Aprendendo a viver

Aprendendo a viver Clarice Lispector




Resenhas - Aprendendo a Viver


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Marita13 18/04/2024

O primeiro livro da Clarice que li foi A hora da estrela e começava a entender a forma profunda que a autora tem nas suas escritas, e como não é uma escrita comum, confesso que demorei muito tempo para ir entendendo essa profundidade. Aprendendo a viver vem trazendo essa profundidade em suas crônicas e é um bom início para quem quer ir entendendo Clarice, antes de partir para livros mais complexos dela. Clarice sente as coisas como ninguém e eu gosto dela por isso, não tem medo de sentir e vai com tudo mesmo que no fim se machuque.
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HARROWCODED 16/04/2024

Se fizeres uma breve visita ao meu perfil aqui, verá que uma das minhas atualizações mais recentes são uma reclamação sobre meu ritmo de leitura enquanto lia essa obra. Comum. Sou uma filha da Era da Impaciência. 'Aprendendo a Viver' veio a mim como que uma brincadeira originada do meu tédio em relação a literatura: me cansei de tudo de repente e uma coletânea de pequenos textos escritos por Lispector sobre seu mundo pessoal me parecia estranhamente atrativo nessa situação. Entrei nele apressada, tinha acabado de entrar na faculdade de letras e minha cabeça ainda estava ? está ? parada nas sala de aula do meu ensino médio e no caos ingênuo da adolescência. E então acabou, quase como um susto, ironicamente li as últimas linhas da obra, Lispector pedindo quase que desesperadamente para que sua melancólica não fosse traduzida ao braile, enquanto estava tendo uma aula de linguística. É como se aquele sentimento inicial de inquietação inicial tivesse sido substituído por uma sede pela sabedoria que li nesses trechos: Me ensine mais sobre a vida, Clarice! Estou tão perdida! Você é a única que tem a coragem para fazer isso de verdade, sem máscaras.

Poderia passar inúmeras outras manhãs e noites solitárias compreendendo seus ensinamentos e palavras, escritas por você que considero quase uma irmã mais velha. Irmã de alma.
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Paola497 14/04/2024

Peguei esse na biblioteca da escola, no terceiro ano do ensino médio e me encantei a partir dele pela escrita da Clarice Lispector. Esse livro foi a porta de entrada para eu me aprofundar nas outras obras dessa mulher fantástica.
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Luana.Khetley 12/04/2024

Definitivamente, este livro é um tesouro para os fãs. Ele reúne as crônicas escritas por Clarice quando ela ainda trabalhava em um jornal. Imagino que ter acompanhado essas crônicas desde o lançamento deve ter sido uma experiência maravilhosa. Foi a minha primeira obra da escritora e devo dizer que gostei, embora não tenha sido um amor instantâneo. Pretendo continuar explorando o universo literário de Clarice para conhecê-la ainda melhor. O que mais aprecio em Clarice é sua capacidade de retratar uma profundidade perturbadora, algo com o qual me identifico.
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Ludmilha 16/03/2024

Viver também é parar e ler sobre a vida
Um compilado de crônicas da autora ucraniana (naturalizada brasileira), Clarice Lispector, que foram postadas no jornal da época de 1960 e 70.
A graça dos textos é justamente a identificação e reflexão que eles trazem. E como esses textos levam o leitor direto pra mente da Clarice. Em muitos trechos ela cita que não vê suas obras literárias como obras e não as leva a sério. Quando eu terminava de ler um texto muito bom ela escrevia na última linha que não tinha conseguido se expressar direito, o que nos leva a perceber que a Clarice é uma mulher muito complexa. E eu amo quando encontro essa complexidade escrita. Ao olhar as linhas perfeitamente retas numa folha branca nem dá pra imaginar o caos a que elas se referem.
A Clarice fala em suas crônicas coisas numa camada menos visível do dia-a-dia, coisas que não se fala muito. É um sentimento muito estranho quando você lê uma descrição perfeita de uma parte sua, e vê que foi escrita por Clarice Lispector.
Adorei saber que a Clarice também foi uma garotinha, insegura e sapeca. Ela também sentia raiva, e intensa.
Venho percebendo que muitos artistas tem algo do tipo síndrome do impostor ou autosabotagem, pois eles não veem o valor em seis trabalhos, estão habituados. Acho que passamos a vida toda aprendendo a viver.
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julhiasz 15/03/2024

Clarice é uma das maiores inspirações que eu tenho de vida, o Aprendendo a viver é uma explosão do que é ser humano e os seus sentimentos e sensações.

