spoiler visualizarAmanda 01/10/2020
O bem está em todo mundo
Este livro é muito diferente de todos os outros livros que eu já li sobre a Segunda Guerra Mundial. É uma biografia que conta a história de uma mulher judia que sobreviveu ao Holocausto se casando com um Oficial nazista. Esta mulher corajosa (mesmo que ela não goste de ser chamada assim ela foi) foi Edith Hahn Beer.
Edith nasceu em 1914 em Viena, tinha duas irmãs e foi criada pela sua mãe, pois seu pai morreu muito cedo. Ela vivia uma vida normal, até que em 1938, quando a Alemanha decretou a anexação da Áustria, os judeus começaram a ser perseguidos. Em 1941, Edith foi obrigada a trabalhar nos campos de trabalho da Alemanha, primeiro em uma plantação de aspargos e depois em uma fábrica de papel.
No ano seguinte, 1942, muitas coisas aconteceram. Sua mãe foi deportada para a Polônia e ela foi transferida para Viena com o propósito de no futuro ir para um possível extermínio. Mas como ela era muito esperta, conseguiu formular um plano para retirar a estrela amarela que era obrigada a utilizar, assim, ninguém saberia que era uma judia.
Então nesse momento ela começa a sua jornada para se esconder, precisou da ajuda de muitas pessoas, mas consegui se manter viva. Com a ajuda de um advogado ela conseguiu documentos de uma amiga ariana, que os declarou perdido, e se mudou para Munique. Lá ela entrou para a Cruz Vermelha e conheceu Werner Vetter, um pintor que trabalhava na Indústria de aviões Arado. Em semanas ele a pediu em casamento e por medo de ter os documentos pesquisados, Edith, que agora se chama Grete Denner, contou a ele que era judia e que estava se escondendo. Ele a aceitou e falou que não tinha contato toda verdade para ela também, pois ele era casado e estava num processo de divorcio.
Eles se casaram em 1943 e tiveram uma filha em 1944. Werner era cedo de um olho, por isso foi dispensado de ir para guerra no começo, porém com a necessidade da Alemanha de novos soldados, ele foi recrutado. Por ele ser muito habilidoso, se tornou Oficial.
A história continua, mas não vou mais resumi-la para que você não a conheça melhor. O eu que descrevi acima foi um resumo muito resumido dessa parte da vida dela. Ela foi sim muito corajosa durante toda a sua vida, mesmo que muitas pessoas a ajudaram, até mesmo alguns do Partido Nazista.
Por isso, a filha de Edith, Maria Angela falou em um entrevista que eu assisti após ler o livro, que "Nenhuma pessoa, nem os nazistas eram totalmente terríveis, o bem está em todo mundo". E isso me fez lembrar de uma fala de Anne Frank "Apesar de tudo, eu creio na bondade humana". E foi por isso que Angela incentivou a sua mãe a contar a sua história, que se manteve em segredo por 50 anos.
Assim, eu recomendo esse livro para todas as pessoas que gostam do assunto, para todas as que querem conhecer um história diferente desse período e para todas aquelas que precisam enxergar um pouco de amor no mundo. Também recomendo que você procure mais sobre essas pessoas e que entenda que não é só mais uma história sobre alguém que sobreviveu a Segunda Guerra Mundial sendo uma judia, é a história de uma mulher muito corajosa e que contou com a bondade de muitas pessoas.
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