O Mundo Pós-Aniversário

O Mundo Pós-Aniversário Lionel Shriver




Resenhas - O Mundo Pós-Aniversário


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@wesleisalgado 13/07/2023

Sabe quando você não dá nada pra um livro e ele acaba sendo ótimo. Só isso já fez valer a experiência com O MUNDO PÓS-ANIVERSÁRIO.
Quem nunca esteve no papel da Irina? Quem dera pudéssemos saber os caminhos resultantes de uma decisão. A premissa é excelente e a escrita da Lionel Shriver afiada e culta. É o primeiro livro que leio da autora mas possuo alguns na minha estante, incluindo o famigerado PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN, e estou ansioso para lê-la novamente.
O fim dos anos 90 e início dos anos 2000, em Londres e Nova York, são narrados de maneira muito pungente, inclusive o 11 de setembro aparecendo nas duas versões da história. Como homem, a minha impressão foi o que um jogador profissional de sinuca bonitão e intelectual da política viram em Irina? Apesar de vermos as duas histórias através dos olhos dela, as duas versões da personagem são bem insípidas.
Talvez seja uma visão um pouco machista, ou a personagem tenha sido construída dessa maneira propositalmente. Gostaria da opinião de alguma mulher que leia esta resenha e tenha lido o livro ou esteja lendo. Se puder fique a vontade nos comentários.
isaindistress 12/11/2023minha estante
Sobre, o que eles viram na Irina. Eu acho que ela tem vários méritos - é cuidadosa, se importa com o relacionamento, tenta fazer as coisas darem certo, tem bastante flexibilidade (nas mudanças quanto ao trabalho, por exemplo). Ela entende e balanceia bastante a falta de traquejo e rigidez do Lawrence, mas por outro lado consegue embarcar e curtir as grandiosidades do Ramsey. Apesar de bem sucedidos profissionalmente, os dois homens têm vários defeitos no âmbito pessoal e de relacionamento, acho que os 3 precisavam de muita terapia antes de um casamento
Fiquei pensando na sua impressão, e se talvez não seja a intensidade da coisa - o Ramsey entregando um campeonato por ela quando ela escolhe não ficar com ele, o Lawrence levando anos pra se relacionar de novo -, e acho que o principal é a mensagem do livro como um todo, que o perfeito é sempre aquilo que não acontece. Porque nas duas versões, a pessoa com quem ela fica junto gosta dela mas também tem várias críticas e defeitos
Por fim, também acho que ser o ponto de vista dela enviesa bastante. Afinal, ela tem uma puuta síndrome do patinho feio, provavelmente a visão dela mesma é mais negativa que realista


@wesleisalgado 12/11/2023minha estante
Exato, como a perspectiva das duas vidas é somente dela o livro todo, faz sentido eu ver ela como o patinho feio se ela se considerava assim nas duas versões.


isaindistress 12/11/2023minha estante
Sim! Achei super bacana você questionar se seria machismo pensar assim, mas acho que é uma dúvida bem plausível com ela. Lembrei de uma passagem que o Lawrence fala que ela cuidou dele esses anos todos, e ela fica surpresa pq achava que ele quem cuidava dela. Acho que ela é beeem generosa com as qualidades deles (e em passar pano pros defeitos) do que com as próprias




Henggo 05/05/2023

Voyeurismo literário
Sabe quando você pensa "e se eu tivesse feito diferente"? "E se eu tivesse escolhido outro caminho"? Aquele movimento, meio perigoso, beligerante, de ficar se corroendo em um eterno "e se" que nunca você experimentará. Pois, este livro é a exacerbação e a exploração desse "e se".

Olha, não é um livro simples. Lionel Shriver é uma autora dada a grandes divagações e isso pode afastar as pessoas. Porém, sério, se você se permitir mergulhar, se você tiver paciência e der um pouquinho de crédito, terá em mãos muito o que pensar. "O mundo pós-aniversário" é sobre a vida, o amor, o sexo, os desejos femininos; sobre casamento, traições, vontades, convenções e ousadias; é sobre se descobrir e se descobrir no olhar do outro.

E o mais intenso é que a autora te força a entrar na intimidade desses personagens, coisas tão profundas, veladas e reais, que é quase vergonhoso. Ler este livro é como entrar furtivamente em uma casa e ficar lá, onipresente, vendo cada atitude.

"O mundo pós-aniversário" é uma experiência de voyeurismo para além do erótico.