Obrigada Clarice por existir
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

Clarice escreveu em Água Viva a famosa frase "não vou ser autobiográfica. quero ser 'bio'": recusava-se escrever uma autobiografia. no entanto, ela escrevia constantemente sobre suas experiências pessoais, fosse em seus textos ficcionais ou, mais explicitamente, em suas crônicas, publicadas no Jornal do Brasil entre os anos de 1967 e 1973. Aprendendo a Viver é uma reunião de algumas dessas crônicas, sobretudo aquelas que narram acontecimentos da vida da autora e de seus pensamentos sobre ela.

é uma delícia passear pela sua infância em Recife, pela construção das suas amizades, pelo seu crescimento, pelos seus pensamentos e pela sua relação com outros escritores. não tão delícia é ler sobre suas dores e questões existenciais, mas tão relevante quanto. a complexidade da vida de Clarice, expressa em textos ora construídos tradicionalmente, ora fragmentados, conversa muito com sua obra como um todo, e conversou muito comigo, enquanto fã. pra mim, o mais gostoso de tudo - além da fofoca - foi ver, nas crônicas, fragmentos do que viriam a ser trechos importantes de livros seus que são meus favoritos, como Um Sopro de Vida e o próprio Água Viva.

eu amo Clarice, amo me deitar sobre sua palavra, beber dela, confundi-la comigo.
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Letícia 21/02/2024

?não quero ser autobiográfica, quero ser bio?
Amei que o livro traz um começo, meio e fim que o leitor só percebe isso ao final: o início retratando sua infância, o meio sua adolescência e o final a maturidade e a morte.
o livro vai tomando um rumo meio mórbido, mas que me tocou muito.
primeiro livro que leio de Clarice e me choquei muito em como ela escreve de forma fluída sobre assuntos que tocam muito.
bom mesmo!
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anaagmnz 18/01/2024

O livro é uma espécie de autobiografia não intencional, onde foram reunidos vários trechos escritos pela Clarisse.

Como eu comprei o livro sem saber do que se tratava antes tive uma quebra de expectativa em ver que era vários trechos "soltos", mas isso não altera o fato de que o livro é muito bom. Quase todos os textos me fizeram refletir.

Gostei bastante, a única coisa que me incomodou foi ela escrever citações em francês, latim, etc e não traduzir.. Como vou entender o que tá escrito?? ??
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Eliane406 01/01/2024

O cotidiano palpável
??Sempre Clarice me levando para os recônditos de minh'alma, neste 20° livro da autora que tenho o prazer de me embrenhar, encontrei as divagações que são feitas no cotidiano. A crônica é essa narrativa que me coloca subjetivamente de encontro com a escritora e mostra que como seres que somos humanos podemos ter pensamentos que se igualam, os medos, as dúvidas, as paixões, os amores, os encontros, as conversas, cada momento que a vida se coloca a nossa disposição.
Clarice deixou claro que detestava escrever crônicas, o fazia por necessidade, recorreu a Rubem Alves dizendo não querer ser autobiográfica em sua s crônicas, ele advertiu ser impossível. E prosseguiu nesse ritmo, o íntimo em doses sutis e divertidas.

