JonasLupus 06/06/2020
Um exercício de separar o joio do trigo
Comecei a ler o livro em janeiro de 2018 e terminei em março de 2020.
O livro não é ruim. Ao terminar o primeiro capítulo, percebi que ele estava mexendo lá no fundo do meu ser e decidi que iria ler um capítulo por vez, destacando os trechos que julgasse interessante.
A obra original é de 1953 e continua, de certa forma atual.
Há muitos pontos com visão machista, excessivamente masculina, centralizadora e afins.
Compreendo que são visões de senso comum naquele contexto temporal, social, econômico, branco, norte-americano, capitalista e liberal...
Contudo, o livro possui seus méritos e não são poucos.
Encontrei eco em MUITOS princípios budistas.
Não se trata de uma fórmula para ganhar dinheiro.
Resume-se em reflexões sobre como se tornar uma pessoa de valor.
E demonstra que uma pessoa de valor consegue alcançar seus objetivos, desde que estes objetivos sejam corretos.
Em cada capítulo me vi “atirando na parede” minhas versões do passado, meus patrões e colegas de trabalho, e questionava os comportamentos e decisões: o que foi correto? O que foi errado? Como poderia ter sido melhor?
Da metade do livro pra frente, comecei a ler com mais voracidade, pois os princípios básicos foram assimilados e metabolizados na minha vida, tornando os demais facilmente absorvíveis.
É um livro que te desafia.
E que te faz questionar muita coisa.
Ainda mais quando se atua profissionalmente no ramo da educação e do terceiro setor.
Recomendo.
Recomendo bastante.
Mas se você não está pronto para acolher outros pontos de vista, é melhor não.
Enfim, é uma leitura que viabiliza o exercício de separar o joio do trigo.
Mas para isso, é necessário saber o que é joio e o que é trigo.