Crepúsculo dos Ídolos

Crepúsculo dos Ídolos Friedrich Nietzsche




Resenhas - Crepúsculo dos Ídolos


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Manuba 02/03/2016

Muitas críticas ácidas para...
Ler Nietzsche é abrir sua cabeça para um mar de perguntas e estar preparado para uma argumentação nada ponderada sobre o que é criticado, muitas vezes mal interpretado e até parecer tomar uma postura utópica diante do que vivemos hoje. É preciso ter paciência para por "os pingos nos ís". O principal objetivo do autor nesse livro é tentar através do texto ácido retirar as bases de quem se sustenta numa filosofia cristã.

Venho talvez há duas semanas tentando entender melhor esse livro que devido a maneira como foi escrito, através de aforismos é capaz de dar “muito pano para as mangas”, bem como traz muitas dúvidas com relação as formas de utilizar a informação nele contida. O livro fala basicamente em relação a vontade de poder, ao niilismo e a razão. Nietzsche vai defender ao meu ver que o indivíduo não deve negar-se ou flagelar-se em relação ao que faz. Se você não é capaz de viver e de conviver com a pessoa que é, não crie subterfúgios morais para negar a si próprio ou justificar nos outros o que não lhe pertence. A partir da premissa de que o ser humano é dotado de instintos, a felicidade vai residir em dar vazão ao que se sente. É defendida a coragem de agir e ter força em relação ao que se deseja. Para Nietzsche a felicidade deve ser encontrada no mundo em que vivemos, não se tendo, portanto, a concepção de algo é bom ou ruim. É criticado a linguística, por meio da qual foram criados o princípio da dialética, aproveita, portanto, para criticar toda a psicologia que se baseia em dialética como uma forma de vício e ociosidade, como se dissesse, quem muito fala, não chega a lugar nenhum. Para Nietzsche os sentidos não mentem e como elemento de primeira ordem é causa em si mesmo, diferentemente da razão, que se utiliza da dialética para a construção de uma virtude/moralismo que seria capaz de promover a felicidade. Para os sofistas o “mundo real” é o mundo interior e tudo o que existe exteriormente corresponde a um “mundo aparente”.

Para mim Nietzsche consegue compreender a natureza do homem quando fala sobre a necessidade da espiritualização da sensualidade (amor) e da espiritualização das inimizades(conflito), o autor percebe que é utópica a tão desejada paz de espirito. O ser humano deve se afirmar quanto pessoa e não negar o que há a sua volta. Bom para Nietzsche é o que é natural, como os instintos.
Acredito que a tresvalorização dos valores pregada por Nietzsche é não seguir os modelos pré-estabelecidos de felicidade, é encontrar a força em si e não no que se espera socialmente/moralmente que façamos. Portanto sermos livres e a partir dessa liberdade encarar o que acontece a nossa volta, não como punições ou premiações, mas como elementos que terão determinado efeito em nossa vida.
O ponto mais difícil para mim ao longo da leitura foi a tentativa de se afastar de uma busca de explicações para os acontecimentos. Utilizar como é citado “vontade”, “consciência” (espirito), “eu” (sujeito) como causas. Ou mesmo o velho embate de tentar excluir algo estranho por ser mais confortável ou considerar que algo que não ocorreu como desejado, como por exemplo uma doença sejam resultado de um “merecimento”. “Alguma explicação é melhor do que nenhuma”. Será mesmo?
“Todos os meios que, até hoje, se quis tornar moral a humanidade foram fundamentalmente imorais”
“Na doutrina dos mistérios as dores são santificadas[...]tudo que garante o futuro implica dor, eterno prazer da criação”

Então,
-o homem nasce bom (livre) e a sociedade o corrompe(impondo a moral que só funciona aos subordinados)?
- até onde vão os limites dessa vontade de poder? Existem limites?

"24. Buscando pelas origens, o individuo torna-se caranguejo. O historiador olha para trás; por fim, ele também acredita para trás."
Como vocês entendem a importância da história para uma análise de sistema? Ou mesmo, essa análise é necessária?
Mar.e.ana 02/01/2017minha estante
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lahnabiblio 22/05/2018minha estante
melhor resenha até agora!!