Querendo ou não, você se encontrará. E será tocante. Em todos os sentidos.
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Tuts 05/11/2022

E se?
A história do livro e a proposta a qual a autora insere é muito interessante. A protagonista,Irina McGovern,que é casada com Lawrence McGovern possui a vontade de,durante um aniversário de um amigo do casal,Ramsey Acton,de beijá-lo. E esse é o ponto da narrativa que vai gerar uma bifurcação,mostrando como seria se ela escolhesse por beijá-lo e se ela escolhesse por não fazê-lo. Sendo assim,duas histórias paralelas são contadas mostrando como tudo aconteceria a depender dessa escolha.

É muito interessante a ideia e nos faz refletir sobre como teria sido a nossa vida se optássemos por outro caminho que tomamos. As duas narrativas são alternadas em cada capítulo,e eu simplesmente gostei muito de acompanhar as duas versões. Primeiro livro que eu leio nesse modelo e achei criativo,genial e inovador. Uma leitura que eu recomendo muito!
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Gabriela - @livrosdegab 28/09/2022

Que livro! Ainda to impactada com o tanto de verdade e de vida real que tem nele.
Descobri Lionel Shriver há 13 anos em uma revista Atrevida (anos 2000 melhor década! Capricho melhor revista!) falando sobre o livro mais famoso dela: Precisamos Falar Sobre o Kevin. A partir disso o livro ficou na minha lista todo esse tempo e nunca achei que era a hora.
Ano passado descobri esse livro e a sinopse pareceu muito mais palpável, ou até irônica, pro momento. Resolvi encarar mas os capítulos gigantes e a falta de acontecimentos extraordinários me fizeram enrolar 6 meses passando vários livros na frente e só esse mês tomar uma providência de verdade.
O tema principal do livro é o casamento e o único comentário que vi sobre ele foi do quanto Lionel escrevia sobre a realidade. Foi exatamente o que senti. Tem uns bons tapas na nossa cara, umas boas verdades difíceis de engolir e aquele dedo na ferida que não cicatriza.
Faz você refletir sobre TUDO e na velha frase de Manuel Bandeira: “A vida inteira que podia ter sido e que não foi”. Essa foi a coisa que achei mais sensacional na narrativa. A autora alterna duas realidades em função de uma decisão fundamental na vida de um casal. Aquele velho efeito borboleta que eu não consigo decidir se amo ou odeio.
No fim das contas a gente percebe que cada caminho tem suas vantagens e desvantagens, e que quem busca o casamento perfeito só vai perder de enxergar todos os momentos diários que fazem a convivência valer a pena.
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DêlaMartins 28/07/2022

Como poderia ter sido...
É uma história banal sobre o sólido relacionamento de Irina McGovern com Lawrence Trainer e a amizade do casal com Ramsey Acton. Essa amizade tem início quando Ramsey ainda é casado com Jude e comemora o aniversário dele sempre com Irina e Lawrence. Num aniversário, depois do divórcio de Jude e Ramsey e, com Lawrence viajando a trabalho, Irina se vê obrigada a jantar sozinha com Ramsey no dia do aniversário dele. Apesar da expectativa ruim, o jantar é divertido e ela sente vontade de beijar o amigo. Desse ponto em diante, o livro segue em duas direções.

Lawrence é o companheiro de Irina, bem formado e culto, enquanto Ramsey é um famoso jogador de sinuca profissional.
A autora descreve como é a vida de Irina com o sólido companheiro, considerando que o beijo não aconteceu e também e como é a vida de Irina com o jogador de sinuca, considerando o beijo. Nenhuma dessas vidas é fácil para ela - são bastante distintas em alguns aspectos, mas idênticas em outros. Também mostra verdades cruéis e sentimentos que a própria protagonista quer esconder de si mesma.

O livro deixa claro que cada escolha leva a um caminho diferente e que pensamentos sobre como poderia ter sido não adiantam nada. Ninguém nunca vai saber como teria sido...

