Bruno Luiz 05/02/2018
Maratona Literária Capixaba
O Som das Estrelas Caídas
Ler Poesias sempre será um desafio. Talvez mergulhar no mundo abstrato e pessoal do autor seja o motivo de tanta gente evitar esse gênero. Para mergulhar em um mar de sentimentos é necessário saber nadar ou humildade para recorrer ao colete.
O Som das Estrelas Caídas, escrito por Idayana Borchardt, deixa muito claro o processo que todos nós passamos na vida, isso inclusive é algo que sempre digo “Poesia, no fundo, é muito igual, só muda as palavras”, e isso se deve ao fato que as experiências da vida são muito parecidas: o primeiro beijo, o tão temido fora, amor(es), escola, ser aceito e mil outras experiências.
Se a gente for somar todas as experiências que somos passiveis de sofrer no decorrer da vida, a lista seria enorme. E mesmo havendo essa “igualdade” é tudo muito individual e diferente, cada poesia é como rever um filme com mesmo enredo, mas com atores e cenários diferente. Ver parecido, mas sentir diferente.
E quem conhece a Ida e sabe um pouco da sua história, consegue ver nas poesias suas inquietudes, lutas e acontecimentos que marcaram sua vida, ora realísticos, mostrando toda a sensibilidade feminina, muito presente no poema "quero um amor que me traga flores" ao dizer
"Estou em busca de algo mais intenso, vivo, expressivo. Quero um amor que me traga flores"
Esse livro merece ser lido por vários motivos, mas deixo aqui destacado o que mais me chama atenção: coragem.
Ida viveu, escreveu e foi atrás para realizar o seu sonho. E, fazendo uma analogia a citação presente no livro Extraordinário “todo mundo que mostra seus sentimentos, merece ser aplaudido de pé”.
Por fim, deixo como ressalva, apenas alguns detalhes técnicos que eu tenho certeza que irão melhorar na próxima edição. Por ser o primeiro livro é normal que algumas coisas passem despercebidas, no entanto, também é notável a preocupação da autora em fazer um material de qualidade.
"Não me pressione, pois eu vivo contemplando o abismo e domando a tempestade".