenta duas decisões e as consequências de cada uma delas. Em cada capítulo, a personagem principal convive com duas realidades e é exatamente daí que surgem as reflexões.
L. 25/02/2022minha estante
A resenha empolgou




gleicepcouto 11/12/2012

Abordagem criativa e cáustica do grande e temível “E se?”
http://murmuriospessoais.com/?p=5208

***

O Mundo Pós-Aniversário (Intrínseca), da autora e jornalista norte-americana Lionel Shriver, é o oitavo livro de uma lista de nove já escritos. No Brasil, além deste, já foram lançados Precisamos Falar Sobre Kevin (que foi base para o filme de mesmo nome) e Tempo é Dinheiro (resenha aqui).

Shrive nos apresenta a norte-americana Irina, ilustradora de livros infantis, que mora em Londres com o parceiro, Lawrence. Ele tem um bom emprego (aliás, por conta disso que moram em Londres), é inteligente e disciplinado; ou seja: um bom partido. O casal parece sólido para a maioria das pessoas, e até para eles mesmos.

Um dia, porém, essa estrutura se abala. Quando saem para jantar com um casal de amigos, Irina sente uma louca vontade de beijar o marido de sua colega: o jogador de sinuca mega conhecido, Ramsey.

Todo o desenrolar da história parte daí. Afinal, Irina cede a esse desejo ou não? Que rumo sua vida pode tomar para cada uma dessas duas situações? Podemos controlar as consequências de nossos atos?

Diva, segundo o dicionário Aulete Digital: "sf. 1. Divindade feminina; DEUSA." E é exatamente isso que a Lionel Shriver é. A cada livro que leio dela, mais me surpreendo com sua capacidade de inserir sentimento, ambiguidade e realismo ao caracterizar a sociedade atual. As páginas exalam contemporaneidade, expressada por personagens ambivalentes e crus. Resumindo: dá gosto de ler um livro assim. Instigante e inteligente, que leva o leitor além do básico com um desfecho surpreendente. Na verdade, o final é a grande sacada - mesmo com um possível sentimento de raiva encubado.

A história criada pela autora gira em torna de escolhas. E se você é como eu, que acha toda escolha um parto, sinto (!) dizer que vai ficar tensa com esse livro. A todo o momento, conhecemos a vida da protagonista por dois pontos de vistas diferentes: A e B. Se ela tivesse beijado o cara, sua vida seria A; caso contrário, sua vida seria B. O grande e temível “E se?”. O mais genial é que tanto A quanto B afligem o leitor, mas também faz com que ele torça pela personagem. Há situações boas e ruins em qualquer uma das opções. E não é assim na vida real? Somos responsáveis pelas nossas escolhas e temos que arcar com tudo o que vem com elas.

A capacidade do ser humano de nunca estar satisfeito é tratado de forma cáustica; a efemeridade do momento e das pessoas causa desconforto; as reflexões maduras e oportunas em torno do já citado “E se?” lança dúvidas em nossas próprias escolhas na vida. É um livro que interage com o leitor de maneira agridoce: a mesma realidade que te faz perceber coisas é a que te machuca.

O amor expresso pela Shriver não é aquele idealizado de “Óh-como-te-amo-muito-e-até-seu-peido-é-cheiroso.” Acorda, gente! Ela fala sobre o modo como escolhemos quais pessoas amar e o amor aqui é real. Tem sentimentos, emoções, é carnal. Por outro lado, há conflitos, ciúmes, mesquinharia e até inveja! Vai dizer que não se identifica? Não? Vai pra terapia que você mesmo tá se enganando, fofa(o).

A abordagem psicológica em O Mundo Pós Aniversário vem carregada da marca já característica de Lionel Shriver. Seus personagens querem e não querem. Amam e odeiam. Se importam e não dão a mínima. Ou seja, é um retrato fiel de pessoas comuns, como eu e você. Qualidades? Muitas. Defeitos? O dobro.