?"Não há homem ou mulher que não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo.pág.47"
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caue 14/11/2023

Anotações
Escrevi algumas coisas nas páginas enquanto lia. Aqui vão:

"Acho que viver é quase descobrir que se está vivo"

"Aqui de volta ao espelho"

"Para ler em um velório"

"Como uma navalha na pele suave e pálida"

"Deve ter conversado com Hilda"

"Peça então pelo vergonhoso impossível que alguém atende sempre que você ligue"

"Há o singular, o bom, a paz, o sorriso e o deitar-se"

"Sinto exatamente isso. Sentir a esperança é já começar a desfrutar aquilo que se espera"

"Penso que ver é, antes de tudo, o motivo principal para se ficar cego"

"E será obrigação? Tenho uma pena tremenda. E no entanto fico aqui sentado vendo a vida se gastar sozinha e completa"

"Garimpo é só de ouro? Porque neste aqui eu encontro tanto mais. Encontro tudo. E encontro a mim"

"Se a tentativa já enche os olhos, que dirá a procura"

"A culpa faz a alma desaprender"

"Pois me interesso pelas coisas quando afastadas de nós. Quando só eu puder/quiser observá-las e senti-las"

"Vivo é olhar a chuva. E aí descubro que não sou tão mórbido quanto eu pensava"

"Poderia ler este em tempos difíceis, mas vou deixar aos tempos fáceis e intensificar o seu gozo audível"

"O detalhe da paz é como um veneno pralisante"

"A felicidade tem nome. E por ser tão casta e miúda e seu caminho também precisa ser nomeado"
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Bell Prince 12/11/2023

PERFEITO, PERFEITO, PERFEITO!
TE AMO CLARICE!
OBRIGADO POR COLOCAR EM PALAVRAS SENTIMENTOS QUE JULGAVA NÃO PODEREM SEREM ESCRITOS.
APENAS TE AMO!
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amanda2268 09/11/2023

O que nos salva da solidão é a solidão de cada um dos outros
A Clarice Lispector é uma lenda. Alguns contos eu tive dificuldade de entender, mas em outros, senti como se tivessem saído diretamente de mim. Quero ter esse livro comigo pra sempre. O meu preferido foi com certeza o "aprendendo a viver", que deu o título
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Maria 12/09/2023

Demorei demorei demorei mas no fim foi ok, a clarice com certeza tem livros melhores (até pq esse é uma coletânea dos textos que ela escrevia no jornal)
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paristexas 29/08/2023

You took my sadness out of context.
Eu sinto Clarice. Entender, não sei se entendo. Aliás, não sei se entender é a chave que abre a fechadura de Clarice. Acho que é sentir. Entender com o coração.
Sempre ouvi falar de como ela é uma mulher melancólica, angustiada, deprimida. Esses dias li a frase "algumas pessoas morrem em vida", se referindo à ela. Que bobagem. Lendo Clarice, percebo que ela é bem sensível. Essa sensibilidade é mal interpretada, incompreendida. Acredito que ela era apaixonada pela vida, ou, pelo menos, muito interessada, mesmo com suas dificuldades. Li frases do tipo "pois juro que a vida é bonita" "não suponho mais, digo apenas 'sim' ao mundo" "mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar" "repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena" "ser mãe do mundo era meu amor apenas livre" e várias outras nessa coletânea de textos dela. Li descrições apuradas do mar, de árvores, de bichos, de outras pessoas, de situações corriqueiras e de sentimentos nas obras que foram selecionadas para fazer parte do Aprendendo A Viver. Textos sobre acordar de madrugada, sobre um desconhecido sorrir para ela na rua, sobre pegar um táxi. Só consegue prestar tanta atenção a cada detalhe de tudo a rodeia quem é fascinada pela vida e pelo mundo. Quem se deixa ser tocada pela experiência de estar viva. E ser assim é consequência de uma sensibilidade extrema. Mas, como nem tudo na vida é bom, se abrir para cada coisinha que ela nos dá pode causar muito sofrimento também. Acho que o segredo de Clarice era olhar para esse sofrimento como parte de algo muito maior que a interessava como um todo, e não com recortes: viver. A vida não seria o que é sem o sofrimento. A raiva, a tristeza, a dor e etc são tão naturais quanto a alegria, o alívio. É tudo parte de um milagre. Só uma pessoa com o coração aberto, como era o dela, consegue perceber tudo isso. Não é fraqueza. Não é triste. É delicado. Eu sinto ela quando a leio, e sinto muito.
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