Adua

Adua Igiaba Scego
Igiaba Scego




Resenhas - Adua


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fev 03/07/2023

3,75

Adua, com certeza, seria um livro incrível e melhor se tivesse mais contextualização e mais páginas para trabalhar os assuntos propostos.

Não é um livro ruim. Está longe disso, mas a Igiaba Scego poderia construir mais. Como acompanhamos memórias espaçadas e não lineares captamos o pouco que a autora nos oferece. É um pouco com qualidade e sem grandes arroubos.

É um bom livro e poderia ser mais se houvesse mais contextualização e menos fragmentos. Essa história merecia mais.
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Ester71 11/04/2023

Enredo forte. Triste. Porém, a leitura não fluiu muito, devido aos cortes temporais, que me fizeram demorar a captar as histórias individuais, mesmo estando dividido em capítulos.
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Lucas 21/03/2021

“Adua” trata-se de um diário, em que a protagonista do livro, que tem o mesmo nome do seu título, conta sua história de mulher nascida na Somália, que emigra para a Itália, ainda em sua juventude, para viver seu sonho de virar estrela internacional de cinema.

A relação entre Adua e seu pai, Zoppe, permeia todo o livro, em que a autora trata de muitos temas complexos, sendo ele universais como o conflito existente entre filhos e pais, racismo e a busca por redenção e liberdade, como também mais regionais, tais como a relação colonial da Itália fascista, a Guerra Ítalo Etíope, a exploração do imigrante africano no continente europeu e a atual questão dos refugiados que vivem na Europa vindos da África.

A autora italiana Igiaba Scego divide seu livro em capítulos em que sua protagonista, utilizando do discurso em 1ª pessoa, em uma estrutura própria de diário, conta sua história de vida, alternados daqueles em que é narrada a história de seu pai, Zoppe, em que é utilizado o discurso em 3ª pessoa, por meio de um narrador onisciente.

Há ainda capítulos em que retratam cenas vividas pelos dois, em que geralmente é retratada lições que o pai dava a sua filha

Apesar de tratar de muitos temas, o livro é curto e a linguagem utilizada é simples e fluída, sendo que em razão da divisão particular dos capítulos, com a mudança dos narradores e do tempo em que estão sendo narrados os fatos, é necessário ter atenção para não ser perder na história.

Apesar de curto, a autora consegue tratar dos temas que o livro aborda com profundidade, fazendo com que o leitor fique envolvido com sua protagonista e seu pai, vivendo com eles de suas emoções, sofrimentos e injustiças vividas.

Ótimo livro!
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Luana 07/02/2021

Para o 2° mês do desafio eu escolhi o livro de uma autora que nasceu em Roma e vem de uma família da Somália. Igiaba é doutora em estudos pós-coloniais e toda essa vivência é o que vai dar vida à Adua.

Acompanhamos a história de três gerações contada por dois personagens, um pai e uma filha, que passaram por todas as ilusões e promessas de melhoria de vida a partir da colonização. Foram arracandos de suas terras e de sua cultura, algumas vezes por conta própria, mas sem perceber que tudo não passava de uma ilusão falsa fantasiada de igualdade e oportunidades.

"Quando me levantei tinha me tornado uma atriz. Ninguém jamais veria o meu verdadeiro rosto novamente."

Uma história triste sobre a injustiça que o ser humano causa por conta da ganância. Não espere reviravoltas e finais felizes, aqui veremos como é a realidade da maioria.

Apesar da história emocionante, o formato do livro não me agradou, a ordem dos acontecimentos e a divisão dos capítulos torna tudo repentino e muitas vezes sem conclusão, são apenas flashs de lembranças. Isso tornou a minha experiência de leitura difícil e não me deixou presa e querendo ler mais.
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Luiz 13/06/2020

Muito bom
O skoob obriga a escrever resenha para que seja possível computar os desafios. Acho errado. A resenha deve ser feita por quem quer escrever.
Quanto mais resenhas obrigatórias a dos livros, menos úteis elas são para os leitores que querem saber sobre eles.
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Amanda Nachard 29/04/2020

Não é um livro fácil
Adua é um livro curto. Por isso, pensei que seria uma leitura rápida e, ao mesmo tempo, duvidei se apenas as 160 páginas seriam suficientes para contar toda a história a que se propõe a autora.