Rayan GQR 18/05/2021minha estante
Sobre o primeiro ponto imagino que não exatamente, acho que segundo a visão do Nietzsche o homem não necessariamente nasce bom ou livre, pode-se nascer e crescer insatisfeito com a vida, gerando o ressentimento que ele critica no Sócrates e Platão, levando a se negar a vida e se criando uma moral baseada nessa negação, onde quem mais nega é mais virtuoso.
Já quanto ao segundo ponto não tenho tanta certeza, talvez o limite seja o que se consegue alcançar, a vontade de poder vai até onde você consegue fazer ela ir. Pelo menos isso que eu entendi que ele tava tentando passar




Ivan 11/02/2022

Como filosofar com um martelo
Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filósofo prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha. Escreveu vários textos criticando a religião, moral, cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e aforismo. Crepúsculo dos ídolos, publicado originalmente em 1888, foi um dos últimos livros escritos por Nietzsche e pode ser considerado ao mesmo tempo uma síntese de sua filosofia e uma introdução a ela. A ironia e o sarcasmo ácido do autor estão presentes até mesmo no título do livro, em que Nietzsche faz um trocadilho com o nome da ópera do compositor Wagner: “Crepúsculo dos Deuses”.

Nessa obra, o autor procura condensar os principais problemas abordados por sua filosofia, sua compreensão sobre esses problemas e respectivas críticas, fazendo uma crítica à cultura ocidental moderna.

Há muito tempo eu queria ler este livro para conhecer mais do pensamento filosófico de Nietzsche. Nietzsche em sua obra emprega uma forte crítica contra o cristianismo, a estrutura estabelecida pela Igreja Católica e a sociedade ocidental como a conhecemos. Ele acreditava que a Igreja e a religião exerciam um grande controle e manipulação sobre o ser humano. Ele classifica o homem por dois comportamentos, apolíneo, aquele que se guia pela razão e o Dionísio, regido pelas emoções. Defende a pluralidade de seres, que o ser humano deveria buscar a felicidade seguindo os seus instintos. Sua visão era de que a maior hipocrisia é a exigência da sociedade de que o homem deveria se comportar e viver de acordo com as normas vigentes ou padrões estabelecidos em seu tempo.

Nietzsche demonstra ser favorável a destruição da cultura ocidental da época, a qual idolatrava figuras diversas, colocando-as como ídolos. Além da religião, critica antigos pensadores como: Sócrates, Platão e outros filósofos. Ele tira esses pensadores dos pedestais em que foram colocados e faz profundas críticas sobre seus modos de agir e pensar. Na visão dele, mesmo "ídolos" são suscetíveis aos erros e falhas.

É uma leitura altamente reflexiva. Agora, não espere uma leitura fluída, pois não é. Ao contrário, demanda atenção e concentração do leitor. O livro apresenta complexidade de interpretação, tanto pelo conteúdo quanto pela forma que é escrito, por meio dos aforismos. É um livro para ir lendo aos poucos, refletindo e apreciando.

Nietzsche é um autor ácido, criativo, poético, irônico e radical. E nada humilde. Cuidado para não interpretar Nietzsche ao pé da letra. Como foi escrito usando muitos aforismos, gera muitas dúvidas em relação a informação nele contida. Ler Nietzsche exige estar preparado estar preparado para críticas não ponderadas.

Recomendo a leitura para todos aqueles que desejam estudar sobre o pensamento filosófico, bem como para aqueles que querem conhecer um pouco das ideias de Nietzche. Sempre é importante ter a mente aberta e conhecer visões diferentes sobre determinados temas e campos do saber.
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Samael 19/04/2021