A escrita é cheia de detalhes e, às vezes, cansativa (confesso que li alguns parágrafos sem atenção ou mesmo, não os li). Mesmo assim, vale seguir para entender qual foi a escolha de Irina e como ela lidou com tanta angústia.
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spoiler visualizar
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Myy 14/04/2022

Por que nos cobramos tanto né?
É aquela coisa, ninguém é nem nunca será perfeito, essa é uma busca incessante criada apenas por nossas próprias cabeças. O que nos torna únicos é justamente esse diferencial e sempre irei me encantar por isso.
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Karine 03/04/2022

E se?
Como a maioria (acredito eu), conheci a Lionel Shriver lendo “Precisamos falar sobre o Kevin”. Foi um livro muito, muito impactante, não só pela história, que é chocante e sinistra, mas principalmente pela forma como ela escreve e destrincha os pensamentos e sentimentos das personagens... A Lionel é uma daquelas escritoras que muitas vezes diz o óbvio de maneira que a gente se surpreende de nunca ter pensado antes. Ela traduz como ninguém aquilo que a gente não sabe colocar em palavras. Mesmo quando não nos identificamos com a situação ou com a personagem, a gente se vê compreendendo totalmente o que ela está sentindo ou pensando naquele momento.
Então, depois de ler o “... Kevin”, já fiquei ansiosa pra ler outros livros dela. Tempos depois li “Grande irmão” e “Tempo é dinheiro”. A sensação é exatamente a mesma, a escrita maravilhosa está lá. Gostei de ambos, porém as histórias não foram tão impactantes quanto o primeiro. Um pouquinho decepcionante, porque eu estava com grandes expectativas. Mas antes de desistir, resolvi finalmente ler “O mundo pós-aniversário”, que já estava aguardando na minha estante há muito tempo, e dessa vez não me decepcionei.
No livro, Irina tem a oportunidade de trair seu marido, com quem tem há muitos anos um casamento cômodo e monótono. A partir desse momento, ele se desdobra em duas histórias: uma na qual ela decide trair, e outra na qual ela decide permanecer fiel. Todos nós já nos perguntamos como teria sido nossa vida se tivéssemos tomado uma decisão diferente em algum momento crucial. Sempre que os problemas se apresentam, tendemos a achar que a alternativa teria sido melhor. Mas não existe trajetória perfeita, feita só de alegrias e sem sofrimentos. Quando se trata de relacionamentos amorosos, então... Todos têm seus problemas. Conforme lia a história em que Irina ficava com o amante, sentia pena do marido, e muitas vezes raiva do amante. Já quando a história mudava para aquela em que ela ficava com o marido, ele que me dava nos nervos, e seguidamente pensava que merecia ter sido largado. Da mesma forma, houve momentos felizes com ambos, em que a escolha pareceu a mais acertada. Então, a ideia toda é: não importa como teria sido, com certeza não teria sido melhor ou pior, apenas diferente. A melhor escolha é ficar em paz com nossas decisões.
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Asbel 24/02/2022

Decisões e consequências
"- A ideia é que a gente não tem apenas um destino... Mas, seja qual for a direção tomada, haverá altos e baixos. A gente lida com uma série de compensações, e não com um rumo perfeito, comparados ao qual todos os outros seriam uma porcaria. A ideia é eliminar a pressão... Há vantagens e desvantagens variáveis em cada um desses dois futuros que rivalizam entre si. Mas eu não queria um futuro ruim e um bom. Em ambos, tudo dá certo, na verdade. Está tudo certo."

Esse trecho da página resume perfeitamente toda a história! Meu primeiro livro lido em 2022. Foi uma leitura lenta, mas de grandes aprendizados.

Um tema delicado, contado de uma forma tão genial, que para mim se assemelhou a uma sessão de terapia. Um exercício de empatia.

O livro te apresenta duas decisões e as consequências de cada uma delas. Em cada capítulo, a personagem principal convive com duas realidades e é exatamente daí que surgem as reflexões.
L. 25/02/2022minha estante
A resenha empolgou




Pâmela 23/07/2021

E se...
E se houvesse uma história onde você poderia encarar os dois lados da moeda? Dois mundos paralelos desencadeados por um único momento em uma única noite. Trair ou não trair? Tudo é uma questão de oportunidade? Vale a pena trocar segurança por um desejo desenfreado?
Essas são questões que Irina põe na balança ao longo da narrativa. Temos 2 histórias que são distintas, mas de certa maneira se encontram e si mesmas. O mundo pós aniversário é um livro para nos trazer todos os anseios dos momentos que já deixamos passar e foram substituídos por essas duas palavrinhas sem resposta: "e se..." ?
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Júlia 22/07/2021