Achei belíssima arte da capa e de qualidade a impressão.

Ao iniciar a leitura, estava com enormes expectativas - especialmente após ler a nota histórica disponível ao final do livro. Porém, tive enorme dificuldade de me acostumar e seguir conectada ao livro. O primeiro motivo é que a autora se utiliza frequentemente de memórias e devaneios dos personagens, às vezes em meio ao tempo presente e sem indicativos da mudança, para construir a narrativa. Acaba quebrando a linha de raciocínio (não que isso seja essencial, apenas facilitaria a leitura). Depois, a obra é escrita em capítulos que intercalam os personagens, e cada um deles segue seu ritmo próprio, tendo também ordem cronológica diferente.

Por fim, quanto ao conteúdo em si, não consegui atingir a profundidade do texto. Tive que digerir a leitura por alguns dias e cheguei à conclusão de que não gostei da obra. Não achei cativante, tampouco aprofundada o suficiente para o potencial de temas como imigração, colonialismo e fascismo.

Talvez seja necessário ler mais uma vez para realmente compreender.
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Desireé (@UpLiterario) 20/04/2020

Mais que uma história de pai e filha. (@Upliterario)
Adua fugiu da Somália para viver seu sonho. Ela queria ser uma estrela, deixar sua vida de regras e horrores, ser livre. Mas a Itália lhe mostrou que, muitas vezes, sonhos e pesadelos se confundem em uma teia de lutas e solidão.
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“Cada um tem seu caminho a trilhar, os abismos aonde cair.”
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Zoppe tem um passado sombrio, marcado por guerras, batalhas, servidão e uma paixão avassaladora que quase o levou à ruína. Enquanto as memórias e histórias de pai e filha se entrelaçam entre os sermões de Zoppe à Adua, o leitor revive os momentos históricos de um passado colonial, racista, dolorido, sangrento e de muita miséria.
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“O pai e sua garotinha...
Eram tão lindos juntos, alegres pelas ruas de Prati.
Há meses que os via de mãos dadas. [...] Eles o olhavam e ele os olhava. Sem aquela curiosidade maligna dos brancos, aquelas mãos famintas dentro dos seus cabelos enrolados, aqueles comentários venenosos sobre a cor de sua pele. O pai e a garotinha olhavam-no com olhos humanos.”
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Impossível não se sensibilizar com a escrita árdua e verdadeira de Igiaba Scego e com a narrativa ali retratada. Os horrores das vidas de Adua e Zoppe, sejam na Somália ou na Itália, deixam claro as marcas de regimes autoritários na pele e na alma de seus cidadãos. Dores, sofrimentos físicos, punições e a solidão causados, muitas vezes, por causa da cor de suas peles; seres humanos tratados como pedaços de carne, sem alma ou sentimentos.
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“A palavra ‘pai’ me aterroriza. Mas é a única que ainda sabe me fazer respirar.”
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Recomendo muito! Leitura obrigatória.

site: www.instagram.com/upliterario
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Adua, Igiaba Scego - Nota 9/10
Um romance extremamente forte e impactante, que tem como pano de fundo as consequências de um colonialismo devastador e a relação conturbada - e violenta - de um pai e filha. Nascida na Somália da década de 70, Adua teve uma infância marcada pela indiferença e falta de afeto por parte de seu pai, Zoppe, e ainda foi vítima da mutilação genital feminina quando criança. Com a morte de sua mãe no parto, Adua acaba sendo vista como responsável pelo ocorrido.