Aqui, porém, também conseguimos perceber uma Shriver se aventurando mais, como se quisesse descobrir os limites do seu estilo único. As descrições são um pouco mais arrastadas que os demais livros dela, mas de forma alguma, mal redigidas. Precisando apenas, talvez, de aparar as arestas, ou de alguém que dissesse: “Ok, já entendi. Próximo assunto.”

Em todo caso, a autora ainda continua em larga vantagem em relação aos demais colegas da área literária. Além de saber escrever, seus livros sempre tem premissas interessantes e personagens altamente identificáveis. Quando digo que a mulher é Diva não é à toa.
Manuella_3 16/01/2014minha estante
Escelente e instigante resenha, Gleice. Tenho o livro há um tempo e, sem saber por que, ele está parado na minha estante. Vou já colocá-lo na lista desse ano.




Pâmela 23/07/2021

E se...
E se houvesse uma história onde você poderia encarar os dois lados da moeda? Dois mundos paralelos desencadeados por um único momento em uma única noite. Trair ou não trair? Tudo é uma questão de oportunidade? Vale a pena trocar segurança por um desejo desenfreado?
Essas são questões que Irina põe na balança ao longo da narrativa. Temos 2 histórias que são distintas, mas de certa maneira se encontram e si mesmas. O mundo pós aniversário é um livro para nos trazer todos os anseios dos momentos que já deixamos passar e foram substituídos por essas duas palavrinhas sem resposta: "e se..." ?
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Higor 28/04/2015

Sobre as incertezas da vida
Esta é a Shriver que eu gosto! Depois do chato ‘Tempo é Dinheiro’, onde a autora me passou uma péssima impressão, fiquei com vontade de ler outro livro dela com urgência, apenas para me certificar de que aquele era apenas um livro à parte, e Shriver era, sim, uma autora genial, como a que li no incrível ‘Dupla Falta’.

‘O Mundo Pós-Aniversário’ é um livro fantástico em todos os aspectos, sem exagero, a começar pela organização do texto. A história parece clichê, mas como sempre, a autora aborda o assunto de uma maneira desconfortável, cruel, e que nos deixa boquiaberto em como consegue não somente tratar um assunto pesado, mas que faz com que reflitamos a respeito, quando ignorávamos anteriormente.

Irina é uma mulher madura, com seus 40 e poucos anos. Vivendo com Lawrence, ela tem uma vida agradável em Londres, onde atua como ilustradora de livros infantis. Mas daí que ela conhece Ramsey, astro da sinuca e marido da autora para quem ilustra os livros, e depois de alguns anos de irrelevância, comemorando o aniversário do amigo juntamente com o marido, ela acaba ficando a sós com o artista em uma dessas ocasiões. Surge, então, uma vontade até então inexistente de beijá-lo. O mais interessante do livro começa aí. O livro passa a ter, então, duas bifurcações: a história da Irina que beijou Ramsey, e da Irina que não beijou Ramsey.

Sério, eu fico intrigado em como uma autora pode escrever um livro tão bom, de mais de 500 páginas, só com o plot ‘e se... ’, que pode ser um assunto chato, batido, mas que paira milhares de vezes na mente da cada um de nós. E é esse o assunto que a autora quer tratar: como seria a nossa vida de escolhêssemos o outro rumo, quando tivemos a oportunidade? Será que seria pior? Daria na mesma? Compensaria acertar agora com a probabilidade de dar errado no futuro? Ou de errar agora para acertar depois?

Como não teria graça se não tivesse a pitada de Lionel, o livro, mesmo com tal plot, só tem graça porque a autora não economiza críticas bem construídas sobre casamento e a chamada grama mais verde do vizinho, além da falsa vida perfeita de um artista. Temos os bastidores sujos do mundo da sinuca e do mundo da publicação de livros.