Esse livro quebrou a minha cabeça
Todo mundo conhece e ama Lionel Shriver graças a Precisamos Falar Sobre o Kevin, e o que me surpreende é ninguém ler mais nada dela. Por isso, decidi ler outra obra dela para ver se só o livro supracitado merecia o sucesso que tem.
O Mundo Pós-Aniversário possui uma narrativa cheia de detalhes e referências e personagens tão reais que parecem sair da página. Aqui, temos Irina e uma decisão: quando ela decide por um caminho, sua vida segue de um jeito. Mas e se tivesse se decidido por outro, como seria?
O livro levanta questionamentos sobre arrependimento, futuro, traição, maturidade, amores opostos, rotina, carreia... e ambos os caminhos, apesar de terem começado de maneiras muito diferentes, acabam por ter inúmeras semelhanças.
Eu fiquei com essa história e Irina na cabeça o tempo todo que estava lendo. E até hoje me pego pensando nele. Há tantas epifanias e observações e comentários que se aplicam à vida cotidiana que a gente nunca para pra pensar que o livro ficou quase que inteiramente sublinhado e anotado. Lionel Shriver é um gênio. Ninguém deveria ler apenas uma obra dela. Mal posso esperar para ir para a próxima.
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Jess 19/06/2021

Escolhas
Gostei muito do livro, principalmente de a autora ter escrito duas histórias simultâneas. A história de Irina me fez pensar que independente da escolha que fazemos, o jardim do vizinho sempre parece mais verde e que, no entanto, as vezes a grama pode ser artificial. O machismo de Lawrence e de Ramsey me incomodou muito e torci muito para que a Irina percebesse que não previsava viver à sombra de nenhum deles. Demorei muito pra ler mas gostei bastante da história, da escrita, de tudo. As partes que falam de doença ou da queda do WTC foram muito emocionantes, além das próprias questões dos relacionamentos da Irina. Pretendo ler outros livros da autora.
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José Carlos 26/05/2021

Um acontecimento, dois caminhos!
Irina precisa tomar uma decisão! A ideia da autora foi fantástica! Relatar as possibilidades! Como em um universo paralelo, acompanhamos as duas possíveis decisões de Irina! Em ambas, fiquei incomodado pela tamanha dependência pela figura masculina, mas sabemos que este cenário existe! Chegar à conclusão de que a escolha realizada foi a certa ou não, cabe somente a quem a fez!
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Alisson 30/04/2021

O principal desafio que tive que encarar ao ler esse livro foi SEPARAR a obra da autora. Algumas declarações recentes da Lionel Shriver me incomodaram, mas decidi arriscar a leitura.
E, surpreendentemente, o livro me envolveu. Aparenta que o li em um momento oportuno - se eu tivesse lido em uma outra fase da minha vida, certamente teria detestado rs.
Irina Galina, uma mulher bem casada e bem resolvida, repentinamente sente um desejo intenso de trair o marido com o melhor amigo dele, um jogador de sinuca metido a galã.
Em um capítulo, a autora narra como seria a vida de Irina se ela tivesse traido o marido e no capítulo seguinte repete tudo o que aconteceu, mas em um cenário em que a protagonista é fiel no casamento.
O livro apresenta uma linha cronológica muito fiel e que sempre nos instiga a evoluir no capítulo seguinte pra ver o que acontece na ÓTICA A ou na ÓTICA B.
O livro fala sobre o E SE? Como seria se tivéssemos tomado tal atitude em tal momento em tal data? O que teria mudado na nossa vida? Mudaria tudo ou mudaria nada?
Se você for capaz de separar a obra do artista, recomendo a leitura.

"É engraçado como aquilo que nos atrai numa pessoa é o mesmo que passamos a desprezar nela."
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Keitilisi 14/03/2021

Um livro que envelheceu mal
Comprei o livro físico e o abandonei e esse ano resolvi retomar a leitura. Infelizmente tive vontade de abandonar de novo e só prossegui pq tinha muitas resenhas positivas e estava curiosa pelo final.

Gosto da escrita da autora, já li outros livros dela mas nesse confesso que não consegui me conectar com nenhum personagem. Me incomodei demais com o machismo do Ramsey e do Lawrence, da Irina viver relacionamento muito abusivos nos dois paralelos e sempre viver na sombra de um homem. Como a história se passa nos anos 90 e foi escrito em 2007, acho que foi um livro que envelheceu muito mal e me incomodou demais essa postura e a autora defender os motivos da Irina por ter escolhido essas relações.

Achei bem criativo a forma como a história foi elaborada com as duas visões do trair ou não trair e as consequências. O livro poderia também ser menor, faltavam vinte páginas para acabar e eu não aguentava mais.
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