Combativo, controverso e instigante?
Crepúsculo dos Ídolos foi um livro escrito por Nietzsche em 1888 - seu último ano de lucidez. Nesse livro, o autor procura condensar os principais problemas abordados por sua filosofia, sua compreensão sobre esses problemas e respectivas críticas. Dessa forma, encontramos, de forma poética e prosaica, os seguintes temas problematizados a partir de uma visão nietzscheana: A moral ocidental baseada no cristianismo e platonismo e estilo de vida que contribuiu para a decadência dos instintos humanos e apaziguamento da vontade de poder; a decadência; o niilismo; a política; as instituições sociais; a arte e a cultura em geral. Apesar de toda essa globalidade de assuntos e declaração de guerra à cultura ocidental - em especial, a Alemã- como um todo; Nietzsche não procura uma visão da totalidade social, adotando, assim, uma visão pluralista de perspectivas. Em resumo, ele procura ser um médico que, ao mesmo tempo que procura derrubar ídolos, ele diagnostica o estado enfermo em que se encontra as pessoas do seu tempo. Ademais, pode-se dizer que ele possui uma alma guerreira, dotada não apenas de pretensão para a dureza e aspereza da vida, mas também de sensibilidade - principalmente poética.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que não sou um especialista em Nietzsche e nem em filosofia propriamente dita; muito menos alguém apto para elaborar uma crítica contunde sobre um autor em que eu li apenas um livro (Por mais que esse livro seja voltado para a condensação de ideias e introdução dos principais problemas e conceitos). Digo isso pois não gosto de correr o risco de atacar um filósofo ou pensamentos os quais eu não me aprofundei, me atrevendo a cair em certa desonestidade intelectual. Apesar disso, gostaria de deixar algumas observações e relatos sobre o que eu senti lendo a obra.

Bem, como eu disse anteriormente, Nietzsche é uma filósofo não apenas médico, mas também alguém guerreiro. É elogiável sua força expressão e confiança em seu pensamento, alguém devidamente poético e com grandes aspirações. Apesar disso, partindo da leitura dos textos, não acho que o filósofo (neste livro) conseguiu nivelar suas grandes pretensões e autoestima como a profundidade que requer muitas das temáticas. Acredito que em diversos momentos, o autor coloca suas críticas diante da modernidade de forma superficial, se posicionamento de forma totalmente clichê sobre certos assuntos, vide atribuir sentimento de ressentimento a movimentos revolucionários, sem conhecer adequadamente as causas e trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos naquela época. Ao negar uma visão mais social e estrutural das coisas, ele se refugia, muitas vezes, em uma pretensa psicologia e filosofia e aristocrática. Veja bem, creio que ele cometeu os mesmos erros as quais crítica, por exemplo atribuição de causas aos eventos, apesar de ser certeiro em identificar algumas contradições latentes naquela sociedade. Segundo Kaufman, ele é um pensador de problemas, não de sistemas. Em visto disso, penso que ele falha, em suma, nessa questão, ou seja, não sistematiza adequadamente seu pensamento - e nem pretende - em prol de uma falsa liberdade de espírito ou algo do gênero. Dessa forma, muitas de suas observações se tornam amplamente distorcidas e desconexas e acabam tirando o potencial emancipatório dos projetos elaborados pelo autor, tornando, em grande parte, infecundo. Em outras palavras, ele pode até ser um bom médico, mas as suas armas não são as melhores para combater a guerra. Apesar do que foi tido e de não ser alguém que possui domínio sobre estética, eu realmente gostei de algumas sacadas que ele tem sobre arte e como ele organiza isso a partir de sua visão sobre instintos Apolíneo e Dionisíaco

Além disso, em muitos momentos, lendo a obra, eu senti que muitas das posturas acabaram sendo reacionárias, deixando brecha para interpretações altamente perigosas com potencialidades extremamente ruins para a realidade.

Em resumo, é um autor ácido, criativo, poético, irônico em diversos momentos, perigoso (qual filósofo não é?) e radical.
No mais, são apenas algumas observações sobre a obra. De certa forma, me instigou a pesquisar mais e refletir sobre esse autor que é considerado um dos pais da nossa filosofia contemporânea. De fato, é uma máquina de guerra que te faz refletir. A melhor máquina de guerra que encontramos? Longe das minhas pretensões discutir isso por agora.
Luis.Fernando 26/10/2021minha estante
Você usou a palavra certa: "reacionário". Sim, Nietzsche era exatamente isso. Não importa o que os apologistas da "escola francesa" digam.