Lionel me reconquistou com ‘O Mundo Pós-Aniversário’, que eu li sem saber exatamente do que se tratava e acabei ficando completamente imerso na história, de tão bem escrita, fantástica e angustiante que é. Não sou de fazer isso, até porque respeito a decisão das pessoas de terem como diversão outras coisas que não ler, mas todos no meu serviço acompanharam o desenrolar da minha leitura, pois eu precisava fazer comentários diários conforme avançava na leitura. E todos, sem exceção, e mesmo sem ler, adoraram o livro.

Mas quem mais ficou fascinado fui eu, claro, afinal, fui o mais afetado pelo tapa na cara dado pela autora.
Sabrina 23/06/2016minha estante
Eu simplesmemte postei trechos no meu facebook e obriguei minha amiga ler a conversa da Irina com a Betsy. Esse livro teve um poder de imersão fora do normal!




Nana 06/01/2010

A escolha entre dois amores!!
O livro conta a história de Irina, que vive um relacionamento tranquilo de quase 10 anos com Lawrence. A situação muda quando ela se apaixona por Ramsey, um famoso jogador de sinuca que é amigo do casal.
A partir deste momento a personagem encontra-se diante de um dilema: continuar a viver com amor, tranquilidade e segurança ao lado de Lawrence ou se aventurar na paixão, infidelidade e a vida desregrada com Ramsey.
A autora mostra em paralelo a cada capítulo, como seriam as duas opções de Irina, o que aconteceria se ela optasse por um ou pelo outro.
A leitura nos faz refletir sobre as consequências das escolhas que fazemos na vida.
Capítulo a capítulo vamos vendo como seria o futuro da personagem vivendo com estes dois homens de temperamentos tão diferentes.
Ela define Lawrence como "um bom homem" e Ramsey como "Um homem encantador". Qual seria a melhor escolha?
No início achei que por ser um livro com mais de 500 páginas, seria cansativo e faltaria assunto após algumas páginas...mas me enganei, já nos primeiros capítulos comecei a gostar e sentir uma grande curiosidade pela trama!
Acredito que o leitor que viveu alguma situação parecida vai gostar mais ainda e se identificar. Recomendo!
vsc bibliotecária 09/04/2010minha estante
Sua resenha me fez ter vontade de ler logo este livro. Parabéns!!!


Nessa Gagliardi 11/07/2010minha estante
Nana, tô lendo o livro e amando também!




Nathalie 23/09/2012

Meu pai chegou um dia com este livro e o deixou na minha estante, confesso que não me chamou muito a atenção, dei uma olhada e acabei colocando outros como prioridade. Um dia chegou a vez dele e devo admitir que logo nas primeiras páginas percebi que meu primeiro julgamento tinha sido equivocado.

Meu critério para decidir se um romance é bom ou não é bem simples, se em grande parte da leitura eu fico ansiosa, curiosa, pensativa e tentando me ajeitar na poltrona o tempo todo, ele é bom!
Devorei as 200 últimas páginas em dois dias, precisava saber o desfecho logo, não podia esperar. Terminei de ler esses dias, fiquei totalmente inquieta e confusa com o fim, resolvi escrever logo sem pensar muito, para expressar melhor o que senti.

O romance começa mostrando a vida de um casal que vive junto há quase 10 anos, a protagonista é a mulher, Irina. Em determinado momento Irina fica diante de uma situação onde sua escolha afetará completamente sua vida, ela precisa decidir entre Lawrence e Ramsey . O livro se divide em dois, acompanhamos como a vida de Irina segue nos dois casos.
Em alguns momentos ficava claro pra mim qual tinha sido a melhor escolha, depois já não sabia mais.
O ideal mesmo seria uma mistura dos dois, acho que todo mundo concordaria com isso, mas tendo que escolher um, Ramsey. Eu vi alguns problemas com a Irina também, acredito que jamais me comportaria como ela em algumas situações, em outras, vejo muito semelhança.
O fim é uma grande ironia. A autora nos dá um banho de sarcasmo, deixa o leitor com cara de paisagem ao final do romance. É uma visão nua e crua da vida. Concordo com muito do livro, mas igual, fiquei incomodada com o balde de água fria. Ele mexe com nosso orgulho, expectativas e pensamentos. O livro pode ser encorajador ou opressor, depende muito de quem você é e que momento está vivendo.