Sem ter muito a que se apegar em seu país, Adua migrou para a Itália com a promessa de se tornar uma atriz de cinema de sucesso. Mas a protagonista logo percebe que foi enganada e que, na verdade, seu destino seria marcado por muito sofrimento. A história é narrada em primeira pessoa, por uma Adua de idade mais avançada que, depois de tanto tempo morando na Itália, ainda não sabe identificar qual a sua verdadeira casa.

Além dos capítulos que levam o seu nome, a narrativa é alternada com capítulos sobre a história Zoppe e com pequenos capítulos contendo sermões - bem duros - que Adua ouvia de seu pai. Zoppe atuou como intérprete dos italianos, a serviço do regime fascista nos anos que antecederam a 2a Guerra. Além de vitima de racismo, por ser um negro trabalhando em um ambiente cercado com homens brancos, Zoppe também sofria com uma culpa dilacerante, por ajudar os inimigos na guerra contra o seu próprio povo. Apesar de todo esse sofrimento, Zoppe se torna um pai ausente e agressivo.

É um livro curto, mas gigante em seu conteúdo. São muitos temas abordados e que reforçam os problemas decorrentes do colonialismo na África, como imigração e racismo. Foi um livro que terminei com uma sensação de querer mais, senti que a autora poderia ter entretido o leitor por mais páginas, principalmente sobre os detalhes da vida de Zoppe. A narrativa não é linear e em alguns momentos pode deixar o leitor um pouco confuso, mas nada que atrapalhe a experiência com a obra.

Ao final, Igiaba, filha de somalis e nascida na Itália, conta para o leitor um pouco do processo de escrita da obra e de características histórias dos diferentes momentos em que a narrativa se desenvolve.

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Biblioteca Álvaro Guerra 13/02/2020

O fantasma do fascismo, a opressão que é comum em nossa sociedade patriarcal, a truculência de quem não é digno da autoridade que exerce – tudo isso se encontra neste texto. E o leitor faria bem em notar que a experiência de Adua não é mero documento dos horrores do passado. Neste começo do século XXI, em que estão cada vez mais numerosas as vozes clamando por uma volta ao passado, Adua chega para lembrar-nos da ingenuidade de tal posicionamento e da barbárie dos ídolos de outrora (até, às vezes, os bem-intencionados). Numa época em que a imagem reina como nunca antes sobre a sensibilidade coletiva, a história de Adua revela o perigo inerente à nossa suscetibilidade a esses estímulos.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788569020325
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@dropsdeleitura 12/11/2019

?Conta as histórias que tem da melhor forma que pode.??
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Posso contar minha história sem contar as histórias de meu país? Posso contar minha história sem contar as histórias de meus pais??
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Adua é nome de uma cidade na Etiópia, símbolo de resistência africana ao colonialismo europeu. É também o nome da mulher que, tão sozinha, conta sua história para a estátua de um elefante, numa praça.?
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Ela fala sobre como chegou até ali, até aquele país que, tantos anos depois, continua sendo tão estrangeiro quanto no primeiro dia. Ela queria fugir, ser uma estrela de cinema.. mas sua pele negra foi o determinante de outro caminho. Um caminho muito mais tenebroso e solitário do que ela poderia imaginar.?
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Adua não sabe, mas o elefantinho (um ouvinte tão atento) vincula sua história a de um outro personagem: Zoppe, seu pai. Um homem marcado pela violência e pelo trauma de ter servido ao governo fascista que subjugou o seu povo.?
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Igiaba Scego, autora italiana descendente de Somalis, traz uma história entrecortada no tempo e no espaço. Não poderia ser diferente: é uma história atemporal. Assustadoramente atemporal.?
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A colonização, a migração, o racismo, a violência contra a mulher.. são apenas alguns dos temas complexos e dolorosos abordados em 166 páginas. Um pequeno grande livro.?
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Emy 22/08/2019

Não é uma leitura fácil e, muito menos, leve.