Samael 02/02/2022minha estante
Concordo




Thiago.Leao 03/07/2021

Boa introdução ao pensamento de Nietzsche
O Crepúsculo dos Ídolos começa, desde o início, tentando quebrar alguns fatos que temos como verdade em nossa vida, sobre a própria filosofia, sobre o critianismo, sobre nossa ideia de “razão”... O livro, a princípio, parece de extrema complexidade de interpretação, tanto pelo conteúdo quanto pela forma que é escrito, por meio de aforismos. No entanto, no decorrer da obra, é possível se acostumar com a forma de expressão de Nietzsche e compreender, mesmo que com certo esforço, parte de suas profundas ideias. É um livro que dizem ser o introdutor às obras de Friedrich, mas ainda assim se faz necessário ter paciência e foco na leitura, que tem muito a acrescentar àqueles que desejam formular uma nova maneira de enxergar o mundo no qual vivemos (mesmo que seja uma visão não muito confortável).
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Fernanda 05/07/2021

Crepúsculo dos ídolos (Coleção Clássicos de Ouro)
Resenha disponível no blog: (e no instagram @blog.modoliterario) também

https://modoliterario.blogspot.com/2021/07/resenha-crepusculo-dos-idolos-colecao.html

site: https://modoliterario.blogspot.com/2021/07/resenha-crepusculo-dos-idolos-colecao.html
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Evelyn 21/07/2022

Retrato de um arrogante
Tem frases de Nietzsche que são sensacionais ATÉ você descobrir o contexto em que elas estão inseridas. Extremamente arrogante, nao sabe filosofar sem ofender, quer ser melhor que os outros. Valeu a leitura, mas passei a não gostar do autor.
ProfManoel 21/07/2022minha estante
Sem falar que era um escritório em relação à sua visão da mulher. Comprei Genealogia da Moral e li um livro Nietzsche e a Filosofia Budista. Traz um balanço muito interessante das tuas filosofias. Mas mostra também o quanto ele era um homem que precisava melhorar como ser humano.




Mary 27/02/2022

Engraçado ou preciso entender Nietzsche de verdade...
Era o conselho de todo mundo começar a ler Nietzsche por esse livro e, realmente, é um bom começo. Mas eu não esperava rir em alguns momentos! Eu ficava em dúvida se Nietzsche estava sendo irônico ou realmente se ele se sentia daquela forma em relação a certos assuntos que comentava (principalmente no momento em que ele estava falando sobre um certo assunto que era um estouro na época dele e diz que as pessoas não deviam acreditar que aquilo funcionava para gênios, porque ele era o perito kkkkk sério, ainda não consigo não levar na esportiva).

Outra coisa que poderia incomodar é o tom que ele fala sobre mulheres cultas, dizendo o quanto elas são vazias e não mais sei o quê, mas se você souber da relação dele com a Lou Andreas-Salomé vai dar a impressão de que é só uma birra muito grande.

Enfim, apesar de tudo isso, não há o que se falar sobre a interessante perspectiva dele sobre o ato de vontade e o instinto do ser humano versus imposições colocadas para limitar tudo isso, e ainda para nos fazer sentir culpados. Ele mesmo se considerava um imoralista e que a moral (como nós a conhecemos) só serve para o propósito pessoal de outra pessoa ou grupo. Também é muito interessante ver o autor questionar os próprios ídolos (por isso o título). Outro ponto interessante é que esse foi um dos últimos livros escritos por um Nietzsche ainda lúcido.

Falar que ele é ótimo não é inédito, mas não custa nada repetir.
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Mar 07/05/2022

Nesse livro, o autor faz basicamente uma crítica a sociedade ocidental moderna. Trazendo vários pontos e destilando sua opinião sobre. É um livro complicado, tem muito da personalidade difícil de Nietzsche, tem muitos pensamentos geniais. É uma boa leitura.
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Charles 25/03/2021

Relevante para psicólogos
Neste livro Nietzsche vai tentar analisar psicologicamente filósofos e cristãos, ele vai abarcar todo o conceito de metafísica, seja na religião ou na filosofia usando sua metáfora do martelo para destruir os falsos ídolos. Também vai fazer algumas críticas ao povo alemão e sua degeneração, e posteriormente vai falar sobre psicologia com uma linguagem artística, fará críticas a psicologia objetiva e fala sobre estados de embriaguez, dos quais ele da ênfase a dois: Apolìneo, uma excitação que se tem ao lidar com estética das coisas; Dionisìaco, uma excitação de todo o sistema afetivo. Vai mencionar o "grande estilo", uma forma de plenitude no agir. No seu término Nietzsche faz alguns comentários sobre os filósofos e poetas.
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O termo "psicologia" é usado muitas vezes no livro, o que leva a uma reflexão se nietzsche era mesmo um filósofo ou um psicólogo.
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Recomendo este livro a psicólogos que tenho familiaridade com o autor pois, ela se torna difícil para quem não tem conhecimentos prévios.
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tortajulia 07/05/2022

