Resenhas -

anniehatchie 30/06/2023

Achei bem diferente de muita coisa que já li. Não sei se é o momento de vida, o livro, tudo junto ou a forma como inclassificável dessa o obra, mas pra mim é o que menos gostei de Alejandro.

Quem sabe um dia tento de novo..

Ed Carvalho 15/12/2021

Singular!
Desconheço alguém que escreva como o Zambra. É aquele tipo de livro esquisito, diferente, mas que é ao mesmo tempo cativante, interessante. Eu já havia lido Bonsai & a vida privada das árvores e lembro que gostei demais, porém este aqui é mais exótico ainda. Trata-se de uma paródia de uma prova de vestibular chilena com altas doses de acidez, humor e melancolia. Já estou me preparando para ler mais um dele ano que vem: Formas de voltar para casa.

Beto | @beto_anderson 17/02/2021

Uma nova experiência
Para mim, a leitura desse livro foi uma experiência nova, e tudo o que é novo causa um estranhamento. Confesso que no começo, as primeiras partes não me conquistaram tanto, apesar da temática importante. O mais interessante foi sem dúvida a última parte, onde há contos mais elaborados. Recomendo, com ponderação, já que alguns podem não gostar da forma como foi escrito.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/

Mortensen 24/12/2020

Quando se torna uma escolha?
Obtive o conhecimento dessa obra devido a uma lista de vestibular.

Alejandro efetuou uma escrita totalmente distinta das que eu já havia lido, ele descreve no formato de uma prova, como o título menciona, de múltipla escolha. Ao decorrer da leitura consegui perceber que vai muito além de questões, através delas o autor critica que a única forma utilizada para definir se um ser é inteligente se resume a uma prova. Ademais, Zambra revela diversos momentos da ditadura que ocorreu no Chile e diversos problemas familiares.

Portanto, considero uma leitura interessante e qualitativa.

yomaeli 26/06/2020

"vocês não foram educados, foram treinados"
Em "Múltipla Escollha, Zambra acrescenta ainda mais originalidade à sua escrita e propõe um livro que é organizado no formato de uma prova de aptidão, com múltiplas escolhas literais no começo do livro e depois ao final de três textos. Pode parecer estranho à primeira vista, porém a escrita se desenrola de uma maneira que nos instiga.
Mais uma vez, o teor político é gigante e senti que Zambra estava ainda mais empenhado em cutucar as estruturas da ditadura pinochetista nessa obra.

É um livro sobre rancor, sobre as memórias de um período sombrio do Chile, autoritarismo, relações. O uso do modelo de teste é excelente para ilustrar a opressão das subjetividades, dos debates e da diversidade, que resultam em cirúrgicas críticas ao sistema educacional que cria robôs e não seres pensantes e autônomos, como bem pontuado na seguinte frase: "Não tínhamos que escrever, não tínhamos que opinar, não tínhamos que desenvolver nada, nenhuma ideia própria: era preciso apenas entrar no jogo e adivinhar a pegadinha". Impossível não lembrar da contribuição da teoria de Paulo Freire sobre a educação bancária vs educação libertadora. Uma obra provocativa e autêntica.

Nic 13/06/2020

Inclassificavel!!
Se no livro anterior que li (Bonsai & A vida privada das árvores), chamei o livro de Zambra de uma "nova experiência literária", este posso dizer que é INCLASSIFICAVEL!!
Baseado em provas de múltipla escolha, metodologia largamente utilizada no Chile entre 1966 e 2002, Zambra escreveu o livro, e ele é todo de múltipla escolha, repleto de ironias e reflexões, principalmente sobre a ditadura militar chilena e a maneira como somos "treinados" e não educados no mundo.
Baita livro, repleto de possibilidades e mensagens encravadas no texto.

isa.dantas 03/11/2018

O estilo escolhido por Zambra para escrever esse livro é simplesmente genial, bem como a crítica por trás de cada escolha. Para mim, essa é realmente sua melhor obra até o momento.