Os dois primeiros recados que a autora quer passar ficam bem claros no livro:
* Todas as escolhas que você fizer trarão coisas boas e ruins.
* Trair é tão ruim quando ser traído.

Os outros ficam para a interpretação.

Tenho certeza que quem optar por ler O Mundo Pós-Aniversário, vai no mínimo pensar em repensar algumas escolhas e reafirmar outras.
Helder 12/03/2014minha estante
Curti demais o final deste livro. Adorei o sarcasmo da autora. Mas não achei um balde de agua fria não. Achei perfeito! Como vc mesma disse, " Todas as escolhas que você fizer trarão coisas boas e ruins."




priscilabonatto 02/04/2010

envolvente, surpreendente e dolorosamente real!
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Júlia 22/07/2021

Esse livro quebrou a minha cabeça
Todo mundo conhece e ama Lionel Shriver graças a Precisamos Falar Sobre o Kevin, e o que me surpreende é ninguém ler mais nada dela. Por isso, decidi ler outra obra dela para ver se só o livro supracitado merecia o sucesso que tem.
O Mundo Pós-Aniversário possui uma narrativa cheia de detalhes e referências e personagens tão reais que parecem sair da página. Aqui, temos Irina e uma decisão: quando ela decide por um caminho, sua vida segue de um jeito. Mas e se tivesse se decidido por outro, como seria?
O livro levanta questionamentos sobre arrependimento, futuro, traição, maturidade, amores opostos, rotina, carreia... e ambos os caminhos, apesar de terem começado de maneiras muito diferentes, acabam por ter inúmeras semelhanças.
Eu fiquei com essa história e Irina na cabeça o tempo todo que estava lendo. E até hoje me pego pensando nele. Há tantas epifanias e observações e comentários que se aplicam à vida cotidiana que a gente nunca para pra pensar que o livro ficou quase que inteiramente sublinhado e anotado. Lionel Shriver é um gênio. Ninguém deveria ler apenas uma obra dela. Mal posso esperar para ir para a próxima.
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@wesleisalgado 13/07/2023

Sabe quando você não dá nada pra um livro e ele acaba sendo ótimo. Só isso já fez valer a experiência com O MUNDO PÓS-ANIVERSÁRIO.
Quem nunca esteve no papel da Irina? Quem dera pudéssemos saber os caminhos resultantes de uma decisão. A premissa é excelente e a escrita da Lionel Shriver afiada e culta. É o primeiro livro que leio da autora mas possuo alguns na minha estante, incluindo o famigerado PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN, e estou ansioso para lê-la novamente.
O fim dos anos 90 e início dos anos 2000, em Londres e Nova York, são narrados de maneira muito pungente, inclusive o 11 de setembro aparecendo nas duas versões da história. Como homem, a minha impressão foi o que um jogador profissional de sinuca bonitão e intelectual da política viram em Irina? Apesar de vermos as duas histórias através dos olhos dela, as duas versões da personagem são bem insípidas.
Talvez seja uma visão um pouco machista, ou a personagem tenha sido construída dessa maneira propositalmente. Gostaria da opinião de alguma mulher que leia esta resenha e tenha lido o livro ou esteja lendo. Se puder fique a vontade nos comentários.
isaindistress 12/11/2023minha estante
Sobre, o que eles viram na Irina. Eu acho que ela tem vários méritos - é cuidadosa, se importa com o relacionamento, tenta fazer as coisas darem certo, tem bastante flexibilidade (nas mudanças quanto ao trabalho, por exemplo). Ela entende e balanceia bastante a falta de traquejo e rigidez do Lawrence, mas por outro lado consegue embarcar e curtir as grandiosidades do Ramsey. Apesar de bem sucedidos profissionalmente, os dois homens têm vários defeitos no âmbito pessoal e de relacionamento, acho que os 3 precisavam de muita terapia antes de um casamento
Fiquei pensando na sua impressão, e se talvez não seja a intensidade da coisa - o Ramsey entregando um campeonato por ela quando ela escolhe não ficar com ele, o Lawrence levando anos pra se relacionar de novo -, e acho que o principal é a mensagem do livro como um todo, que o perfeito é sempre aquilo que não acontece. Porque nas duas versões, a pessoa com quem ela fica junto gosta dela mas também tem várias críticas e defeitos
Por fim, também acho que ser o ponto de vista dela enviesa bastante. Afinal, ela tem uma puuta síndrome do patinho feio, provavelmente a visão dela mesma é mais negativa que realista