Não sei se foi uma boa ideia iniciar Nietzsche com esse livro. É uma leitura bem densa, apesar de não ser um livro muito longo. Li ele rápido e superficialmente, e agora vou estudar mais sobre a obra para tentar entenderKKKK
Rodrigues 21/07/2022minha estante
Bom dia, amigo. Te aconselho a começar a ler o Nietzsche, pela genealogia da moral.


tortajulia 21/07/2022minha estante
Muito obrigada pela dica!!




Mariana113 09/03/2024

Apreensão da mente: não pertencer a nada.
Uma obra intensa, bem como é o próprio autor. Numa ânsia de captar todo o sentido e progredi-lo: a sua essência prolifera-se, estreita e aguda. A consequência da sua sensação surge, estende-se, arranca-nos do estatismo, a nos levar ao seu pensamento, uma íngreme parede destrutiva: a necrose, para a psique que sucumbir dentre os lampejos do crepúsculo; e a isquemia, para quem não suportá-lo.
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Lucca 28/06/2023

A escrita do autor é um tanto quanto complicada justamente por causa da diferença de época, mas seu conteúdo é excepcional podendo gerar diversos conflitos e reflexões sobre como os ídolos, que ousamos construir sejam eles cristãos ou da sociedade contemporânea, podem ser completamente desconstruídos evidenciando assim as fragilidades ocultas que os fazem semelhantes a nos
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John 31/12/2020

Ácido e "espinhosamente" belo
Uma obra inquietante e de não fácil acesso,apesar de ter sido escrita com intuito de servir como uma introdução,uma síntese ao pensamento desse "filósofo da suspeita",desse filósofo-poeta.Aqui Nietzsche reúne suas críticas altamente inteligentes e sua capacidade elevada de introspecção pra trazer um panorama geral do seu pensamento.Pensamento esse que se mostra insidioso, irreverente e crítico a tudo aquilo que nega a vida(como ele mesmo dizia),que nega a multiplicidade e a "fisiologia do homem".Aqui Nietzsche irá com o seu martelo desferir golpes em várias direções,na cultura Ocidental,na tradição filosófica,na modernidade e, principalmente,na moral Cristã,esta chamada por ele de "moral da domesticação",de "antinatural" que promete um "porvir fantasioso" dos ressentidos que nada mais faz(segundo ele)do que negar esta vida,esta realidade que os "sentidos dão testemunho".Seria, portanto,preciso repudiar esse ressentimento e se livrar das "muletas metafísicas" para ir-se em direção aos "espíritos livres",à afirmação da vida e à transvaloração de todos os valores digno de um "além-homem".Bom,pra finalizar é uma leitura que me instigou bastante,me tirando da zona de conforto de forma até dura e apesar de eu não concordar com tudo o que o autor apresenta e propõe, considero um livro gigante pelo que é, simplesmente.Farei outras leituras,pois, é uma obra daquelas que uma única apenas passa longe de ser suficiente.
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Wagner.Altafin 12/09/2020

Primeira obra indicada para começar a ler Nietzsche
Com seu jeito questionador Nietzsche faz dessa uma excelente obra, aconselho começar pelo posfácio para ter uma boa noção da intenção da obra.
Os capítulos são curtos, a linguagem e simples, porém densa, não é para leitores iniciantes, ainda assim se aproveita muito da obra como um todo
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Rodrigo 24/10/2021

Nietzsche é um cara que escreve tudo o que pensa e vc que [*****] pra entender. O livro é bom por mais que seja uma leitura razoavelmente densa, para entender melhor este livro é necessário ter já uma bagagem filosófica. Interessante como ele mostra essa ideia da "filosofia do martelo", bate várias vezes e se não quebrar é pq funciona ??.
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