Ao utilizar fatos históricos (colonialismo italiano, Somália de 1970 e o mediterrâneo para os imigrantes) como pano de fundo, Igiaba Scego cria uma narrativa para Adua e Zoppe em primeira pessoa.

Os dois sofreram muito ao longo da vida, tiveram perdas e nunca encontraram o amor de verdade. Os dois reconhecem seus fracassos e erros um no outro, tendo uma ligação genuína.

São personagens que amadurecem ao longo da história, tentam mudar o rumo de suas vidas e aprender com o passado.

Igiaba sabe bem como usar as palavras e fazer as pessoas se sentirem desconfortáveis enquanto leem. Leitura incrível, recomendo!
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Mari 02/07/2019

Igiaba sempre certeira
O tema não é dos mais fáceis. Como falar de imigração, racismo, abuso, xenofobia, violação ao seu próprio povo, de uma forma leve? Impossível. É o meu segundo livro da autora e reitero: ela consegue trazer toda essa temática nos fazendo questionar ainda mais todos os percalços pelos quais a população Africana é obrigada a passar. Um contingente inteiro que foi dividido e arrendado pelos Europeus, como se fosse uma fazenda. De fato, o colonialismo italiano foi muito bem escondido. Tanto que visitei o país duas vezes e não me recordo de ter tido esse tipo de conversa comeu marido, como tivemos em outros locais - impossível não visitar a Espanha ou Portugal e não ficar com um pouco de raiva pelo que fizeram com o continente latino americano. Ok. Talvez eu seja rancorosa? Eu prefiro pensar que tenho boa memória. Que Igiaba nos aqueça a memória. Sempre.
Taissa 03/07/2019minha estante
Maravilhosaaaaa!!!




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Charlene.Ximenes 25/03/2019

Colonialismo e migração
Igiaba Scego é italiana, nascida em Roma em 1974, em uma família de origem somali. Formou-se em literatura Moderna na Universidade La Sapienza e fez doutorado em Estudos Pós-coloniais. Scego trabalhou como jornalista em veículos de comunicação como II Manifesto e Internazionale, tendo colaborado em revistas especializadas em imigração e cultura africana.

A obra conta a vida de Adua, nome que homenageia a primeira vitória africana contra o imperialismo europeu, uma moça da Somália que imigrou nos anos 1970 para a Itália e que sonhava em ser uma diva do cinema assim como Marilyn Monroe, mas acaba procurando os italianos que fazem todo tipo de tráfico nos anos 1970.

A história alterna os acontecimentos da vida de Adua e de seu pai, um intérprete multilíngue que foi trabalhar ainda muito jovem para os militares fascistas na Roma da década de 1930. Ponto importante da narrativa é a relação conturbada entre pai e filha.

O colonialismo e a imigração são assuntos constantes no livro, pois, para a própria autora, quando a Europa fecha às portas aos imigrantes está fechando os olhos para o que fez na África. Para Igiaba, o colonialismo não acabou e a imigração precisa ser lembrada como algo que não é novo.

Alguns temas delicados são tratados na narrativa, como a mutilação genital feminina, praticada na Somália e em outros países. Um livro como esse nos faz refletir, nesses tempos em que muitos pedem o retorno de práticas e políticas do passado, acerca da barbárie e dos absurdos já ocorridos. É preciso estar atento e forte!
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Thárin 17/01/2019

Cultura, misticismo, guerras, migrantes
Todos esses assuntos estão intricadamente misturados nesse livro, que faz um paralelo entre três períodos históricos da Somália e Itália, pela perspectiva de migrantes.
Em alguns trechos a crueza com que os sofrimentos que eles passam são descritos chega a chocar e incomodar.
Mas a escrita de Igiaba Scego é fluida, rápida, e prende o leitor do começo ao fim da narrativa, apesar de todo o impacto causado pela história.
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