@wesleisalgado 12/11/2023minha estante
Exato, como a perspectiva das duas vidas é somente dela o livro todo, faz sentido eu ver ela como o patinho feio se ela se considerava assim nas duas versões.


isaindistress 12/11/2023minha estante
Sim! Achei super bacana você questionar se seria machismo pensar assim, mas acho que é uma dúvida bem plausível com ela. Lembrei de uma passagem que o Lawrence fala que ela cuidou dele esses anos todos, e ela fica surpresa pq achava que ele quem cuidava dela. Acho que ela é beeem generosa com as qualidades deles (e em passar pano pros defeitos) do que com as próprias


GioMAS 02/04/2024minha estante
Iria reflete, dr forma genérica, o papel social que é atribuído às mulheres. Muitas de suas características são decorrentes de uma estrutura pautada no patriarcado - o desejo por um amor calmo, que se coloca acima de pretensões particulares, a subserviência, a tolerância excessiva, a divagação, a insegurança física e profissional, a tendência a acreditar que o homem, seja qual for, lida melhor com questões mais objetivas como finanças e trabalho etc. Evidentemente, são generalizações, mas estão, sim, presentes em nossa sociedade, atingindo o universo particular das mulheres de forma distintas, porém, por vezes, previsível. Ahh, também vale à pena lembrar da questão da maternidade. A autora levantou esse ponto de forma bem delicada, sutil, mas estava lá... toda a complexidade da questão da maternidade foi trazida como um sopro, mas um sopro complexo em suas nuances (talvez, perceptível apenas para mulheres já com certa idade, com determinados planos e possibilidades de trajetos ainda não t9talmente definidos).




Samyta 09/04/2010

Toda mulher precisa ler!
No final do primeiro capítulo, esse livro me ganhou. Definitivamente.



Lionel narra as duas histórias da forma mais genial, sensível e profunda possível. Envolve, toca e instiga o leitor em duas tramas tão diferentes quanto parecidas e totalmente possíveis, reais.



Em cada capítulo duas possibilidades e uma mesma mulher. Fascinante, verdadeira, ambígua e confusa, Irina se parece comigo, com toda e cada amiga minha, com minha mãe, com todas nós.



O que aprendi com "O Mundo Pós-Aniversário" vou levar para o resto da vida, com certeza.



Super recomendo!!!





P.S.: E não, não é só mais um desses livros de mulherzinha.
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Juju 12/05/2020

Possibilidades
O livro aborda dois possíveis cenários para uma escolha de Irina, mostrando o seu desenrolar em aproximadamente 6 anos.
Capítulo após capítulo, fiquei sem fôlego ao me deparar com todas as consequências de um momento tão singelo, além da presença de personagens reais deixar a leitura mais fantástica.
É um livro incrível. Vale a pena a leitura.
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Ana Luiza Anjos 06/09/2010

Me pareceu um ótimo livro de início. Bastante interessante na questão do paradoxo. Mas parecia que nunca ia terminar. As vidas de Irina com as suas repetições e omissões me deixaram profundamente cansada! Argh! E as suas limitações sexuais,seus medos e especulações sem graça e sem paixão me deixaram profundamente irritada!
avaliação geral: fraco, até mesmo sofrível.
Priscila856 20/09/2010minha estante
concordo em genero numero e grau !!!!


Ay. 28/12/2011minha estante
Discordo em gênero número e grau!!!




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