A astúcia cria o mundo: Trickster - Trapaça, Mito e Arte

A astúcia cria o mundo: Trickster - Trapaça, Mito e Arte Lewis Hyde




Resenhas - A astúcia cria o mundo: Trickster - Trapaça, Mito e Arte


4 encontrados | exibindo 1 a 4


13marcioricardo 17/04/2023

O caráter dúbio não tem lei
Obra que traz um estudo sobre um personagem pouco falado, mas que é fundador de nossas culturas, o trickster.

Presente na mitologia, o trickster é aquele que vagueia entre os mundos, uma espécie de anti-herói, ardiloso. Não se limita a jogar ou a vencer o jogo, muda as regras do jogo.

Também na arte podemos ver " arquétipos " trickster. E na história, em todo o lado. Capazes de tirar dos ricos pra dar aos pobres, de tirar aos deuses pra dar aos humanos, mas estão em longe de serem exemplo.

O livro é bom, mas um pouco prolixo. Contém ideias interessantes e algumas reflexões que valem a pena.
comentários(0)comente



penapensante 23/05/2017

Obra-Prima!
Se formos pesquisar no dicionário o significado da palavra astúcia, veremos que ela é uma característica do indivíduo que é astuto, ou seja, aquele que consegue o que deseja com sagacidade, esperteza e engenho; uma pessoa que não se deixa enganar ou ludibriar. Todavia, esse adjetivo da língua portuguesa também pode ter uma conotação negativa, sendo relacionado à pratica da maldade; alguém que engana outras pessoas para proveito próprio. Assim, nós chegamos em um impasse entre o bem e o mal, o meio termo de dois extremos que é caracterizado pelos tricksters, assunto central tratado na obra de Lewis Hyde!

Acesse a resenha completa no Pena Pensante!

site: www.penapensante.com.br
comentários(0)comente



@chrisoliveira 21/06/2017

Um livro inteligente.
Nesta obra o autor nos traz um aprofundamento no significado da palavra “astúcia”, que não é tão negativo assim, de acordo com os exemplos tirados dos estudos mitológicos nos quais os trickters assumem uma figura de grande importância no desenvolvimento da humanidade.

É difícil classificar a astúcia porque dependendo do contexto pode ser atribuída como qualidade ou como defeito. E é esse o ponto tratado neste livro de Lewis Hyde que mostra esse adjetivo classificado entre o bem e o mal, caracterizado pelos tricksters, que ficam no meio termo entre o vilão e o herói.

O foco central do livro é descobrir como funciona a criatividade de artistas como Picasso, Marcel Duchamp, John Cage, Allen Ginsberg, Frederick Douglass, dentre outros, sem atribuir a eles o adjetivo de trickster, mas apenas mosotrar que “há momentos em que o exercício da arte e esse mito coincidem”. O autor frisa, também, que o trickster não é um ladrão banal, nem um mentiroso contumaz. Para ele, políticos desonestos não são tricksters porque estes pertencem à periferia, e aqueles ao centro e quando o trickster ganha poder, deixa de ser trickster.

O trickster, na visão do autor, utiliza da trapaça para perturbar a ordem pré-estabelecida e elevar o mundo a outro nível. Portanto, o trickster tem um propósito elevado, e utiliza como exemplo a obra de pablo Picasso, que levou o mundo a sério, depois o desfez e o reconstruiu com uma nova forma.

O livro nos ajuda a refletir sobre os acontecimentos cotidianos e sobre a atuação de personagens inexpressivos que adquirem prestígio e reconhecimento em pouco tempo. Apesar de o assunto parecer um pouco complicado, o autor tem uma linguagem fácil que nos permite acompanhar seu raciocínio de forma bastante fluída e prazerosa. É uma obra excelente, que transita entre a filosofia e a história com maestria, fazendo com que o leitor leigo sinta-se confortável com a forma simples e ao mesmo tempo profunda com que o autor aborda o tema.




site: www.letrasextraordinarias.com.br
comentários(0)comente



ViagensdePapel 30/06/2017

“Interpretemos sempre (o trickster) como seres transitórios.”

Lewis Hyde era um nome estranho para mim. Porém, o título e a capa do livro chamaram muito a minha atenção: trapaça, mito, arte e um Hermes estampado na capa. Confesso que fiz uma pesquisa rápida para saber se seria o tipo de livro que me agradaria e na época ainda não havia nada sobre esse título (o lançamento é bem recente).

Uma conclusão, até muito simplória, é de que Hyde é um gênio. Não só isso: é um bom contador de histórias, desses que não deixam a peteca cair, enlaça uma história na outra e faz citações. Sua maestria na escrita, interpretação dos mitos, explicação simbológica e a astúcia em ligá-los a pintores famosos como Picasso e Duchamp, entre outros, nos faz ter em mãos mais que um livro, é uma obra prima!

Os deuses tricksters não são somente os deuses da trapaça, eles favorecem os homens em diversos momentos de sua história, pois eles são tão imperfeito quanto a humanidade.

“O trickster cria o mundo, dá a ele luz solar, os peixes e os frutos, mas cria-o como ele é, um mundo de constante necessidade, trabalho, limitação e morte.”

O trickster, mesmo sendo um deus, tem desejos e fome e por conta disso trama para satisfazê-los, às vezes cai em seu próprio estratagema e é capturado.

O autor dá uma volta no globo ao relembrar, entre muitos outros personagens e histórias, o Hermes da Grécia, Krishna da Índia, o Exu da África, o Corvo e o Coiote da América do Norte. Esse último eu nunca tinha ouvido falar, mas lembrei comicamente de um desenho animado da minha infância: papaléguas e o coiote. Só então me toquei de que o desenho pode sim se tratar de uma releitura do trickster dos povos nativos do norte americano!

O trickster não é um vilão, tampouco é um herói. Ele é quase um meio termo – é um deus da desordem para que as coisas possam se ordenar. Parece complexo isso, mas Hyde deixa tudo muito simples e compreensível ao ir adicionando histórias e elementos a sua narrativa.


Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:

site: http://www.viagensdepapel.com/2017/06/28/resenha-a-astucia-cria-o-mundo-de-lewis-hyde/
comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR